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“A Quinzena” deste número, como podem constatar, apresenta-se diferente de edições anteriores.

O facto explica-se pela publicação deste


texto, que reputamos de interesse para toda a comunidade, e que, por imperativos de fecho do jornal, nos vimos forçados a inserir nesta
secção, pois as páginas referentes ao noticiário das comunidades já se encontravam prontas para impressão.

Tribunal anula e admite fraude nas eleições


do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas
“Constitui mero expediente de fraude à lei exercício do poder é efectuado pelo das próprias leis por si engendradas e, pelos posterior a seis meses.”
o ‘salto’ para o ponto seguinte da ordem de executivo anterior às eleições. Tecnicamente vistos, mal redigidas, porquanto obrigam o Gabriel Fernandes, da Associação de
trabalhos como expediente adequado a Gabriel Fernandes, Cristina Costa Pinto e próprio legislador a tentar remendar e Portugueses no Estrangeiro, instituição que
destabilizar um acto eleitoral já inicial e a António Cunha, são os actuais conselheiros atropelar a sua própria legislação. coordenou o processo legal, afirma no portal
proporcionar o aparecimento, em condições da comunidade portuguesa no Reino Unido da associaçãoque todo o plenário do CCP
desiguais, uma lista gerada da confusão em funções. As decisões do tribunal em Outubro, ao qual assistiu e filmou, “foi
previamente montada”, acusa o tribunal Por decisão da Juíza Eleanora Almeida cenário das tropelias mais vergonhosas e
administrativo de Lisboa, no que se refere Governo vai recorrer Viegas, o tribunal administrativo de Lisboa aviltantes alguma vez presenciadas em
aos atropelos à lei, feita por uma minoria de A SECP, através de um comunicado à decidiu “na se limita a anular ou a sessões do CCP. Ultrapassou os limites da
conselheiros, segundo acusação, sob a tutela LUSA, vai recorrer desta decisão. Só que conformar o acto impugnado, mas em decência. Dividiu os conselheiros, cavou um
e instruções da Secretaria de Estado das mais uma vez esta decisão é confusa e resolver o litígio em termos definitivos”, fosso terrível entre os que defendiam a
Comunidades Portuguesas. contra a natura da lei, já que o tribunal facto que retira a legalidade do recurso da legalidade e os oportunistas que se compram
Aliás, situação não muito diferente da que específica a impugnação como decisão final SECP. por um prato de lentilhas. Foi tudo menos
o ex-cônsul geral de Portugal em Londres, e sem contestação. Dizem os queixosos, que A razão para o recurso deve-se ao facto de uma reunião magna de uma estrutura das
Miguel Pires, admitiu ao jurista José mais uma vez o Estado reage da forma que a SECP não tem tempo físico para comunidades portuguesas, já
Bandeira, em 16 de Abril de 2008, antes das como tem tratado o assunto da emigração organizar um novo plenário antes das descredibilizada mas agora ferida de morte
eleições para os conselheiros no Reino portuguesa nos passados anos – atropelando eleições gerais em Portugal, e o facto de se salvaram. Nem o próprio Secretário de
Unido: “Estou apenas a cumprir leis e determinações, muitas delas, imagine- politicamente ser muito mau para o governo, Estado das Comunidades, que assistiu,
determinações da Secretaria de Estado das se, feitas pelo próprio governo e aprovadas admitir mais uma asneirada, a ser, com impávido e sereno, à derrocada da
Comunidades.” Isto para evitar que as em Assembleia contra a oposição. certeza, bem aproveitada pela oposição. Assembleia dos Portugueses residentes no
populações de Thetford e Great Yarmouth e Neste momento, sem apelo nem agravo, Mas na sentença final a juíza continua por estrangeiro. O CCP deixou de existir. Paz à
arredores e Guernsey, pudessem votar, António Braga vê-se na contingência de ter admitir que, perante a lei socialista, não tem sua alma.”
mesmo quando lhe foi apresentada uma de chamar de novo uma assembleia-geral outra solução senão incriminar os próprios Este é, no fundo, o sentimento por grande
listagem de 728 portugueses inscritos para com todos os conselheiros, no espaço de seis socialistas, considerando que “a decisão parte da Europa de portugueses emigrados.
votar. meses, cumprido o determinado pelo definitiva do litígio não pode passar senão O SECP tudo tem feito para descredibilizar
Desta feita e depois de mais de 15 mil tribunal - “proceder à aprovação de um pela repetição da reunião do Plenário do o CCP e prepará-lo para a extinção.
euros investidos em custas legais, novo regulamento interno de funcionamento, Conselho das Comunidade Portuguesas no Contudo, António Cunha, conselheiro
conselheiros do Luxemburgo e Canadá, com do qual deverá necessariamente constar a âmbito da qual e antes da eleição do eleito pelo Reino Unido, afirmou ao nosso
outra capacidade financeira, procuraram na regulação da eleição dos membros do Conselho Permanente se aprove o seu jornal que, apesar de não ter concordado
justiça evitar a continuação de”actos ilegais” Conselho Permanente”. Regulamento interno de funcionamento em com muito do que se passou, acredita que
pela SECP e impugnaram as eleições e, Está gerada a grande confusão. Primeiro termos” da lei vigente, “no qual terão de tudo será solucionado e sanado e que os
desta feita, a tomada de posse dos foi a reestruturação consular, que está estar previstas as regras aplicáveis à eleição conselheiros eleitos terão a oportunidade de
conselheiros das comunidades. Que apesar provada como um desastre total, com o a que alude o artigo 37 da própria lei.” demonstrar a sua capacidade.
de eleitos para o efeito, passam a não o ser, aumento das listas de espera e a ineficácia “Pelo exposto”, continua a sentença, “tudo Entretanto, está programada, para a
enquanto não tomarem posse. dos Consulados em responderem às visto e ponderado, anulo a eleição do semana, uma reunião do destituído Conselho
António Cunha, em declarações ao nosso solicitações. Depois a anulação do voto por Conselho Permanente das Comunidades Permanente e a convocação da primeira
jornal, afirma que assim não é e “que os correspondência, que foi decretado e, Portuguesas que teve lugar (.) nos dias 15, reunião de uma comissão temática, que
conselheiros foram devidamente eleitos e depois, à pressa, por pressões de Cavaco 16, 17 de Outubro de 2008 (.) e determino a legalmente não terá qualquer efeito a não ser
têm o direito de exercer os seus cargos”, Silva, retirado e voltou tudo à mesma. Agora repetição dessa eleição (.) para o que o gastar o já tão escasso orçamento do estado
contudo, de acordo com vários juristas assim está consumado em tribunal a forma como Ministério dos Negócios Estrangeiros deverá para as comunidades portuguesas.
não é. Dão como exemplo o caso de um os políticos manobram as leis a seu belo proceder à convocação da nova reunião
governo eleito – enquanto não tomar posse o prazer, de forma fraudulenta, contra a natura plenária do Conselho para uma data não
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