22 15 Maio 2009

COMUNIDADES
PSD preocupado com rede consular Mega manifestação Academia da Espetada de Caracas
A CGTP e a UGT participaram
O deputado do PSD pelo círculo fora da Europa, José Cesário, na euro manifestação de Um grupo de mulheres portuguesas e luso-descendentes
declarou-se preocupado pelo facto de não estarem em execução Madrid, uma iniciativa da reactivaram a Academia da Espetada de Caracas, uma
as decisões de reorganização da rede consular. Em visita às Confederação Europeia de organização sem fins lucrativos, inspirada na Academia do
cidades sul-africanas do Cabo, Durban, Joanesburgo e Pretória, Sindicatos contra a crise e pelo Bacalhau, que apoiará programas de beneficência dedicados às
José Cesário disse que os anunciados consulados-honorários de emprego. No desfile, que mulheres, crianças e adolescentes. “Estamos iniciando com oito
Durban e Namíbia “ainda não foram implementados”, percorreu o centro da cidade, directoras e uma juiz de paz. A nossa primeira tertúlia está
confessando não saber se o serão em breve. O deputado acusou participaram 50 mil sindicalistas marcada para 18 de Maio, no restaurante Alivalaxia. Somos uma
também o governo de ter manifestado “algum abandono pela de Espanha, França, Itália, academia dedicada à mulher, às crianças e adolescentes”,
comunidade de Durban na área do ensino do Português”. Bélgica, Turquia e Andorra. explicou Sílvia Henriques, presidente da Academia.

CARLOS NOGUEIRA ORGANIZOU “SEMANA PORTUGUESA” EM LONDRES

Mostrar Portugal ao mundo

C
arlos Nogueira é um jovem português
de 35 anos, natural da região de
Aveiro, conhecida como a “pequena
Veneza de Portugal”, antigo atleta de
futebol e da selecção de Aveiro, que
cedo começou a planear o futuro no Pais que o
viu nascer. Com aquela capacidade e
dedicação que lhe são tão características,
abraçou, muito cedo, vários projectos, que
hoje lhe dão o estatuto de jovem dinâmico e
empreendedor, largamente evidenciados no
seu currículo.
Embora tivesse o sonho de ser jornalista, por
várias circunstâncias não foi possível realizá-
lo e rumou para uma segunda paixão - os
sistemas informáticos.
É com orgulho que vê alguns dos seus
antigos colegas singrarem nessa profissão,
como o Marco Hélio, apresentador desportivo
da RTP. E com alguma mágua confessa à
nossa reportagem que “se calhar também
podia agora lá estar....”, mas o destino assim
não o quis!
Cidadão europeu e vivendo em pleno século
XXI, esteve envolvido em vários projectos,
entre os quais o programa Inforjovem, uma
iniciativa governamental de âmbito nacional e
de natureza extra-escolar, que tem por
objectivo a promoção e difusão das
Tecnologias de Informação e Comunicação
junto da população, em geral, e dos jovens, em
particular.
Depois de mais um projecto em que esteve
envolvido com o intuito de melhorar o sistema
informático da Central Termoeléctrica do
Pego, em Abrantes, decidiu procurar novos
horizontes e partiu à procura de outros
desafios. Chegou a Londres em 1998 em
busca de uma cidade que sempre lhe chamara
a atenção, por considerar que enquadra um
conjunto de condições ideais para atingir os
seus objectivos profissionais.
Na base do currículo que trazia de Portugal
e da sua facilidade em falar várias línguas,
começou a trabalhar para uma companhia
internacional de serviços de portais
electrónicos, a Fortunecity, onde foi
responsável pela área latina, nomeadamente
por Portugal, Brasil e outros países da América
do Sul.
Depois de 2 anos decidiu mudar de rumo,
concorreu e foi admitido nos serviços
universitários do Regent’s College, onde, pela
sua capacidade e qualidades, se encontra há 8
anos. É responsável pelas operações do
departamento informático, onde desempenha
as suas funções com aquela mesma força e
alegria que tinha quando deixou a sua Pátria à
procura de novos desafios.
Não nega as suas origens e diz “que sinto
“Esta semana
teve o condão de
apresentar aquilo que
Portugal de melhor sabe
fazer... tudo aquilo que
o nosso país, ao longo
de muitos séculos,
contribuiu e divulgou
por todo o Mundo”
orgulho de ser Português” e sempre que lhe é
possível tenta enquadrar a sua “portugalidade”
na vida profissional e social. Desta feita
idealizou, programou e realizou a semana de
Portugal, no Regent’s College, um sucesso que
começou a desenhar-se semanas antes da sua
realização. Diz, com um sorriso nos lábios,
que se “considera ‘filho de Camões’ e, como
tal, vou continuar a minha caminhada na
procura de novos desafios que levantem a
alma lusitana e, de certo modo, possam
contribuir para a continuidade do nosso
‘Lusíadas’ em terras estrangeiras.”
Uma semana portuguesa no Regent’s
College, porquê?
“Bom, foi uma ideia que já vinha de trás...”
Há quanto tempo?
“Desde há cinco anos que tinha o projecto
para organizar esta semana gastronómica e
cultural portuguesa. Mas só agora se
proporcionou, porque também agora se
juntaram todas as condições para isso. O
Regent’s College tem vários eventos
programados ao longo do ano e é sempre
difícil conseguir conjugar o espaço dedicado
ao ensino e ao fomento de acções culturais. E
essas várias actividades limitavam a
possibilidade de introduzir novos projectos,
como este.”
A seu ver o que trouxe de novo para o
Regent’s College este tipo de evento?
“Bem, o Regent’s College é essencialmente
um espaço universitário. Espaço esse ocupado
por 2500 alunos de mais de 80 nacionalidades
distintas, onde se leccionam desde
licenciaturas a mestrados, assim como cursos
intensivos de inglês. E, por isso, o College já
engloba uma larga vertente multicultural. Isto
é, tem já, no seu seio, uma grande diversidade
cultural. E, por esse motivo, acredito que a
receptividade dos estudantes, amanhã futuros
líderes nos seus países de origem, em se
familiarizarem com a realidade cultural de
Portugal, vai trazer por certo recompensas e
sinergias.”
Mas, então, tem havido no passado outros
eventos do género no Regent’s College?
“Sim. Já houve uma semana italiana, outra
espanhola, há uma semana tivemos uma
semana dedicada a África, aos países do
Pacífico e da Ásia. A Universidade tem muitos
eventos multiculturais. Português, este é o
primeiro.”
O que aconteceu neste evento sobre
Portugal?
“Esta semana teve o condão de apresentar
aquilo que Portugal de melhor sabe fazer – a
sua gastronomia (a qualidade da comida e dos
vinhos), mas também a sua arte e tudo aquilo
que o nosso país, ao longo de muitos séculos,
contribuiu e divulgou por todo o Mundo - tal
como a arte, o fado, o azulejo, a capacidade
empreendedora em vários domínios
produtivos e turismo. Sobre isto tivemos uma
excelente palestra a cargo do Professor
Bernardo Ivo Cruz do AICEP.”
E este evento é para repetir?
“É essa precisamente a intenção. Agora foi
assim, para o ano vai repetir-se com mais
eventos. Para isso é preciso mais apoios de
outras entidades, que se queiram associar e
enriquecer, um pouco mais, a imagem de
Portugal no Reino Unido.”
Como reagiram as entidades oficiais e a
comunidade portuguesa a este evento?
“As autoridades reagiram muito bem. Penso
mesmo que para além do que era esperado.
Tanto a embaixada, como o AICEP e a câmara