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Charles Darwin e a democracia.

Autor: professor de Filosofia Antonio Jaques.

A comemoração dos 150 anos da publicação da inovador obra “A origem das


espécies” do naturalista britânico Charles Darwin é oportuna para fazermos algumas
considerações e analogias entre a descoberta daquele cientista com o nosso atual
sistema político. Poder-se-ia pensar e, diga-se a verdade, com fundamento que
Darwin aceitaria que na vida política vale a lei dos mais apto. Portanto, se alguém
enriquece às custas do dinheiro dos impostos é porque o ‘ambiente” assim o
permitiu. Indo nessa linha de argumentação, podemos acrescentar que independe da
maioria da população reverter este triste quadro, a menos que, organizada, torne-se
ela mesma o grupo mais apto a predominar no meio ambiente. A aplicabilidade da
teoria darwiniana à política se mostrará adequadíssima, evidencia isto o relato de
Friedrich Engels do quanto Karl Marx se sentiu influenciado pela teoria da seleção
das espécies, aplicando às suas próprias teses e manifestos.
Tomando o vocabulário e o sistema darwiniano, propomos ir mais longe e
pensar que a democracia sob a qual vivemos comporta-se como um dinossauro e
nada fará com que consigamos adaptar um sistema pesado, ineficiente e
corrompido. É preciso que substituamos a espécie antiga por uma nova, ágil,
transparente e eficaz. Como fazê-lo? Observemos o ambiente: o que mudou de dez,
vinte anos para cá? O mundo se tornou interligado, comercialmente,
financeiramente e eletronicamente. É esse mundo que se caracterizará como o novo
ambiente que pressionará por mudanças nos seres e instituições que atuam na vida
social. O que exige esse ambiente? Instantaneidade e transparência. Se Charles
Darwin estiver certo e a lei natural puder ser estendida à vida social, um novo
sistema democrático surgirá conectado a este novo ambiente. Li nas revistas de
circulação nacional que o senador Cristóvão Buarque chamou atenção para os
protestos que se iniciam nas “ruas virtuais” da internet e que dessa forma a
capacidade de organização da sociedade para protestar tomou um rumo
completamente novo: em minutos ou horas se organiza uma passeata em vez de
meses. Mas, perguntamos, faz sentido levar para o mundo virtual o que acontece no
mundo real, apenas de um modo mais rápido, ainda que atinja milhões em vez de
centenas? Não estariam apenas tentando dar mais velocidade a um dinossauro?
Nossa proposta: com o uso da internet podemos aprovar e rejeitar as leis
vindas do poder executivo ou do parlamento sem sair de nossas casas. Com a
internet indo e vindo através das linhas elétricas e os computadores presentes na
maioria dos lares ficará mais fácil o surgimento de uma democracia direta cujos
sinais ambientais são evidentes. Por que não votar para presidente pela internet? E
por que não ser meu próprio parlamentar, visto que o atual sistema fracassou
irreversivelmente?

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