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www.embalagemmarca.com.br
Carta do editor
Mais que nova, inovadora
E mpenhados em ino-
var sempre e em ofe-
recer informação de utili-
desde seu lançamento, a
revista consagrou-se co-
mo a mais inovadora pu-
gestões que a redação e o
departamento comercial
retiram a inspiração para
dade aos leitores, inaugu- blicação da área de emba- fazer de EMBALAGEM-
ramos nesta edição uma lagem no Brasil. Quem o MARCA uma publicação
nova seção. Chama-se diz não somos nós, mas que já deixou de ser ape-
Making Of, mais um es- testemunhos escritos de nas nova, como uns pou-
trangeirismo em voga que inúmeros leitores, em par- cos ainda insistem em
no entanto, temos de reco- te reproduzidos na seção classificá-la levando em
nhecer, define muito bem Espaço Aberto desta e das conta exclusivamente o
o que se quer dizer. A idéia 21 edições que a antecede- critério cronológico. É
que está por trás da nova ram. Animam-nos, tam- verdade que, com pouco
seção é mostrar, contado bém, os depoimentos ver- menos de dois anos, é a re-
por quem o fez, como se bais. Eles nos incentivam vista mais nova do setor.
desenvolveu o processo de não só com elogios, mas Mas basta um exame,
construção de embalagens, também com proveitosas mesmo superficial, de
desde sua concepção até o críticas e sugestões. suas 22 edições, para veri-
resultado final. Making Of Queremos implementar ficar que é inovadora. Não
nasce por sugestões de lei- cada vez mais a interação “a mais” inovadora, mas
tores e de amadurecida tro- entre a revista, os leitores e simplesmente inovadora.
ca de opiniões entre a os anunciantes. É da sinto-
equipe da revista e profis- nia com eles e de suas su- Wilson Palhares
sionais da área.
Nossa expectativa é esti-
mular a percepção de que
a embalagem e seus com-
ponentes são vitais para o
êxito do produto. Mais do
que isso, são parte insepa-
rável dele. Quando desen-
volvidos de forma correta,
profissional, harmonizan-
do engenho e arte, consti-
tuem-se em ícones que re-
metem ao produto. A se-
ção Making Of está aberta
aos profissionais e às em-
presas que queiram contri-
buir para levar um pouco
de sua experiência ao co-
nhecimento do público de
EMBALAGEMMARCA.
Ao destacar a estréia da
nova seção, move-nos
também a intenção de res-
saltar um aspecto que é
motivo de muito orgulho e
de incentivo para a equipe
de EMBALAGEMMARCA:
em menos de dois anos
22espacoaberto 23/05/01 19:36 Page 4
Espaço aberto
mês não só por seu conteúdo, mas
também pela expectativa de uma
surpresa em termos de inovação
A cabo de receber a edição nº
21 de EMBALAGEMMARCA — pri-
jornalística e mercadológica. Des- morosa, aliás, como sempre — e
de o título da revista, que denota tive a imensa satisfação de ver a
raciocínio e planejamento para destacada notícia acerca de nossa
atingir o público-alvo definido no página na internet. Fico muito
expediente, e das reportagens grato pela especial deferência.
sempre oportunas e pertinentes até Ernani Paulino
as capas e outras iniciativas de Packnology!
grande impacto, destinadas a mos- Campinas, SP
trar e amostrar diferentes mate-
riais de embalagem, essa publica- N ós, pequenos empresários do
A cada edição de EMBALAGEM-
MARCA percebo o quanto a revista
ção tem-se revelado altamente
inovadora, ousaria até dizer revo-
Nordeste, temos na revista EMBA-
LAGEMMARCA, todos os meses, a
se mostra capacitada, sempre bus- lucionária. Digo isso com a expe- oportunidade de entrar em conta-
cando temas atuais, como em riência de quem acompanha o to com o que ocorre nos merca-
“Cada vez mais, reciclar poderá assunto há mais de trinta anos. dos mais dinâmicos do país e
ser um bom negócio” (nº 20, Continuem nesse caminho de su- também de conhecer tendências
março de 2001). Marketing Eco- cesso. internacionais. Já fizemos adap-
lógico não é moda, veio para ficar. Carlos Caprara tações bem sucedidas.
Parabéns ao Sr. Guilherme Kamio Diretor da Caprara Publicidade Silvino Mansur Raffaz
pelo texto. São Paulo, SP SMR Plásticos
Roberto Inson Jaboatão dos Guararapes, PE
Gerente de Marketing
Prakolar Rótulos Auto-Adesivos
F oi um grande prazer tê-los co-
nhecido em seu stand na Fiepag.
São Paulo, SP Gostaria de reiterar votos de su- MENSAGENS PARA EMBALAGEMMARCA
cesso à revista. Trata-se de um Redação: Rua Arcílio Martins, 53
P arabéns a toda equipe da EM-
BALAGEMMARCA pela excelente
produto editorial da mais alta qua-
lidade.
CEP 04718-040 • São Paulo, SP
Tel: (11) 5181-6533
qualidade da revista. Na nossa Antonilde Prata Ribeiro Fax: (11) 5182-9463
maio 2001
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br
ENTREVISTA:
8
Reportagem
redacao@embalagemmarca.com.br
JOSÉ EUSTACHIO Flávio Palhares
Diretor da Talent flavio@embalagemmarca.com.br
Comunicação afirma Guilherme Kamio
guma@embalagemmarca.com.br
que “ceder a preços é Lara Martins
caminhar para a morte” lara@embalagemmarca.com.br
Thays Freitas
thays@embalagemmarca.com.br
CAPA
14
Colaboradores
Mercado de sucos Josué Machado
MATERIAIS Luiz Antonio Maciel
industrializados
prontos para beber
se consolida
26 Ao contrário das
previsões, a lata
Diretor de Arte
Carlos Gustavo Curado
de aço está mais
Administração
vigorosa que nunca Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
Eunice Fruet (Diretora Financeira)
Departamento Comercial
ROTULADORAS
28 Quais as máquinas
mais adequadas
comercial@embalagemmarca.com.br
Wagner Ferreira
Circulação e Assinaturas
para rótulos assinaturas@embalagemmarca.com.br
auto-adesivos
Assinatura anual (11 exemplares):
R$ 60,00
Público-Alvo
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
e supervisão em empresas fornecedoras, con-
vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
materiais de limpeza e home service, bem
22 PAPEL X FILME
Embalagens flexíveis
celulósicas mexem-se
como prestadores de serviços relacionados
com a cadeia de embalagem.
mostram como se
concebe e como se
faz uma embalagem
EMBALAGEMMARCA
é uma publicação mensal da
Bloco de Comunicação Ltda.
E MAIS Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo
Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP
CARTA DO EDITOR..........................3 Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
ESPAÇO ABERTO............................4
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ESTRATÉGIA..................................21
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
DISPLAY.........................................36 resguardado por direitos autorais. Não é permi-
PANORAMA...................................40 tida a reprodução de matérias editoriais publi-
cadas nesta revista sem autorização da Bloco
EVENTOS........................................44 de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
matérias assinadas não refletem necessaria-
ALMANAQUE..................................46 mente a opinião da revista.
22entrevista 23/05/01 17:45 Page 8
ENTREVISTA
A
JOSÉ EUSTACHIO,
vem-se tornando um vras textuais do entrevistado.
sócio diretor do tema de debate cada
vez mais intenso e de Ultimamente, virou moda dizer
Grupo Talent de reflexão obrigatória no que as marcas estão morrendo. O
Comunicação e mundo dos negócios, senhor concorda?
especialmente quando pipocam As marcas estão fortíssimas. O
especialista no tema pesquisas dando margem à idéia consumidor precisa delas para sua
das marcas, discute de que esse precioso patrimônio tomada de decisão. Uma pesquisa
empresarial vem perdendo signifi- realizada recentemente pelo insti-
a questão do cado. Ouve-se mesmo dizer que, tuto Popai mostra que o tempo mé-
empenho do varejo com a crescente força das grandes dio gasto pelo consumidor para es-
redes de varejo, as marcas próprias colher o produto no supermercado
em favor das (suas) – delas – tomarão de vez o espaço é de cinco segundos. Se não esti-
marcas próprias e da das grandes marcas. vesse escolhendo pela marca, ele
A fim de contribuir para esse deba- precisaria de um tempo enorme
subordinação da te, EMBALAGEMMARCA entrevistou para comparar todas as opções que
indústria à pressão José Eustachio, sócio diretor da há na gôndola, os preços, as medi-
Talent, uma das três maiores agên- das, até tomar a decisão sobre o
por preços cias do Brasil e o quinto maior que vai colocar dentro do carrinho.
É obvio que o consumidor já chega rejo americano, iniciou-se uma Nielsen tem uma, recente, indican-
ao ponto-de-venda com marcas na guerra de preço sem limite. Então, do que nos supermercados 41%
cabeça. Basta olhar para nossa pró- grandes ícones do varejo mundial, dos brasileiros são influenciados
pria despensa. Quantas vezes nós como Sears ou Bloomingdale’s, li- pelos preços em sua decisão de
compramos marcas diferentes? teralmente quebraram, porque compra, 29% pela publicidade,
Pouquíssimas. Tendemos a repeti- acharam que a melhor forma que 23% por folhetos e apenas 2% pela
damente levar aquela marca que de tinham para atrair o consumidor marca. Como se explica?
alguma forma conquistou a nossa era vender a preços cada vez me- Essa pesquisa deve ter algum tipo
preferência e à qual atribuímos va- nores. Isso está acontecendo agora de desvio, principalmente porque o
lores. Avaliações que os institutos na Alemanha, onde todas as gran- consumidor tem certa resistência a
especializados em branding vêm des cadeias de supermercados es- assumir que toma decisões baseado
fazendo mostram que cada vez tão acumulando endividamentos e em marcas. As pessoas tendem a
mais a marca é o principal ativo querer ser politicamente corretas
que uma empresa pode ter. quando respondem uma pesquisa,
Quando a dentro daquilo que acham que os
O que estaria levando o mercado a outros gostariam de ouvir. Caso
pensar que o poder das marcas
indústria acaba se contrário, a marca de sabão em pó
está se enfraquecendo? dobrando e fazendo o mais vendida no Brasil não seria
É meramente uma questão de con- Omo, a de refrigerante não seria
flito de interesses. De um lado,
jogo do supermerca- Coca-Cola, a Nestlé não teria a
você tem a revenda tentando de- do, aceitando marca São Luiz como a mais ven-
fender a idéia de que o que impor- dida em biscoito, marcas como
ta são o canal e o preço. E eles têm condições aviltantes, açúcar União, café Pilão, o óleo
feito um trabalho muito competen- está abdicando da Soya ou o óleo Lisa não seriam,
te de disseminar esse pensamento. cada um em seu segmento de mer-
Na verdade, se a marca não fosse única coisa que pode cado, os líderes. O consumidor
uma coisa importante, os super- manter o equilíbrio compra qualidade, e as marcas lí-
mercados não estariam interessa- deres são a melhor expressão de
dos em desenvolver suas marcas nesse relacionamento: qualidade que ele pode desejar.
próprias. Se fosse uma coisa dis- a marca forte Como é importante administrar
pensável, bastaria colocar o produ- bem o orçamento, normalmente as
to numa embalagem totalmente pessoas acabam respondendo que o
branca e colocá-lo à disposição do vivendo sérios problemas. Recen- preço baixo é fundamental. Mas,
consumidor. Ora, por que não se temente, a Andersen Consulting na hora em que vão tomar sua deci-
faz assim? É porque a marca, e sua realizou uma pesquisa junto a con- são, fazer as compras do mês, as
expressão na embalagem, são da sumidores, tanto de varejo de auto- marcas de qualidade prevalecem.
maior importância para a decisão serviço como de varejo de bens du-
da compra e pela preferência do lu- ráveis, e constatou que o preço não Forçando os preços para baixo, os
gar de compra. Existe uma tentati- é o principal elemento de decisão supermercados não estão contri-
va de se vender para o mercado a pela escolha do local da compra. É buindo para matar aquilo que foi
idéia de que as marcas estão per- o serviço que o supermercado ou a construído a duras penas, que con-
dendo sua relevância com o objeti- loja presta ao consumidor. A idéia sumiu muito dinheiro e é um dos
vo de pressionar a indústria e obter de que o ponto-de-venda de maior principais bens do empreendimen-
preços menores e prazos maiores. sucesso é o que vende mais barato to, que é a marca? Ou seja, não es-
não é verdadeira. Se pegarmos dez tão levando à morte seus parceiros,
Num mercado em crise, situação itens em diferentes lojas, veremos que no entanto parecem gostar?
mais ou menos permanente no que não há uma que vende todos Não tenha dúvida. Quando a indús-
Brasil, a ordem não é manter ven- esses itens pelo menor preço. O tria acaba se dobrando e fazendo o
das a qualquer custo, inclusive a preço baixo é uma falácia. Deve-se jogo do supermercado, aceitando
preço baixo? vender pelo preço justo, não pelo condições comerciais que são avil-
Isso pode significar o caminho preço mais baixo. tantes, inclusive desviando os in-
para a morte. Nos anos 80, pratica- vestimentos que seriam feitos na
mente tudo entrou em crise no va- Por falar em pesquisa, o Instituto marca para promoções de ponto-
de-venda, verbas cooperadas e por estratégia, e passaram a ter marcas de, práticas, convenientes, que
aí vai, está abdicando da única coi- próprias, como é o caso da Quali- cada vez mais sejam adequadas
sa que pode manter o equilíbrio tá, marca que tem embalagens bem aos hábitos de consumo que as pes-
nesse relacionamento, que é uma desenvolvidas, uma linha de pro- soas vão adquirindo num mercado
marca forte. Todo o dinheiro des- duto extensa, promovida nos en- em transformação. A sua comuni-
viado da alimentação da mística de cartes que o varejo realiza e que cação com o mercado deveria ser
sua marca e do relacionamento compete com os produtos simila- menos intensa e mais constante.
com o consumidor, para financiar res que a indústria fabrica. É como
o supermercado, é um investimen- se a Nestlé fabricasse produtos Na área específica em que EMBA-
to que ela faz contra seus próprios para a Mococa, viabilizando assim LAGEMMARCA está inserida, que é
interesses. O supermercado tem para a concorrente ter um produto a cadeia de embalagem, observa-
uma visão de curto prazo, pensa de qualidade assemelhada, e a pre- se, entre fornecedores de equipa-
apenas no dia de hoje, enquanto a ços muito mais competitivos. mentos, de matérias-primas e até
indústria tem de pensar que está de embalagens e seus complemen-
construindo um patrimônio para tos, alguma resistência em investir
muitas décadas. Com marcas fra- Da instalação de em informação, em propaganda.
cas, o supermercado deixa de ter As empresas preferem atuar topi-
valor para poder vender. Aí sim ele serviços de atendi- camente, em feiras, ou só com ma-
vai ter cada vez mais de oferecer mento ao consumidor, las diretas, ou com outras ações
preços ainda mais baixos para po- isoladas. Isso é uma característica
der ganhar o consumidor. As mar- os SACs, até a colo- de empresário brasileiro ou em ou-
cas têm sido historicamente o cação da marca nos tros países também é dessa forma?
grande instrumento dos supermer- Obviamente não é de se esperar
cados para gerar lucro. Se não fos- maiores espaços pos- que o fabricante de bens de capital,
sem as marcas fortes, os supermer- síveis, de caixas de que não faz produtos acabados, um
cados, de forma geral, não teriam produto para o mercado de consu-
valor para vender. embarque a talões de mo, vá anunciar na novela das 8 da
Rede Globo. Mas em outros países
nota fiscal, as empre-
Então, como compreender o esfor- podemos observar que há uma vi-
ço quase obsessivo dos supermer- sas têm de entender são mais rica, mais abrangente de
cados para ter marcas próprias, se como se comunicar com os clien-
que tudo é mídia
teoricamente não agregam lucro? tes. O marketing direto é utilizado,
A marca própria é mais um instru- mas há muita utilização de revistas
mento que o supermercado vem Como a indústria pode enfrentar especializadas, que têm penetração
utilizando para pressionar os seus de maneira criativa a pressão do nesse público. Há utilização de jor-
fornecedores, e infelizmente eles varejo para que suas marcas con- nais, especialmente os voltados à
têm concordado em produzir para tinuem atraindo o consumidor? comunidade de negócios.
o supermercado, que vai vender Toda manifestação da empresa em
um produto similar ao seu por pre- relação a seus públicos é uma boa Lá fora recorre-se mais do que
ços muito menores. É absurdo que oportunidade para ela reafirmar o aqui à comunicação interativa, es-
a indústria concorde em fabricar seu compromisso com o consumi- pecialmente à internet, não?
marcas próprias – que são diferen- dor e reforçar o valor da marca. A internet hoje é usada como uma
tes das genéricas. Quando o Carre- Desde a instalação de serviços de forma de não só de estabelecer co-
four se instalou no Brasil, lançou o atendimento ao consumidor, os municação, mas de prestar serviço.
conceito dos produtos genéricos. SACs, até a colocação da marca Nota-se também a utilização de ati-
Eram produtos em embalagens to- nos maiores espaços possíveis, de vidades ligadas à comunidade, que
talmente desprovidas de decora- caixas de embarque a talões de é uma coisa que no Brasil se faz
ção, a única coisa que se tinha era nota fiscal, as empresas têm de en- muito pouco. A indústria de insu-
o produto, biscoito ou leite em pó. tender que tudo é mídia. No desen- mos deveria ter uma atividade
Foram um enorme fracasso, por- volvimento de suas embalagens, a mais intensa relacionada a projetos
que as pessoas precisam ter marcas empresa precisa demonstrar res- comunitários, a projetos sociais,
que sirvam como referência. Os peito ao consumidor, oferecendo porque de uma certa forma o mate-
supermercados então mudaram sua embalagens modernas, de qualida- rial básico, a matéria-prima dela,
sai do ambiente onde todos nós es- muito difícil para a indústria poder Com a democratização das tecno-
tamos colocados. Os fornecedores fazer frente ao varejo. No Grupo logias é muito difícil obter-se hoje
de papel, de papelão, de alumínio, Talent nós reforçamos muito a im- um produto que traga diferenciais
de latas, que consomem grande portância de as indústrias, as em- que sejam singulares. Os recursos
quantidade de energia, um tema presas com que trabalhamos, in- estão disponíveis a todos os fabri-
hoje muito em discussão, deve- vestirem constantemente, em to- cantes. Se fizermos um “blind
riam de alguma forma retornar dos aqueles aspectos que fazem test” (teste às escuras) na degusta-
para a comunidade, devolvendo parte da comunicação com o con- ção de um biscoito, será muito di-
em parte recursos que são de todos sumidor, para que ele possa ver na fícil alguém dizer “esse biscoito é
nós. Esse tipo de atividade é mui- marca um elemento que agregue da marca A, esse da marca B”.
to comum fora do Brasil. A indús- valor aos seus relacionamentos. Nesse particular a embalagem é
tria de transformação, a indústria Isso é fundamental. Uma marca de fundamental, é o elemento mais
que fornece insumos para a indús- valor é a única forma de a empre- forte porque é tátil, é visual, en-
tria de consumo devolve à socie- fim, é o que dá diferenciação. Há
dade aquilo que de uma certa for- uma tendência, não sei se por co-
ma a sociedade dá a ela. Por comodismo modismo ou por medo de ousar,
que faz com que as marcas
ou medo de errar, as
Ocupar o máximo de espaço pos- acabem se repetindo. É comum
sível, mas de tempo também, não? marcas tendem a se apresentarmos uma proposta ori-
Uma coisa que as empresas esque- ginal de embalagem ao cliente,
repetir. Às vezes a
cem é que os vínculos precisam seja no seu formato, seja na deco-
ser reforçados diariamente e não justificativa é: Nós ração ou na forma visual de traba-
com espaços no decorrer do ano. lho, e ele ficar com medo de fugir
Muitas delas investem em campa-
precisamos parecer do padrão e, por isso, de não con-
nhas de comunicação que duram com a categoria para seguir sensibilizar o consumidor.
duas, três semanas. Isso é fazer a Já houve vezes em que a justifica-
química do marketing. É melhor sermos identificados, tiva era: “Nós precisamos parecer
fazer um comercial por semana, porque se não o com a categoria para sermos iden-
por mais tempo, do que dez numa tificados, porque se não formos
única semana. Em todos os mo- consumidor não iguais aos produtos existentes, o
mentos em que tenha oportunida- nos perceberá consumidor tende a não nos perce-
de de se relacionar com o merca- ber”. Por isso vemos as embala-
do, a empresa precisa dar uma de- gens de café todas iguais, as de
monstração de coerência na sua sa não só vender mais, mas em margarinas também, as de açúcar,
atitude, e agregar valor a esse rela- melhores condições comerciais. em que a União estabeleceu um
cionamento. É muito importante padrão para todas as demais...
entender que preço e valor são coi- Fala-se muito que produtos de Como você pode querer sair do lu-
sas totalmente diferentes. Preço é primeira linha ou que queiram se gar comum, se acha que para per-
aquilo que queremos cobrar pelo diferenciar não devem seguir a tencer à categoria precisa ser se-
produto que vendemos; valor é política do “me too”, ou seja, não melhante a alguém? Na verdade, é
aquilo que o consumidor acha que devem copiar a marca líder na sua preciso romper a gestalt. Se não
merece ser pago pelo produto. categoria. No entanto, o que se vê houver o elemento de ruptura,
Para isso é preciso estar reforçan- no mercado é uma espécie de “me muito provavelmente você vai fi-
do constantemente essa relação. too” generalizado. Cada catego- car invisível no ponto-de-venda,
Quem manda no mercado é quem ria de produto é caracterizada por confundir-se com a paisagem. Os
tem o consumidor do seu lado. Se um tipo genérico, um padrão de fabricantes deveriam ter uma vi-
a marca tiver o consumidor do seu embalagem. Biscoitos, por exem- são mais ousada, mais inovadora.
lado e ele fizer questão de levar plo, vêm todos em pacotes com Deveriam incentivar os profissio-
para casa aquela marca, quem vai materiais, formatos, cores, tipos, nais que trabalham no negócio de
ter o poder é a indústria. Se quem design, imagens e tipologia muito desenvolver embalagens a colocar
tiver o consumidor for o super- parecidos. Detergentes têm prati- na prática toda sua capacidade de
mercado, porque o consumidor camente o único formato de fras- criar coisas originais, inovadoras.
vai comprar naquela loja, vai ficar co, e por aí vai. Como sair disso? Mas não é o que acontece.
12 – EMBALAGEMMARCA • mai 2001
22sucos 24/05/01 16:51 Page 14
SUCOS
CONVENIÊNCIA E saúde
O consumidor brasileiro já não resiste tanto a produtos industrializados q ue
e , CRESCIMENTO CERTO
q ue concorrem com os feitos na hora – e a categoria cresce
s e o crescimento do mercado de
refrigerantes já não se dá a pas-
sos largos, o mesmo não pode
ser dito do de sucos industriali-
zados prontos para beber. O consumi-
dor brasileiro já não resiste tanto a pro-
dutos que concorrem com os feitos na
hora, numa mudança de comportamen-
de que o poder de compra da população
melhore, não há dúvida de que os pró-
ximos anos continuarão sendo favorá-
veis ao crescimento dessa indústria. “A
perspectiva para os produtos com ape-
lo natural é das melhores”, opina Gra-
ham Wallis, diretor do Datamark.
Diante do quadro favorável, a com-
to que vem impulsionando a categoria. petição entre marcas vai se acirrando, e
STUDIO AG - ANDRÉ GODOY
Coca-Cola quer
conquistar
mercado com
embalagem
inédita do Kapo
gigante Coca-Cola, que está entrando das embalagens. Eles foram “empresta-
com tudo no páreo dos sucos prontos. O dos” pela versão chilena de Kapo, que
Kapo, primeiro lançamento da empresa lidera o mercado de sucos prontos na-
na categoria, é acondicionado numa quele país, e redefinidos no Brasil pela
embalagem de aspecto incomum, inédi- Dia Design, que adaptou o visual do
ta no mercado nacional. Trata-se da Te- modelo chileno, vendido em embala-
tra Wedge Aseptic Slim, de 200 milili- gem flexível tipo pouch (doy pack),
tros, da Tetra Pak, cartonada asséptica para a cartonada. Incluindo esses in-
que foge do tradicional formato de pa- vestimentos em embalagem, a entrada
ralelepípedo com um topo vincado, no Brasil da marca Kapo – palavra que
lembrando uma bisnaga. Hector Nuñez, em espanhol significa “o melhor” –
diretor de novos negócios da Coca- consumiu 20 milhões de reais, o que
Cola, explica que “essa diferenciação é mostra que a Coca-Cola tem planos
fundamental, pois as crianças gostam ambiciosos para a categoria.
de coisas especiais, feitas só para elas”.
Dentro da intenção de conquistar a Agitar antes de beber
garotada, foram também desenvolvidos Na verdade, a fabricante da marca de
personagens associados aos cinco sabo- refrigerante mais popular do planeta
res do produto para estampar a fronte revelou que pretende tornar as bebidas
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Design especial
é a arma da
Del Valle para
cativar crianças
e ampliar canais
PET e vidro
No frenesi pela disputa de um lugar ao
sol no mercado, a diversificação no
acondicionamento dos sucos prontos
está indo muito mais longe. Outras
marcas estão mostrando que há espaço
para inovação em embalagem sem
obrigatoriamente passar pelas latas e
pelas cartonadas.
Para estrear no ramo apostando em
diferenciação, a IRB – Indústrias Reu-
nidas de Bebidas Tatuzinho–3 Fazen-
STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
ESTRATÉGIA
ACOMPANHADO,
MELHOR AINDA
U
ma embalagem espe-
cial para promover
uma nova maneira de
beber o brandy Domecq, na
forma de drinque. Com essa
estratégia a empresa Allied
Domecq espera ampliar seu
público, limitado a homens
acima dos trinta anos.
Intitulado Domecq Cola, o
drinque consiste na combina-
ção do conhaque com refrige-
rante de cola. De acordo com
Bruno Zolotar, gerente de pro-
dutos da Allied Domecq,
“surgiu para difundir a prática
de consumo diferenciado,
quebrando o conceito de que o
brandy é para ser bebido so-
mente no inverno e puro”.
Para tanto, o estojo de pa-
pel cartão que acomoda a be-
bida, desenhado pela Estratégica e fabricado pela Esca-
la 7, apresenta a receita no verso e destaca a cor verme-
lha, fortemente associada à imagem das colas. A grande
janela da embalagem dá visibilidade ao copo alto e per-
sonalizado que acompanha a garrafa, um brinde agre-
gado ao produto para derrubar outro mito. “O copo alto
vem para mudar a idéia do modelo
balão, tradicional na apreciação do co-
nhaque”, diz Zolotar.
Segundo ele, a estratégia vem ren-
dendo bons resultados. “As mulheres
sempre acharam o Domecq muito forte,
e os jovens, uma bebida careta”, analisa.
“Com a ação, conquistamos o interesse
desses consumidores.”
A expectativa com a edição limitada
da “embalagem kit” é aumentar em 10%
as vendas nos meses de maio e junho, pe-
ríodo de duração da promoção. E, para o
inverno, a empresa planeja ações em fes-
tas que seguem essa linha de quebra de
conceito, divulgando o consumo de Do-
mecq com chocolate quente.
22aço 23/05/01 16:21 Page 26
MATERIAIS
O aço
DÁ A
VOLTA POR CIMA
Contrariando previsões pessimistas,
n
lata de folha-de-flandres está à toda
a guerra dos materiais produção de folha-de-flandres
por conquista de espaço, (cerca de 700 000 toneladas/ano),
a lata de aço, poucos cresceu 2% sobre 1999 e deverá
anos atrás classificada, manter o ritmo este ano, segundo
pelo menos pelos concorrentes, prevê Elio Cepollina, coordenador mento”, diz Higashi, “o empilha-
como uma espécie de patinho feio geral do Prolata (Programa de Va- mento melhora e o risco de prejuí-
da área de embalagem, está, como lorização e Incentivo ao Uso da zo do aspecto visual das latas pelo
na historia infantil, se revelando um Embalagem Metálica) e conselhei- atrito deixa de existir.” Outra vanta-
cisne cheio de vitalidade. Empresas ro da Cia. Metalúrgica Prada, gem desse implemento, segundo o
do setor não só vêm conquistando maior fabricante brasileira de latas, gerente de vendas da Prada, é que
seguidos prêmios internacionais com alegados 20% do mercado. “a resistência aumenta, mas sem
como, no conjunto, previsões de Mas não é só no consumo que o encarecer, pois a espessura da cha-
que novos materiais engoliriam fa- vigor da lata transparece. O setor pa é a mesma das latas sem frisos”.
tias crescentemente substanciosas vem fazendo seguidos lançamentos
do aço não se concretizaram. e conquistando prêmios internacio- “Espaguete” na paralela
Ao contrário, em 2000 o consu- nais, atestando o avanço da quali- Na lata de aerossol, foi eliminada a
mo de latas no Brasil, medido pela dade, o design moderno e a inova- recravação externa do modelo ante-
ção dos produtos. rior, que deixa de ser fabricado. Ou
A Prada, por exemplo, está co- seja, o recipiente, destinado a pro-
locando no mercado dois produtos, dutos químicos, tintas e vernizes,
para uso, respectivamente, em ae- não traz mais o “anel” que unia a
rossóis (químicos, tintas e verni- parte superior e o corpo cilíndrico.
zes) e massas para construção civil A lata passa a ter ombro, permitin-
(corrida e textura). do que a tampa plástica fique per-
O primeiro é um recipiente com feitamente alinhada na lateral. Gra-
diâmetro de 65 milímetros, tipo ças a esse implemento, que já exis-
neck-in, que se enquadra no padrão tia nas latas de 57 milímetros de
internacional dessa de categoria de diâmetro, o “espaguete”, um tubo
embalagem, explica Tetsuya Higa- flexível para aplicação que vinha
shi, gerente de vendas da empresa. enrolado no topo das latas de ae-
O segundo é uma lata de 18 litros rossol de lubrificantes, passa a vir
com quatro frisos, cuja função é na paralela, seguro por um disposi-
aumentar a resistência do recipien- tivo na tampa plástica.
te, evitando seu “embarrigamento” É como fornecedora de embala-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Djalma Carlos, gerente comercial alimentos processados na matriz, de-flandres para embalagens de
para o segmento, a empresa está in- situada na capital paulista, e nas fi- óleos comestíveis e rações animais.
vestindo para que a unidade de liais de Mairinque e Araçatuba, Estão previstos, também, investi-
Uberlândia (MG), hoje dedicada também no Estado de São Paulo mentos de 80 milhões de dólares
exclusivamente à produção de latas para uma nova fábrica da Metalic,
de 900ml para óleo comestível, pas- CSN investe de latas para bebidas, no Sudeste
se a fabricar também recipientes Além dos investimentos dos cerca do país. A expectativa da empresa é
para alimentos. Em agosto próxi- de 25 fabricantes de latas de aço que, somada à produção da fábrica
mo, quando estiver em pleno fun- existentes no país em tecnologias e já existente no Nordeste, a partici-
cionamento, a unidade mineira terá processos que os tornem mais com- pação da lata de aço no segmento
capacidade para produzir mensal- petitivos, a Companhia Siderúrgica salte dos atuais 5% para 12%.
mente 17 milhões de latas com diâ- Nacional (CSN) prevê aplicar 30 Como se pode prever, o aço prome-
metro de 73mm. Além dessa fábri- milhões de dólares este ano na mo- te esquentar ainda mais a já aqueci-
ca, a Prada produz embalagens para dernização da produção de folha- da guerra dos materiais.
SERVIÇO
MAIS rotuladoras
Diante da variedade de modelos, escolher não é nada fácil
c omo prometemos em
edição anterior, apre-
sentamos neste número
de EMBALAGEMMARCA
mais opções de rotuladoras dispo-
níveis no mercado. Tendo em vista
as necessidades específicas de cada
indústria usuária, renovamos a su-
vantados na reportagem anterior.
Considere todos os aspectos, ava-
liando suas reais necessidades e as
características de sua linha de pro-
dução e de embalagem. Peça o
maior número possível de infor-
mações ao fabricante ou ao repre-
sentante do equipamento, para ter
capacidade de expansões da má-
quina, assistência técnica, garantia
e opcionais – tudo, enfim – deve
ser levado em conta.
Se você não tem familiaridade
com as marcas e empresas que
atuam no mercado, peça o conse-
lho do seu fornecedor de rótulos,
gestão de se pesquisar muito antes a certeza de que está fazendo a es- que poderá lhe dar uma assistência
de escolher definitivamente qual colha certa – e para avaliar a qua- considerável. Usando o bom senso
modelo adquirir. lidade do atendimento do vende- e pesquisando, com certeza você
Vale lembrar os conselhos le- dor. Fatores como modularidade e encontrará aquilo que precisa.
KHS Anker
Ao incorporar a conhecida fabri- tangulares. Se a necessidade for doras lineares para frascos de
cante de rotuladoras Anker, em versatilidade, há a linha Roland de formatos variados.
1999, a KHS ampliou sua faixa de máquinas rotativas, que aceitam o (11) 5096-3614 / (11) 6951-8100
atuação. Hoje, não só a indústria trabalho com cola fria ou rótulos www.khs.com.br
de bebidas, para a qual a KHS já auto-adesivos, em embalagens
fornecia rotuladoras de alta velo- de diversos formatos, numa
cidade, mas todos os outros velocidade de até 36 000 apli-
segmentos industriais são aten- cações por hora. Há ainda as
didos pela KHS Anker. A linha RF linhas KL 2000, para velocida-
25/33, para a aplicação de rótu- des extremas (70 000 aplica-
los wrap-around, como os de ções/hora com cola fria ou
garrafas PET de refrigerantes, 50 000/hora com auto-adesi-
pode atingir a velocidade de até vos), a Variant, para rotular
42 000 aplicações por minuto, frascos cilíndricos ou baldes e
em embalagens cilíndricas ou re- caixas, e a Wiking, de rotula-
Label Systems
Oferecendo diversos tipos de nuais, até equipamentos moder- (cilíndricas ou poligonais) si-
rotuladoras, a Label Systems nos como os modelos LS 100/150 multaneamente, possibilitando
trabalha com linhas para várias 3C e LS 100/150 2C, rotuladoras assim um processo sem parada
necessidades. Há desde uma automáticas que são comandadas de máquina.
pequena dispensadora portátil pelo Softlogic, software de última A velocidade de rotulagem é de
semi-automática, a LS Baby geração. 20 metros por minuto.
100/70, que facilita o destaque Estes últimos aplicam rótulos na (11) 4158-3037
de etiquetas em processos ma- frente e no verso de embalagens www.labelsystems.com.br
s PARA O MERCADO
Label Fix
Com usuários no Brasil como frascos por minuto, o reduzido
Novartis, Laboratórios Aché, tempo de setup e o chassi refor-
Avon, Johnson & Johnson, Pro- çado, que não vibra nem balan-
desmaq e Ceras Johnson, as ça. Há ainda opcionais como
rotuladoras da conhecida mar- marcadores hot-stamping para
ca australiana Tronics são co- datar os rótulos e alarmes de fi-
mercializadas no mercado na- nal de bobina ou falta de rótu-
cional pela Label Fix. Todos os los. A Label Fix distribui as rotu-
movimentos nas máquinas (não ladoras Tronics Série 3 e Econo
somente do cabeçote aplicador) Series, estas últimas mais bási-
são regidos por motores de cas e econômicas.
passo sincronizados entre si, o (11) 3744-2669
que garante precisão e ausên- www.labelfix.com.br
cia de falhas, do-
bras ou rugas na
aplicação. Outros
pontos de destaque
são os sensores fo-
toelétricos, que ins-
pecionam os fras-
cos em todas as
etapas da rotula-
gem, a velocidade
ajustável de aplica-
ção de 30 até 250
Tudela
Linhas de rotuladoras automáticas des por hora. Já a linha de rotula-
e semi-automáticas são fabricadas doras semi-automáticas é compos-
pela Tudela. Para a aplicação de ta pelos modelos RDR, para fras-
um rótulo sobre frascos redon- cos redondos, e RDF, para frascos
dos, a rotuladora automática planos e semi-planos, podendo
RAR1, que utiliza motor de passo, aplicar em frente e verso. A ali-
tem estrutura em aço inoxidável, mentação de ambas é manual, e a
painel eletrônico destacável e in- rotulagem é controlada por pedal,
versor de freqüência para ajustar podendo chegar a até 1 500 aplica-
a velocidade da esteira, adaptan- ções por hora. Há ainda a possibi-
do-se às mais diferentes linhas de lidade de adicionar em linha um
produção. É possível trabalhar datador hot-stamping, da própria
com frascos de tamanhos varia- Tudela, para datar nos rótulos a fa-
dos e a velocidade de rotulagem, bricação, a validade e o lote.
dependendo das dimensões do (11) 6941-6930
rótulo, pode chegar a 8 000 unida- www.tudelaindustria.cjb.net
22rotuladoras 23/05/01 18:03 Page 30
Willett Omni
Representada no país pela Omni partir de um sistema a vácuo, que
Representação, a fabricante ameri- permite a inserção de dois rótulos
cana de rotuladoras automáticas em frascos cilíndricos, o que a tor-
Quadrel Labeling Systems está di- na própria para a indústria de bebi-
versificando linhas com novos das. Aplica de 150 a 200 rótulos
produtos. Dentro da categoria pre- por minuto, dependendo das di-
mium, a rotuladora Premier tem mensões da embalagem e do rótu-
precisão de 0,5 mm na aplicação, lo. Já para uma “linha de comba-
que pode chegar a uma velocidade te”, de rotuladoras de baixo custo
de até 400 produtos por minuto. para trabalhos simples, a Quadrel
Para a indústria farmacêutica, a dispõe da Econoline, para até 6000
Pharmaline PL30 é capaz de eti- aplicações por hora. A Quadrel ain-
quetar frascos cilíndricos de pe- da produz impressoras/etiquetado-
queno diâmetro, especialmente ras para processos de marcação e
ampolas – a alimentação e a saída codificação de caixas de expedição
são feitas por sistema de bande- e embalagens de produtos.
O sistema etiquetador DEA 02 jas. A Versaline Vac Wrap tem ca- (11) 3167-2433 / (41) 243-3950
vem sendo trabalhado pela Wil- beçote aplicador que funciona a omnirep@bbs2.sul.com.br
lett junto ao setor farmacêuti-
co, às voltas com a recente pu-
blicação de uma portaria gover-
namental que estabelece nor-
mas de identificação para pro-
dutos acondicionados em am-
polas.
As principais características do
produto são bandeja de entrada
e saída de fácil extração e re-
posição, capacidade de mudar
rapidamente de produtos com
dimensões diferentes, possibi-
lidade de incluir uma codifica-
dora ink jet na mesma opera-
ção e sistema de segurança do
processo. A velocidade de rotu-
lagem é variável, podendo che-
gar a 300 aplicações por minu-
to. Outro produto da Willett
Pavax
para a área de rotulagem é a A Pavax representa no Brasil as cortador, fazendo com que todos
aplicadora de etiquetas 210, máquinas rotuladoras da empresa os tamanhos de rótulos possam
com controle microprocessado americana Trine Labelling ser cortados. O projeto é robusto e
e que funciona a partir de mo- Systems, todas com grande apelo seu painel de controle, com tela
tor de passo, numa velocidade de versatilidade. É o caso da Tri- sensível ao toque, é de operação
de aplicação de até 30 metros ne Quick Change 4500, cuja ca- intuitiva.
por minuto. Sua memória inter- racterística mais marcante é a fa- (11) 4789-5511
na armazena parâmetros para cilidade na troca de ferramental, www.pavax.com.br
até dez produtos. Há uma série graças ao projeto modular e às
de acessórios e kits que permi- peças de rápido desencaixe. Isso
tem alterar o método de aplica- a torna ideal para empresas que
ção sincronizado para jato de processam múltiplas linhas de
ar ou tamp pneumático. produtos com diferentes tama-
(11) 4689-8855 nhos de embalagem. A máquina
www.willett.com também elimina mudanças no
MAKING OF
SOLUÇÃO profissional
Ainda há quem aposte em soluções “mais baratas” na hora de definir o de si
A
credite: em plena época de globalização
da economia e de competição mortal por
“A EMBALAGEM DEVE
fatias de mercado, ainda há empresas que
desenvolvem as embalagens de seus pro- VALORIZAR A MARCA”
A
dutos do jeito caseiro. Fazem como o sujeito que,
incomodado com as pessoas que na rua olham torto
empresa paulista de temperos Penina decidiu,
para seu corte de cabelo, reconhece a necessidade no ano passado, modificar as embalagens de
de cuidar melhor da própria aparência. Vai então a sua linha de produtos. Voltados para um públi-
um bom salão de cabeleireiro, vê a tabela de preços co de menor renda – mas nem por isso menos exigen-
e lembra de uma amiga que corta o cabelo do filho te –, os produtos precisavam ganhar uma imagem “mais
em casa. Para economizar, liga para ela, que fica moderna”, conforme o briefing passado pela empresa à
sem jeito de recusar o pedido. Resultado: sua cabe- Haus Design, agência a quem coube a tarefa.
ça fica com o formato de um fundo de alcachofra, os “No briefing, devemos buscar o maior volume pos-
poucos reais economizados acabam custando caro. sível de informações sobre o produto e sobre a empre-
Da mesma forma, certas empresas, em vez de pro- sa”, explica Gisela Schulzinger, diretora da agência de
curar especialistas, deixam a cargo de amigos ou
design. “Como a Penina tinha a intenção de mudar suas
“jovens talentosos com bons conhecimentos de
embalagens, mas não tinha clareza de como fazê-lo, co-
computação gráfica” a criação e o desenvolvimento
de embalagens. Quando o produto vai mal nas gôn-
meçamos a verificar qual era o significado de cada ele-
dolas, os responsáveis ainda se perguntam, surpre- mento da embalagem.”
sos, o porquê do fiasco. Em negócios, é melhor dei- A agência foi aos pontos-de-venda onde os temperos
xar as coisas nas mãos de profissionais, lembrando Penina eram vendidos – supermercados menores, ataca-
que a remuneração por eles cobrada para criar uma distas e distribuidores –, para analisar o comportamento
embalagem acaba sendo diluída na venda dos pro- do público-alvo da marca frente à embalagem. “É pre-
dutos, por muito tempo. ciso verificar o que acontece no mercado”, recomenda
Para mostrar o trabalho desses profissionais, a par- Gisela, “para que se possa fazer um verdadeiro diagnós-
tir desta edição, EMBALAGEMMARCA publicará, mensal- tico da embalagem que se quer mudar”.
mente, um case de design explicado por quem o de- A primeira coisa a ser mexida nas embalagens da Pe-
senvolveu. A intenção é mostrar que o design de
nina, na percepção dos profissionais da Haus Design,
embalagens é uma função complexa, que extrapola
era a marca. Na opinião de Gisela, “um dos principais
o bom grafismo. Com um bom design, pode haver
ganhos na logística do produto e economia na pro-
dução das embalagens – além, é claro, de reforçar a “Primeiro, trabalhou-se
imagem da marca e implementar vendas. Obviamen- sobre as letras, que
transmitiam desequilíbrio,
te, o retorno de investimentos em design não é ga-
desorganização, um
rantido. Mas, ao menos, reduzem-se as chances de visual meio infantil”
fracasso.
A agência que inaugura este espaço é a Haus De-
sign, de São Paulo. Mas, desde já, todas as agên-
cias (inclusive os departamentos internos das em-
presas) e todos os designers interessados em cola-
borar estão convidados a entrar em contato com a
redação da revista, por telefone (11) 5181-6533 ou
por e-mail (redação@embalagemmarca.com.br). Este
espaço está aberto a todos.
al OU JEITO caseiro ?
de sign da embalagem, mas procurar especialistas ainda é o mais indicado
Display
Etiqueta em forma de coração para atrair os enamorados
Com o objetivo de atrair a atenção Flag, da Novelprint, sistema que
ELIANA BEVILÁCQUA
para o Dia dos Namorados, a Ar- ocupa espaço aéreo na gôndola ou
cor está decorando os potes plásti- prateleira, proporcionando apelo
cos das balas Cofler, Butter Tof- visual. “A solução é muito versátil
fees e da linha de recheados com e não interfere no design da emba-
chocolate com uma peça auto-ade- lagem”, afirma Gilberto Colorni,
siva no formato de um coração chefe do departamento de design
vermelho. Trata-se da etiqueta da Arcor.
ENERGÉTICO EM MULTIPACKS
Durante a APAS 2001 O multipack fornecido O visual, elaborado
(Feira da Associação pela Riverwood-Igaras exclusivamente para a
Paulista de Supermer- acomoda três ou seis América do Sul, é assi-
cados), a Flash Power latinhas de alumínio nado pelos designers
apresentou a embala- com capacidade para Jimmy Leroy (MTV) e
gem mutlipack da be- 250ml, importadas da Marcelo Bergasse
bida energética. inglesa Rexan. (Eye Dea).
Display
Panorama
Serviços integrados e ágeis LACRE PARA
PRODUTOS NOBRES
A It’s Marketing Mix está lançando a duto – engenharia de embalagem,
USE – Unidade de Soluções Estra- especificação técnica de materiais, Para garantir segurança, evitando
tégicas, divisão que tem a proposta linha de produção, diagnóstico de a adulteração de produtos, a No-
de oferecer serviços para todas as cadeia produtiva, exposição em velprint acaba de lançar o Lacre
etapas do desenvolvimento de pro- PDV, desenvolvimento e especifica- Antiviolação. “O produto tem na
ção de fornecedores, estratégias de parte superior uma camada de fil-
relacionamento fabricante/usuário de me sem cortes, enquanto a inferior
embalagem, gestão de qualidade e possui picotes”, explica Martin
gestão ambiental. A It’s também está Mato Marques, gerente de desen-
lançando a Clínica da Embalagem, volvimento da Novelprint. O siste-
ferramenta de busca personalizada ma é ideal para embalagens de
de empresas fornecedoras da ca- produtos de alto valor agregado,
deia de embalagem. Mais de 5 000 como eletrônicos, peças de auto-
fornecedores, de gráficas a fabrican- móveis e produtos de linha branca.
tes de máquinas, estão cadastrados Devido ao adesivo, agressivo, é
pelo serviço. impossível remover o selo sem da-
(11) 5083-1304 nificar a embalagem. Há vários for-
www.clinicadaembalagem.hpg.com.br matos e cores para o produto, de
acordo com a necessidade do
cliente.
DE OLHO NA DEMANDA SIG assume negócios (11) 3768-4111
Segundo dados da ABIA – Associa- “Wet” da Sasib www.novelprint.com.br
ção Brasileira da Indústria de Ali- Como mais um passo na política de
mentos, hoje mais de 25% das re- expansão de atividades globais, o
feições são feitas fora do lar, e a grupo suíço SIG está adquirindo do
perspectiva é de crescimento de grupo CIR as atividades da grande
7% desse comportamento neste
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Panorama
ITW aposta em multi- Os braços agradecem
packs comunicativos Observando a falta de praticidade para encaixar os galões
Provedora de soluções em embala- de água mineral nos suportes, a Cobrirel Indústria e Co-
gens para múltiplas unidades de pro- mércio, fabricante de utilidades domésticas, lançou a Bom-
dutos, a ITW Hi-Cone está aumentan- ba Prática, produto que promete acabar com esse proble-
do a possibilidade de seus clientes se ma. A bomba deve ser acondicionada dentro do garrafão e
comunicarem com o consumidor. presa em sua boca. Uma torneira controla a entrada e saída
Esse é o apelo que seus conhecidos da água. Dessa maneira, não há necessidade de virar a gar-
anéis plásticos, para unir latas ou gar- rafa de cabeça para baixo e não há desperdícios.
rafas PET, potencializam com a incor- (11) 291-3155
poração dos MPCs – Merchandising
Panel Carriers. São painéis incorpora- RECIPIENTE “DO MAL” Nova presidência
dos aos anéis que podem servir para assume na ABIEF
divulgar brindes, promoções com va-
Empossado no dia 3 de maio, Sér-
rejistas ou simplesmente como ferra-
gio Haberfeld é o novo presidente
menta para dar visibilidade à marca e
da ABIEF – Associação Brasileira da
fortalecê-la. “Podem até carregar o
Indústria de Embalagens Plásticas
preço sugerido do produto”, diz Darcle
Flexíveis. Em cerimônia de posse,
Nielsen, do marketing da ITW Hi-Cone
ele definiu como ações prioritárias
no Brasil. A solução pode se encaixar
durante seu mandato a integração
a todos os tipos de hi-cones produzi-
da cadeia da embalagem flexível,
dos pela ITW, desde os mais simples
formar parcerias e alianças estraté-
até os que incorporam alças, seja na gicas, dar ênfase à mudança de
lateral ou no topo da estrutura, ou imagem da embalagem flexível pe-
mesmo os com zíper para abertura. rante o meio ambiente, criar novos
Pelo fato de virem impressos para a li- canais de comunicação com o mer-
nha do cliente, dispensam investimen- Como estratégia de marketing, a cado e fomentar a formação de no-
tos de capital e de espaço. O produto empresa americana Inter-Continen- vos profissionais. Haberfeld tam-
vem sendo usado em larga escala por tal Cigar Corporation resolveu ex- bém acumula as presidências da
grandes produtores de bebidas na Eu- plorar o romantismo associado à Abre – Associação Brasileira de Em-
ropa, Ásia e Estados Unidos. época da Lei Seca, tempo em que balagem, da ULADE – União Latino-
(11) 4152-8436 / www.hi-cone.com os gângsteres dominavam o sub- americana de Embalagem e da WPO
mundo dos Estados Unidos. Para – World Packaging Organization.
marcar esse posicionamento, re-
solveu expor sua cigarrilha, que
leva o sugestivo nome Al Capone,
NOVO LOGOTIPO
em displays especiais. Eles têm a Na seção Panorama da edição an-
inusitada forma de um chapéu do terior, que abordava novidades da
a
EVENTOS
Almanaque
Racionalização O jeitinho monástico foi longe
demorada A imposição, vigente nos mostei- menos a Kaiser, que nos anos 90
É mais ou menos de conhecimento ros, de alimentação apenas uma (do século XX) editava um jornal
geral que a conserva de alimentos vez ao dia durante a Quaresma dirigido a revendedores, o
em lata nasceu de uma espécie de levou os monges beneditinos ale- Balcão de Notícias, com uma tira
concurso promovido pelo governo mães a apelar, no século IX, humorística do Frade Barrica,
francês para premiar quem inven- para uma espécie de chicana ca- personagem sedento por cerveja.
tasse uma maneira de manter a co- nônica. Como ingerir líqüidos
mida fresca por longo tempo e não era proibido, os religiosos
transportável a longa distância. A nutriam-se de uma bebida fer-
novidade estreou em 1815, na Ba- mentada, produzida à base de
talha de Waterloo, aquela em que cevada, lúpulo e outros cereais,
Napoleão Bonaparte se deu mal. O que chamavam de “pão líqüi-
que menos gente sabe é que o abri- do”. Quem imaginou que se tra-
dor de latas só surgiria 40 anos de- tava de cerveja? Bem, pelo
pois, criado pelo inglês Robert Ya-
tes. Durante quatro décadas as latas
eram abertas com ajuda de faca, E assim nasceu o supermercado
quando em casa, ou de baioneta, no O primeiro supermercado pareci- tados Unidos. Mas não eram con-
campo de batalha. Os mais práticos do com os atuais surgiu em 1930, cebidas dentro do conceito for-
usavam martelo e talhadeira. idealizado pelo norte-americano mulado por Cullen, que, com
Michael Cullen, quando percebeu poucas diferenças básicas, vigora
a que o orçamento das pessoas até hoje.
h at para as compras domésticas era
W od
go ob! muito apertado: “Eu podia ven-
a, B der uma lata de leite a preço de O carrinho de supermercado foi
ide custo se vendesse uma lata de er- criado em 1936 pelo americano
vilha com lucro”, explicou. Antes S. N. Goldman, dono da Standard
disso, lojas mais ou menos pare- Humpty Dumpty Food Markets,
cidas, em que os clientes se abas- como forma de estimular os
teciam e pagavam ao sair, já exis- clientes a comprar maiores quan-
tiam desde 1879, também nos Es- tidades de produtos.