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www.embalagemmarca.com.br
RECICLAGEM
PODE SER BOM NEGÓCIO
CAPA IMPRESSA EM PAPEL RECICLATO 180 g/m2 DA SUZANO PELA LAVEZZO
Carta do editor
Fundamental, imprescindível
O assunto já foi abor-
dado, por isso peço
desculpas antecipadas.
paço editorial em troca
de anúncios pagos e não
vende matéria jornalísti-
ma de divulgação “gra-
tuita” que são os veículos
de informação, precisam
Mas é preciso explicar ca. Felizmente, a maioria dar seu apoio concreto
sempre porque, na cober- das empresas com as para que eles se mante-
tura dos assuntos jorna- quais nos relacionamos nham e se fortaleçam.
lísticos, ocorre de algu- mantêm a mesma postu- Sim, aqui está se falando
mas empresas não serem ra ética. Sabem que o de anúncios. É com eles,
ouvidas. Uma razão é fato de veicularem anún- e só com eles, que EMBA-
que, muitas vezes, são cios na revista não lhes LAGEMMARCA se man-
procuradas e não respon- garante o “direito” de se- tém e tira os meios para
dem. Outras vezes, a re- rem objeto de reporta- consolidar-se cada vez
dação falha. Reitero aos gens. Da mesma forma, a mais como um veículo
que se queixam por e- simples existência de diferenciado pelo volu-
ventualmente terem fica- uma empresa, por maior me, pela diversidade e
do de fora em reporta- que seja, não lhe assegu- pela imparcialidade de
gens sobre seu segmento: ra inclusão nas pautas suas informações.
não temos interesse al- jornalísticas de EMBALA- Neste aspecto, agradeço
gum em prejudicar nin- GEMMARCA. às queixas às vezes enfe-
guém. Voltemos à, chamemos zadas de quem fica de
Ao contrário, EMBALA- assim, política de comu- fora de reportagens de
GEMMARCA empenha-se nicação das indigitadas EMBALAGEMMARCA: elas
para o fortalecimento do companhias. Relatórios demonstram que estar
setor e quer se firmar, de nosso departamento presente nas páginas da
cada vez mais, como u- comercial indicam que, revista é, realmente, fun-
ma publicação realmente quando procuradas para damental, indispensável,
importante e útil para os a compra de anúncios, imprescindível.
profissionais e as empre- não consideram a revista Muito obrigado. Até
sas nele atuantes. Reno- “prioritária”. Frases que abril.
vo a sugestão às empre- estão nos relatórios: Wilson Palhares
sas que tiverem informa- “Não é focada em nosso
ções relevantes para o mercado”, “não atinge
mercado: entrem em con- nosso target”, “não te- Em mais uma ação dife-
tato, encaminhem-nas à mos a política de anun- renciada que a caracteri-
redação. Elas serão anali- ciar”. No entanto, dessas za como o veículo mais
sadas por critérios exclu- mesmas empresas a reda- inovador da área de em-
sivamente jornalísticos e, ção ouve insistentemente balagem no Brasil, EM-
dentro deles, possivel- ser “fundamental”, “in- BALAGEMMARCA tem a
mente veiculadas. dispensável”, “impres- capa e o caderno central
Já que esporadicamente cindível” ter notícias so- desta edição, que traz a
temos sido questionados bre seus produtos ou ser- reportagem sobre reci-
por uma ou outra omis- viços veiculados na re- clagem, impressas no re-
são não intencional, dou- vista. Em poucas pala- cém-lançado papel Reci-
me o direito de discutir a vras, preferem obter “pu- clato, da Cia. Suzano,
coerência (ou sua falta) blicidade gratuita”. respectivamente nas gra-
da política de comunica- Aos adeptos dessa lógica maturas de 180g/m2 e
ção de certas empresas. oportunista, torna-se ne- 120g/m2. O serviço de
Como o mercado reco- cessário lembrar que, impressão foi realizado
nhece e atesta, EMBALA- para poderem continuar pela Lavezzo Gráfica e
GEMMARCA não cede es- desfrutando da platafor- Editora.
mar 2001 • EMBALAGEMMARCA – 3
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Espaço aberto
dústria de cosméticos e de perfumes, mero 19, com a capa “Luxo”. Não
nada mais justo que uma reportagem lembro de ter visto uma publicação
sobre frascos e tipos de materiais. (nacional ou estrangeira) com tama-
Chico Fernandes nho cuidado e qualidade. Ousadia,
Designer da L’Acqua di Fiori inovação e qualidade sempre devem
Água Santa, MG andar juntas.
Giovani Agnoletto
A capa da edição de fevereiro está
simplesmente linda. O que ratifica o
Consultor de Marketing
São Paulo, SP
título da matéria “O luxo está também
na simplicidade”.
Parabéns a todos.
Q uero parabenizar a equipe pela
edição de fevereiro de EMBALA-
Renata Maffeis GEMMARCA. A capa está realmente
G ostaria de parabenizá-los pela
edição de fevereiro da revista.
Holofote Assessoria
em Comunicação
um luxo, e o conteúdo da revista
(para usar uma palavra da moda)
Além de uma capa maravilhosa, as São Paulo, SP então nem se fala.
Patrícia Dantas
matérias estão ótimas. Com este
tipo de publicação vocês elevam o A edição de fevereiro de EMBA-
LAGEMMARCA está belíssima e ilus-
Expressão
São Paulo, SP
padrão editorial de um mercado
tra muito bem o valor de embala-
muito necessitado, aqui no Brasil,
colocando-o em um nível interna- gens diferenciadas e seu poder de
“sedução” na gôndola. Na verdade
A o ler a reportagem “Rotuladora:
como escolher a sua”, fui tomado de
cional. Meus sinceros parabéns.
Christiane Mandarano o “luxo” nada mais é do que o reco- grande frustração por não ter sido
Light Criação e Comunicação nhecimento do valor de uma emba- procurado, ouvido e incluído na ma-
São Paulo, SP lagem bem decorada, pois como téria. Não se trata de qualquer pre-
imagem permanente do produto ela tensão pessoal. Esse sentimento se
S implesmente brilhante a forma
como foi abordado o tema “Não é
espelha a qualidade do conteúdo,
daí a importância do design. EMBA-
deve ao fato de nossa empresa – já
há sete anos no mercado – ser repre-
coisa apenas para rico”, na Carta do LAGEMMARCA de fevereiro retrata sentante e agente exclusivo da Tro-
Editor e na reportagem de capa de fielmente o seu conteúdo. Parabéns nics International, um dos mais im-
EMBALAGEMMARCA de fevereiro. Izildinha Mana portantes e mais bem conceituados
Esta reflexão quanto ao uso de uma Gerente de marketing fabricantes de rotuladoras automáti-
bela embalagem ou rótulo vale a da Novelprint cas para rótulos auto-adesivos no
pena ser encarada como investi- São Paulo, SP mundo. Temos clientes de grande
porte em vários segmentos de mer-
mento, pois as embalagens trans-
cendem os atributos de um produto. P arabéns pela ultima edição da re-
vista. Realmente está um luxo. Não
cado, no Brasil e no exterior. Como
uma empresa com esse perfil de
A capa enobreceu o conteúdo.
Roberto Inson conheço ninguém que não goste de clientes e essa penetração global
Gerente de Marketing da ser bem tratado e de ter sempre os pode ter sido esquecida? Gostaria
Prakolar Rótulos Auto-Adesivos melhores produtos acondicionados muito de ver uma matéria sobre
São Paulo, SP nas melhores embalagens. nossos equipamentos em sua revis-
Mirella Lancellotti del ta, até para se fazer justiça, pois uma
G ostaria de parabenizar a revista
pela reportagem “O Luxo está tam-
Priore Fernandes
Engenheira de vendas da Alcan
revista líder em seu segmento preci-
sa mencionar o equipamento líder
bém na simplicidade” (fevereiro São Paulo, SP em tecnologia.
Paulo F. Aranha
2001). Há muito esperava uma re-
portagem sobre o tema. Como te- P arabéns a toda a equipe de
EMBALAGEMMARCA pela edição nú-
Label Fix Comércio e Serviços
São Paulo, SP
mos um crescimento no ramo da in-
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Espaço aberto
P ara nossa surpresa e decepção, em
fevereiro foi publicada extensa maté-
S ou leitora assídua de EMBALA-
GEMMARCA e gosto muito das infor-
E MBALAGEM MARCA é leitura
obrigatória para mim. Costumo de-
ria sobre rotuladoras sem nenhuma mações por ela veiculadas, pois não é dicar uma parcela do pouco tempo
menção a nossa empresa. A KHS é uma revista comercial de embala- disponível para leitura cuidadosa
pioneira no desenvolvimento de rotu- gem, e sim técnica e informativa. dos temas de maior interesse. Natu-
ladoras e outras máquinas com tecno- Daniela Simeonato Victor ralmente aproveito para dar uma
logia alemã para indústrias de bebi- Hanseatic Comércio e olhada nas novidades, curiosidades
das. Sentimos profundamente que Representações Ltda. e apreciar a qualidade gráfica da re-
nossos parceiros/clientes sejam omi- Jundiaí, SP vista. Na edição nº 19 foi apresenta-
tidos com a real visão dos fatos Não da uma informação que precisa ser
fomos procurados por EMBALAGEM-
MARCA. Esperamos que a revista re-
N a matéria “Guerra por Espaço”,
(EMBALAGEMMARCA nº 19), o nome
corrigida. Na matéria “Snapple: O
Retorno”, foi atribuída ao Grupo
flita sobre a sua forma de trabalho to- da nossa empresa foi publicado incor- Imperial, de Goiânia, a representa-
mando atitudes positivas, no sentido retamente. Erros como esse prejudi- ção “do grupo norte-americano
de evitar futuros constrangimentos. cam empresas emergentes e restrin- Cadbury Schweppes (Coca-Cola)
Buscando realmente as fontes cabí- gem suas possibilidades de negócios. no Brasil”. A The Coca-Cola Com-
veis para o desenvolvimento de maté- Mario Pallares pany adquiriu os produtos Schwep-
rias de alta qualidade e compatíveis Diretor de Desenho da pes e, para os países da América La-
com a realidade do mercado. Usina Escritório de Desenho tina, essa compra incluiu o direito
Lilian Oliveira São Paulo, SP do uso da marca Schweppes. A
Marketing - KHS Brasil Cadbury pode ter licenciado o Gru-
São Paulo, SP O leitor refere-se à mudança do de- po Imperial para produção e distri-
sign do rótulo do Gatorade, atribuída buição do Snapple, mas isso não
O objetivo da reportagem foi prestar por engano à Usyna Comunicação. tem relação com a marca Schwep-
um serviço a possíveis usuários de pes nem com o Sistema Coca-Cola.
rotuladoras de todos os portes. Sem Nilton Mattos
dúvida, com a ausência da KHS e da
Tronics, a matéria ficou incompleta.
A gradecemos pelo destaque dado
ao acordo assinado pela Polo com a
Gerente de Embalagens
Coca-Cola Indústrias Ltda.
Por isso, decidimos abordar nova- Exxon Mobil Films para a forneci- Rio de Janeiro, RJ
mente o assunto em edição futura. mento de filmes de BOPP.
Convidamos essas e outras empresas Davide Botton
que se sentiram excluídas a entrarem Gerente Comercial da
em contato com a redação. Reitera- Polo Indústria e Comércio
mos que estamos abertos para divul- São Paulo, SP
gar informações importantes à ca-
deia de embalagens, independente do
tamanho da empresa que as fornecer.
A Asterisco Artes Gráficas Ltda.,
atuando no mercado de etiquetas e ró-
tulos auto-adesivos desde 1980, obte-
março 2001
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br
ENTREVISTA:
10 36 HISPACK Reportagem
redacao@embalagemmarca.com.br
ANNA WIEDEMAN Produtos, serviços e Flávio Palhares
Diretora de marketing exemplos apresentados flavio@embalagemmarca.com.br
da Ipsos-Novaction na feira de Barcelona Guilherme Kamio
guma@embalagemmarca.com.br
mostra como a pesquisa que podem vir a ser Lara Martins
pode ajudar o design interessantes no Brasil lara@embalagemmarca.com.br
Thays Freitas
thays@embalagemmarca.com.br
REESTRUTURAÇÃO
16
Colaboradores
Diversas empresas Josué Machado
Luiz Antonio Maciel
do setor de
embalagem passam Diretor de Arte
por fusões e Carlos Gustavo Curado
mudanças estruturais Administração
Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
Eunice Fruet (Diretora Financeira)
Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br
Antonio Carlos Perreto e Wagner Ferreira
Circulação e Assinaturas
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Cesar Torres
Público-Alvo
em tecnologia EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
e promove a e supervisão em empresas fornecedoras, con-
integração da vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
indústria do plástico mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
materiais de limpeza e home service, bem
como prestadores de serviços relacionados
com a cadeia de embalagem.
Filiada ao
embalagens
descartadas é um
negócio cada vez
melhor até como EMBALAGEMMARCA
arma de marketing é uma publicação mensal da
Bloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo
Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP
PAPEL CARTÃO
32 Cresce a tendência
de uso de cartões
E MAIS
CARTA DO EDITOR ........................ 3
Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
www.embalagemmarca.com.br
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
mais brancos ESPAÇO ABERTO ........................... 6
resguardado por direitos autorais. Não é permi-
e também sua BEBIDAS PRONTAS.......................20 tida a reprodução de matérias editoriais publi-
oferta no mercado cadas nesta revista sem autorização da Bloco
DISPLAY..........................................46 de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
brasileiro de matérias assinadas não refletem necessaria-
PANORAMA....................................48
embalagem mente a opinião da revista.
ALMANAQUE..................................50
20entrevista 30/03/01 18:07 Page 10
ENTREVISTA
N
ANNA WIEDEMANN,
de consumo, a pesquisa zar várias medições e metodolo-
diretora de de mercado pode ser gias de pesquisa; e avaliar o de-
uma fonte de vantagens sign atual do produto e os da con-
marketing da competitivas. No en- corrência, junto com as novas pro-
firma especializada tanto, embora a maior postas. A entrevistada aproveita,
parte dos designers reconheça ser também, para explicar o funciona-
Ipsos-Novaction, útil e necessário saber o mais apro- mento da metodologia Eye Trac-
mostra como as ximadamente possível como os king de pesquisa, que acompanha,
consumidores vêem e o que espe- com uma câmara oculta, a manei-
pesquisas podem ram das embalagens dos produtos, ra como o consumidor observa
orientar a elaboração apenas algumas agências especia- embalagens, rótulos e outros itens
lizadas utilizam pesquisas de for- nos pontos-de-venda.
de bons projetos de ma sistemática para aquele fim. O
embalagem e quais tema é abordado nesta entrevista Tradicionalmente, os designers
por Anna Wiedemann, diretora de opõem certa resistência a pesqui-
os equívocos a ser marketing da Ipsos-Novaction. sas destinadas a orientar projetos
evitados no uso Entre outros aspectos instigantes, de embalagens. Por que, a seu
ela aponta alguns caminhos que ver, isso acontece? Essa postura
dessa ferramenta podem ser úteis para a reflexão está mudando?
Para muitos designers, o termo produto. Esses elementos de equi- rem uma experiência “prática” aos
pesquisa traz à mente imagens de ty freqüentemente podem ser des- designers (através da sala de espe-
projetos seus sendo dissecados em cobertos pedindo-se aos compra- lho), além da flexibilidade de dis-
grupos de discussão, ou sendo en- dores que desenhem embalagens cutir muitas alternativas de design
terrados num mar atordoante de ou logotipos com base em lem- e questões relativas à comunicação
números e tabelas. Entretanto, branças. Ultimamente, algumas da marca. Por esses motivos, for-
como reconhecem o poder do de- empresas têm incorporado ainda mar grupos de discussão sempre
sign, os profissionais de marketing mais o uso de pesquisas de pré-de- será uma prática amplamente di-
querem ter certeza de que o design sign ao conduzir estudos desse fundida, principalmente quando os
de seus produtos está funcionando tipo para monitorar anualmente o profissionais de marketing tiverem
a seu favor. Esse desejo de verifi- desempenho do design e para um cronograma ou um orçamento
cação leva às pesquisas de consu- mensurar a sua contribuição às apertados. Contudo, os grupos de
mo. Por outro lado, muitos desig- discussão podem não ser adequa-
ners estão percebendo que a docu- dos, se forem utilizados para fazer
mentação do valor de seu trabalho, avaliações finais e tomar decisões
através do feedback dos consumi- Grupos de dis- definitivas sobre “prosseguir ou
dores, é essencial para ganhar o cussão podem apenas suspender” o desenvolvimento de
respeito, o reconhecimento e a ren- um novo design.
da que merecem. indicar se a embala-
gem poderá destacar- Por que?
Qual o principal equívoco que se Em primeiro lugar, os grupos de
comete no uso de pesquisas para o se dentre a poluição discussão abrangem um número li-
desenvolvimento do design de em- mitado de consumidores, demasia-
visual da publicidade
balagem? do pequeno para ser realmente re-
O que eu chamaria de erro número e ser vista, no brevís- presentativo. Em segundo, por de-
1 é a utilização da pesquisa apenas finição, os grupos de discussão
para prever grandes problemas.
simo tempo que as pressupõem uma exposição pro-
Freqüentemente, a pesquisa de pessoas dedicam longada e forçada a sistemas de
mercado é utilizada apenas como design fora do contexto no qual de
verificador de última hora, para
às compras fato poderão ser vistos, como ma-
detectar possíveis problemas antes las diretas, lojas à margem da es-
de investir no novo design, em vez trada e assim por diante. Portanto,
de fonte de conhecimento e orien- vendas através de modelos de ava- esses grupos podem dar somente
tação durante todo o processo de liação. O designer deve saudar e uma indicação se a embalagem po-
desenvolvimento. Constatamos incentivar essa tendência, pois ela derá destacar-se dentre a poluição
que a pesquisa mais útil é a que é ajuda a identificar as oportunida- visual da publicidade e ser vista,
realizada antes do trabalho criati- des e os projetos com maior proba- no brevíssimo tempo que as pes-
vo. Fornecendo melhor compreen- bilidade de ajudar seus clientes. soas dedicam às compras.
são das prioridades e dos padrões Mais importante ainda, destaca o
de compra dos consumidores – as- elevadíssimo retorno dos investi- Aliás, uma das críticas mais co-
sim como das forças e das limita- mentos em design eficaz. muns aos grupos de discussão é a
ções dos sistemas atuais de design de que neles existe a possibilidade
– a pesquisa pré-design pode es- Não é mais fácil utilizar o tradi- de uma pessoa dominar e influen-
clarecer objetivos e aumentar a cional sistema de grupos de dis- ciar a opinião dos outros. Como
probabilidade de um design eficaz. cussão? evitar isso?
Realmente é. Os grupos de discus- Ironicamente, é a crítica mais fácil
É possível explicar melhor? são podem ser muito difamados, de minimizar. Como? Através de
A pesquisa de pré-design também mas continuam sendo a maneira um planejamento e de uma mode-
pode ser útil na identificação dos mais rápida e economicamente efi- ração eficazes da discussão em
principais elementos visuais (sím- ciente de falar com os consumido- grupo. Por exemplo, quando se
bolos, cores, formas e assim por res. Estes grupos também apresen- pede às pessoas que anotem suas
diante) estreita e positivamente as- tam várias vantagens sobre as pes- reações iniciais aos sistemas de de-
sociados à marca ou à categoria de quisas quantitativas, por oferece- sign, antes de qualquer discussão
em grupo, muito mais provavel- avaliação de cada design a seguir mulos façam justiça a seus concei-
mente expressarão e defenderão uma metodologia padronizada e a tos. Os achados e conhecimentos
suas próprias opiniões do que se conformar-se a um conjunto pre- mais corretos provêm dos estudos
deixarão levar pela “opinião do determinado de medições. monádicos.
grupo”. Além disso, às vezes as
discussões em grupo são substituí- Quais são os pontos-chave a con- Explique o que é isso, por favor.
das por entrevistas pessoais, indi- siderar? São estudos nos quais a cada en-
viduais, principalmente quando o A forma mais rápida de acabar trevistado é apresentada apenas
tema é delicado, como os cuidados com um bom projeto é mostrá-lo uma opção de design para um pro-
pessoais, ou quando o desafio para aos consumidores antes de ficar duto ou marca – e as respostas das
o design focaliza questões relacio- pronto. Devido às restrições de pessoas que viram o Design A pos-
nadas a funcionalidade ou com- tempo e orçamentárias, os desig- teriormente são comparadas com
preensão, como o design de um ners são forçados a apresentar es- as das pessoas que viram o Design
site na Internet. B ou Design C.
ção de uma mercadoria, na maio- dem, manter a atenção e comuni- tros, são vistos ou ignorados. Essa
ria dos casos – e normalmente não car mensagens-chave. Num estu- técnica já revelou que o layout,
vêem e, muito menos, observam do típico de embalagens, por seja de um rótulo, de uma mala
mais de um terço das marcas exemplo, esse sistema pode ser direta, ou de uma página da Inter-
numa determinada categoria. Para utilizado para mensurar a visibili- net, determina quais mensagens
ser eficaz, um design deve se des- dade e o destaque de um design de são vistas ou ignoradas.
tacar na prateleira abarrotada e embalagem numa prateleira. Os
manter a atenção do comprador o compradores podem ver várias ca- Esse sistema chega a que tipo de
tempo suficiente para fixar uma tegorias de produto, da mesma detalhes?
mensagem. Portanto, a pesquisa forma que na loja que costumam Permite perceber, por exemplo,
do design precisa incluir uma pes- freqüentar, dedicando o tempo que elementos visuais demasiado
quisa de comportamento. Forçar que quiserem na observação de fortes ou chamativos podem che-
as pessoas a observar um design e cada categoria. gar a impedir a leitura ou a lem-
perguntar sua opinião não é uma brança da identidade da marca.
situação capaz de reproduzir a Num estudo recente para um pe-
realidade de ver o produto numa tisco, a técnica de Eye-Tracking
prateleira comum. Capta só meta- É tentador, mas revelou que quase dois terços dos
de do processo de comunicação. é erro reduzir a compradores da categoria nunca
tinham lido a mensagem “um ter-
Para captar por inteiro, só acom- pesquisa do design ço a menos de gordura” inscrita
panhando o consumidor na hora a uma tabela de na embalagem, porque o fluxo do
da compra, não? Ou existem ins- design gráfico naturalmente afas-
trumentos que possam suprir essa avaliações numéricas tava o olhar dessa parte do rótulo.
necessidade. para padrões
Peço licença para falar de produ- O que a senhora recomendaria
tos da nossa empresa. Na área de predeterminados ou para estimular a interrelação en-
design e embalagens, a Ipsos-No- tre pesquisa e design?
substituir um estudo
vaction oferece o programa VEEP Talvez o mais importante seja a
(Visual Equitiy Evaluation Pro- abrangente por uma pesquisa contribuir para o êxito
gram) e os estudos Packtest. O do design, em vez de apenas ava-
compra simulada
primeiro, que combina estudos liá-lo. Assim, é erro reduzir a pes-
qualitativos pré e pós-design, é quisa do design a uma tabela de
um modelo holístico de avaliação avaliações numéricas para pa-
de equity da embalagem e de dire- drões de ação predeterminados ou
cionamento de desenvolvimento Qual é o sistema de funcionamen- substituir um estudo abrangente
de design. O Packtest consiste em to dessa metodologia? por uma “compra simulada”. Em-
estudos quantitativos com uso da Enquanto os consumidores obser- bora a tentação dos profissionais
metodologia Eye-Tracking para vam, uma câmera oculta registra de marketing de projetar aumen-
medir impacto de distintas alter- as coordenadas exatas do ponto de tos de vendas seja compreeensí-
nativas de embalagem, em con- focalização, à velocidade de ses- vel, uma abordagem baseada em
texto competitivo, combinado senta leituras por segundo. As lei- resultados financeiros com fre-
com aspectos atitudinais. turas revelam exatamente a forma qüência não é realista, já que os
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REESTRUTURAÇÃO
n os negócios, como na
vida, muitas vezes um
DIVULGAÇÃO
gesto tem significado
que vai além da ação em
si. É o caso da mudança da sede cor-
porativa da Rigesa Westvaco da ci-
dade de Valinhos (SP) para a vizi-
nha Campinas, em março deste ano.
“Para a Rigesa Westvaco essa mu-
dança é um símbolo a mais da am-
plitude que vem ganhando no mer-
cado nacional de embalagens e da
intenção de intensificar e fortalecer
o trabalho de crescente parceria que
desenvolve com os clientes”, diz
Paulo Tilkian, vice-presidente da
empresa.
Na verdade, caracterizada por mudar essa imagem. Como lembra balagens para os
uma postura discreta em seus 58 Tilkian, “muito mais do que uma grandes fabricantes de produ-
anos de existência, a Rigesa acabou empresa de produtos básicos a Ri- tos alimentícios, de higiene pessoal,
sendo vista primordialmente como gesa sempre foi uma fornecedora limpeza doméstica e de consumo
uma empresa fabricante e converte- de produtos diferenciados, empe- em geral”.
dora de papelão ondulado. Ela quer nhada em oferecer soluções em em- A empresa possui no Brasil sete
mentado
al idade do suprimento de embalagens
BEBIDAS PRONTAS
RECICLAGEM
S
e a sua empresa não trabalha com pro-
dutos acondicionados em embalagens
recicláveis, não apóia programas de
coleta seletiva e sequer se preocupa
com o chamado “marketing ecológico”, está
na hora de começar a pensar nisso – e de agir.
Se não o fizer por razões ambientais, em ge-
ral não prioritárias nas empresas, deve fazê-
lo, no mínimo, por aquilo que é seu objetivo
máximo: o lucro.
Figura emblemática da cultura de consu-
FOTOS: STUDIO AG - ANDRÉ GODOY
te, quando não reutilizadas, da vão) ocupar espaço nos demais locais impróprios.
as embalagens eram em gran- cada vez mais saturados ater- Assim, a embalagem ga-
de parte descartadas de qual- ros sanitários ou nos lixões. nhou a pecha de algoz do
quer jeito. Garrafas, potes, Quando não, terminam em meio ambiente, apesar de to-
sacos e cartuchos iam (e ain- ruas, rios, terrenos baldios e dos os seus atributos positi-
reduzam a níveis coerentes a desleixo com os sistemas de um dos alvos mais visíveis
geração de poluentes e o uso coleta de resíduos nas cida- nesse fogo cruzado.
de recursos, considerando des, os fenômenos climáticos Multiplicam-se as iniciati-
todo o seu ciclo de vida. devastadores e o presságio do vas indicando que o poder pú-
No Brasil ainda não se esgotamento dos recursos na- blico em diferentes níveis,
chegou a esse ponto ideal, turais, ganha força também empresariado e organizações
mas a realidade está se in- aqui a consciência de que não governamentais estão
cumbindo de mudar o pano- melhorar a relação com o dispostos a discutir caminhos
rama. Com a evidente escas- meio é pauta que não se pode viáveis para o tão desejado
sez de espaço para o lixo, as mais empurrar com a barriga. desenvolvimento sustentável
trágicas conseqüências do Obviamente, a embalagem é e a tal de ecoeficiência. Enti-
dades ligadas a embalagem do, lançam mão de iniciativas em poucos exemplos, basta
trabalham junto ao Conselho apoiadas no já bem difundido lembrar do aliviamento signi-
Nacional do Meio Ambiente conceito dos três R – reduzir, ficativo de peso – de até
(Conama), órgão governa- reutilizar e reciclar. Dentro 40%, em alguns casos – em
mental que estuda resoluções destes parâmetros, a embala- recipientes metálicos, de vi-
sobre o descarte de embala- gem mostra dinamismo. dro e de PET conseguido nos
gens, enquanto o Congresso Na diminuição do consu- últimos anos.
discute Projetos de Lei para a mo de materiais para produ- No segundo R, crescem os
questão. Paralelamente, os zir embalagens, a chamada apelos de reutilização das
mais diversos setores indus- redução na fonte, os ganhos embalagens, nas mais diver-
triais, o de embalagem incluí- têm sido notáveis. Para ficar sas formas: como utensílio
doméstico, como decoração,
como objeto para colecionar.
“Uma nação de selecionadores” Fechando o círculo, a re-
“A União Européia tornou-se O conceito de responsabilidade
ciclagem vem se tornando
uma nação de ‘selecionadores do produtor se aplica a quem atividade econômica cada
na origem’. Somos exemplo em fabrica embalagens de qualquer vez mais atraente. O negócio,
seleção de resíduos para des- tipo de material. Os produtores que já faz girar cerca de 1,2
carte em coletores diferencia- têm a obrigação de providen- bilhão de reais por ano no
dos, contribuindo para reduzir ciar sistemas de coleta e elimi- país, promete ser impulsiona-
ao mínimo o desperdício, de- nação, sendo responsabilidade do com a entrada de novas
volver e reciclar o que for pos- dos consumidores separar as tecnologias, que abrem novos
sível. São dez os tipos de em- embalagens e depositá-las nos mercados, e a discussão de
balagem recicladas.” coletores públicos oficiais. políticas fiscais mais coeren-
Assim começa o capítulo sobre Para gerenciar com eficácia o
tes e estimulantes. A recicla-
reciclagem do Livro de Bolso sistema, os fabricantes têm
gem de plásticos, por exem-
do Acondicionamento e da Em- criado empresas com instala-
balagem, editado pela Assis- ções especializadas na coleta e
plo, pagava IPI 20% mais
graph – Associação Espanhola na reciclagem de materiais, alto que a produção a partir
de Artes Gráficas, Embalagem, bem como na sua transforma- de matéria-prima virgem até
Acondicionamento e Afins, sob ção em energia. Cada empresa meados do ano passado.
licença da Packsforck, entidade dedica-se a um tipo de material.
sueca similar. Aqui é reproduzi- Infelizmente, o custo da coleta Não arriscar
da a essência desse capítulo. e de tratamento dos materiais Para a indústria de embala-
para sua recuperação supera a gem, reciclar representa, en-
Desde 1994, na União Européia, receita procedente de sua ven- tre outros ganhos, economi-
uma lei dispõe sobre a “res- da. Para cobrir o déficit, as em- zar matérias-primas virgens,
ponsabilidade do produtor” de presas de tratamento têm de
poupar energia na produção,
embalagens, baseada em dire- cobrar uma taxa dos produto-
perspectiva de abertura de
triz que foi transformada em lei res, conhecida, na Espanha,
em cada país membro. Pela lei, como “Ponto Verde”, adminis-
novos negócios e reforço no
a responsabilidade de coletar e trada por entidades reconheci- apelo de seu material. Afinal,
reciclar é das empresas que fa- das pelo Estado. No entanto, os fabricantes de bens de
bricam, importam ou vendem essa taxa não é onerosa para o consumo estão atentos à exi-
embalagens (genéricas) ou pro- usuário, já que representa uma gência crescente do público
dutos acondicionados com pequena porcentagem sobre o por produtos ambientalmente
marca. As empresas devem fa- preço final do produto. Num amigáveis, apesar de no Bra-
cilitar a seleção de embalagens frasco de perfume de luxo com sil ela ainda não ser tão forte
usadas e garantir que sejam estojo de papel cartão, no valor quanto na Europa, no Japão e
reutilizadas ou que o material de 42 Euros, são 0,25 Euro. Já nos Estados Unidos. Mas,
ou a energia nelas contidos se- num saquinho de batatas fritas
como bem sabem os profis-
jam recuperados, por incinera- de 1 Euro no ponto-de-venda, a
sionais de marketing, é me-
ção ou biodegradação; ou que incidência proporcional seria
sejam tratadas de forma a be- maior, possivelmente uns 10
lhor não arriscar.
neficiar o meio ambiente. centavos de Euro. Pesquisa da Research In-
ternational e da DIL
mar 2001 • ESPECIAL • EMBALAGEMMARCA – 5
20reciclagem 30/03/01 18:25 Page 6
FOTOS: DIVULGAÇÃO
presa precisa preocupar-se Além dos esforços da in-
em desenvolver produtos dústria, a complexa busca
com embalagens ecologica- por embalagens ambiental-
mente corretas, para sobrevi- mente mais corretas engloba
ver no mercado e criar ima- todos os elos da cadeia de Papel e PET para reciclagem
gem de marca forte”, sugere produção. Na indústria, pesa
José Roberto Giosa, coorde- a decisão de escolher emba- entidade, Luciana Pellegrino,
nador da Comissão de Reci- lagens adequadas ao tipo de a embalagem que se enqua-
clagem da ABAL – Associa- produto a ser acondicionado. draria nesse conceito é aque-
ção Brasileira do Alumínio. As áreas de pesquisa e desen- la na qual os materiais utili-
Alfredo Sette, presidente volvimento e os designers zados estão identificados,
da Abepet – Associação Bra- são orientados a preocupar-se não contém excessos – o
sileira das Indústrias de PET, com o desempenho ambien- overpackaging, ou mau di-
salienta que “o ecomarketing tal da embalagem. mensionamento – e é fácil de
é uma realidade irreversível”. desmontar e reciclar. Como
Mas deve ser feito com res- Ecodesign exemplo ela cita a embala-
ponsabilidade. “Para um pro- A ABRE – Associação Brasi- gem do açúcar orgânico Nati-
duto ostentar os símbolos de leira de Embalagem vem tra- ve, premiada no Prêmio Eco-
reciclagem, todo o circuito balhando na promoção do design da Fiesp, em 2000.
deve estar estabelecido”, ele conceito de ecodesign. Se- Mas a embalagem talvez
diz. “Não basta que o mate- gundo a diretora executiva da esteja sendo crucificada injus-
rial seja reciclável, ele preci-
sa ser, de fato, reciclado.” Composição do lixo urbano no Brasil
(peso)
Novas gerações
Material orgânico/outros 68,7%
André Vilhena, do Cempre –
Papel/papelão ondulado 24,5%
Compromisso Empresarial
para a Reciclagem, entidade Plásticos 2,9%
tamente pelos ambientalistas. Cetea – Centro de Tecnologia 135 possuem alguma expe-
Na verdade, os resíduos orgâ- de Embalagem de Alimentos. riência de coleta seletiva em
nicos têm maior participação Ela salienta que as embala- atividade. Sem coleta e sem
na composição do lixo brasi- gens, em sua maioria, são estímulo aos cidadãos fica di-
leiro – em peso, quase 70% inertes, não reagindo com o fícil expandir o negócio da
(ver gráfico “ Composição do ambiente. “Precisamos até de reciclagem e garantir que a
lixo urbano no Brasil”). mais embalagens, como for- embalagem não seja malvis-
ma de minimizar os desperdí- ta. “A reciclagem não é a so-
Uma aliada cios de alimentos, um dado lução para tudo”, destaca Al-
A rigor, a embalagem pode crítico se levarmos em conta a berto Fabiano Pires, consul-
ser vista como uma aliada em quantidade de pessoas que tor de Assuntos de Recicla-
potencial para minimizar os passam fome”, diz Eloísa. “O gem da Associação Brasileira
problemas com o lixo. “Os que não se pode é nomear bo- de Celulose e Papel – Bracel-
danos que a embalagem causa des expiatórios para simplifi- pa. “Mas se for atividade ren-
são de certa forma indiretos, car uma questão que depende tável, pode ajudar bastante”,
como é o caso de entupimen- de um choque cultural e de ele aposta. O certo é que os
to de bueiros, de assoreamen- responsabilidade integrada, consumidores estão entrando
to de rios, de acúmulo nos li- de todos.” cada vez mais na onda do
xões”, observa Eloísa Elena É um caminho longo. Dos ecologicamente correto. As
Garcia, pesquisadora especia- mais de 5 000 municípios empresas que não entrarem
lizada em meio ambiente do brasileiros, pouco mais de só terão a perder.
CARTONADAS
gens cartonadas assépticas, caminho crítico”, conta Eduar- transporte. As embalagens
ou longa vida, também vão do Gianese, diretor de exce- vão em bobinas para o clien-
ganhando mais soluções para lência corporativa da Tetra te, otimizando espaço. Do
seu uso pós-consumo. Pelo Pak, líder absoluta no forneci- cliente para o varejo também
fato de serem constituídas mento dessas embalagens. há maior aproveitamento,
por diversas camadas combi- Mesmo com os gargalos da pelo formato de paralelepípe-
nadas de papel, polietileno e separação doméstica do lixo e do das embalagens. “Menos
alumínio, a embalagem sem- da coleta seletiva, há diversas gás carbônico é emitido na
pre carregou a imagem de ser empresas trabalhando na re- atmosfera, ajudando a com-
de difícil separação e recicla- cuperação de embalagens as- bater o efeito estufa”, argu-
gem. Mas tecnologias e pos- sépticas cartonadas. Há basi- menta. Depois, por reterem
sibilidades surgiram para camente três maneiras de se menos resíduos, geram me-
acabar com esse estigma. reciclar essas embalagens: a nos lixo. “Esse foi um dos
Das 6 bilhões de embalagens recuperação das fibras, que motivos que cativaram os
cartonadas assépticas consu- possibilita o aproveitamento clientes do mercado de lei-
midas em 2000 no país, 15% de 65% do papel utilizado para tes”, conta Gianese.
foram recicladas. O aproveita- se fabricar papel toalha, papel Finalmente, por não necessi-
kraft e papelão ondulado; a fu- tarem de refrigeração e de
são do alumínio com o polieti- embalagens de proteção no
leno, para a produção de arte- transporte, há economia de
fatos como placas de “madei- recursos naturais. A Tetra
ra artificial”, canetas, réguas e Pak, aliás, vem promovendo
uma série de outras peças in- palestras e programas de
jetadas; e a incineração para a educação ambiental em esco-
geração de energia, processo las, “pois o trabalho a longo
comum na Europa. prazo garante resultados e
Além dessas possibilidades mostra a preocupação da ca-
em reciclagem, Gianese res- deia de embalagem com o
salta vantagens ambientais meio”, pontifica.
MATERIAIS
visual
e
Cresce a oferta de cartões mais brancos
Papel cartão:
brancura e brilho
para atrair o Mais alvejantes para o mercado
consumidor
Em resposta à crescente de- defesa do meio ambiente
manda por papel e papel cartão incluem na lista dos “venenos
com maior teor de brancura, a do planeta”.
Clariant reforçou no final do ano Além desse alvejante, a Clariant
passado, com a ampliação de iniciou a produção de outras li-
sua unidade de Resende (RJ), a nhas de produtos químicos es-
condição de maior fornecedora peciais para tratamento superfi-
de produtos químicos para a in- cial de papel e de cartão, direcio-
dústria de papel e celulose da nados a três diferentes áreas.
América Latina. A empresa in- Para rótulos de papel especial
vestiu 2 milhões de dólares na que exigem impressão muito ní-
instalação de quatro novos rea- tida a empresa oferece a linha
tores (que se somam a 31 já Cartabond, um agente para me-
existentes) e na modernização lhoria da resistência do substra-
tempo de execução dos tra- do processo produtivo. Com to, aprovada pelo FDA (Food and
balhos – e quando o PE é aplicado isso, diz José Chimara Filho, Drug Administration), a agência
na superfície frontal sobre a camada gerente da Unidade de Negócios reguladora americana, para em-
couché, há “ganho de brilho”. Papel para a América Latina, a balagens de produtos alimentí-
Clariant aumentará em 100% cios e de higiene. “O profissio-
PAPIRUS sua capacidade de produção de nal gráfico vai perceber as van-
Ao identificar a tendência de uso de alvejantes ópticos, carro-chefe tagens do Cartabond no rendi-
da unidade e insumo crucial mento das impressoras, na qua-
papel cartão com maior alvura, es-
para o atendimento da procura lidade da impressão, e na redu-
pecialmente na área de frigorifica-
de papel e cartão mais brancos. ção das paradas para limpeza
dos, a Papirus lançou uma variada
“A tendência de valorizar o pro- das máquinas”, garante Chimara.
linha de produtos com revestimen- duto pela embalagem vem se “Com esse produto, a impermea-
tos brancos. Segundo Véssia Corda- acentuando, daí o esforço para bilização do papel e a resistência
ro, assistente de marketing da em- melhorar o efeito de branco do a úmido aumentam”, ele diz. Fi-
presa, a Papirus está investindo em papel”, diz Chimara. Ele lembra nalmente, segundo o fabricante,
melhorias de equipamentos e de que, dentro dessa tendência, o Cartabond torna mais fácil a
processos que resultam em ganhos vem aumentando a demanda de reciclagem de papéis laminados
de brilho, de rigidez e de alvura. cartão colorido, para cuja pro- com polietileno.
Essas melhorias aparecem no re- dução é fundamental o bran- Já a linha Cartaseal, também
vestimento do cartão, que ganha em queamento. O branco, simples- aprovada pelo FDA, é específica
mente, valoriza a cor. No entan- para embalagens que exigem
brilho, e na rigidez, com o uso de fi-
to, para dar cor a papéis e car- alta resistência a úmido, como
bras longas. “Isso permitiu reduzir
tões a indústria cria um proble- as assépticas, e caixas para ex-
as gramaturas sem perda das carac-
ma ambiental: o uso de coran- portação de frutas. Impede, por
terísticas do cartão”, diz Véssia. As tes tinge muito os efluentes. exemplo, a formação de fungos,
reduções obtidas em g/m2 foram as Para resolver esse problema – causa de recusa de recebimento
seguintes: de 250 para 230, de 300 um entrave à exportação para nos portos de países importado-
para 280, de 350 para 330, de 400 países onde a legislação am- res. Chimara diz que essa linha
para 370 e de 450 parta 420. Assim, biental é rígida, e mesmo às tem tido grande interesse sobre-
a relação custo/benefício é otimiza- vendas no Brasil, onde cresce a tudo no Nordeste.
da, pois obtém-se maior metragem consciência preservacionista – Completando o leque, o produto
quadrada com menor quantidade em a Clariant lançou a linha Carta- mais recente é o Cartafluor, um
quilos. É ganho de custo, já que a sol, que segundo Chimara “fixa agente resistente a substâncias
bem a tinta, de modo que a graxas e óleo. Trata-se de um
quantidade de material diminuiu. A
água utilizada sai limpa”. Ade- produto aquoso à base de flúor,
redução da gramatura, observa Vés-
mais, ele ressalta, os alvejantes adequado para uso em embala-
sia, mascara a realidade de cresci-
produzidos pela empresa são gens de alimentos, como caixas
mento do mercado, pois o peso di- isentos de uréia, um agente po- de pizza e hambúrguer congela-
minuiu, mas a metragem não. “Na luidor que as organizações de dos, e rações para animais.
verdade, o mercado cresceu.”
(Ver tabela na próxima página)
mar 2001 • EMBALAGEMMARCA – 33
Document2 30/03/01 19:43 Page 34
SUPREMO DUO DESIGN Triplex Permite impressões policrômicas com 250, 300, 350
alta qualidade também no verso
Aplicações: as mesmas do Supremo Alta Alvura, podendo substituir couchés importados de alta gramatura
TP HI-BULKY Triplex Mais encorpado, mais leve e mais rígido 250, 275, 300, 325, 350, 375
Aplicações: embalagens para chocolates, cosméticos, medicamentos, fast-food, gelatinas e caixas de bombom
SUPER 6 BULKY Duplex Para embalagens que exigem alto desem- 275, 330, 370, 440
EXTRACORPO penho em off-set, rotogravura e flexografia
Aplicações: embalagens de detergente em pó, medicamentos, gelatinas, cereais em pó ou em flocos, mistura para
bolos, caldos, biscoitos, cafés em pó, capas de livros
SUPER 6 QUARTZ Duplex Resistência de superfície, lisura, alvura 250 (demais gramaturas
e brancura na linha Super 6 Bulky)
Aplicações: idem
RIPASA
ROYAL Integral Revestido, com 100% de fibras virgens 250, 300, 350
Aplicações: embalagens de produtos alimentícios, cosméticos, higiene pessoal e perfumaria. Também para capas
de livros, cartões-postais e folhetos
ART PREMIUM Triplex Revestido, 65% de fibras virgens 250, 280, 330, 370, 410
Aplicações: idem
EXTRAKOT Duplex Revestido, 60% de fibras virgens 300, 350, 400, 450
Aplicações: as mesmas acima, mais embalagens de autopeças, brinquedos e calçados
PRINTKOT Duplex Revestido, 50% de fibras recicladas 250, 280, 330, 370, 410
Aplicações: embalagens de produtos alimentícios, brinquedos, calçados, farmacêuticos, higiene e limpeza
ECOPACK Duplex Revestido, 70% de fibras recicladas 230, 280, 330, 370, 410
Aplicações: embalagens de produtos alimentícios, brinquedos, calçados, farmacêuticos, higiene pessoal, têxteis e
laminações em microondulados
DUPLEX PACK Duplex Pardo, não revestido 250, 300
Aplicações: embalagens de produtos cosméticos, farmacêuticos e laminações em microondulado. Também para
pastas e capas de cadernos
ICECARD Duplex Revestido, com tratamento especial con- 300, 325, 350, 450
tra absorção lateral de umidade
Aplicações: embalagens de produtos alimentícios congelados e resfriados
PAPIRUS
PRODUTO TIPO CARACTERÍSTICAS GRAMATURAS (g/m2)
TBC B Triplex Composto por três camadas de fibras, com 230, 280, 330, 370, 420
forro branco, miolo marrom e suporte branco
Aplicações: embalagens de fast food, cosméticos, produtos de higiene pessoal, medicamentos, brinquedos, arti-
gos infantis, pilhas, chás, cigarros, chocolate, eletro-eletrônicos. Também cadernos, livros e álbuns fotográficos
DBF R Duplex Composto por três camadas de fibras, 210, 230, 250, 300, 350
com forro branco, miolo e suporte marrom
Aplicações: embalagens para bebidas (multipacks), displays promocionais, produtos de higiene e limpeza,
autopeças, calçados, sacolas, encartes e etiquetas têxteis
TBB B Triplex Composto por três camadas de fibras, com 230, 280, 330, 370, 420
forro branco, miolo marrom e suporte branco
Aplicações: cartelas blister e skin, embalagens de medicamentos, cosméticos, utensílios domésticos, pilhas e arti-
gos de cutelaria
TWR B Triplex Papel cartão com forro branco, miolo mar- 330, 370
rom e suporte banco
Aplicações: embalagens para produtos congelados (hambúrguer, pizza, pratos prontos), alimentos delivery e copos
DBC BULK Duplex Composto por três camadas de fibras, com 230, 280, 330, 370, 420
forro branco, miolo e suporte marrons
Aplicações: embalagens de gêneros alimentícios, farmacêuticos, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, brin-
quedos, autopeças, calçados, papelaria, displays e peças promocionais
20hispack 30/03/01 20:09 Page 40
Feira
FOTOS: DIVULGAÇÃO
VALE A Auto-adesivos crescem 20% ao ano
Uma tecnologia de segurança com
enorme potencial, mostrada na feira,
Rótulo impresso
PENA IR
pela Germark,
foi a de aplicação de RFID (iniciais da com caracteres
expressão em inglês Radio Fre- em Braille
quency Identification) em etiquetas
Feira internacional é um
auto-adesivas impressas em bobi-
observatório de tendências nas. Segundo Iban Cid Juncosa, dire-
Por Wilson Palhares, de Barcelona tor geral da Germark, empresa líder
de março em Barcelona, na Espa- antifurto, custa 5 pesetas (US$ mento na Espanha: 20% ao ano, em
nha, e propõe uma discussão sobre 0,025), enquanto uma com RFID cus- média, nos últimos cinco anos. Nes-
feiras de negócios. Prevalece hoje ta 1 dólar”, ele compara. O diretor ge- se crescimento se incluem, embora
uma dúvida em relação à participa- ral da Germark acredita que “não ha- com peso menor, rótulos impressos
ção em tais eventos, sobretudo verá aplicações comerciais para com caracteres em Braille, como o
quando se realizam em outros paí- RFID enquanto os fabricantes de pro- PX (Don Pedro Ximenez), lançados
ses, que se resume mais ou menos dutos, as empresas de logística e o pela Germark.
assim: “Se a economia está globali- varejo não chegarem a um acordo “Os nichos são um bom campo para
lançados num país chegarão pratica- A diferença básica entre os dois sis- geral da empresa, que acumula tam-
mente juntos a todos eles”. temas é que o RFID aceita dados va- bém os cargos de presidente da An-
Não é assim. Por mais que a econo- riáveis e possibilita, por exemplo, fa- fec, a associação nacional espanhola
empresas em alguns setores, a con- compras numa única operação, ou vice-presidente em exercício da Finat,
corrência continua a existir. E nin- conferir a carga inteira de um cami- a entidade mundial representativa do
guém consegue se auto-abastecer nhão também de uma só vez. setor. Sid assumiu em fevereiro em
necessários. Tanto é assim que não dessa tecnologia, que traz embutida dente, o francês Charles Bernard, que
se houve falar de feiras que não incríveis possibilidades em termos se desligou do segmento.
Feira
de referência para o setor”, diz Mi- Solução médica
guel Heredia Lafita, presidente da Mais conhecida por seus produtos e
Hispack 2001. sistemas para o mercado de alimen-
Este ano a feira abrigou, em 48 000 tos, a Convenience Food Systems
metros quadrados de área de expo- focou esforços na divulgação do
sição, 785 estandes de 2 188 em- sistema Tiromat para embalar pro-
presas espanholas e de outros paí- dutos médicos e hospitalares com
ses, visitados por 36 783 visitantes, segurança. O Tiromat – também
3 301 deles estrangeiros. São visitas usado para alimentos – consiste
efetivas, já que a contagem é feita numa solução integrada que utiliza
apenas pelos formulários preenchi- máquinas form, fill & seal (FFS) para
dos pelos visitantes. O crescimento
da visitação este ano foi de 15,96%
Numa só fornada produzir blisters e outras formas de
Feira
Feira
Resinas produtivas
PLÁSTICO A OPP Petroquímica utilizou a feira
para fazer a première de algumas
Brasileira da Indústria do Plástico. café ou erva-mate, a Maqplas lançou na Brasilplast a Pouch Light LGH 400.
Merheg Cachum, presidente da enti- A máquina propicia solda contínua, o que, segundo a empresa, proporciona
dade, prevê para este ano um cres- eficiência e qualidade de solda superior à feita de forma intermitente. Já
cimento de 10% no volume de pro- para atender à crescente demanda por embalagens tipo stand-up pouch, a
empresa lançou o Stand Up Shape, um equipamento com nova estrutura e
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Feira
tivas do consumo interno, o setor Nova geração brasileira
plástico também sabe que é preciso
se afinar com a intenção do governo A Rhodia-ster lançou na Brasilplast gerado no processo. Ou seja, a cadên-
de exportar mais. Nesse sentido, a sua mais nova marca de produtos, ba- cia do sopro das embalagens se man-
contribuição dos produtos transfor- tizada como Tecna. Ela será a chance- tém na capacidade máxima, enquanto
mados tem sido crescente. A Abi- la para resinas PET de uma nova gera- a potência do forno diminui. “De um
plast registrou aumento de 18,68% ção, “que trarão como aspecto primor- lado aumenta a produtividade, de ou-
em exportações do setor de 1999 dial significativas inovações tecnológi- tro reduz os custos”, argumenta Gui-
para 2000, um pulo de 428 milhões cas”, de acordo com Leandro Fraga marães, garantindo que “o ganho total
de dólares para 508 milhões de dó- Guimarães, gerente de marketing da é de no mínimo 30 dólares por tonela-
lares em faturamento. empresa. O primeiro produto dessa da de resina”.
Os números da Brasilplast também nova família, apresentado oficialmente Segundo Guimarães, além da natural
evidenciam o potencial de evolução durante a feira, é a resina S80SP, de- presença no mercado de refrigerantes,
da indústria plástica no país. Dos senvolvida no Brasil após três anos de espera-se que a S80SP também cative
1 057 expositores, 512 eram empre- pesquisa e pesados investimentos. os produtores de óleos comestíveis,
sas internacionais, de 32 países di- Segundo Guimarães, ela oferece van- águas minerais, condimentos e de hi-
ferentes. A Itália, por exemplo, atra- tagens claras no processo de sopro, giene e limpeza, por dois fatores. Pelo
vés da Assocomaplast, associação como aumento de produtividade de baixo teor de acetaldeído – o que não
de classe dos fabricantes de equi- 10% a 20% em relação aos grades con- altera o sabor dos produtos – e pela
pamentos para plásticos, ocupou vencionais, a redução no consumo de flexibilidade no trabalho com frascos e
uma área de 700 metros quadrados energia no forno da sopradora em até garrafas com design diferenciado.
na feira, onde estavam representa- 25%, facilidade nos ajustes (setup) das (11) 5502-1411
das, direta ou indiretamente, mais máquinas e baixo volume de refugo leandro.guimaraes@rhodia-ster.com.br
de cem empresas. Tal investimento
se justifica: o Brasil é o principal Novos grades de polipropileno
destino das exportações italianas de Seis novos grades da linha Prolen de polipropilenos foram mostrados pela Poli-
máquinas para plástico na América brasil. Entre os dedicados a embalagens estão o Prolen PMT 6970, para a fabri-
do Sul – as compras brasileiras em cação de baldes, caixas para hortifrutícolas e contêineres, o Prolen XM 6156 K,
2000 renderam mais de 38 milhões que proporciona tampas flip-top com maior maciez na abertura, o Prolen PMT
de dólares na balança comercial ita- 6190, desenvolvido para o segmento de extrusão/compressão de tampas para
liana, fazendo do país da bota o bebidas carbonatadas, e o Prolen PF 6140, para o mercado de filmes.
maior exportador de máquinas para (11) 4478-2051 / claudio.marcondes@polibrasil.com.br
a indústria nacional. Estiveram tam-
bém presentes na feira, com desta- Para estruturas compostas
que, empresas de Portugal e da
Divisão de especialidades do grupo pe-
Áustria, entre outros países.
troquímico Totalfina Elf, a Atofina mos-
Tanto por parte desses expositores
trou na Brasilplast sua nova linha de
internacionais, como dos 545 nacio-
adesivos para coextrusão, a Orevac
nais, a embalagem foi presença
PE, encontrada em quatro grades e vol-
marcante. Não poderia ser dife-
tada à produção de filmes multicamada
rente, pois a transformação de em-
e embalagens rígidas para alimentos.
balagens é mercado vital para o se-
“O papel do Orevac nessas estruturas
tor plástico. Boa parte dos 75 000
compostas de embalagens é garantir Enso para fechamento de potes de po-
metros quadrados do pavilhão des-
coesão entre a camada de barreira ao liestireno, polietileno, papelcartão ou
tacou novidades em resinas, pig-
oxigênio, geralmente uma poliamida polipropileno. Trata-se de uma membra-
mentos, serviços e equipamentos
ou EVOH, e as camadas de polietileno, na multicamada, cuja composição não
para extrusão, sopro, injeção e im-
que conferem as propriedades de sol- leva alumínio, e na qual a Atofina parti-
pressão de embalagens. “O desen-
da, rigidez e impermeabilidade”, expli- cipa através de seu copolímero Lotryl,
volvimento de embalagens me-
ca Sophie Guillot, relações-públicas da que serve como camada de selagem
lhores passa obrigatoriamente por
empresa. A empresa também esteve da tampa.
eventos como este”, diz Leandro
mostrando o Ensolid, desenvolvimento (11) 5051-0622
da empresa finlandesa de papéis Stora wilson.honda@atofina.com
Feira
Fraga Guimarães, gerente de mar- Aditivos cheirosos
keting da Rhodia-ster.
A divisão de masterbatches da Cla-
A anteriormente citada necessidade
riant mostrou na feira masterbatches
de trazer à embalagem nacional o
com fragrâncias e aromas, como cou-
que há de mais moderno em termos
ro e morango. Segundo o gerente co-
mundiais pode ser medida pelo ba-
mercial da divisão, Walter Esmereles,
lanço feito ao final da feira. Nas má-
tais produtos estão sendo desenvolvi-
quinas injetoras, extrusoras e sopra-
dos localmente e são mais uma arma
doras, houve aumento de cerca de
para “se diferenciar da concorrência”.
60% das vendas em relação à últi-
Outro destaque da Clariant, apresen-
ma edição da feira, em 1999. Sinal
tado em primeira mão no Brasil, foi a
de que o parque industrial está sen-
do renovado, condição para susten-
linha de masterbatches Splash, que O plástico sumiu
conferem à resina efeitos especiais,
tar o esperado crescimento econô- Um produto que chamou a atenção
como rugosidade, aparência de már-
mico e a garantia de condições ade- durante demonstrações na feira foi
more, de madeira e outros. E esses
quadas para a exportação de produ- o filme plástico Claria. Fabricado
implementos visuais nas peças injeta-
tos com qualidade de ponta. com base em PVA pela japonesa
das, para atrair a atenção do consumi-
Nas outras áreas, a percepção de Kuraray, o filme é totalmente solú-
dor, não implicam em investimentos,
evolução da transformação de plás-
segundo Esmereles. “Os transforma- vel em água, se desintegrando pou-
ticos também foi latente. Os lança-
dores de plásticos podem continuar a co tempo após o contato. Destina-
mentos em resinas e sistemas de
utilizar os equipamentos de injeção e do a aplicações em embalagens de
impressão tiveram a marca do au-
moldagem que já possuem.” agroquímicos, defensivos agríco-
mento de produtividade, sob as pro-
(11) 3613 4800 las, hospitais, lavanderias, deter-
messas da diminuição de perdas e
masterbatches.brazil@clariant.com gentes e aberto a novos usos, o
de consumo energético nos proces-
Claria possui propriedades de bar-
sos. Já o campo dos aditivos para
reira, é antiestático e tem resistên-
plásticos, além desses pontos, bus-
cia mecânica e térmica, segundo
cou ressaltar a diferenciação, aspec-
Oliver Venezia, da Intermarketing
to observado principalmente na área
Brasil, empresa que está trazendo o
de masterbatches e pigmentos para
filme para o país.
transformação. “Nossos clientes es-
(11) 4195-4188
tão sempre buscando se diferenciar
ddinucci@intermarketingbra-
da concorrência”, afirma Walter Es-
sil.com.br
mereles, gerente comercial da divi-
são de masterbatches da Clariant.
Segundo a Alcantara Machado, or- Recolhimento conveniente
ganizadora do evento, a Brasilplast
Para embalagens flexíveis do tipo “wi- das pelos pinos wicket, “o que a dife-
já é a terceira feira mundial em sua
cketer”, a Hudson-Sharp está fabrican- rencia das demais máquinas de corte e
categoria, e a maior do hemisfério
do no país a MS 750W, máquina de solda”, segundo Simone Mendes, assis-
sul. “É uma feira onde realmente se
corte e solda que permite a produção tente executiva da Hudson-Sharp. O
fecham negócios”, comemora Guido
de saquinhos em diversos tamanhos – material da embalagem pode ser PEBD,
Pelizzari, diretor geral da Sandretto,
até 343 x 711 mm. A principal carac- PEBDL, PEAD e coextrudados – para
comerciante de máquinas injetoras.
terística da MS 750W é que assim que trabalhar com polipropileno são neces-
Mais do que a venda direta, há tam-
as embalagens são processadas (numa sárias algumas modificações opcionais.
bém o caráter de evento de oportu-
velocidade de até 280 embalagens por sales@hudsonsharp.com
nidades que a feira proporciona.
minuto), elas são recolhidas e empilha- (11) 5181-7935
“Além do faturamento durante o
evento, as empresas estão aqui
para fazer contatos para negócios
futuros”, salienta o diretor da Brasil-
plast, Evaristo Nascimento.
Feira
EM20
20brasilplast 30/03/01 20:29 Page 46
Feira
Injetoras precisas e modulares PS e PE novos
Baseada na premissa de que com a são altamente precisas, têm baixo con- O Styron A-Tech 1250, poliestireno
globalização é preciso oferecer qualida- sumo energético e grande modularida- de alto impacto para embalagens de
de indiscutível em mercados competi- de de conjuntos”. Esta última caracte- alimentos, foi lançado pela Dow
tivos, a Sandretto, controlada pelo gru- rística, atenta Pelizzari, traz o diferen- Química no evento. Produzido nas
po italiano Cannon, lançou na feira a cial da alta flexibilidade, que permite fábricas da Dow no Brasil e na Co-
série SB Uno de máquinas para inje- melhor adequação aos processos com lômbia, o produto é adequado a em-
ção. Segundo Guido Pelizzari, diretor diferentes materiais plásticos. Outro balagens descartáveis em geral, co-
geral da empresa, “as novas injetoras ponto forte da SB Uno, de acordo com pos e bandejas termoformadas, as-
o diretor da empresa, é a unidade de sim como para chapas utilizadas no
controle sef 2000, que alia dois proces- processo de form, fill & seal (FFS).
sadores (um da Intel e outro da Motoro- “As vantagens do Styron A-Tech
la) a um software de controle desenvol- 1250 são significativas, uma vez
vido pela própria Sandretto. que a resina permite a fabricação
(11) 4655-3444 de embalagens com espessuras e
sales@sandretto.com.br peso mais baixos sem a perda de
tenacidade”, afirma Fernando Rodri-
Sopro flexível também para multicamadas guez, gerente de marketing e ven-
Para o mercado de bebidas, a Krones com 6, 8, 10, 13, 16, 20 ou 24 esta- das da Dow para a América Latina.
lançou a Contiform, sopradora que ções de sopro, o que permite produ- Na área de polietilenos, a Dow lan-
apresenta um conceito inovador: o car- ções entre 7 200 e 28 800 garrafas çou oficialmente a Dowlex NG 2085-
rossel de aquecimento e de sopro es- por hora. Ela produz tanto garrafas B, resina multiuso que atende a re-
tão posicionados um sobre o outro e one-way como retornáveis, em diver- quisitos de alto brilho da embala-
unidos por uma estrela de transferência sos formatos, podendo inclusive traba- gem, além de proporcionar qualida-
vertical. A máquina pode ser fornecida lhar com pré-formas multicamadas. de de impressão e outras caracte-
Todos os parâmetros são ajustados rísticas da família Dowlex, tais
numa interface touch-screen (tela sen- como resistência à perfuração, ve-
sível ao toque), e podem ser modifica- locidade de máquina e selagem efi-
dos durante a produção. Uma vez oti- ciente. Outra novidade na área de
mizados e gravados, os programas PE é a resina 35060L, utilizada para
podem ser selecionados a qualquer a produção de frascos soprados
momento no painel de comando. com maior resistência ao empilha-
(11) 4075-9504 mento.
marketing@krones.com.br (11) 5188-9000 / www.dow.com
Display
CORES E TEMAS NOS
OVOS DE PÁSCOA
DA VISCONTI
c
A
b
dinL
re
p
Display 1
m
P
u
e
d
m
d
e
B
Pernalonga e sua turma viram chiclete s
A Adams, divisão da Warner-Lambert, está es- a
tampando nas embalagens dos chicletes Ping b
Pong os personagens Looney Tunes (no Brasil, b
Turma do Pernalonga). Eles também estão nas v
figurinhas que acompanham o produto, e sua o
escolha se deve ao enorme conhecimento e à r
receptividade por parte das crianças e c
de muitos adultos, como foi comprova- g
do em pesquisas realizadas pela Adams e s
pela Warner Bros. As embalagens, fornecidas S
pela Inapel, têm design da Adag.
C
SOFISTICAÇÃO EM PAPEL METALIZADO
A modernidade Viva! é a nova fragrância dos sabonetes
é vermelha Vinólia, da Unilever, desen-
volvida especialmente para
O snack Pingo D’ouro, da Elma as mulheres. Sua embala-
Chips, mudou de cara após qua- gem de papel metalizado, cri-
se trinta anos com a mesma em- ada pela R234 e fornecida
balagem. O marrom da antiga pela Toga, apresenta sofistica-
apresentação foi substituído pelo ção e combina flores delicadas a
vermelho. A Pantani, agência cores vibrantes em tons de rosa, amarelo e lilás.
responsável pelo design, tam-
bém modernizou o logo, manten-
m
A
do a cor marrom em sua elipse
d
fo
para criar uma ligação com a an- O segredo das d
p
tiga embalagem. Os saquinhos
são impressos pela Itap e têm
saladas em sachês N
s
m
Panorama
Regionalização reforçada
A Willett International cados sofisticados como
Ltd. está reforçando sua o Brasil a natureza do
presença na América do negócio de codificação
Sul. Em meados de mar- está mudando”, diz Wil-
ço, Allan Willett, funda- lett. “Como o futuro está
dor da empresa, visitou nos serviços oferecidos
a filial brasileira, onde – tintas, softwares, tec-
reiterou a intenção de nologia –, pretendemos
que aqui sejam feitos os investir em inteligência,
Bandeira para atrair insumos consumíveis que tem maior valor
Como mais um imple- nhas promocionais, e fornecidos pela marca agregado e pode nos dar
mento para diferenciar o “pode ser multipágina, para toda a região. Se- uma vantagem competi-
produto no ponto-de-ven- permitindo a inserção de gundo ele, num primeiro tiva”, afirma. Ele citou
da, atraindo o olhar do dados sobre o produto momento a empresa pre- como exemplo dessa
está colocando no merca- que o fabricante dese- Mercosul, “um mercado Connector, lançado em
do a etiqueta Flag, siste- jar”, diz Marques. Con- de grande potencial”, 2000, que foi desenvolvi-
ma auto-adesivo que ocu- feccionadas em papel ou para depois fortalecer do pela equipe de enge-
pa espaço aéreo nas gôn- filme plástico, com di- sua posição no restante nharia da Willett brasilei-
design da embalagem”, as etiquetas são forneci- A empresa, que afirma do no mundo todo. Do
ressalva Martin Mato Mar- das em rolo e a Novel- ser líder no mercado Brasil, o empresário par-
ques, gerente de desen- print desenvolve o siste- brasileiro de codificação tiu para Montevidéu, no
volvimento da Novelprint. ma de aplicação adequa- contínua, com cerca de Uruguai, para inaugurar
glês) também é dedicada do cliente. (11) 3768-4111 pretende abocanhar fa- ção de produtos Willet.
Panorama
Almanaque
O lírio da guerra Clássicos da indústria
Na edição de junho de publicitária não informa- Embalagens sofisticadas, para produtos
1966 de Seleções do Rea- va de que material era de massa, são produzidas no Brasil há
der’s Digest um anúncio feita a garrafa, mas não mais de 100 anos. No início do século
de página inteira do óleo seria necessário: só pode- passado, a Companhia Litographica Fer-
comestível Lírio, da An- ria ser de vidro, pois ain- reira Pinto, do Rio de Janeiro, conheci-
derson Clayton, apresen- da não existiam materiais da pela qualidade e pela pontualidade de
tava uma nova embala- concorrentes que apresen- seus serviços, já fazia litografia a co-
gem do produto, revolu- tassem boas barreiras e res e impressão em alto relevo.
Idéias na prateleira
Vale a pena uma visita ao consumir tudo de uma só
site da ANI – Associação vez, podendo retampar a
Nacional dos Inventores embalagem”. Outros obje-
(www.inventores.com.br). tos originais são um
Na seção “Classi-inven- “abridor para embalagens
tos” é possível encontrar Tetra Pak”, de Adelício
um sem-número de apetre- Cardoso, e um saco para
chos esperando uma opor- embalar roupas a vácuo,
tunidade de entrar no mer- de Mary Yamada. Alguma
cado – inclusive embala- empresa se interessa?
gens. Entre as idéias, algu-
mas engenhosas, outras
Vim, vi e venci nem tanto, está a de uma
lata metálica com tampa
No início da década de 60, ro: papelão ondulado com
uma nova alternativa de paredes superfinas. Assim de rosca, para dois litros
embalagem decorativa como nos demais países, de bebida. Segundo o au-
para garrafas de vinhos e tornou-se um êxito no Bra- tor do projeto, Alberto L.
bebidas alcoólicas agitava sil, onde é conhecido como Souza, “com esta embala-
mercados no mundo intei- papelão microondulado.
gem o usuário não precisa