Sei sulla pagina 1di 31

Relatório e Contas 2005

Caderno de Sustentabilidade
Relatório e Contas 2005
Caderno de Sustentabilidade
   r&c 2005 caderno de sustentabilidade
caderno de sustentabilidade r&c 2005   

A STCP

Efectivo em 31.12.2005  1.751


Capital Social 79,6 milhões de euros
Investimentos  4 milhões de euros

Resultados Líquidos antes Indemnizações Compensatórias -31,7 milhões de euros


Resultados Operacionais antes Indemnizações Compensatórias  -25,6 milhões de euros

Receita Líquida de Tráfego  52,4 milhões de euros

Custos Operacionais  83,0 milhões de euros

Custos com Pessoal  41,2 milhões de euros


   r&c 2005 caderno de sustentabilidade
caderno de sustentabilidade r&c 2005   

Rede e Frota

Passageiros Transportados  209 milhões


Quilómetros Percorridos  32,7 milhões

Área Servida  6 Concelhos, 52 Freguesias

Quilómetros de Rede  496

N.º Linhas  97

Paragens  2.685

Frota Autocarros  538

Diesel  363, Gás Natural  175

Frota Carros Eléctricos  16

Idade Média da Frota Autocarros  8,3 anos

Idade Média da Frota Carros Eléctricos  71,8 anos


   r&c 2005 caderno de sustentabilidade
caderno de sustentabilidade r&c 2005   

Índice

1. Mensagem do Presidente 9
2. Missão 12
3. Âmbito e Enquadramento do Relatório 13
4. Governação da Empresa 14
Órgãos Sociais 14
Macroestrutura 15
5. Desempenho Ambiental 16
Água 16
Energia 16
Emissões de gases com efeitos de estufa 16
Novos projectos 17
Qualidade do ar 17
Resíduos 17
PCB 17
6. Desempenho Social - Comunidade Externa 18
Comunidade 18
Captação de novos clientes para o transporte público 19
Produtos culturais 20
Satisfação dos clientes 21
7. Desempenho Social – Comunidade Interna 22
Colaboradores 22
Estagiários 22
Formação 22
Avaliação de desempenho 22
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho 23
Relação com os parceiros sociais 24
Benefícios Sociais 24
8. Associações/Parcerias 25
9. Índice GRI 26
   r&c 2005 caderno de sustentabilidade
caderno de sustentabilidade r&c 2005   

1. Mensagem do Presidente

É com muita satisfação que a STCP publica o seu primeiro caderno


de sustentabilidade, referente ao ano de 2005.

O sistema de transportes públicos é uma peça essencial para o


desenvolvimento sustentável das cidades e regiões que servem, e o
valor que gera – a mobilidade – é uma condição necessária para a
construção diária das cidades.

A STCP, empresa de referência no sector da mobilidade no Grande


Porto, tem feito um esforço muito significativo para melhorar o seu
desempenho ambiental, nomeadamente, através da gestão da sua
frota rodoviária, energeticamente a mais eficiente do País, para um
melhor desempenho social, através da nova rede de transporte e de
forma inovadora de contacto com os seus clientes, para além de um
privilegiado diálogo social interno e da contínua procura de melho-
res condições de trabalho.

Se 2005 registou alguns progressos que este relatório testemunha,


para 2006 muito há ainda a fazer em diversos campos, seja na reno-
vação da frota, na implementação da plena intermodalidade, nova
rede de transportes, ou no desempenho interno da STCP.

Assim, para 2006 a STCP renova o seu compromisso de melhoria


contínua dos seus desempenhos, para que a população do Grande
Porto em geral, os seus clientes em particular e os seus colabora-
dores de forma ainda mais sensível, possam contar com uma res-
posta mais eficiente, contribuindo assim para que as gerações
futuras encontrem um património ambiental e social mais rico e
diversificado.

Juvenal Silva Peneda


Presidente do Conselho de Administração
10   r&c 2005 caderno de sustentabilidade
caderno de sustentabilidade r&c 2005   11
12   r&c 2005 caderno de sustentabilidade

2. Missão

A génese e evolução da Sociedade de Transportes Colectivos Privilegiar a integração plena no Sistema de Transportes na
do Porto, SA, prendem-se com a própria história do trans- AMP, em articulação com os restantes subsistemas de trans-
porte público no Porto iniciada em 1870 com a atribuição de portes é outro dos elementos base da missão da STCP, bem
uma concessão para a exploração “de uma linha de caminho como o desenvolvimento profissional e social dos seus cola-
de ferro, ao longo da marginal do Rio Douro, destinada ao boradores, num ambiente de trabalho que contribua para a
transporte de passageiros e mercadorias, movidos por cava- sua motivação, qualidade e produtividade.
los, entre a cidade do Porto e Foz”. A inauguração da pri-
meira linha de carros eléctricos da Península Ibérica ocorre O relacionamento claro com o Accionista e a promoção do
no Porto em 1895 por iniciativa da CCFP (Companhia de Car- diálogo permanente e mobilizador com os principais parcei-
ris de Ferro do Porto). Gradualmente vai-se criando uma ros da Empresa são igualmente aspectos base fundamentais
rede de transporte público em carro eléctrico que serve não à prossecução da sua missão.
só o concelho do Porto, como também Matosinhos, Maia,
Valongo, Gondomar e Vila Nova de Gaia. A constituição do
Serviço de Transportes Colectivos do Porto (STCP) ocorre em
1946. Outros modos de transporte para substituição do carro
eléctrico, só começam a ser introduzidos a partir de 1948,
com os autocarros a gasóleo, e em 1959 com os troleicar-
ros, mantendo-se estes últimos em exploração até 1997. Em
1975 a gestão do STCP passa para a tutela do Governo, sendo
em 1994 transformado em sociedade anónima.

A STCP é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente


públicos, como disposto no decreto-lei 202/94. Segundo os
seus Estatutos, tem por objectivo principal a exploração do
transporte público rodoviário de passageiros na área urbana
do Grande Porto.

Acessoriamente, a sociedade pode explorar transportes


colectivos de passageiros de superfície na e fora da área refe-
rida anteriormente e bem assim outras actividades comple-
mentares ou subsidiárias do seu objecto principal.

A STCP é uma empresa empenhada em cumprir a sua missão


de serviço público e, embora orientada para os desafios do
futuro, não deixa de valorizar um percurso histórico cente-
nário que alia o pioneirismo à sólida experiência.

A missão da empresa passa por assegurar directa ou indirec-


tamente o transporte rodoviário urbano de passageiros na
Área Metropolitana do Porto (AMP), em termos que contri-
buam efectivamente para a mobilidade sustentável na sua
área de intervenção e ofereçam uma alternativa credível ao
transporte individual privado, numa base de racionalidade
económica, apresentando-se como uma empresa moderna
reflectida na sua relação com os clientes, na qualidade dos
serviços prestados, na sua imagem e organização.
caderno de sustentabilidade r&c 2005   13

3. Âmbito e Enquadramento do Relatório


Âmbito

Este é o primeiro Relatório de Sustentabilidade elaborado Como operador deste sistema tem sido preocupação cons-
pela Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, SA, rela- tante assegurar a mobilidade da população que serve com
tivo a todas as instalações e actividades, e onde iremos pro- os maiores padrões de qualidade, segurança e eficiência,
curar reflectir de forma sistematizada e sintética as políticas promovendo a intermodalidade, através de acções estrutu-
e acções que temos vindo a desenvolver há já alguns anos no rais concretas, como sejam:
âmbito dos aspectos ambientais e das obrigações culturais e
sociais. Face ao histórico disponível, apresenta-se a evolução �  Criação do TIP – Transportes Intermodais do Porto, ACE,
dos principais indicadores no período 2004/2005. projecto em que a STCP se envolveu desde a primeira hora, e
que veio permitir encetar a construção de um sistema inter-
Embora se tenham adoptado as directrizes do GRI (Global modal de transportes, estabelecendo um novo regime tarifá-
Reporting Initiative) no que respeita à selecção e definição rio, associado a um zonamento comum a todos os operado-
dos principais indicadores, em função da disponibilidade da res, e definindo um sistema de bilhética inovador.
informação e relevância para o conjunto das nossas activida-
des, não se fez de uma forma exaustiva, pois este Caderno �  Adesão ao novo sistema tarifário intermodal Andante,
de Sustentabilidade ao ser parte integrante do Relatório assumindo o papel de elemento promotor e incentivador da
de Gestão Anual da STCP deve ser encarado como um seu adesão dos clientes à intermodalidade, apesar da generali-
complemento. dade dos seus clientes não ser ainda cliente Andante – em
final de 2005, das 97 linhas da STCP em exploração, 45 linhas
operavam já com o título Andante.
Enquadramento
�  Definição da Nova Rede Estratégica a ser operada pela
A actividade da STCP, como prestador do serviço público de STCP - baseada nos princípios de complementaridade entre
transporte rodoviário de passageiros, desenvolve-se dentro modos, frequências elevadas, eliminação de traçados coinci-
da AMP com uma população residente de cerca 1,3 milhões dentes com outros modos, menor comprimento e maior con-
de habitantes, onde são efectuadas 1,2 milhões de desloca- centração de linhas - com um objectivo claro de promover e
ções diárias e é servida por cerca de 43 operadores de trans- incentivar a mobilidade em transporte público das popula-
porte público de passageiros nos modos autocarro, metro- ções servidas. Atendendo ao impacto da sua introdução nos
politano, comboio e carro eléctrico, sendo 3 dos operadores hábitos de deslocação dos nossos clientes, optou-se pela sua
públicos. A Empresa assegura neste contexto uma operação entrada em exploração de uma forma faseada, que teve o
de relevo, em particular nos 6 concelhos que serve directa- seu início em 2005 e se prevê esteja concluída até 2007.
mente – Gondomar · Maia · Matosinhos · Porto · Valongo ·
Vila Nova de Gaia. É dentro deste posicionamento estratégico que a STCP
desenvolve a sua actividade, participando de uma forma
A quota de mercado do TP na AMP representa 20% das des- consciente e consistente para fomentar a opção modal da
locações globais, segundo dados do “Inquérito à Mobilidade população a favor de meios de transporte mais sustentáveis,
da População Residente – 2000” realizado pelo INE e DGTT. caso do transporte público, e para garantir a mobilidade dos
residentes e visitantes da AMP, contribuindo assim para um
Inserida no sistema de transportes da AMP, que tem vindo desenvolvimento sustentável, tanto ao nível ambiental como
a sofrer, desde há alguns anos, uma renovação profunda, de responsabilidade social e cultural.
tanto ao nível do material circulante, como das infra estru-
turas, como dos modos de transporte em operação, como
também ao nível organizacional e cultural, assumindo-se o
“cliente” como pivot do sistema, tem a STCP procurado ante-
cipar e acompanhar esta evolução, assumindo-se inequivo-
camente como um dos operadores do sistema em comple-
mentaridade com os restantes, ciente do seu forte contributo
para o desenvolvimento urbano sustentado da área metro-
politana que serve.
14   r&c 2005 caderno de sustentabilidade

4. Governação da Empresa

Órgãos Sociais

Tendo o Estado Português como accionista único, a actual composição dos


órgãos sociais da Empresa resulta da Assembleia Geral realizada a 21 de
Março de 2003. De registar que em 31 de Março de 2005 cessou funções, a seu
pedido, o Sr. Administrador Dr. Diogo Manuel de Portugal Moreira Gandra.

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL


Presidente
Eng. António Abel de Melo Nunes
Vice-Presidente
Dra. Maria Teresa Vasconcelos Abreu Flôr Morais
Secretário
Dr. João Filipe de Carvalho Malheiro Vilaverde

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente
Eng. Juvenal Silva Peneda
Vogais
Eng. João Rui Sousa Simões Fernandes Marrana
Dr. João Velez Carvalho
Dr. Miguel Barbosa de Carvalho Macedo

FISCAL ÚNICO
Efectivo
Alves da Cunha, A. Dias & Associados, representada pelo
Dr. José Duarte Assunção Dias
Suplente
Dr. José Luís A. Alves da Cunha
caderno de sustentabilidade r&c 2005   15

Macroestrutura

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DEPARTAMENTOS
Operações
Eng. Joaquim Manuel de Oliveira Gomes
Estação de Recolha de Francos – Eng. Carlos Afonso Rodrigues Militão
Estação de Recolha da Via Norte – Eng. Elias Jorge Barroso
Estação de Recolha de Massarelos – Eng. Fernando Pinheiro Martins
Manutenção
Eng. Vítor Joaquim Silva Ribeiro
Marketing
Dra. Maria Teresa Leite Pereira
Administrativo e Financeiro
Dra. Luísa Maria Sampaio Faustino Campolargo
Recursos Humanos
Dra. Helena Maria Neves Moreira

ORGÃOS DE STAFF
Gabinete de Informática e Comunicações
Eng.ª Maria Helena Meira da Silva e Castro
Gabinete de Apoio Jurídico
Dr. Carlos Maria Rocha Pinheiro Torres
Gabinete de Planeamento e Controlo de Gestão
Dra. Margarida Maria Dias Veríssimo Nogueira Mota
Gabinete de Auditoria Interna
Dra. Maria Beatriz Queirós Marques da Silva Rangel
Gabinete de Serviços Gerais e Autoridade de Segurança
Eng. Joaquim Manuel Allen Reinas
Gabinete de Comunicação e Imagem
Dra. Maria do Céu Silva Costa
Gabinete de Projectos e Estratégia
Eng. Gil Joaquim de Sá
Eng. João Aires de Sousa
Eng. Jorge Manuel Rocha Teixeira
Eng. Carlos Manuel Vale Vieira de Sousa

UNIDADE DE GESTÃO
Museu do Carro Eléctrico
Dra. Cristina Mafalda Nieto Guimarães Pimentel
16   r&c 2005 caderno de sustentabilidade

5. Desempenho Ambiental

O desempenho ambiental da STCP tem por base as seguintes 2005 2004


linhas de orientação: Electricidade utilizada na rede
186.198 211.144
�  Conduzir a actividade em conformidade com toda a legis- dos carros eléctricos (KWh)
lação ambiental aplicável; Consumo específico KWh/100Km 222,26 198,75
�  Reduzir a quantidade de resíduos produzidos e garantir Electricidade utilizada nas
4.447.074 3.423.944
uma correcta gestão, privilegiando a reciclagem; instalações fixas (KWh)
�  Desenvolver e utilizar tecnologias eco-eficientes e valori-
zar o desempenho ambiental na aquisição de novas viaturas, 2005 2004
equipamentos e instalações; Consumo de gasóleo (litros) 10.067.799 10.939.633
�  Promover a gestão sustentável da água; Consumo específico Litros/100Km 51,93 52,84
�  Promover a redução dos consumos específicos de ener-
gia das viaturas;
�  Minimizar os impactes ambientais que resultam, directa 2005 2004
ou indirectamente, das actividades e serviços, privilegiando Consumo de gás natural (m3) 7.690.584 7.641.618
as medidas de prevenção da poluição. Consumo específico m3/100Km 67,31 67,97

Foram seleccionados alguns indicadores ambientais com o


objectivo de dar a conhecer o modo como estamos a usar os Emissões de gases com efeito de estufa
recursos ambientais e energéticos:
�  Consumo de água A STCP contribui desde há muito tempo para a redução das
�  Consumo de energia emissões de poluentes, de acordo com as exigências do Pro-
�  Emissões de gases com efeito de estufa tocolo de Quioto. Com efeito, a STCP começou a utilizar o
�  Qualidade do ar gás natural comprimido (GNC) há mais de cinco anos, em
�  Resíduos Agosto de 2000. A empresa é actualmente detentora de uma
das maiores frotas europeias de autocarros ecológicos, com
175 viaturas a gás natural que representam cerca de 33% da
Água sua frota total (538 autocarros). O objectivo é atingir, a curto
prazo, 50% de viaturas a gás natural.
A água é um recurso esgotável e imprescindível à vida. A sua
gestão deve constituir uma preocupação ambiental. A empresa encontra-se, assim, bastante avançada no cumpri-
Em 2005 o consumo de água baixou cerca de 37% relativa- mento das directivas da Comunidade Europeia, que aponta
mente ao ano anterior. Esta poupança ficou a dever-se ao para que em 2010, 20% dos combustíveis derivados do petró-
plano de reestruturação que se iniciou em 2004 e que deu leo sejam substituídos por energias limpas, das quais 10% de
origem à desactivação de uma estação de recolha. gás natural, 5% de bio combustíveis e 5% de hidrogénio.

2005 2004 Com base num estudo realizado pelo Instituto Superior Téc-
Consumo total de água (m3) 12.505 19.733 nico, e financiado pela Direcção Geral dos Transportes Ter-
restres, os 175 autocarros a gás natural que a STCP tem em
circulação permitem reduções bastante significativas dos
Energia níveis de poluentes, comparativamente às emissões de igual
número de autocarros a diesel. A título de exemplo, a actual
A forte dependência energética da nossa actividade, obriga frota de GNC permite reduzir as emissões anuais de monó-
a uma gestão cuidada deste recurso. Verificou-se uma xido de carbono (CO) em 22,75 toneladas (-88%), de óxidos
melhoria do consumo específico, quer no gasóleo quer no de azoto (NOx) em 162,75 toneladas (-99%) e de dióxido de
gás natural. Para tal têm contribuído as acções de formação carbono (CO2) em 2.450 toneladas (-14%).
dadas aos motoristas. A electricidade utilizada nas instala-
ções fixas, em 2005, inclui o PT do gás. A STCP tem 183 viaturas – 175 a gás natural e 8 a diesel – que
cumprem as emissões de monóxido de carbono e de hidro-
carbonetos segundo a especificação Euro 3.
caderno de sustentabilidade r&c 2005   17

Novos projectos Destacam-se os seguintes resíduos:

Em Janeiro de 2004, a STCP colocou em circulação na cidade Resíduos industriais perigosos 2005 2004
do Porto três autocarros movidos a hidrogénio – os H2Bus –, Óleos usados 27.500 l 42.500 l
integrados numa experiência piloto no âmbito do projecto Baterias usadas 226 UN 719 UN
CUTE (Clean Urban Transports for Europe), no qual participa- Lâmpadas fluorescentes 482 Kg 419 Kg
ram nove outras cidades europeias.

Durante os 2 anos de experimentação, cerca de 1 milhão de Resíduos industriais não perigosos 2005 2004
passageiros viajaram nos 3 autocarros. Consideramos que esta Madeira 4.600 Kg 4.380 Kg
experiência produziu os resultados esperados sendo de des- Resíduos industriais banais 26.635 Kg 20.350 Kg
tacar a boa aceitabilidade da população em geral e particular- Resíduos metálicos 287.173 Kg 167.720 Kg
mente dos nossos clientes ao uso do hidrogénio como com-
bustível. Em 2006 será feito o balanço final deste projecto.
Outros Resíduos 2005 2004
Papel e cartão 20.280 Kg 32.910 Kg
Qualidade ao ar Resíduos de demolição e construção 296.220 Kg 34.080 Kg
Resíduos verdes 22.540 Kg 5.220 Kg
A STCP está a patrocinar um estudo realizado pela Comissão Resíduos hospitalares Gr. III e IV 68,7 Kg 76 Kg
de Coordenação e Desenvolvimento Regional – Norte (CCDR-
Norte) e pela Universidade de Aveiro que tem como objec-
tivo avaliar o efeito dos transportes públicos na qualidade do PCB
ar da cidade do Porto.
Os bifenilos policlorados (PCB) representam um grupo de
A STCP está igualmente a apoiar a exploração das estações de produtos químicos que, devido às suas propriedades, pos-
medida de qualidade do ar instaladas pela CCDR na cidade suem uma utilização industrial elevada e diversificada.
do Porto, no âmbito da Rede de Medida da Qualidade do Em 2005 e de acordo com o Decreto-Lei nº 277/99, que esta-
AR (RMQA), e a colaborar com aquela instituição na imple- belece as regras a que fica sujeita a gestão dos PCB e dos
mentação de medidas e acções que possam contribuir para equipamentos que os contêm, foram feitas 132 análises a
a melhoria da qualidade do ar. amostras de óleo utilizado em equipamentos eléctricos
com vista a fazer o despiste dos PCB. Como o resultado final
deu um caso positivo, já depois de se ter feito a lavagem e
Resíduos o enchimento com óleo novo, optou-se por fazer o esvazia-
mento do óleo contaminado por uma empresa certificada e
Uma política correcta de gestão de resíduos pode contribuir o abate do equipamento respectivo.
para a preservação dos recursos naturais e para a protecção
da qualidade do ambiente, promovendo, assim, o desenvol-
vimento sustentável.
Os resíduos produzidos nas diversas áreas da STCP são reco-
lhidos e armazenados de forma individualizada e encami-
nhados para os operadores licenciados para a sua gestão, de
acordo com as regras estabelecidas nos procedimentos.

Em 2005 foram recolhidos cerca de 709 ton de resíduos, dos


quais 49 ton (7%) eram perigosos. A taxa de valorização atin-
giu os 95%.
18   r&c 2005 caderno de sustentabilidade

6. Desempenho Social – Comunidade Externa


Comunidade

A actuação da STCP ao longo dos últimos anos tem-se pau- Rede da Madrugada: com 13 linhas e percursos reajustados
tado por uma preocupação constante de desenvolvimento em função da procura, garante uma oferta coordenada – as
do transporte público, estando a empresa consciente do linhas partem do mesmo local, à mesma hora e têm a mesma
contributo que este pode dar para a melhoria da qualidade frequência. Tem um tempo de espera reduzido, possibilita
de vida das pessoas. Por isso, a par das suas actividades de transferências rápidas e fiáveis e aumenta a segurança dos
natureza mais marcadamente comercial, tem desenvolvido passageiros (sistema de vídeo-vigilância nas viaturas). Serve
um vasto conjunto de iniciativas que visam a promoção de zonas de lazer, bairros sociais, hospitais e os principais pólos
melhorias nas acessibilidades tanto ao cliente comum como e residências universitários e é a única alternativa de trans-
aos clientes com necessidades específicas, ou residentes em porte público naquele período horário, dado que nem o
áreas mais desfavorecidas ou de difícil acessibilidade: Metro nem a CP têm serviço durante essas horas.
Em 2005 foram transportados 208 mil passageiros, a uma
Linha Zona Histórica: linha de autocarros, explorada em par- média de 1.252 por dia.
ceria com a Câmara Municipal do Porto, que serve exclusi-
vamente o Centro Histórico. Esta linha teve por objectivo Rede de Acesso Fácil: com 31 linhas, é servida por 351 auto-
a integração social da população residente na área, mais carros de piso rebaixado, dos quais 175 equipados com
idosa e economicamente mais desfavorecida, com menos rampa automática e 175 com um sistema de prisão para
mobilidade e a captação de novos clientes para o sistema cadeiras de rodas, a pensar no conforto e acessibilidade dos
de transportes, com uma oferta que apresente menores cus- cidadãos com necessidades específicas de mobilidade (ido-
tos específicos. Em 2005 foram transportados cerca de 44 mil sos, pessoas portadoras de deficiência, pessoas com carri-
passageiros. nhos de bebé, etc).
caderno de sustentabilidade r&c 2005   19

Serviço Aerobus: tem uma ligação regular e directa, em tões ou recomendações ao Conselho de Administração da
autocarro, entre o aeroporto e o Centro do Porto, passa STCP com vista a optimizar o funcionamento e a melhorar a
pelos hotéis e tem um percurso de acordo com as necessida- qualidade do serviço prestado.
des dos passageiros. Em 2005 foram transportados cerca de
77 mil passageiros, mais 21% do que em 2004. Constitui ainda objectivo de curto prazo o alargamento do
âmbito de actuação desta Provedoria a outros operadores
Com o objectivo de melhorar a segurança no interior das via- de transporte público de passageiros da Área Metropolitana
turas, quer dos passageiros quer do seu pessoal, a STCP tem do Porto, com vista à criação de uma Provedoria do Cliente
vindo, desde finais de 2003, a equipar a frota com um sis- do Transporte Público do Grande Porto.
tema de vídeo-vigilância. Este sistema, que está aplicado em
430 viaturas, tem servido para identificar variadas situações Ao longo de 2005 a Provedoria do Cliente tratou 2.540 recla-
anómalas ocorridas no interior das viaturas, a pedido das mações, contra 2.485 em 2004.
Entidades Oficiais e de alguns passageiros. O investimento
representa cerca de 1,5 milhões de euros. SMSBUS: Horários em tempo real: serviço de informação
de horários através de mensagens telefónicas, criado com
A STCP , SA, no âmbito do seu constante envolvimento na o objectivo de fidelizar os clientes, facilitando a mobilidade
comunidade, atribui pequenos apoios diversos a várias enti- e ajudando a poupar tempo nas deslocações. O SMSBUS tra-
dades revestindo a forma de: duz igualmente a adopção das novas tecnologias de infor-
mação e comunicação na melhoria dos serviços prestados
Doações: a STCP celebrou um protocolo com o Governo Civil pela STCP.
do Porto que permite fazer contratos de doação de viaturas,
O serviço SMSBUS da STCP acaba de ser
não necessárias à sua operação, com diversas entidades e
organismos. No âmbito deste protocolo, foi recentemente distinguido com o primeiro lugar na
celebrado com o Núcleo de Baião da Cruz Vermelha Portu-
Categoria “Serviços de Utilidade Pública”
guesa um contrato de doação da ambulância da STCP a fim
de ser utilizada em acções de índole social e de assistência. nos Prémios Optimus 2005 – Soluções
A STCP também tem doado, a instituições de carácter social e
Empresariais de Mobilidade.
carenciadas, diversos equipamentos de mobiliário de escri-
tório, informático e outro, sem utilização na empresa.
Em 2005 foram recebidas cerca de 408 mil mensagens, a
Donativos: revestem em geral a forma de oferta de títulos de uma média de 1.664 por dia.
transporte ou de facilidades de transporte a diversas organi- O investimento neste projecto atingiu 85 mil euros, sendo o
zações e instituições de beneficência. Estes apoios totaliza- seu custo líquido de operação anual de cerca de 121 mil euros.
ram em 2005 cerca de 48 mil euros.
ITINERARIUM: serviço que permite, a partir do site — www.
itinerarium.net —, a pesquisa de percursos em autocarro
Captação de Novos Clientes para o Transporte Público entre dois pontos da área de operação da STCP. Também per-
mite ver a localização das paragens da rede STCP relativa-
A STCP tem vindo a desenvolver novos serviços e produtos mente a um ponto de interesse que se pode marcar num
com o intuito de melhoria da qualidade do apoio aos clien- mapa e consultar os percursos actualizados das linhas.
tes e de promoção do uso do transporte público, associando-
os a acontecimentos diversos da comunidade com o objec- Uma das grandes novidades é a integração com outros dois
tivo de fidelizar os seus clientes e conquistar novos mercados operadores públicos de transportes – Metro e CP –, e a pos-
para o transporte público: sibilidade de estender os cálculos dos percursos ao território
nacional, através da interligação com o site www.transpor.pt
Provedoria do Cliente: entidade independente criada pela que a DGTT suportou. Este serviço é inédito no país e uma
STCP em 2004. Tem como objectivo zelar pelos interesses referência para outras empresas de transportes.
dos clientes da empresa, ao centralizar, tratar e acompanhar
todas as queixas ou reclamações apresentadas. Faz suges-
20   r&c 2005 caderno de sustentabilidade

O Itinerarium.net foi distinguido com �  Dia da Criança


�  Dia Mundial do Turismo
o Prémio de Excelência ESRI EUE 2004,
�  Dia Mundial da Pessoa com Deficiência
uma iniciativa anual que distingue os �  Semana Europeia da Mobilidade

mais exigentes, inovadores e avançados


projectos de Sistemas de Informação Produtos Culturais
Geográfica, baseados em software da ESRI
Museu Carro Eléctrico: O Museu do Carro Eléctrico foi fun-
dado em 1992 pela STCP com o objectivo de preservar e
Em 2005 registaram-se cerca de 137 mil consultas a este site, divulgar uma vasta colecção de carros eléctricos, atrelados e
resultando numa média diária de 377 consultas. O custo veículos de mercadorias de inegável valor patrimonial.
deste projecto está contabilizado em 14 mil euros em 2005.
Tem como missão preservar, conservar e interpretar, em bene-
Título Nicolau: destinado à época natalícia, a STCP disponi- fício do público, espécies e artefactos ilustrativos e represen-
biliza anualmente o título de transporte Nicolau, com o qual tativos da história e desenvolvimento dos transportes públi-
se pretende incentivar o uso do transporte público por seg- cos urbanos sobre carris da cidade do Porto.
mentos de população não utilizadores regulares. Através da investigação e da exposição das suas colecções,
da organização de exposições e programas de índole cultu-
Operação “Via Livre”: sob o lema “Prioridade aos transpor- ral (dos quais se destacam os desfiles anuais de carros eléc-
tes públicos”, a STCP, em colaboração com a Câmara Munici- tricos e os ciclos de música “Noites de Massarelos”) pro-
pal do Porto, lançou em 2004, esta operação com o objec- porciona aos seus públicos a oportunidade de aprender,
tivo de aumentar a qualidade e fiabilidade dos transportes experimentar e conhecer de perto a história, o desenvolvi-
públicos – autocarros e eléctricos – facilitando a mobilidade mento e o impacto sócio-económico dos transportes públi-
e diminuindo os atrasos, através do combate ao estaciona- cos sobre carris da cidade do Porto.
mento indevido e melhorando a circulação dos transportes
públicos em toda a cidade do Porto. Ao longo de 2005 foi Os seus objectivos, coleccionando, preservando, conser-
efectuada uma média de 460 autos de multa por mês, de vando e interpretando objectos que testemunham a história
que resultaram, em média, 90 reboques e 42 bloqueamentos e desenvolvimento dos transportes públicos urbanos sobre
de viaturas por mês, tendo sido gastos 42 mil euros na ope- carris desde 1871 até à década de 1950, pretendem contri-
ração deste serviço. buir para o fortalecimento da missão do museu e das neces-
sidades do público. O desenvolvimento das suas colecções
Alteração do sentido das filas de espera nas paragens: visa concretiza-se na colecção de artefactos e memórias de rele-
facilitar as entradas e saídas nos autocarros, em especial dos vância histórica que importa recolher junto de antigos fun-
passageiros com mobilidade reduzida, e aumentar a veloci- cionários e passageiros de carros eléctricos, mas também na
dade comercial. prestação e divulgação dos mesmos.

Os transportes públicos urbanos do Porto, ainda que inova-


A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, SA (STCP) dores e progressistas na sua missão de serviço ao cidadão,
colabora regularmente em iniciativas levadas a cabo na pertencem ao imaginário dos portuenses pelo seu estatuto
comunidade que serve, tendo dado apoio ao: de antiguidade que lhe vale a consideração de guardiã de
memórias e satisfação de necessidades que contam a histó-
�  Campeonato Europeu de Boccia ria pessoal de cada um dos seus utilizadores.
�  Serviço Queima das Fitas
Consciente da contribuição que o Museu do Carro Eléctrico
E participa, de forma regular com produtos próprios na come- presta à comunidade, tem vindo a Empresa a assumir os cus-
moração de dias especiais, com enfoque na sensibilização das tos associados à sua actividade e de que resultou, em 2005,
camadas mais jovens para o uso do transporte público: um Resultado Operacional de cerca de – 410 mil euros.
caderno de sustentabilidade r&c 2005   21

Nova linha de eléctricos históricos: a STCP acaba de inau- Este relatório teve como base um questionário que serviu
gurar o novo troço da Linha 18, integrada no circuito dos como instrumento de medida para o sector dos transportes
carros eléctricos históricos do Porto. Esta é a mais antiga públicos de passageiros nas áreas metropolitanas de Lisboa
linha de carros eléctricos da Península Ibérica e a primeira e do Porto.
no Porto, tendo sido inaugurada em Setembro de 1895. Com
a conclusão da obra em torno do Hospital de Santo António, Foram seleccionados, de modo aleatório, os clientes com
que implicou um investimento de 825 mil euros, a Linha 18 mais de 15 anos e as respostas individuais foram anónimas.
regressa ao seu percurso original. O estudo deu a conhecer o posicionamento da STCP em rela-
ção aos outros operadores de transporte na Área Metropo-
Doação de carros eléctricos: no âmbito do processo de litana do Porto.
desafectação de carros eléctricos desactivados, foram assi-
nados, com entidades estrangeiras, contratos de doação de
viaturas, nomeadamente para o Brasil - Perfeitura de Santos,
Inglaterra – Crich Tramway Museum e Espanha – Companhia
Transvias de Corunha.
O Museu do Carro Eléctrico não se limita apenas a preservar
o seu espólio museológico, contribuindo activamente para
a promoção do transporte público através de uma vertente
cultural, promovendo inúmeras actividades nesse âmbito,
privilegiando parcerias com outros agentes culturais, desta-
cando-se iniciativas ocorridas ao longo de 2005:

�  Poesia em Linha
�  Ciclo “Ritmos com Rodas”
�  Concerto “Porto Bairro a Bairro”
�  Desfile anual de carros eléctricos históricos
�  “À Noite no Museu”

A STCP participa activamente na vida da comunidade em que


se insere, através da associação a outros eventos culturais da
cidade, tais como:

�  “75ª Feira do Livro do Porto”


�  “Dia de África no Porto”

Satisfação dos clientes

As empresas têm vindo, cada vez mais, a atribuir uma maior


importância à análise da satisfação dos seus clientes, que
se justifica pela maior competitividade a que estão sujeitas
e pela crescente exigência em relação à qualidade dos seus
produtos e serviços.

Assim, na sequência da participação da STCP no projecto


ECSI Portugal, foi apresentado, em 2005, um relatório com
o resumo dos resultados relativos à satisfação dos clientes
da STCP.
22   r&c 2005 caderno de sustentabilidade

7. Desempenho Social – Comunidade Interna

No âmbito do processo de reestruturação e reorganização Estagiários


que vem sendo implementado nos últimos anos na STCP,
foram introduzidas profundas alterações nos processos tec- Tem havido uma política de abertura para promover a cola-
nológicos e de trabalho com o objectivo de tornar a empresa boração com os meios académicos, de modo a serem rece-
mais moderna e competitiva para que possa operar num bidos estagiários em diversas áreas, o que permite aos estu-
quadro de concorrência. dantes terem o seu primeiro contacto com o meio laboral e,
para a empresa, ter contacto com o que de novo é ensinado
Este processo esteve sustentado num programa de redimen- nas escolas/universidades:
sionamento do efectivo que compreendeu três fases distintas
- rescisões amigáveis de contrato com trabalhadores, dispo- 2005 2004
nibilização, através de uma empresa especializada em ges- Número de estágios 6 11
tão de carreiras, de um programa de apoio ao trabalhador
para encontrar um projecto alternativo para o futuro da sua
vida profissional, designado de “redimensionamento social e Formação
reorientação profissional” e por fim a fase de reajustamento
interno dos efectivos através de mobilidade interna. Conhecido que o sucesso de uma empresa depende das
competências individuais dos seus trabalhadores, tem a
STCP dado particular enfoque às acções de formação, nome-
Colaboradores adamente à formação dirigida ao pessoal tripulante, quer
porque se encontra directamente em contacto com o cliente,
Em resultado da política que tem vindo a ser seguida o efec- quer ainda devido às profundas alterações que têm sido
tivo apresenta a seguinte evolução: introduzidas ao nível da rede de transporte público operada
pela STCP.
2005 2004
Efectivo a 31 de Dezembro 1 751 1 844 2005 2004
Horas de formação 46 486 6 209
A distribuição do efectivo por grupos etários é a seguinte: Trabalhadores em formação 1 277 785

2005 2004
18–29 110 161 Avaliação de desempenho
30–49 810 871
>49 831 812 O desenvolvimento profissional dos trabalhadores está regu-
lado por acordo celebrado com as Organizações Sindicais
sendo a idade média de: Representativas dos Trabalhadores designado por Sistema
de Evolução Profissional (SEP) que tem subjacente um pro-
2005 2004 cesso de avaliação de desempenho anual, para o qual concor-
46 45 rem quer os aspectos qualitativos do seu desempenho, quer
indicadores quantitativos tais como absentismo, número de
A proporção Mulheres/Homens tem-se mantido pratica- ocorrências, custo médio de acidentes, faltas injustificadas e
mente estável ao longo dos anos: sanções disciplinares.

2005 2004 Por efeito da aplicação do SEP, a evolução na carreira profis-


Mulheres 92 92 sional tem evoluído da seguinte forma:
Homens 1 659 1 752
2005 2004
Nº trabalhadores promovidos 265 332
caderno de sustentabilidade r&c 2005   23

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Pese embora todas as medidas tomadas que passam pela sen-
sibilização dos trabalhadores para os riscos e para a necessi-
No sector da saúde e da higiene e segurança no trabalho, dade de utilizarem os equipamentos distribuídos, verifica-se
têm sido levadas a efeito diversas iniciativas que procuram através da análise da evolução dos acidentes ocorridos nos
promover a melhoria das condições de saúde e de trabalho últimos dois anos, que os índices se agravaram ligeiramente
de todos os colaboradores. no último ano:

A Empresa assegura a todos os trabalhadores, nas suas insta- Descrição 2005 2004
lações, serviços de saúde para o que dispõe de um Posto Clí- Efectivo médio do ano 1.800 2.037
nico que, para além da medicina do trabalho assegurada por Efectivo médio operário 1.429 1.577
dois médicos de trabalho em estreita ligação aos técnicos da Acidentes c/ITA (1) 154 139
psicologia, tem um corpo de médicos de clínica geral e de Dias perdidos 4.707 3.855
diversas especialidades, bem como de dois médicos para os Acidentes s/ITA (2) 36 42
acidentes de trabalho e, ainda, um serviço de enfermagem Horas perdidas 95 96
que apoia todo o serviço clínico. Acidentes mortais 0 0
Desvalorizações % (IPP) (3) 0 3
No âmbito das medidas de prevenção da saúde, é realizado Dias perdidos por IPP 0 447
anualmente o rastreio pulmonar aos trabalhadores, e é efec- Horas trabalhadas (total) 3.299.744 3.692.067
tuado diariamente, a um conjunto de trabalhadores selec- Horas trabalhadas
2.680.278 2.875.349
cionados aleatoriamente, o controlo de alcoolemia, sendo (efectivo médio operário)
os casos registados com valores acima dos estabelecidos por Taxa de Frequência (TF-1) (4) 57,45 48,34
lei, objecto de um acompanhamento pela medicina do tra- Taxa de Frequência (TF-2) (5) 46,67 37,65
balho com o apoio dos técnicos da psicologia. Taxa de Gravidade (TG-1) (6) 1,75 1,34
Taxa de Gravidade (TG-2) (7) 1,42 1,04
A fim de sensibilizar os trabalhadores para os riscos do con- Taxa de Normalidade (TN-1) (8) 9,28 11,35
sumo de álcool e o uso de drogas e toxicodependências a Taxa de Normalidade (TN-2) (9) 11,69 14,65
empresa celebrou protocolos com o Centro de Alcoologia Taxa Média (TM) (10) 30,57 27,73
e o Instituto de Drogas e de Toxicodependências, estabele-
(1)  c/ITA – com incapacidade total absoluta
cendo programas para a promoção, a divulgação e a sensibi-
(2)  s/ITA – sem incapacidade total absoluta
lização dos riscos do uso dessas substâncias.
(3)  IPP – incapacidade parcial permanente
(4)  (TF-1) – cálculo efectuado sem pessoal administrativo
Dando cumprimento ao estipulado no Código do Trabalho,
(5)  (TF-2) – cálculo efectuado com pessoal administrativo
a STCP dispõe de meios próprios que lhe permitem desen-
(6)  (TG-1) – cálculo efectuado sem pessoal administrativo
volver as actividades integradas no funcionamento dos ser-
(7)  (TG-2) – cálculo efectuado com pessoal administrativo
viços de segurança, higiene e saúde no trabalho de acordo
(8)  (TN-1) – cálculo efectuado sem pessoal administrativo
com o previsto na lei, tendo criado um serviço próprio com
(9)  (TN-2) – cálculo efectuado com pessoal administrativo
técnicos acreditados que trabalham na dependência hierár-
(10)  (TM) – cálculo efectuado sem pessoal administrativo
quica do Departamento de Recursos Humanos. De entre as
funções previstas para esse serviço destacam-se a avaliação
das condições ambientais dos locais de trabalho, a realiza-
ção de estudos sobre a identificação de situações de risco,
a distribuição de fardamento e calçado de segurança, a aná-
lise dos acidentes de trabalho ocorridos, procurando despis-
tar as condições ou situações perigosas e propor as respecti-
vas medidas preventivas.
24   r&c 2005 caderno de sustentabilidade

Relações com os Parceiros Sociais

A Empresa tem mantido um diálogo sério, construtivo e par-


ticipado com todos os Sindicatos e a Comissão de Trabalha-
dores. Ao longo de 2004 e 2005, promoveu diversas sessões
de debate, abertas a todos, com a presença de elementos do
Conselho de Administração, onde foram discutidos diversos
assuntos que, em cada momento, eram considerados impor-
tantes para a vida da empresa, tais como a reestruturação, a
organização do tempo de trabalho do pessoal tripulante e a
nova rede, entre outros.

Em 2005 foi assinado, com três sindicatos, um novo Acordo


Colectivo de Trabalho, inovador no que se refere à organiza-
ção do tempo de trabalho do pessoal tripulante.

A percentagem total de trabalhadores sindicalizados na STCP


é de 91%, encontrando-se todos os trabalhadores abrangi-
dos por acordos de empresa.

Benefícios sociais

A empresa disponibiliza aos seus trabalhadores um conjunto


de benefícios sociais para além dos previstos legalmente:

�  Os colaboradores beneficiam, para além de um subsídio


de refeição, de um refeitório onde são vendidas refeições ao
custo do fornecimento. Em todas as instalações há máquinas
de venda de produtos e de bebidas.

�  Em caso de doença dos trabalhadores, a empresa, para


além de disponibilizar os referidos serviços de medicina
curativa no posto clínico da empresa, comparticipa, na acção
medicamentosa, no montante não suportado pela Segu-
rança Social e, em caso de baixa, complementa o vencimento
do trabalhador.

�  A empresa tem constituído um fundo de pensões, devida-


mente provisionado, gerido pelo BPI, que suporta os custos
com os complementos de reforma dos trabalhadores.

�  Apoia, com um valor fixo, os trabalhadores com filhos a


frequentar infantários.

�  Colabora em actividades sócio-culturais através de apoios


ao Centro Cultural dos Trabalhadores da STCP, nomeada-
mente no que se refere a iniciativas desportivas e à Festa de
Natal e Colónia Balnear para os filhos dos colaboradores.
caderno de sustentabilidade r&c 2005   25

8. Associações/Parcerias

A STCP é membro de: A STCP é associada de :

UITP Union Internationale des Transports Publics ADETURN Associação de Turismo do Norte de Portugal
– Commission on Transport Economics ADFER Associação para o Desenvolvimento do Transporte
– Commission on Transport and Urban Life Ferroviário
– Comission on Transport Management AEP Associação Empresarial de Portugal
– Comission on Human Resources AMTC Associação para o Museu dos Transportes e
– Comission on Marketing and Product Development Comunicações
– Comission on Information, Technology and Innovation APAC Associação Portuguesa dos Amigos dos Caminhos de
– Bus Commitee Ferro
AP2H2 Associação Portuguesa para a Promoção do
Hidrogénio
A STCP participa em Projectos Internacionais: APQ Associação Portuguesa para a Qualidade
Associação “Amigos do Coliseu do Porto”
CUTE Clean Urban Transport for Europe Associação Centro de Informação de Consumo e
Arbitragem do Porto
Associação Comercial do Porto
Associação Porto Histórico
Associação Portuguesa de Veículos a Gás Natural
Biblioteca da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto
CLUB Contactless Users Board
Energaia
Fundação de Serralves
Fundação Portuguesa a Comunidade Contra a Sida
INEGI Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
ISQ Instituto de Soldadura e Qualidade
PRP Prevenção Rodoviária Portuguesa
26   r&c 2005 caderno de sustentabilidade

9. Índice GRI

Tipo Ind. Pág. Observações


Visão e estratégia
Declaração da visão e da estratégia da organização no que se
1.1 E 12, 13
refere à sua contribuição para o desenvolvimento sustentável
1.2 Declaração do Presidente E 9
Perfil
2.1 Nome da organização E 12, 30
2.2 Principais produtos e/ou serviços E 13
2.3 Estrutura operacional E 14, 15
2.4 Estrutura organizacional E 14, 15
2.5 Países em que está presente E 13
2.6 Tipo e natureza legal de propriedade E 12
2.7 Mercados servidos E 13
2.8 Dimensão da organização E 3, 5, 13
18, 19, 22,
2.9 Lista das partes interessadas E
23, 24, 25
2.10 Pessoa a ser contactada para esclarecimentos E 30
2.11 Período a que se referem as informações E 13
2.12 Relatório mais recente E NR
2.13 Limites do relatório E 13
2.14 Alterações ocorridas desde o relatório anterior E NR
2.15 Base de elaboração do relatório E 13
2.16 Reformulação de informações E NR
2.17 Princípios ou protocolos da GRI E 13, 26-29
2.18 Critérios e definições E ND
2.19 Alterações significativas E NR
2.20 Políticas e procedimentos internos E ND
2.21 Verificações imparciais E ND
2.22 Informações adicionais E ND
Estrutura de Governação e Sistemas de Gestão
3.1 Estrutura de governação E 14
Percentagem de administradores independentes
3.2 E 14
e não-executivos
3.3 Especialização dos membros do Conselho de Administração E NR
3.4 Processos do Conselho de Administração E ND
3.5 Remuneração dos executivos E ND
3.6 Estrutura organizacional E 15
3.7 Missão e valores, códigos internos de conduta E 12
Mecanismos de recomendações
3.8 E ND
do Conselho de Administração
Participação das Partes Interessadas
Base para identificação e selecção das principais
3.9 E ND
partes interessadas
3.10 Formas de consulta às partes interessadas E ND
3.11 Consultas às partes interessadas E ND
3.12 Uso das informações E ND
Políticas Abrangentes e Sistemas de Gestão
3.13 Explicação sobre o princípio de precaução E ND
3.14 Cartas de princípios internacionais E ND
3.15 Principais adesões a associações industriais e empresariais E 25
3.16 Políticas e/ou sistemas para gerir os impactes E ND
3.17 Gerir impactes económicos, ambientais e sociais indirectos E 16-24
caderno de sustentabilidade r&c 2005   27

Tipo Ind. Pág. Observações


Principais modificações realizadas, durante o período de ela-
3.18 E NR
boração dos relatórios
3.19 Desempenho económico, ambiental e social E 16, 24
3.20 Estado da certificação E ND
Indicadores de Desempenho Económico
EC1 Vendas líquidas E 5, 19, 28, 34 RC
EC2 Análise regional do mercado E 5, 17, 18 RC
EC3 Custo dos bens, materiais e serviços adquiridos E 27, 46 RC
Percentagem de contratos pagos segundo
EC4 E ND
os termos estabelecidos
EC5 Total do montante salarial e benefícios E 27, 46 RC
EC6 Distribuições aos investidores E NR
EC7 Aumento/decréscimo em ganhos retidos no fim do período E NR
EC8 Impostos E 46 RC
EC9 Subsídios recebidos de acordo com o país ou região E 26,28,37, 46 RC
EC10 Doações E 19, 21
EC11 Classificação de fornecedores C ND
EC12 Desenvolvimento de infra-estruturas para negócios não-centrais C ND
EC13 Impactes económicos indirectos da organização C ND
Indicadores de Desempenho Ambiental
EN1 Consumo total de materiais por tipo (excepto água) E ND
EN2 Percentagem de materiais utilizados que são resíduos E ND
EN3 Consumo directo de energia E 16
EN4 Consumo indirecto de energia E 16
EN5 Consumo total de água E 16
Localização e áreas das terras pertencentes à organização, arren-
EN6 E ND
dadas ou por ela geridas em habitats ricos em biodiversidade
EN7 Impactes sobre a biodiversidade E ND
EN8 Emissões de gases com efeito de estufa E 16
Utilização e emissão de substâncias destruidoras
EN9 E NR
da camada de ozono
EN10 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo E 16
EN11 Resíduos E 17
EN12 Descargas significativas na água E ND
Derrame significativo de produtos químicos, óleos e combus-
EN13 E ND
tíveis, por número total de ocorrências e por volume total
Impactes ambientais significativos dos principais produtos e
EN14 E ND
serviços
Percentagem recuperável dos produtos vendidos e
EN15 E ND
percentagem efectivamente recuperada
EN16 Incidentes ou multas pelo não-cumprimento E ND
Iniciativas para uso de fontes de energia renovável e para
EN17 C 17
aumentar a eficiência energética
EN18 Consumo anual de energia dos principais produtos C ND
EN19 Outros consumos indirectos de energia e suas implicações C ND
Fontes de água e ecossistemas/habitats significativamente
EN20 C NR
afectados pelo consumo de água
EN21 Consumo anual de água existente C ND
EN22 Reciclagem e reutilização total de água C ND
Quantidade total de terras compradas, arrendadas ou geridas
EN23 C ND
para actividades de produção ou uso extractivo
28   r&c 2005 caderno de sustentabilidade

Tipo Ind. Pág. Observações


Quantidade de superfície impermeável em relação a terras
EN24 C ND
compradas ou arrendadas, em percentagem
Impactes das actividades e operações sobre áreas protegidas ou
EN25 C ND
sensíveis
EN26 Alterações dos habitats naturais C NR
Objectivos, programas e metas para proteger e restaurar ecossis-
EN27 C ND
temas e espécies nativas em áreas degradadas
Número de espécies na Lista Vermelha da UICN com habitat em
EN28 C ND
áreas afectadas pelas operações
Unidades de negócios que operem ou pretendam desenvol-
EN29 ver operações em áreas protegidas ou sensíveis, ou na zona C ND
envolvente
Outras emissões indirectas relevantes de gases com efeito de
EN30 C ND
estufa
Toda a produção, transporte, importação e exportação de
EN31 qualquer resíduo considerado prejudicial segundo a C NR
Convenção da Basileia
Fontes de água significativamente afectadas pela descarga e
EN32 C NR
escoamento de água
Desempenho dos fornecedores relativo aos componentes
EN33 C ND
ambientais
EN34 Impactes ambientais significativos do transporte utilizado C ND
EN35 Total de gastos ambientais C ND
Indicadores de Desempenho Social
LA1 Mão-de-obra, por região ou país, estatuto, tipo de emprego E ND
LA2 Criação de empregos e rotatividade, por região/país E ND
Percentagem de empregados representados por organizações
LA3 E 24
sindicais independentes
LA4 Relações trabalho/gestão E NR
LA5 Saúde ocupacional E 23, 24
LA6 Comités formais sobre saúde e segurança E ND
LA7 Índice de absentismo E 22, 36 RC
LA8 Descrição de políticas ou programas a respeito de VIH/SIDA E 23
LA9 Formação por ano, por empregado e por categoria E 22
Descrição de políticas ou programas promotores de
LA10 E ND
oportunidades iguais
Proporção homem/mulher e outros indicadores de diversidade
LA11 E 22
culturalmente apropriados
LA12 Benefícios dos colaboradores além dos previstos por lei C 24
Representação formal de trabalhadores em tomadas de decisão
LA13 C ND
ou administração
Directrizes sobre Sistemas de Gestão de Segurança
LA14 C ND
e Saúde no Trabalho
LA15 Acordos formais com sindicatos C ND
Programas para apoiar a continuidade da vida laboral
LA16 C ND
dos funcionários
LA17 Gestão da capacidade e formação ao longo da vida profissional C ND
Direitos Humanos
HR1 Directrizes dos direitos humanos E ND
caderno de sustentabilidade r&c 2005   29

Tipo Ind. Pág. Observações


HR2 Impactes sobre os direitos humanos E ND
HR3 Desempenho em direitos humanos E ND
HR4 Não-discriminação E ND
HR5 Política de liberdade de associação E NR
HR6 Trabalho infantil E NR
HR7 Trabalho forçado e compulsatório E NR
HR8 Formação de empregados C ND
HR9 Processos judiciais C ND
Política de não-retaliação e sistema efectivo e confidencial de
HR10 C ND
recepção das queixas dos funcionários
HR11 Formação em direitos humanos para segurança dos funcionários C ND
HR12 Necessidades das populações indígenas C NR
HR13 Queixas e reclamações da comunidade indígena C NR
HR14 Receita operacional C NR
Sociedade
SO1 Impactes sobre as comunidades E ND
SO2 Suborno e corrupção E NR
SO3 Gestão de lobbies e contribuições políticas E NR
SO4 Prémios recebidos C 19-20
SO5 Financiamento de partidos políticos C NR
SO6 Decisões do tribunal C NR
SO7 Comportamentos anticompetitivos C NR
Responsabilidade sobre o produto
PR1 Políticas para preservar a saúde e a segurança do consumidor E 18-20
PR2 Informações sobre o produto e a sua rotulagem E NR
PR3 Respeito pela privacidade do consumidor E ND
Não-conformidade com a legislação referente à saúde e
PR4 C ND
segurança do consumidor
PR5 Reclamações recebidas com a saúde e segurança do consumidor C 19
Conformidade voluntária com um código de conduta,
PR6 C ND
selos ou rótulos
Não-conformidade com a legislação referente a informações e
PR7 C ND
rotulagem do produto
PR8 Satisfação do consumidor C 21
PR9 Adesão a padrões e códigos voluntários de publicidade C NR
PR10 Violação de regulamentações em publicidade e marketing C ND
Reclamações relacionadas com a violação da privacidade
PR11 C NR
de consumidores

Fonte: GRI (2002) - “Directrizes para Elaboração dos Relatórios de Sustentabilidade”

C – Indicador complementar
E – Indicador essencial
RC – Indicador complementar disponível no Relatório e Contas 2005
NR – Indicador “não relevante” ou “não aplicável”
ND – Indicador “não disponível” ou apenas “disponível parcialmente”

Potrebbero piacerti anche