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TEXTO DE APOIO 6
A gripe aviária é uma zoonose (doença dos animais) provocada por uma estirpe altamente
virulenta do vírus da gripe A/H5N1. Foi descrita pela primeira vez há mais de cem anos em
Itália, sendo que até 1997 só provocava doença pouco grave nas aves aves (nomeadamente
diminuição na produção de ovos e alterações nas penas).
Os primeiros casos humanos ocorreram em 1997 em Hong Kong e foram precedidos por um
surto em aves domésticas. Foram abatidas, nessa altura, milhões de aves e, aparentemente, a
situação foi controlada. Infelizmente, o vírus reapareceu em 2003, tendo provocado uma
"epizootia" (epidemia animal) e casos isolados em humanos.
Há vírus A/H5N1 pouco agressivos e outros muito agressivos. Os que estão a provocar a
epidemia nas aves e os casos em humanos são provocados pela estirpe mais agressiva.
Os vírus da gripe do tipo A têm como reservatório (isto é, o organismo em que o vírus vive e se
multiplica) as aves selvagens aquáticas. Embora, regra geral, estas aves não desenvolvam a
doença, o vírus provocou
rovocou a doença e a morte de algumas aves migratórias.
Até 1 de Março de 2006, o vírus provocou 174 casos em humanos - que resultaram em 94
mortes - e a morte e o abate sanitário de milhões de aves.
A transmissão do vírus A/H5N1é feita das aves infectadas (vivas ou mortas) para o homem,
homem
através de contacto com estas, suas secreções ou fezes. Daí a importância da higiene individual
(lavagem das mãos) na prevenção da transmissão. Assim, todos aqueles que contactam
directamente
tamente com aves infectadas correm um risco maior de infecção.
O risco de transmissão por via alimentar (ingestão de carne de aves ou ovos crus
contaminados com o vírus) não é provável. No entanto, e para reduzir o risco de doenças
como as salmoneloses (doenças
enças provocadas por um tipo de bactéria presente no intestino de
aves e que provoca intoxicações alimentares sobretudo no Verão), recomenda-se
recomenda que sejam
respeitadas as regras usuais de higiene e segurança alimentar, em particular a confecção dos
alimentos a temperaturas superiores a 70ºC.
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In http://www.portaldasaude.pt
/www.portaldasaude.pt
Quanto à transmissão inter-humana, não existem evidências nesse sentido, pelo que
presentemente a doença pelo vírus H5N1 é uma doença primariamente animal.
Situação actual
A Organização Mundial de Saúde (OMS), que possui uma rede mundial de vigilância da gripe,
elaborou um plano global de contingência com novas fases pandémicas (da fase 1 à fase
6). Estamos na fase inicial (fase 3) do período de alerta (i.e., vigilância) pandémica. Cabe ao
Director-Geral da OMS a declaração das fases pandémicas, em função da avaliação do risco à
escala global.
Existe o receio de que este vírus possa provocar uma pandemia (epidemia à escala mundial),
porque:
• É um vírus totalmente novo, para o qual não existe memória imunológica (não há
anticorpos protectores) para a população mundial;
• As pandemias (epidemias à escala global) ocorrem cada três a quatro vezes por século.
No entanto, para que isso aconteça, é necessário que o vírus adquira características que lhe
permitam adaptar-se à espécie humana. O que ainda não aconteceu.
O risco imediato para a saúde humana é muito baixo: dos milhões de pessoas residentes em
zonas em que o vírus provoca “epidemias” em animais, só houve - de 2003 até ao momento -
174 casos confirmados de infecção humana por contacto directo com animais infectados (sem
evidência de transmissão inter-humana).
Apesar deste facto, mas atendendo a que cada novo caso humano aumenta o risco do vírus se
adaptar à espécie humana e se poder tornar transmissível entre pessoas, a OMS e as
autoridades de muitos países estão alerta e já prepararam os respectivos planos de
contingência (que dizem o que fazer na eventualidade duma pandemia por este ou por outro
vírus).