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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO NORTE DE MINAS

SALVAÇÃO

Trabalho apresentado à disciplina


Exposição Bíblica de Atos, ministrada
pela professora Clarice Bispo, como
requisito parcial de avaliação do 1°
semestre letivo de 2008, referente ao 3°
ano do curso de Bacharel em Teologia.

ANDRÉ R. E S.
JUNHO / 2008
“Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom
celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do
século futuro, e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de
novo crucificaram o Filho de Deus e o expõem ao vitupério” (Hb 6: 4-6).

FUNDO HISTÓRICO:
Durante séculos esta passagem foi provavelmente aquela a que mais frequentemente os
estudiosos recorreram, quando tinham a intenção de provar que um crente pode perder
sua salvação. Ainda assim, durante esses mesmos séculos, inúmeras interpretações
foram apresentadas.
É indiscutível, que, com interpretações tão variadas e fortemente defendidas, que esta é
uma passagem de difícil compreensão, e que tal feito só é possível através da referência
ao tema principal do livro, pelo contexto mais próximo desta advertência dentro de seu
argumento, e pelo desenvolvimento do tema do autor dentro da própria advertência.
No que diz respeito ao livro, é melhor entendê-lo como destinado aos cristãos de origem
judaica. A força do antigo continua vigorosa nesta comunidade cristã/judaica,
aproximadamente três décadas depois da morte de Cristo. Eles acreditam em Jesus
como Salvador, mas ainda são fortemente atraídos à herança do AT. Dessa forma, o
autor parte para reforçar seu comprometimento com Jesus e o movimento cristão que
florescia devido a uma abrangente exposição da superioridade de Cristo. Para
demonstrar esta superioridade, o autor compara o Antigo e o Novo, ponto a ponto. O
Antigo era mediado por anjos, o Novo pelo próprio Filho de Deus. O Antigo
apresentava Moisés, um servo honrado na casa de Deus. O Novo apresenta Jesus, o
Construtor e Proprietário da casa em que Moisés serviu. O Antigo tinha um glorioso
sumo sacerdócio. O Novo tem um sumo sacerdócio muito mais glorioso, exercido por
Jesus. E em cada ponto, o sacerdócio de Jesus, que é tipificado pelo de Melquizedeque,
é muito superior ao sacerdócio de Arão.
Dentro dessa discussão sobre os dois sacerdócios que se encontra a passagem de
advertência de carta aos Hebreus. A implicação está clara. Como alguém poderia pensar
em voltar a procurar o relacionamento com Deus por intermédio de um sacerdócio cujas
deficiências estão tão claramente exibidas em contraste com a “eterna salvação” (5.9)
que nos é assegurada pelo sumo sacerdócio de Cristo?
Em meio a esta argumentação, o autor faz uma pausa para examinar a experiência atual
daqueles a quem ele escreve, e insiste para que examinem com ele as implicações da
escolha que estão considerando fazer.
À lógica da advertência, expressa a preocupação do autor com seus irmãos. Ele não
teme que eles se percam, está realmente na é sua preocupação na advertência. No
entanto, ele teme que estes crentes hebreus possam deixar de compreender o problema,
e como resultado estarão aprisionados em um modo de vida que não pode levá-los à
maturidade espiritual, nem tornar suas vidas frutíferas para Deus.
A primeira coisa a ser admitida é que o autor, sem dúvida, identificou as pessoas que ele
tem em mente como sendo cristãos. Eles são descritos por quatro expressões que estão
no particípio, das quais a primeira é complementada pelas outras três. O autor está
falando de pessoas que:
Foram iluminadas: isto é, elas:
1º. Provaram o dom celestial;
2º. Fizeram-se participantes do Espírito Santo;
3º. Provaram a boa Palavra de Deus.
Nos texto de João e de Paulo (Ef 5:14), a “luz” vem com a aceitação da mensagem do
evangelho. Todos os demais caminham nas trevas. No NT, em particular, “provar” é
usado metaforicamente a respeito da experiência consciente de uma relação. Alguém
que “prova” a morte, está morto (Jo 8:52; Hb 2:9). Portanto, não existe nenhum
contraste implicado aqui entre “provar” e “experiência completa”. Estes são os
verdadeiros crentes, que experimentaram o dom da salvação, receberam o Espírito
Santos, e participaram da boa palavra de Deus. Eles são fiéis cristãos em todo o sentido
da palavra.
O que dizer do argumento de que “é impossível que os que... recaíram sejam outra vez
renovados”? (6:4,6). A palavra adynaton, “impossível”, é forte e absoluta, e nesta
mesma carta, é usada a respeito da impossibilidade de Deus mentir (6:18), a
impossibilidade de que o sangue de animais remova pecados (10:4), e da
impossibilidade de agradar a Deus sem fé (11:6). Claramente o autor sustenta que se um
cristão apostatar, não existe caminho de volta. Observe, no entanto, que ele não implica
que um cristão irá ou poderá apostatar. O argumento “é impossível, se... então” é, por
sua própria forma, necessariamente hipotético. Se um verdadeiro cristão apostatar ( e
isso não implica nem que sim, nem que não) então ele nunca poderá se arrepender e
retornar ao relacionamento perdido.
Mas, por que não? A resposta é que a atitude de se afastar de Cristo envolve uma
rejeição da eficácia que Ele ofereceu como nosso Sumo Sacerdote. E o que faria alguém
que rejeita esta benção? Pediria para que Jesus fosse crucificado novamente?
Inimaginável! Pois fazer isso seria expor Cristo ao vitupério, e seria uma admissão de
que seu sacrifício foi inadequado para fazer por nós o que Deus havia prometido. É
possível parafrasear estes versículos (6:4-6) da seguinte maneira:
“O que você desejaria fazer? Abandonar os fundamentos de fé e retornar ao judaísmo?
Como, então, você poderia retornar ao relacionamento da Nova Aliança com o Senhor –
você que foi iluminado, provou do dom celestial, participou do Espírito Santo, e
conheceu o fluxo do poder da ressurreição? Você crucificaria Jesus novamente, e por
meio de um novo sacrifício seria trazido de volta ao arrependimento? Completamente
impossível! Que desgraça esta idéia de que a obra de Jesus por você não é suficiente!”
E assim a advertência do autor pretende mostrar aos seus leitores que não existe uma
maneira possível de retornar à Antiga Aliança. Cristo agora vive como Sumo Sacerdote
para todos aqueles que crêem nele. Retornar seria negá-lo. E se alguém nega a Cristo e à
Sua obra, já não existe esperança.
Mas, o que precisa ser mencionado é que é impossível renovar os apóstatas, e que os
verdadeiros crentes podem apostatar. Portanto, a tradução correta seria:
“... É impossível restaurar ao arrependimento aqueles que antes foram iluminados... se
cometerem apostasia, posto que assim crucificam ao Filho de Deus, para seu próprio
detrimento, expondo-o à ignomínia...”
Esse é o sentido claramente tencionado pelo autor. Ele meramente expressava um
comum interpretação rabínica, com base em Nm 15:28, onde se vê que havia perdão
para os pecados de ignorância, através de sacrifícios cruentos, mas não havia perdão
para pecados voluntários, ou de presunção, mediante aqueles sacrifícios. Naqueles casos
o individuo era cortado de Israel, sem qualquer remédio. Que nosso autor tem em mente
essa tradição é evidente com base em Hb 10:26, onde ele menciona especificamente a
fatalidade do pecado voluntário. Para tal pecado não havia sacrifício – ficava fora do
alcance expiatório dos sacrifícios. O que resta é apenas uma espera temível pelo juízo e
pela indignação divina. Se os interpretes ansiassem por interpretar o autor sagrado com
base no que ele provavelmente cria, devido suas conexões com a tradição judaica, e não
com base no que ele teria dito, para concordar com nossa teologia, não haveria
dificuldade e nem confusão em torno deste texto.
A SALVAÇÃO A PARTIR DE TRÊS PERSPECTIVAS DIFERENTES:

CALVINISMO
ULTRA-CALVINISMO ARMINIANISMO
MODERADO
1. Depravação total. 1. Depravação total. 1. Livre-arbítrio.
2. Eleição incondicional. 2. Eleição divina 2. Eleição condicional.
3. Expiação limitada. 3. Expiação ilimitada. 3. Expiação geral.
4. Graça irresistível. 4. Graça eficaz. 4. Graça resistida.
5. Perseverança dos santos. 5. Perseverança dos santos. 5. Cair da graça.
FOCO FOCO FOCO
1. Tudo de Deus, mas o 1. Iniciativa total do
1. Tudo de Deus, nada do homem precisa responder homem, mas o Espírito
homem. com fé Santo dá fé suficiente.
2. Graça eficaz de Deus = 2. Graça eficaz + fé 2. Graça para crer = fé
fé pessoal do homem. pessoal, são os requisitos pessoal
3. Cristo morreu somente para a salvação 3. Cristo morreu por todos,
pelos eleitos 3. Cristo morreu por todos, mas inclui orientação de
tornando todos “salváveis”. obras

APOSTASIA:
No grego aphistemi, traduzido “apartar”. O termo é definido como “decaída, deserção,
rebelião, abandono, retirada ou afastar-se daquilo que antes se estava ligado”. Apostatar
significa cortar o relacionamento salvífico com Cristo, ou apartar-se da união vital com
Ele e da verdadeira fé n’Ele. Sendo assim, a apostasia individual é possível somente
para quem já experimentou a salvação, a regeneração e a renovação pelo Espírito Santo,
não é simples a negação das doutrinas do NT pelos inconversos dentro da igreja visível.
A apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si:
a) A apostasia teológica e também a rejeição de todos os ensinos originais de Cristo
e dos apóstolos de alguns deles (I Tm 4:1; II Tm 4:3).
b) A apostasia moral que também aquele que é crente deixa de permanecer em
Cristo e volta a ser escravo do pecado e da imoralidade (Is 29:13; Mt 23:25-28;
Rm 6:15-23; 8: 6-13).
A Bíblia adverte fortemente quanto à possibilidade da apostasia, visando tanto alertar do
perigo fatal de abandonar a união com Cristo, como para motivar à perseverança na fé e
na obediência. O propósito divino desses trechos bíblicos de advertência não deve ser
enfraquecido pela idéia que afirma: “As advertências sobre a apostasia são reais, mas a
sua possibilidade, não”. Antes, devemos entender que essas advertências são como uma
realidade durante o nosso viver aqui, e devemos considerá-las um alerta se quisermos
alcançar a salvação final. “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (ICo10:12); E
“Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus
vivo”. (Hb 3:12)
Os passos que levam à apostasia são:
• O crente por sua falta de fé deixa de levar plenamente a sério as verdades,
exortações, advertências, promessas e ensinos da palavra de Deus (Mc 1:15; Lc
8:13; Jo 5:44-47; 8:46).
• Quando as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do Reino
Celestial de Deus, o crente deixa paulatinamente de aproximar-se de Deus através
de Cristo (Hb 4:16; 7:19,25; 11:6).
• Por causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais
tolerante ao pecado em sua própria vida (IÇO 6:9-10; Ef 5:5; Hb 3:13). Já não ama
e retidão nem odeia a iniqüidade.
• Por causa da dureza de seu coração e da sua rejeição aos caminhos de Deus (Hb
3:8, 10, 13), não faz caso da repetida voz e repreensão do Espírito Santo (Ef 4:30;
ITs 5:19-22; Hb 3: 7-11).
• O Espírito Santo se entristece (Ef 4:30; Hb 3:7,8); seu fogo se extingue (ITs 5:19)
e seu templo é profanado (ICo 3:16). Finalmente, Ele se afasta daquele que antes
era crente (Jz 16:20; Sl 51:11; Rm 8:13; ICo 3:16-17; Hb 3:14). É próprio salientar
que, embora a apostasia seja um perigo para todos os que vão se desviando da fé e
que se apartam de Deus, ela não se consuma sem o constante e deliberado pecar
contra a voz do Espírito Santo (Mt 12:31-32).
A blasfêmia contra o Espírito Santo é a rejeição contínua e deliberada do testemunho
que o Espírito Santo dá de Cristo, da sua palavra e da sua obra de convencer o homem,
do pecado ( Jo 16:7-11). Aquele que rejeita a voz do Espírito e se opõe a ela, afasta de si
mesmo o único recurso que pode levá-lo ao perdão – Espírito Santo.
Os passos que levam à blasfêmia contra o Espírito Santo:
a) Entristecer o Espírito Santo. Se isso for contínuo, levará a resistência ao Espírito
(Ef 4: 30);
b) Resistir ao Espírito leva ao apagamento do mesmo dentro da pessoa (I Ts 5:19);
c) Apagar o Espírito leva ao endurecimento do coração (Hb 3:8-13);
d) O endurecimento do coração leva a uma mente réproba e depravada, a ponto de
chamar o bem de mal e o mal de bem (Rm 1:28; Is 5:20). Quando o endurecimento do
coração atinge certa intensidade que somente Deus conhece, o Espírito já não
contenderá para levar aquela pessoa ao arrependimento (Gn 6:3; Dt 29:18-21; ISm
2:25; Pv 29:1).
Quanto àqueles que se preocupam pensando que já cometeram pecado imperdoável, a
sua disposição de se arrependerem e quererem o perdão, é a evidencia de que não
cometeram o tal pecado imperdoável (apostasia).
• Aqueles que, por terem um coração incrédulo, se afastam de Deus (Hb 3:12),
podendo pensar que ainda são verdadeiros crentes, na sua indiferença para com as
exigências de Cristo e do Espírito Santo e para com as advertências das escrituras
que indicam o contrário. Uma vez que alguém pode enganar-se a si mesmo, Paulo
exorta todos aqueles que afirmam serem salvos: “Examinai-vos a vós mesmos se
permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus
Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” (IICo 13:5).

• Quem sinceramente, preocupa-se com sua condição espiritual e sente no seu


coração e desejo de voltar-se arrependido para Deus, tem nisso uma clara
evidência de que não cometeu a apostasia imperdoável. As escrituras afirmam que
Deus receberá a todos que já desfrutaram da graça salvadora, se arrependidos,
voltarem a Ele - A parábola do filho pródigo:
“Continuou: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a
parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho
mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos
os seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país
uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi e se agregou a um dos
cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos. Ali, desejava
ele fartar-se das bolotas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo
em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de
fome! Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante
de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. E,
levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e,
compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu
e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos:
Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;
trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho
estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se”(Lc 15:11-
24;)
(ICo 5: 1-5 com IICo 2:5-11; Rm 11:20-23; Tg 5:19-20; Ap 3:14-20; note o exemplo
de Pedro Mt 16:16; 26:74 -75; Jo 21:15-22).
• Os santos devem perseverar para o alcance da salvação:
“E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar

até ao fim será salvo”. (Mt 24:12-13); Mc 13:13; Mt 10:22.


“O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu
nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante do s seus

anjos”. (Ap 3:5); Ap 2:10; Tg 1:12; ITs 5:23-24;


“Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém,
não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a

conservação da alma”. (Hb 10: 38-39); Hb 3:6,14; 4:11;


“Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se
esforçam se apoderam dele”. (Mt 11:12); Lc 16:16; IITm 3:14-15;
“mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira
de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. E, se invocais por Pai
aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor,
durante o tempo da vossa peregrinação”(IPe 1:15-17)
“Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia”. (ICo 10:12)
“Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça
justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda”. (Ap 22:11)

• Se a apostasia continua sem refreio, o individuo pode, finalmente, chegar ao


ponto em que não seja possível um recomeço:
A) Isto é, a pessoa que no passado teve uma experiência de salvação com Cristo,
mas que deliberada e continuamente endurece seu coração para não atender à voz do
Espírito Santo (Hb 3: 7-19), continua a pecar intencionalmente (Hb 10:26) e se
recusa a arrepender-se e voltar para Deus, pode chegar a um ponto sem retorno em
que não há mais possibilidade de arrependimento e salvação (Hb 6:4-6; Gl 5:4; Dt
29:18-21; I Sm 2:25; Pv 29:1). Há um limite para a paciência de Deus (I Sm 3:11-
14).
“Portanto, eu vos digo: todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia
contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra
contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo,
não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro” (Mt 12:31-32).
“Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da
verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados ... coisa é cair nas mãos do Deus vivo”.
(Hb 10:26-31)
“Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida
àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore.
Toda iniqüidade é pecado, e há pecado que não é para morte” (IJo 5:16-17).
João aqui faz distinção entre dois tipos de pecados: 1º- Pecados menos graves, que
ocorrem inconscientemente, ou sem a pessoa querer, e que não levam à morte espiritual;
2º - Pecados terríveis, evidenciando rebelião deliberada contra Deus e sua palavra, como
blasfêmia contra o Espírito Santo, deserção da obra salvifica de Cristo, todos eles
resultante da morte espiritual ou conducente a ela, e à separação da vida de Deus.
“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o
prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles
o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim
corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo o
meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de
alguma maneira a ficar reprovado.” (I Co 9:24-27)
“... abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de
Beor, que amou o prêmio da injustiça .... Portanto, se, depois de terem escapado das
contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se
deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro.
Pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-
lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado. Com eles
aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca
lavada voltou a revolver-se no lamaçal.” (II Pe 2:15, 20-22)
A parábola da videira e os ramos
”Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não
der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já
estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em
vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim,
nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem
permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se
alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o
apanham, lançam no fogo e o queimam.” (Jo 15: 1-6)
A parábola das dez virgens
”Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas,
saíram ao encontro do esposo. E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas. As loucas,
tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. Mas as prudentes levaram azeite em
suas vasilhas, com as suas lâmpadas. E, tardando o esposo, tosquenejaram todas e
adormeceram. Mas, à meia-noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro!
Então, todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas. E as loucas
disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Mas
as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos
que o vendem e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que
estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. E, depois,
chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta! E ele,
respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. Vigiai, pois, porque não
sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir”. (Mt25:1-13)
“Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos
debaixo do jugo da servidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar,
Cristo de nada vos aproveitará. E, de novo, protesto a todo homem que se deixa circuncidar
que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais
pela lei; da graça tendes caído”. (Gl 5: 1-4)
Alguns dos gálatas tinham substituído sua fé em Cristo pela fé na obediência à Lei, da
mesma forma que os judeus cristãos, em Hb 6, estavam por retornar ao judaísmo. Paulo
declara que os tais caíram da graça. Cair da graça é estar alienado de Cristo e abandonar
o princípio da graça de Deus que nos traz vida e salvação. È anular a nossa associação
com Cristo e deixar de permanecer n’Ele.
Outras referências: Cl 1:23; Gl 4:9; II Pe 3:17; I Tm 1:19; 6:9; II Tm 4:4, 10; Hb 12:15;
4:1; 12:25; 3:12; Lc 8:13.
B) Esse ponto de onde não há retorno, não se pode definir de antemão. Logo a única
salvaguarda contra o período de apostasia estrema está na admoestação do Espírito:
“hoje se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hb 3:7, 8, 15; 4:7).
Segurança da Salvação:
“As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e
nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que
todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai”. (Jo 10: 27-29); 6:37; 17:2, 6, 11-12.
“Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a
vontade do Pai, que me enviou, é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o
ressuscite no último Dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o
Filho e crê nele tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último Dia”. (Jo 6: 38-40)
“Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não
dará também com ele todas as coisas?... Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a
angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por
amor de ti somos entregues à morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas
em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de
que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem
o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de
Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!” (Rm 8:32, 35-39); 5:1-2;
“Quem és tu que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme,
porque poderoso é Deus para o firmar” (Rm 14 : 4).

CONCLUSÃO:
Compreendo e aceito a visão bíblica concernente à segurança da salvação. Porém,
entendo que essa segurança está baseada na perseverança do crente em seguir a fé em
Cristo. Haja visto que, a apostasia implica em apartar, abjurar, deserção, abandono
afastar-se daquilo que estava ligado, entendo que só se apostata aquele que já esteve
ligado a Cristo, ou seja, fora participante dos benefícios salvíficos de Jesus e os rejeitou.
Exemplo Gl 5:1-4; Hb 6: 4-6; com base nisso podemos dizer que o crente pode perder a
salvação, uma vez que renuncie a obra redentora de Cristo.

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