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COOPERSOLI

1. APROFUNDAMENTO DO DIAGNÓSTICO

1.1. INTRODUÇÃO

A COOPERSOLI é uma cooperativa de catadores da Rede Sol que realiza a


separação e a venda de materiais recicláveis. A cooperativa conta com 34 cooperados,
sendo 8 homens e 26 mulheres. Na COOPERSOLI a divisão do trabalho é feita da
seguinte forma: 4 cooperados atuam na diretoria e 30 cooperados realizam o
processamento do material.

A maior parte do material processado pela cooperativa tem origem da coleta seletiva
realizada pela prefeitura de Belo Horizonte. Uma menor parcela tem origem de
doações feitas por empresas e orgãos públicos. O material, depois de separado é
prensado e vendido à atravessadores.

A cooperativa conta com dois galpões, o oficial da Coopersoli (galpão I) está sendo
reformado (previsão de inauguração do novo galpão em 16 de janeiro de 2008) e o
outro galpão é provisório (galpão II). Ele é alugado pela prefeitura, tem uma área
coberta aproximada de 623m2e uma área total disponível de 1476,8m2.

O galpão II dispõe de dois banheiros e um pequeno escritório onde são realizadas as


atividades administrativas, além de funcionar, também, como cozinha. Há no galpão II
3 prensas, 1 balança manual, 2 carrinhos transportador de fardos, 1 computador e
móveis e eletrodomésticos para cozinha (geladeira e aquecedor de marmitas).

1.2. PROCESSO PRODUTIVO

• Chegada de Material:

Semanalmente, a cooperativa recebe em média 51 toneladas de materiais. O


acompanhamento da chegada de materiais do mês de novembro gerou os seguintes
dados:
Gráfico 1: Entrada de matérias relativo aos dias da semana do mês de novembro

A cooperativa recebeu aproximadamente 107.440 Kg de materiais no mês de


novembro sendo eles 41.194 Kg de empresas e orgãos públicos e 66.246 Kg da coleta
seletiva.

Gráfico 2: Contribuição dos principais fornecedores

A coleta seletiva realizada pela prefeitura, entrega os materiais para a COOPERSOLI


nas terças, quarta e quintas-feiras. Em média, chega-se 4 caminhões por dia. O
material da coleta seletiva fornecido pela prefeitura chegou nas seguinte proporções
no mês de novembro:
Kg

Gráfico 3: Chegada de materiais da coleta seletiva

Gráfico 4: Porcentagem de contribuição das regiões da coleta seletiva.

Já o material proveniente das empresas e orgãos públicos, chegaram na seguinte


proporção durante o mês de novembro:
Kg

Gráfico 5: Quantidade de material proveniente das grandes empresas

Gráfico 6: Contribuição de material bruto das grandes empresas e parcerias

Todo o material que chega à COOPERSOLI deve ser pesado. A pesagem do material
é realizada fora da cooperativa em balança de caminhão. Quando o material não é
pesado externamente, os cooperados têm que pesar todo o material manualmente,
pois esse controle é solicitado pelos fornecedores. A pesagem manual do material
consome muito esforço e horas de trabalho.

O material que chega no galpão é estocado separadamente em áreas pré-definidas,


mas não formalizada.

O carregamento de um caminhão é realizado por 6 homens (4 levantando os fardos e


1 colocando no caminhão e 2 cooperados transportando os materiais até o caminhão).
No tempo de aproximadamente 1 hora, foram carregados 52 fardos, estes variam de
90 Kg a 300 Kg cada.
• Fluxograma do processo produtivo:

rejeito

Prefeitura
Chegada do  Estoque do material não 
material processado triagem Pesagem

Pesagem
Pesagem

Parceiros  Parceiros 
privados públicos
Estoque do 
material triado

Estoque do 
venda Pesagem prensagem Estoque do 
material 
prensado material pesado
• Separação dos Materiais:

Os materiais não processados, depois de estocados no pátio, são destinado ao setor


de triagem.

De acordo com os dados presentes no caderno de Registro Diário de Material Triado,


pode-se identificar as principais contribuições, por tipo de material, no mês de
novembro de 2008:

Gráfico 7: Porcentagem de tipo de material triado na coleta seletiva


Gráfico 8: Porcentagem de tipo de material triado das grandes empresas e parcerias

1.3. PROBLEMAS IDENTIFICADOS

Foram identificados problemas, tanto no que diz respeito a organização do trabalho,


quanto ao processo produtivo. Os problemas, além daqueles aprofundados (ver no
próximo item), estão listados a seguir:

Organização do trabalho: Cada triadora têm uma forma diferenciada de triar, sendo
que muitas delas triam sentadas e outras triam em pé. Algumas triam em duplas e
muitas triam sozinhas.

Atualmente existem 2 grupos de trabalho na cooperativa, a equipe A e a equipe B.


Essas equipes de trabalho são heranças da organização de trabalho do outro galpão
(equipe A trabalhava no turno da noite e equipe B trabalhava de dia). Hoje, existem
conflitos devido a essa divisão (distanciamento da comunicação entre as equipes e
questionamentos relativos à diferença de produtividade entre elas).

Dificuldade imposta pelo sistema de remuneração: Atualmente a cooperativa faz a


divisão igualitária. O problema é que muitos dos trabalhadores se sentem
desfavorecidos por ter produzido uma quantidade superior aos demais e receber a
mesma quantia.

2. APROFUNDAMENTO DOS PROBLEMAS

2.1. PROBLEMA l: ARRANJO PRODUTIVO

O leiaute atual do galpão está organizado de acordo com o esquema apresentado


abaixo:
Postos de 
triagem

Estoque de 
materiais 
triado  e 
pesado

Estoque 
de fardos

Postos de 
triagem

Rejeitos

Triagem 
do vidro

O fluxo da produção não é linear e é interrompido constantemente, com isso é perdido


muito tempo com movimentações de pessoas e materiais no galpão, gerando
retrabalho. Por exemplo:

• Quando um bag termina de ser triado, têm-se o trabalho de abrir espaços,


afastando os bags, para que um novo bag chegue no setor de triagem.
• Quando o material é encaminhado até a prensa é necessário limpar a área
para viabilizar a passagem.
• Quando é realizado o carregamento dos caminhões, o processo é interrompido
para viabilizar a passagem dos fardos.

Problemas de infra estrutura do galpão II:

• Piso irregular

O piso causa danos aos bags, quebra de carrinhos, esforços excessivos para o
transporte de fardos e bags e inviabiliza a utilização da empilhadeira e dos
carrinhos..
• Rede elétrica mal projetada e sem segurança

As luminárias não funcionam, existem picos de energia quando se aciona as


prensas, não se pode usar equipamentos eletrônicos simultaneamente e o
sistema elétrico causa choques nos trabalhadores o que é acentuado pelas
chuvas.

• Más condições do telhado

A cobertura expõe o galpão à entrada de água da chuva, pois apresenta furos,


não abrange a área necessária e não possui calhas. Parte do material fica
exposto ao tempo, o que faz com que grande parte da matéria prima seja
perdida e que o material fique mais difícil de ser triado.

• Sistema de drenagem da água

O galpão não possui sistema de drenagem o que causa poças de água


principalmente na área de triagem e nas prensas.

• Vazamento do sistema hidráulico

O galpão possui uma torneira que vaza água

• Sistema de esgoto

Problemas nos encanamentos do banheiro


Falta de calhas no telhado para o desvio da água da chuva

Acúmulo de água no setor de triagem


Telhas de amianto contendo furos

Acúmulo de água dentro do galpão no setor de prensagem

Foi realizado, no dia 17 de dezembro de 2008, uma reunião na Coopersoli com


técnicos da SLU, com o proprietário do galpão, uma representante da cooperativa e
com equipe técnica de Engenharia de produção deste projeto. Nesta reunião foi
apresentado e mostrado os problemas de infra estrutura, descritos acima, que expõem
os trabalhadores ás condições precárias de trabalho. A SLU e o proprietário se
comprometeram a resolver esses problemas. O proprietário propôs que as reformas
fossem descontadas no valor do aluguel.

2.2. PROBLEMA II: ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Atualmente, as triadoras trabalham da seguinte forma: 1- Coloca-se o material em


bags da coleta seletiva e das doações; 2- Transporte dos bags para dentro do galpão,
ou seja, transporte para a área de triagem (geralmente são transportados três bags
por vez); 3- Dois bags com o material não triado ficam em espera enquanto o primeiro
bag é triado; 4- Os três bags são triados seqüencialmente e o material selecionado é
alocado nas proximidades da atividade de triagem; 5- O processo é iniciado
novamente.

Nos dias que chegam caminhões da coleta seletiva da prefeitura é necessário


organizar o material no pátio, ou seja, as triadoras têm que parar suas atividades e
fazer as devidas alocações de materiais para que esses não se misturem com as
demais origens e para que os caminhões consigam entrar no pátio. Observa-se que a
produção da triadoras é menor nesses dias.

Foi proposto uma nova forma de organização do trabalho:

TRIAGEM PRIMÁRIA

As triadoras devem se organizar em grupos de 3 pessoas para a realização da triagem


e trabalhar na seguinte disposição:

Nova forma de organização das equipes de triagem

Com esse novo modo de organização da atividade, cada triadora ficará responsável
por 4 tipos de materiais, com excessão da pessoa que trabalhará no fundo, esta
deverá ficar responsável por 5 tipos. As pessoas que trabalharão nas bordas, fila azul
e vermelha, deverão trabalhar com os materiais que sejam mais freqüentes e menos
densos (PET, PEAD e papeis), para facilitar a saída.

Na extremidade da fila azul ou vermelha, deverá ser colocado um bag vazio para o
rejeito. Este bag deverá ser posicionado de forma que não interrompa o fluxo e a
movimentação da produção.

Assim que os bags com material triado ficarem cheios, estes deverão ser retirados da
área de triagem, etiquetados com o número da equipe e encaminhados para o estoque
de material triado e não pesado. Os plásticos serão somente pré-triados, portanto será
necessária uma triagem secundária.

Sugere-se que seja adotado o sistema de um rodízio dentro da equipe de triadoras, de


forma que todas trabalhem com todos os materiais. Esse rodízio pode ser semanal ou
diário, ficando a critério da cooperativa.

A composição da equipe deve ser mudada. Esse tipo de rodízio contribuiria para a
integração da equipe de forma geral, evitaria conflitos de diferenças de produtividade
entre as pessoas e entre os grupos. Em suma, todas as pessoas trabalharão com
todas as pessoas ao longo do ano e todas as triadoras trabalhão com todos os tipos
de materiais.

TRIAGEM SECUNDÁRIA

Os materiais do tipo PET, PEAD e Copinho, após pesados, ficarão armazenados no


setor de triagem secundária, aguardando a segunda triagem pelas triadoras. Não
haverá prescrição para o momento em que se deve executar a triagem fina, porém é
ideal que essa seja realizada no mesmo dia.

A triagem do vidro deverá ser realizada por uma ou duas pessoas, sem rodízio, pois a
identificação e a organização das garrafas exigem o desenvolvimento de uma
habilidade maior, com isso a fixação do funcionário nesse setor torna-o especialista na
atividade de triagem do vidro.

SUPORTE DA PRODUÇÃO

Para esse novo modelo, são necessários ajudantes de produção. Esses ajudantes se
responsabilizariam pelo transporte de bag’s de material não triado, pela retirada dos
bags de rejeito.

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