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DIREITO PROCESSUAL PENAL

Professor Flávio Martins Alves Nunes Júnior


professorflavio@lo.unisal.br
flaviomartins@cursoprima

1° aula 14.03.08
SISTEMAS PROCESSUAIS

1. Sistema Inquisitivo 2. Sistema Acusatório - (Br)


• Sigiloso • Público
• Não há contraditório ou ampla defesa • Há contraditório e ampla defesa
• Acusa / Julga • Acusa / julga
• Sistema da intima convicção • Sistema da livre convicção

(CESPE 2006) Com referência às características do sistema processual


acusatório, assinale a opção correta.
A) O sistema de provas adotado é o do livre convencimento.
B) As funções de acusar, defender e julgar concentra-se nas mãos de uma única pessoa.
C) O processo é regido pelo sigilo. (SI)
D) Não há contraditório nem ampla defesa.(SI)

I – PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL


A) Princípio do Contraditório
• Audiência bilateral
• É a soma de uma comunicação obrigatória mais uma reação possível.

∑ comunicação obrigatória + reação


possível
B) Princípio do Devido Processo Penal
∑ de todos os direitos e garantias aplicáveis ao processo.
Proibição das provas ilícitas – art. 5°, LV.
Princípio da Publicidade Processual – art 5°, LX
Princípio do Juiz natural – art. 5°, LIII

Obs.: LER / RELER – Art. 5°, CF – Elementos do Dto Proc. Penal (Ed. Primier) –
hot!hot!

II – LEI PROCESSUAL NO TEMPO

• Lei PENAL no tempo – “A Lei penal no tempo NÃO RETROAGE, SALVO para beneficiar o
réu.”

• Lei PROCESSUAL PENAL no tempo – “É regida pelo princípio do efeito imediato (tempus
regit actum), a nova lei processual será aplicada a todos os processos em CURSO, não
importando se beneficia ou não o réu.”

(CESPE 2006) Assinale a opção correta, considerando jurisprudência do STF e


do STJ.
A) Competem à justiça federal o processo e o julgamento de feito que vise à apuração de
possível crime ambiental em área de preservação permanente perpetrada em terras
particulares, mesmo quando não restar demonstrada a existência de eventual lesão a
bens, serviços ou interesses da União.
B) As normas de direito processual penal são regidas pelo princípio do tempus regit
actum.
C) A lei que instituiu os juizados especiais criminais no âmbito da justiça federal ampliou
o rol dos delitos de menor potencial ofensivo, elevando para três anos o teto da pena
abstratamente cominada ao delito.
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D) É inadmissível, segundo a lei processual penal, que as omissões da acusatória inicial
possam ser supridas a todo tempo antes da sentença final.

III – CONTAGEM DE PRAZO

Prazo Penal Prazo Processual


• Conta o dia do começo • Começa a contar no próximo dia útil
Ex. “X” preso às 23:50 de Se terça – inicia quarta
segunda-feira.
A segunda é dia 1 da prisão,é o
dia inteiro, mesmo que tenha sido
preso às 23:50.
• É improrrogável • É prorrogável.
Se terminar Sab., Dom. ou feriado Se intimado SEGUNDA para apelar – Conta-se
(já era), não prorroga para o 5d – T, Q Q, S, SÁBADO. Não conta o sábado,
próximo dia útil. prorroga para SEGUNDA.
Sexta = segunda
Segunda p.ex. feriado = terça

IV - INQUÉRITO POLICIAL – hot!hot!

A) Persecução Penal – Diz Mirabete “A persecução penal é o conjunto de atos


destinados a perseguir o crime.” Se desenvolve em 02 etapas:
o Pré-processual – Investigativa
o Processual

o IP está onde? “O IP está na 1° fase da persecução penal, na fase investigativa,


da produção de provas”.

B) Conceito de IP -
• Inquérito Policial = É processo? R.: Não é processo, nem administrativo, nem
judicial, é um procedimento não tem ampla defesa.

• “É um procedimento administrativo destinado a colheita de provas”

• Art. 5o, LV, CF – Ler – Aos litigantes em processos são assegurados o


contraditório e a ampla defesa.

C) Caracterísiticas do IP

• Escrito – O IP é escrito nos termos do art. 9°, CPP.


• Inquisitivo – O IP é inquisitivo conforme o art. 5°, LV – Não tem contraditório
nem ampla defesa.
o Ex1 – A presença do advogado no IP – DISPENSÁVEL

o Ex2 - O ofendido e o indiciado podem requerer a Autoridade Policial


(Delegado) para produzir provas. O delegado pode aceitar ou recusar o
requerimento da diligência. (art. 14, CPP).

o Ex3 - O delegado se quiser ouvir uma testemunha tem que avisar o


investigado? Não.

• Sigiloso – O IP é sigiloso nos termos do art. 20, CPP.


• Enquanto o processo é público, o IP é sigiloso porque se tem um mero
suspeito.

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• A autoridade policial (delegado) assegurará o sigilo necessário.

• A quem não se estende o sigilo? R. Não é sigiloso para o juiz, o


Promotor, o advogado.

o “O Estatuto da A OAB assegura aos advogados o acesso aos


autos do IP e o acesso ao preso. Art. 7, CF”

o Se for negado do acesso – Impetra Mandado de Segurança com


pedido liminar.

• Dispensável – O IP é dispensável para o inicio da AÇÃO PENAL (não precisa de


IP), mas as PROVAS são INDISPENSÁVEIS.
o Para processar uma pessoa criminalmente tem que ter provas, não
importa de onde venham.
o Se não houver provas e for processado, impetra HC.

D) Polícias - Segurança Pública


• Administrativa – Possui fins administrativos, art. 144, II (Polícia Rodoviária
Federal) e III (Polícia Ferroviária Federal), CF.

• Guarda Municipal - Art. 144, § 8°, CF - Não pode investigar, a guarda


municipal tem a função é proteger o patrimônio público

• De segurança – Visa evitar a prática de infrações, é a polícia ostensiva que fica


nas ruas, art. 144, V (Policias militares e corpos de bombeiros militares), CF.

• Judiciária – Visa a investigar a prática de infrações, investiga aquilo que já


aconteceu. Quando a polícia de segurança falha vem esta função de investigar
(IP), art. 144, I (Polícia Federal) e IV (policias civis).

o As polícias, artigo 144, § 4°, CF – Poder de investigação.

E) Inquéritos extra-policiais – são os inquéritos que não são feitos pela polícia.

a. Inquérito Civil
O INQUÉRITO é feito pelo MP para instruir a futura Ação Civil
Pública. Art. 4 CPP

b. CPI- Comissão Parlamentar de Inquérito - Art. 58, § 3°, CF. hot! hot!
FRASES
Ela só pode prender alguém se for em FLAGRANTE
Mas o sigilo bancário ela quebra num instante.
CPI pra apurar FATO CERTO em PRAZO DETERMINADO
CPI prá criar tem que ter 1/3 de Deputado ou 1/3 de uma casa
qualquer
Se lembre que ela tem poder instrutório, poder instrutório, pode
fazer prova como juiz
Mas não pode grampear o telefone seu, isso é coisa pra magistrado
Depois de encerrado manda pro MP
Faixa 06 – PENSE EM MIM - NET

• A CPI NÃO PODE decretar prisões, salvo em flagrante

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• A CPI PODE decretar quebra de sigilo bancário e fiscal, basta ter
indícios. E Não precisa de autorização judicial.
• A CPI investiga fato certo por prazo determinado.
• Para abrir uma CPI é necessário 1/3 dos parlamentares (senadores,
deputados – 513 : 3 = 171, ou vereadores.
• A CPI tem poder instrutório de juiz (produção de provas)
• A CPI NÃO PODE decretar interceptação telefônica, somente é
decretada por JUIZ/Magistrado. ART. 5, XII, CF
• Terminada a CPI o relatório é enviado para o MP, art. 58, 3, CF.

F) Ministério Público

• Tem função de investigar? NÃO, porque a CF/88 não prevê expressamente


que o MP tem o poder de realizar investigação direta, art. 129,I,CF, porque
o MP é titular da ação penal.
o A função do MP é privativamente a APPu

G) indiciado menor? Art. 15, CPP

• “O art. 15 do CPP, afirma que ao indiciado menor será nomeado um


curador.”
 Menor de 21 anos
 Menor de 18

o “Prevalece o entendimento que o art. 15 não foi revogado pelo novo


CC”

H) Valor probatório
• O juiz NÃO pode condenar o réu baseado apenas no IP, pq este não tem
contraditório e ampla defesa.

• O IP tem valor relativo, ale como prova, mas sozinho não se sustenta, mas o
juiz leva em consideração as provas.

I) Vícios do IP
• Não há nulidade no IP (por ser este um procedimento, uma sucessão de atos),
logo, não contamina o processo.
o Nulidade é um instituto processual.

• São duas conseqüências dos vícios no IP:


o Diminuição do valor probatório
o Em alguns casos, o relaxamento da prisão
 Ex.: “X” preso em flagrante, o delegado tem 24hs para fornecer
a Nota de culpa ao mesmo, se não o fizer – relaxamento da
prisão.

J) Destinatário do IP
Delegado
Ministério Público
Promotor

(CESPE 2006) Com relação ao inquérito policial, considerando a legislação


pertinente, a doutrina e a jurisprudência do STJ, assinale a opção correta.
A) Quando se trata de ação penal privada, a autoridade policial pode tomar a iniciativa
para instauração do inquérito policial se tiver presenciado o crime.
B) Projetam-se na ação penal eventuais irregularidades praticadas no respectivo inquérito
policial.

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C) O inquérito policial tem natureza de peça informativa, de cunho inquisitivo, e contém o
resultado das investigações, para a formação da opinio delicti.
D) O princípio do contraditório se aplica ao inquérito policial.

CESPE 2007. Acerca do inquérito policial (IP), assinale a opção correta.


A) Do plexo de direitos dos quais é titular o indiciado — interessado primário no
procedimento administrativo do IP —, é corolário e instrumento a prerrogativa do
advogado de acesso aos autos respectivos, explicitamente outorgada pelo Estatuto da
Advocacia, da qual, porém, excluíram-se os IPs que correm em sigilo.
B) Não é direito fundamental do indiciado, no curso do IP, fazer-se assistir por advogado.
C) No curso do inquérito policial, ao indiciado não é dado o direito de manter-se em
silêncio.
D) Todo IP é modalidade de investigação que tem seu regime jurídico traçado a partir da
Constituição Federal, mecanismo que é das atividades genuinamente estatais de
segurança pública. (previsto 144,cf)

2° aula 17.03.08

Incomunicabilidade do preso

• É possível o juiz decretar a incomunicabilidade do preso? Art. 21, CPP (art. 136,
§ 3o, IV, CF)
o O JUIZ pode decretar a incomunicabilidade, art. 21, CPP, não foi
recepcionado pela CF/88, logo não existe mais.

RDD – REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO

• Previsto no art. 52, LEP, Lei 7.210/84 (LEP)- LER E IMPRIMIR

Conceito: O RDD é uma punição disciplinar imposta ao preso (qual preso?)


• Preso provisório ou condenado.
• É decretada somente por JUIZ, não o chefe do presídio nem o delegado, em 03
hipóteses:

Hipóteses de cabimento o RDD em 03 casos


o Prática de crime doloso na prisão – homicídio; tráfico, roubo...
o Preso perigoso
o Envolvimento com crime autorizado
Características RDD
o Celas individuais
o Visitas semanais de 02 pessoas
o 02 horas diárias de banho de sol.

Prazo: 360 dias (não 01 ano= 365/366


Pode prorrogar por falta grave até no máximo 1/6 da pena.
Música – pagode catinguelê

INÍCIO DO INQUÉRITO POLICIAL - Instauração do Inquérito Policial

• O início do IP depende da ação penal correspondente a cada crime.

Espécies de ação penal.


APPu APPri
Titular é o MP Titular é a vítima / ofendido ou
seu representante legal.
Peça inicial é a DENÚNCIA Peça inicial é a QUEIXA -CRIME

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Quanto a legitimidade ativa a AP pode ser: Quanto a legitimidade ativa a
 APPu INCONDICIONADA – APri pode ser:
o O MP/ PROMTOR não precisa de
nenhuma autorização e é obrigado a Pode ser a APPri
oferecer denúncia. - propriamente dita
 APPu CONDICIONADA - personalíssima
o O MP precisa da autorização; - subsidiária da pública
o Da representação do ofendido/vítima
Do requerimento do Ministro da
Justiça

São 03 hipóteses de início do IP

1°- hipótese: Inicio do IP na Ação penal pública incondicionada (ex. c. contra vida)
a) Através de ofício – portaria
 Poderá começar de ofício pelo delegado
 O documento / Peça é a PORTARIA

b) Requisição (ordem) do MP ou Juiz

c) Requerimento(pedido) da vítima
 Este requerimento pode ser indeferido pelo delegado. Contra este
indeferimento não cabe recurso judicial, CABE recurso administrativo
para o CHEFE DE POLÍCIA (Secretário de Segurança pública), art. 5°§2°,
CPP.

2°- hipótese: Inicio do IP na Ação penal pública condicionada


a) Representação: Mediante representação do ofendido ou...
b) Requisição do Ministro da Justiça

Procedimento na Inicio do IP na APPuC: art. 6o, CPP


 Indiciamento
 Interrogatório – art. 6o, V, CPP.
 Identificação – art. 6o, VIII, CPP.
 Folha de antecedentes
 Vida pregressa – art. 6o, IX, CPP.

Nos crimes de lesão leve, lesão culposa – APPuCond

Se o IP começar de maneira errada – Impetrar HC nos casos:


Se estiver o sujeito investigado por FATO ATÍPICO
Se for EXTINTA A PUNIBILIDADE
Se for EXCLUSÃO DE ILICITUDE
Se o IP teve seu início de forma incorreta
Ex. Crime de APPuIn, iniciou com representação - HC

3°- hipótese: Inicio do IP na Ação penal privada hot! hot! (c. contra a honra)
 Requerimento da vítima: só poderá iniciar mediante requerimento da
vítima/ofendido.

 Se começar errado cabe HC

• “Prevalece o entendimento de que o artigo 15, CPP não foi revogado


pelo novo CC (entendimento majoritário)”

Hipótese geral:
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 Existe uma hipótese geral que vale para todos os crimes, é a AÇÃO PENAL
mediante AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE.

ENCERRAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL

1) Prazo para conclusão do IP: regra do W


• Indiciado preso em flagrante: 10 dias - improrrogável
• Indiciado solto 30 dias - prorrogável

Prazo do IP na nova Lei de Drogas:


exceção
• Indiciado preso: 30 dias
• Indiciado solto: 90 dias

Prorrogação de Prazo: O juiz pode duplicar


2) Encerrame a pedido ntodo
Inquérito Policial no prazo acima:
o Relatório (art. 10, § 1°, CPP);
o O delegado faz o RELATÓRIO POLICIAL, e este relatório não vincula o MP

o Remessa ao Juiz (art. 10, § 1°, 2° parte, CPP);


o Concluído o IP este será encaminhado ao Juiz e ...

o Juiz encaminha ao MP;

o Vincula? O relatório do delegado não vincula o MP


o O MP pode oferecer denúncia (iniciar a AP) antes da conclusão do IP, desde
que tenha provas.

o Nos crimes de ação privada? (art. 19, CPP);

FINAL DO IP PARA A AÇÃO PENAL PÚBLICA

Relatório Denuncia
do Fórum Ministério Público Requer diligencias
Delegado Propõe
arquivamento

RECEBE a denúncia REJEITA a denúncia


MP  Neste caso NÃO cabe o Neste caso SIM cabe recurso, RSE
OFERECE recurso, só HC o Exceção: Se for crime de
DENÚNCIA  Exceção: Se for crime de imprensa ou JECRIM é APELAÇÃO
(02 situações) imprensa é SER
o Em Tribunal Superior é sempre
Exceção: Crime de AGRAVO
Imprensa: RSE

Requeriment
o NÃO PODE INDEFERIR Cabe recurso
de diligência JUIZ CORREIÇÃO PARCIAL
HOT! HOT! SE INDEFERIR
Imprescindívei
s ao

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oferecimento
da denúncia

ARQUIVE-SE o IP (REGRA :Não faz coisa julgada


material).
JUIZ Decisão irrecorrível
MP CONCORDA Pode ser reaberto se surgirem novas provas ** ver
REQUER COM O MP abaixo
ARQUIVAMEN 1° exceção : Arquivamento fundamentado
TO na EXTINÇÃO
DO IP DA PUNIBILIDADE
2° exceção: Arquivamento fundamentado na
ATIPICIDADE DA CONDUTA (posição do STF -
faz coisa julgada material)
Manda os Autos ao Procurador Geral – 03
JUIZ possibilidades (art. 28)
DISCORDA  Insiste ele no arquivamento – não pode ser
Artigo 18 CPP feito nada
 Ele mesmo denuncia
 Ele pode designar OUTRO PROCURADOR
GERAL para oferecer denúncia

ATENÇÃO
Pode haver desarquivamento do IP nos termos do artigo 18 CPP e
Súmula 524 (arquivamento por FALTA DE PROVAS).
SUMULA 524 - arquivado o IP, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de
justiça, não poderá a ação penal ser iniciada sem novas provas.
 As provas tem que ser materialmente novas ou substancialmente novas (não
formalmente)
Site de músicas: www.direitounisal.com.br

FINAL DO IP PARA AS AÇÕES PENAIS PRIVADAS

Relatório Fórum Fica aguardando a manifestação do


Do Delegado querelante (é ele que decide)

FINAL ANÔMALO IP
Trancamento do IP por justa causa. Ex. Bruna Surfistinha

V - AÇÃO PENAL

Espécies de ação penal.


APPu APPri
Titular é o MP Titular é a vítima / ofendido ou
seu representante legal.
Peça inicial é a DENÚNCIA Peça inicial é a QUEIXA -CRIME
Quanto a legitimidade ativa a AP pode ser: Quanto a legitimidade ativa a
 APPu INCONDICIONADA (“somente se APri pode ser:
procede mediante representação”)
o O MP/ PROMTOR não precisa de Pode ser a APPri

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nenhuma autorização e é obrigado a - propriamente dita
oferecer denúncia. - personalíssima
 APPu CONDICIONADA (“somente se procede - subsidiária da pública
mediante queixa”)
o O MP precisa da autorização;
o Da representação do ofendido/vítima
Do requerimento do Ministro da
Justiça
Complemento

1) Conceito / Noção – Direito a tutela jurisdicional.


2) Limitações – Condições da ação
2.1 Legitimidade ad causam - É a pertinência subjetiva para a ação.
• Qual a conseqüência da ilegitimidade? Se a parte for ilegítima a
CONSEQUENCIA é NULIDADE DO PROCESSO.
• Menoridade é problema de legitimidade de parte – NULIDADE DO
PROCESSO.
2.2 Interesse processual – ADEQUAÇÃO / NECESSIDADE É a relação de
pertinência entre o
crime e o procedimento.
• Verificar se o rito foi usado adequadamente.
• Se faltar adequação / necessidade – NULIDADE DO PROCESSO.
2.3 Possibilidade Jurídica do Pedido - Fato narrado, em tese, é criminoso, é
típico.
• Se não for típico, o pedido é juridicamente impossível,
conseqüências:
o Trancamento IP
o Rejeição da denúncia
o Trancamento da Ação Penal
o Absolvição
2.4 Justa causa
 Natureza Jurídica é controvérsia – a corrente majoritária diz que é
Condição da Ação ( a quarta).
 B) Justa Causa é a existência de indícios mínimos de AUTORIA e PROVA
DE MATERIALIDADE (conceito aceito pela corrente majoritária
3) Classificação da Ação Penal
3.1 Quanto a legitimidade ativa - razão de ser : BEM JURÍDICO TUTELADO,
se interessa a
todos, a toda sociedade – PÚBLICO.
• APPu (se o código não diz nada é pública) – Incondicionada
Condicionada
• APPri - Propriamente dita
Personalíssima
Subsidiária da Pública
3.2 Quanto a Pretensão
• Ação de conhecimento
i. Declaratória – Existe no Processo Penal. Ex.: Hábeas Corpus
Preventivo - Estou sendo acusado, entro com HC Preventivo,
não como testemunha e sim como suspeitos/acusado.
ii. Condenatória -
iii. Constitutiva – Ex. Revisão Criminal.
• Ação de Execução – Monitora a aplicação da pena.
• Ação Cautelar

AÇÃO PENAL NOS CRIMES DE LESÃO CORPORAL – art. 129, CP

Irá depender da lesão:


 Se a LC for DOLOSA
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o LC Leve - APPu Condicionada a representação
o LC Grave - APPu Incondicionada
o LC Gravíssima - APPu Incondicionada

 Se a LC for CULPOSA – APPu condicionada a representação

Lei 11.340/2006 – Lei Maria da Penha - hot!hot!


o Parte da doutrina entende que toda a LESÃO CORPORAL praticada contra
MULHER COM VIOLENCIA DOMÉSTICA OU FAMILIAR é crime de ação penal
pública incondicionada.
o Vale para Ex-mulher e ex-namorada

3° aula – 19.03.08 Faltei - digitação da Luciana

AÇÃO PENAL PÚBLICA

1) Titular : MINISTÉRIO PÚBLICO

2) Princípios – ODIO
• O brigatoriedade
• D ivisibilidade
• I ndivisibilidade.
• O ficiosidade

2.1 O brigatoriedade – Preenchidos os requisitos legais, o Ministério Público tem o


dever de denunciar. Presentes os requisitos legais o MP deve propor à ação penal.

Atenção: PRINCÍPIO da OBRIGATORIEDADE MITIGADA ou da


DISCRICIONARIEDADE REGRADA – É em algumas hipóteses, ainda que
presentes os requisitos legais, o MP pode não denunciar. Ex. Transação Penal no
Jecrim (9.099/95)

• É a possibilidade de não haver Ação Penal, por


conta da transação penal / suspensão condicional
do processo.

Ex. : X dá um tapa no rosto de alguém – AUTORIA INDUVIDOSA – Crime Lesão


Corporal Leve – JECRIM – há a possibilidade de composição civil, transação penal.
 Apesar de ter testemunha não vai haver ação penal

2.2 D ivisibilidade

O MP pode não denunciar todo mundo. Posição do STF e do STJ. O MP não precisa
propor ação contra todos. Posição de 90% da doutrina.
 Ex.: viaja para Votuporanga, ao sair de uma festa, chegando ao alojamento,
houve um tiroteio, são presos 3 suspeitos, contudo, só há provas contra
dois, o terceiro terá que ser investigado, neste caso o MP pode aditar a
denúncia para acrescentar o terceiro.

2.3 I ndivisibilidade.

O MP não pode desistir da Ação Penal. Princípio da indisponibilidade ou


indesistibilidade.
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Questionário: O MP convenceu-se que o réu é inocente, o que o MP pode fazer:
a) O MP deve desistir do processo nos termos do art. 678, CPP
b) O MP pode pedir a absolvição;
c) Ainda que o MP peça a absolvição o juiz pode condenar
d)
2.4 O ficiosidade
A acusação é promovida por vários órgãos oficiais.

• Pergunta: Pode o juiz nomear promotor “Ad hoc” ? NÃO.

3) Prazo para o oferecimento da denúncia


3.1 Prazo Geral: 5 15
Réu Preso Réu solto
3.2 Lei de Drogas: PRAZO ÚNICO – 10 DIAS

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA

Natureza Jurídica: CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE

 À REPRESENTAÇÃO
 À REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA

Valem todos os princípios anteriores, mas para o ofendido ou para o Ministro da Justiça
vale o princípio da oportunidade.

REPRESENTAÇÃO: ou também chamado de “Delatio criminis postulatório”

• É um pedido de autorização para a persecução penal. A


vítima pede ao MP e autoriza o mesmo tempo a Ação
Penal.

• Atenção: Para ter inquérito policial precisa da


representação? Sim, a representação é necessária tanto
para o inquérito, quanto para a ação penal.

Formalidades: Art. 39 do CPP. Contudo, o STF e o STJ não exigem grandes formalidades.
Eles entendem que o que importa é a manifestação de vontade do ofendido.

Legitimados para a representação

Vítima (ou proc. COM PODERES ESPECIAIS)


- Legitimado : Representante Legal
Curador Especial

I – Ofendido maior de 21 anos, só ele pode representar

II – Ofendido menor de 18 anos: só o representante legal. O STF/STJ tem admitido a


interpretação ampliada ou extensiva....

III – retardado mental ou menor de 18 anos desde que eles não tenham representante
legal ou houver colidência de interesses, nesta situação o juiz nomeia um curador
especial. O curador especial não é obrigado a representar ou apresentar queixa-crime,

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ele vai avaliar se é caso de representação ou queixa crime. Não é necessário que o
curador seja advogado. A natureza jurídica do curador especial é de substituto
processual.

IV – Se o ofendido tem entre 18 e 21 anos


a) Antes do novo código Civil – o CPP e a Súmula 594 do STF diziam que tanto o
ofendido quanto o representante legal poderiam representar ou oferecer queixa-
crime.
b) Após o novo Código Civil – se o ofendido tem 18 anos, somente ele pode promover
a queixa crime ou a representação.

PRAZO PARA A REPRESENTAÇÃO

REGRA GERAL – 6 meses para representar a contar do conhecimento da autoria.

O prazo é penal ou processual? PENAL porque a natureza jurídica é DECANDÊNCIAL


(exclui o começo e conta o final)

• Exclui o dia do começo e conta o final. Ex. Toma conhecimento da autoria no dia
11.04, termina o prazo para a representação no dia 10.10.

EXCEÇÃO:
A) Lei de Imprensa – 3 meses a contar da publicação ou veiculação da notícia.
B) Crimes contra a propriedade imaterial – O código Penal fala em 6 meses (regra
geral), mas o CPP dá outro prazo, 30 dias. Como combinar o prazo do CPP?
Vale o prazo legal de 6 meses, mas uma vez homologado o laudo, o prazo é de 30
dias.

 Ex. 11.04 (conhece a autoria), é realizada busca e apreensão, emitido um


laudo no dia 12.05, o juiz homologa o laudo, homologado o laudo o prazo é
de 30 dias, desta forma, deixa de ser o prazo de 10.10.

O prazo é penal, porque se não exercido é extinção penal pela decadência.

 Ex. Vítima tem 17 anos e 10 meses, conta para mãe que foi estuprada, a
mãe não faz nada. Se a vítima é menor de 18 anos, quando completar 18
anos tem o prazo integral para promover a queixa ou a representanção.

SUCESSÃO: É a morte do ofendido. Nesta hipótese pode representá-lo:


 Cônjuge
 Ascendente
 Descendente
 Irmão
 Quando houver conflitos de vontades, vale a vontade positiva, ou seja,
de quem quer representar ou apresentar queixa crime.
 Se todos quiserem representar ou oferecer queixa crime, tem que
observar a seqüencia.
 Prazo: Se o ofendido morrer os representantes do CADI terão prazo
integral (6 meses)

RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO – art. 25, CPP

Retratação é a retirada da representação, voltar atrás. É possível desde que o promotor


não tenha oferecido a denúncia. A DATA FINAL (DATA LIMITE) PARA A RETRATAÇÃO DA
REPRESENTAÇÃO É O OFERECIMENTO DA DENÚNCIA.

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ATENÇÃO 1: Cabe retratação da retratação, desde que no
prazo
global de 6 meses. Passados os 6 meses ou oferecida a
denúncia
não poderá mais representar.

ATENÇÃO 2: Tem PRAZO para a retratação?


REGRA GERAL: retratação da representação é até o
OFERECIMENTO DA DENÚNCIA
 EXCEÇÃO: A LEI MARIA DA PENHA (art. 16) é
até
o RECEBIMENTO DA DENÚNCIA é o
limite para a retratação

Renúncia da retratação =Renunciar é abrir mão do direito


 O CPP não prevê renuncia a representação
 Duas leis q falam da renúncia da retratação: Lei Maria da
Penha e Lei 9099/95
 Crimes mais comuns que dependem de representação
 Lesão corporal leve
 Lesão corporal culposa APPu Cond
 Prevista na Lei 9099/95
REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA - Nos crimes contra a honra do Presidente da
República.
a) Legitimado: Ministro da Justiça
b) Prazo: não tem prazo, pode ser oferecida enquanto o crime não
prescreveu.
c) Retratação: há duas posições. Uma afirma que não cabe por ausência
de previsão no CPP. E esta posição é que caiu na prova. Hot! hot!
 A requisição é IRRETRATÁVEL

4° aula 25.03.08 – Flávio Martins

AÇÃO PENAL:

⇒Pública (MP) – petição inicial é a denúncia – A ação penal pode ser pública
incondicionada ou condicionada. A ação penal pública condicionada pode ser
condicionada a representação do ofendido ou a requerimento do Ministro da Justiça.
⇒Privada (ofendido) – petição inicial é a queixa ou queixa crime

AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA

PRINCÍPIOS:

1. Princípio da oportunidade ou discricionariedade – Significa que a vitima


oferece a queixa crime se quiser (é uma faculdade).

2. Princípio da disponibilidade – a vítima pode desistir da ação penal.


 Ex. perdão do ofendido, este acontece na APPri depois que a vítima ofereceu a
queixa

13
3. Princípio da indivisibilidade (só na APPri) – havendo dois ou mais criminosos, a
vítima deve oferecer a queixa CONTRA TODOS.

4. Principio da Intranscendencia - (vale para APPu e APPri) – somente poderá ser


processado criminalmente o AUTOR DA INFRAÇÃO PENAL.

ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PRIVADA: 03 tipos

a) Ação penal exclusiva ou propriamente dita – regra geral


b) Ação penal privada personalíssima – art. 236, CPP
c) Ação penal privada subsidiária da pública – art. 29, CPP e art 5º, LIX, CF

AÇÃO PENAL PRIVADA EXCLUSIVA ou PROPRIAMENTE DITA – – regra geral

 Regra geral: É aquela que irá apurar crimes contra Honra, costumes

 Titular da queixa crime: ofendido, representante legal.


i. Se o ofendido incapaz não tem representante ou se os seus
interesses são conflitantes o juiz nomeará um curador para oferecer
a queixa.

ii. Em caso de morte da vítima o direito de representação da queixa


passa para o CADI (cônjuge, ascendente, descendente e irmão).

 Prazo: 6 meses a contar do conhecimento da autoria.


i. Exceção do prazo : crime de imprensa tem um prazo diferenciado, é
de 3 meses a contar da publicação.
AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA - art. 236, CPP

 Somente a vítima e mais ninguém poderá oferecer a queixa crimes.

 Se a vítima morrer – ocorrerá à extinção da punibilidade.

 Crimes que são de ação privada personalíssima: crime do art. 236 do Código Penal

o Induzimento a erro essencial ou
 Ex. Rapaz que casa com travesti.

o Ocultação de impedimento matrimonial


 Moça casa com um sujeito 6:30 rs

AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA – art. 29, CPP e 5º, LIX, CF hot!
hot! hot!

 Conceito: Se o MP/promotor perde o prazo para o oferecimento da denúncia a


vítima poderá oferecer a quixa subsidiária.

 Prazo da denúncia: Indiciado preso – 5 dias;


Indiciado solto – 15 dias.

 Prazo da queixa subsidiária: 6 meses a partir da inércia do MP

 Oferecida a queixa subsidiária, o Ministério Público participará ativamente do


processo, podendo aditar a queixa, repudiá-la, oferecer denúncia substitutiva,
requerer provas, interpor recursos e, em caso de inércia do querelante, o MP volta
a ser o titular da ação. (Ler art. 29 do CPP)
14
Aditar a queixa
Repudiar a queixa
MP pode Oferecer denúncia substitutiva
Intervir em todos os atos
Recorrer
Retomar a ação

AÇÃO PENAL NOS CRIMES CONTRA OS COSTUMES – NÃO MINISTROU ESTA


PARTE
 Dos crimes contra a liberdade sexual
 Da sedução e da corrupção de menores
 Do rapto
 ... - Art. 213, 214, 215 , 225, CPP

APPu INCONDICIONADA
Pai, padrasto... +
APPu CONDICIONADA A Crime contra costumes
REPRESENTAÇÃO praticados com violência
real (efetiva)
Pobre – não tem condições
de arcar com as despesas
processuais
AP PRIVADA
(REGRA)

(CESPE 2006) Com relação à ação penal, é correto afirmar que


A) a Constituição da República deferiu ao Ministério Público o monopólio da ação penal
pública.
B) o inquérito policial é obrigatório e indispensável para o exercício da ação penal.
C) o princípio da indivisibilidade aplica-se à ação penal pública, já que o oferecimento da
denúncia contra um dos acusados impossibilita posterior acusação de outro envolvido.
D) o prazo para a ação penal privada é de seis meses, estando sujeito a interrupções e
suspensões.

(CESPE 2006) Assinale a opção correta de acordo com o STJ e o STF.


A) O oferecimento de denúncia ou queixa pressupõe a existência de elementos
probatórios mínimos que justifiquem a abertura de ação penal.
B) Incompetência relativa, como a relacionada ao lugar da infração, pode ser reconhecida
de ofício.
C) O habeas corpus constitui meio idôneo para discussão de matéria de fato no processo.
D) O defensor público e o dativo não têm a prerrogativa de intimação pessoal.

(CESPE 2006) Assinale a opção correta acerca da ação penal.


A) Em se tratando de crime de ação penal pública condicionada, exige-se rigor formal na
representação do ofendido ou de seu representante legal.
B) O perdão do ofendido, seja ele expresso ou tácito, pode ser causa de extinção da
punibilidade nos crimes que se apuram por ação penal pública condicionada.
C) A representação será retratável depois de oferecida a denúncia.
D) Nos crimes contra os costumes, uma vez atestada a pobreza da vítima pela autoridade
policial ou por outros meios de prova, a ação penal passa a ser pública condicionada à
representação, tendo o Ministério Público legitimidade para oferecer a denúncia.

CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE


 Decadência
 Perempcão

15
 Renúncia
 Perdão do Ofendido

DECADÊNCIA (39, CPP)

Conceito – é a perda do direito de queixa ou representação pelo decurso do prazo


(6 m do conhecimento da autoria).

Prazo Penal : 6 meses - é um prazo penal- conta o dia do começo e exclui o dia do
final, é improrrogável.
o Se a vítima perde o prazo de 6 meses decadência

6 meses
a contar do conhecimento da autoria
Estupro
25.03.08
PEREMPÇÃO (60, CPP) Ler, hot! hot! 24.09.08

 Conceito – é a extinção da punibilidade decorrente da inércia (desídia)do


querelante.

 Hipóteses do artigo 60, CPP


a) O querelante deixa de dar andamento ao processo por 30 dias;
b) Em caso de morte ou incapacidade do querelante os sucessores (CADI) não
se manifestam em 60 dias;
c) O querelante não comparece em juízo, a ato obrigatório que deveria estar
presente;
d) O querelante não pede a condenação nas alegações finais;
e) O querelante (pessoa jurídica) se extingue sem deixar sucessor.

 Somente na Ação Penal Privada Exclusiva


o Outro caso: morte da vítima nos crimes de Ação Penal Privada
personalíssima

RENÚNCIA E PERDÃO DO OFENDIDO


 Diferenças e semelhanças

RENÚNCIA PERDÃO DO OFENDIDO (51, CPP)


Semelhança

Regra: Criadas para a APPri o APPri


o Perdoa um, perdoa todos
Comunicável – Se comunica entre co- o Perdão expresso ou tácito
autores a renúncia e, se a um renuncia a
todos.

Forma: Renúncia pode ser expressa e


tácita

Diferenças
Ato posterior ao oferecimento da
Momento da renúncia: Acontece antes do queixa e durante ao processo, anterior
oferecimento da queixa. Hot! hot! ao trânsito em julgado Hot! hot!

Ato unilateral (não precisa de aceitação) • Ato bilateral (precisa de aceitação)


Hot! hot!
Hot! hot!
Admite APPri Subsidiária da Pub
• Não se admite na APPri Subsidiária
Reparação do dano não é renúncia tácita
(art. 104, p.u., CP).

16
Observação (ditou):

• Atualmente a Lei Brasileira prevê duas hipóteses de RENÚNCIA ao direito de


representação :

 Lei 9099/95 – Jecrim


 Lei 11.340/2006 – Lei Maria da Penha

DENÚNCIA e QUEIXA – CRIME

DENÚNCIA QUEIXA – CRIME


É a petição inicial da APPu É a petição inicial da APPri
Titular: MP Querelante / querelado (vítima)
Necessidade de Inquérito
Requisitos (art. 41, CPP): Requisitos: mesmos da denúncia
a) exposição do fato, com todas as circunstâncias. MAIS
- concurso de agentes e crimes societários procuração “diferente” (art. 44,
- imputação alternativa CPP).
b) qualificação do acusado ou elementos
característicos o É uma procuração com
c) classificação do crime (não basta o nomen juris) poderes especiais
indispensável mencionando o fato
d) rol de testemunhas – se não arrolar aqui haverá criminoso e o nome do
preclusão querelado (essencialmente
e) endereçamento, nome, assinatura, pedido de feita por adv).
condenação etc.

Prazo penal : 6 meses - Prazo penal : 6 meses


3 meses (Lei de Imprensa) 3 meses
(Imprensa)

REJEIÇÃO DA DENÚNCIA OU QUEIXA


 Rejeição
o Não constitui crime
o Extinção da punibilidade
o Ilegitimidade de parte ou falta de condições da ação

 Recursos o Juiz poderá receber ou rejeitar a denúncia ou a queixa:

Se o Juiz recebe Se o Juiz rejeita: Cabe RSE


Se receber não cabe recurso Exceção: cabe APELAÇÃO
 Pode impetrar HC.  Se for crime de imprensa ou
 JECRIM
Exceção:
 Crime de imprensa - cabe RSE Tribunal superior: cabe sempre AGRAVO

(CESPE 2007) – Assinale a opção correta acerca do processo penal.


A.- a jurisprudência do STF consolidou o entendimento segundo o qual as interceptações
telefônicas não podem ser prorrogadas.
B.- as férias forenses interrompem a contagem dos prazos recursais.
C.- é competente a justiça federal para o processo e o julgamento de crime praticado
dentro de reserva indígena, ainda que, na ocasião, não tenha havido disputa sobre
direitos indígenas.
D.- É inepta a denúncia que, contendo narração incongruente dos fatos, impossibilita o
exercício pleno do direito de defesa.

REPARAÇÃO DO DANO
17
o A vítima tem duas ações possíveis:
o Execução civil da sentença penal condenatória
o Ação civil “ex delicto”.

5° aula 26.03.08 –Digitação Luciana (Assisti até a metade - Hokai)

REPARAÇÃO DO DANO

o A vítima tem duas ações possíveis:


o Execução civil da sentença penal condenatória
o Ação civil “ex delicto”.

AÇÃO CIVIL

1) Regra n. 1 – sentença penal condenatória transitada em julgado é título


executivo no cível! No cível somente discute o valor do dano.

• Atenção: o responsável legal (dono da pizzaria) NÃO pode ser executado


pelo crime do motoboy. O que pode haver é ação civil.

EXECUÇÃO CIVIL DA SENTENÇA PENAL (art. 63, CPP)


Art. 91, I CP - A vítima espera até o trânsito em julgado da sentença penal
condenatória para depois executá-la.
Só se discute valor
• Vantagem – somente será discutido o valor da reparação,
não se discute fato, provas, só o quantum.
• Desvantagem – A vítima poderá executar após o transito em
julgado da sentença penal condenatória.
Será executado apenas o condenado ou herdeiros
o Poderão ser executados o criminoso e seus herdeiros, estes
responsáveis civilmente, indenizam até o limite da herança.
o Não pode executar a empresa, porque esta não participou do
processo penal. Se quiser esta indenização terá q entrar com a Ação
civil ex delicto.

2) Regra n. 2 – se houver absolvição por falta de provas (386, II, IV ou VI)


PODE HAVER ação civil de conhecimento. Não influi na esfera cível.

3) Regra n. 3 – HOT! HOT! - se ficar provada a inexistência do fato (art. 386,


I, o fato não existiu) não pode haver ação civil ou processo
administrativo.

• Esta hipótese também permite que o réu apele para mudar o inciso da
absolvição (da falta de prova) para o inciso I do art. 386.

Cuidado!
Existem duas absolvições que fazem COISA JULGADA NO CIVEL (o assunto
não poderá ser mais discutido):
• Reconhecimento da inexistência material do fato, art. 386, I , CPP, →
IMPEDE TOTALMENTE A AÇÃO CIVIL EX DELICTO.
• Excludente de ilicitude→ Esta não impede ação civil ex delicto.

18
4) Regra n. 4 – a absolvição por legítima defesa IMPEDE a ação civil (art.
386, V)
• Ex. Jamanta atacado por grupo de 250 punk, mata um, legítima defesa.

5) Regra n. 5 – se a absolvição é por atipicidade da conduta (art. 386, III do


CPP) PODE HAVER AÇÃO CIVIL.
• Ex. está reformando a casa, adianta ao marceneiro a importância relativa a
mesa, passa um ano e o marceneiro não entrega a mesa. Você faz um B.O
por estelionato, o marceneiro comete um ilícito civil, não foi aceito o
estelionato e o marceneiro foi absolvido por atipicidade.

6) Regra n. 6 – Legitimidade do MP para promover a execução ou a ação


cível: HOT! HOT!
6.1.) art. 68 do CPP: quando o titular do direito for pobre o MP pode executar
civilmente o julgado o promover a ação civil.

6.2.) posição do STF: inconstitucionalidade progressiva do art. 68. Em São Paulo


em razão de ter defensoria pública, não vale o art. 68. Onde não tem
defensoria pública vale o art. 68 do CPP. O Supremo diz que a medida que
for criando defensorias públicas o artigo vai ficando inconstitucional. Não
importa se há convenio com a OAB, o Supremo fala em defensoria pública.

 “No Estado em que criada a Defensoria Pública o artigo é


inconstitucional”. Quando todos os estados da federação tiverem
defensoria pública o art. 68 será inconstitucional no Brasil todo.
(Ler: Arts. 64, 65, 66, 67 e 69 do CPP).

Absolvição imprópria – não impede a ação civil. Absolvição imprópria é quando o juiz
absolve e por ser o agente for doente mental, aplica a medida de segurança.

AÇÃO CIVIL EX DELICTO (64, CPP) EXECUÇÃO CIVIL DA SENTENÇA PENAL


(art. 63, CPP)
- autor: ofendido, representante legal - autor: ofendido, representante legal ou
ou herdeiros herdeiros
- réu: criminoso, herdeiros, responsável
civil
legitimação extraordinária do MP (art. Art. 91, I CP - A vítima espera até o trânsito em
68, CPP) julgado da sentença penal condenatória para
depois executá-la.
- Discute-se tudo Só se discute valor
• É uma ação de Vantagem – somente será discutido o valor da
conhecimento na qual reparação, não se discute fato, provas, só o
serão discutidos todos os quantum.
fatos e todo o direito Desvantagem – A vítima poderá executar após
relacionado à infração o transito em julgado da sentença penal
condenatória.
Cabimento: Será executado apenas o condenado ou
- Urgência na reparação do dano herdeiros
– art. 273, CPC o Poderão ser executados o criminoso e
- IP foi arquivado seus herdeiros, estes responsáveis
- Punibilidade foi extinta civilmente, indenizam até o limite da
- Absolvição penal herança.
Não pode executar a empresa, porque esta não
participou do processo penal. Se quiser esta
19
indenização terá q entrar com a Ação civil ex
delicto
- art. 67, do CPP (outros casos)

(CESPE 2007) Acerca do processo penal, assinale a opção correta.


A) Havendo concurso de agentes, a decisão de recurso interposto por um dos réus, se
fundado em motivos que sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos
outros.
B) A sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime impede a
propositura da ação civil.
C) Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá
decreta-la de ofício.
D) nos termos da Lei Maria da Penha, as medidas protetivas de urgência poderão ser
concedidas inclusive de ofício pelo juiz, desde que haja audiência das partes.

COMPETÊNCIA

É a medida da jurisdição, significa que todo juiz tem jurisdição

1) Critérios:
1.a)Competência originária (ou hierárquica) – qual é a instancia competente
1.b)Competência da Justiça Especializada
1.c)Competência da Justiça Federal
1.d)Competência da Justiça Estadual
1.e)Competência Territorial
1.f) Competência de juízo ou vara

1.a) COMPETENCIA ORIGINÁRIA ou Competência por prerrogativa de função


(foro privilegiado).
 ex. deputado federal que matar alguém é julgado no STF, perde o
cargo vai para júri.

 Só vale a competência originária enquanto ocupar o cargo.

 Conflito entre o cargo e a matéria – REGRA: se as duas competências


estiverem na Constituição Federal prevalece o cargo.

o Ex1. promotor (cargo) mata o Tício (matéria está na CF) é julgado no


Tribunal de Justiça.

o Ex2. deputado estadual mata alguém, ele é julgado no TJ ou no juri? Se


a competência originária estiver na Constituição Estadual e a matéria
na Constituição Federal, vale a matéria. Neste caso ele será julgado no
júri.

 Concurso de agentes e competência originária –


o 1) se o crime cometido está na Constituição Federal então há separação
de processos, ex. Madeira (juiz) e Sra (socióloga) matam: o Madeira vai
para o TJ e a Sra. para o júri.

o 2) se o crime cometido não estiver na Constituição Federal são julgados


conjuntamente, ex. Madeira e Sra. roubam: os 2 vão para o TJ.

 Competência quando o juiz estadual comete crime – Juiz de São Paulo


mata alguém no Paraná, onde é julgado? No TJ São Paulo.

 Importante:
20
 1) O juiz é julgado pelo TJ a que está vinculado;
 2) ainda que seja crime federal vale a regra anterior;
 3) MAS se cometer crime eleitoral é julgado pelo TRE.

 Prefeito – REGRA: TJ – ATENÇÃO: se o Prefeito comete crime federal é


julgado pelo TRF.

QUEM JULGA O QUE:

STF STJ TJ

• Presidente, • Governador • Juiz;


• Vice- • Desembargad • MP
presidente or • Prefeito
• Deput.
Federal
• Senador
• Min. de
Estado
• Advogado
Geral da
União
• Procurador
Geral da Rep.

Complemento:
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA OU HIERÁRQUICA - Qual a justiça competente
- Presidente: STF
- crime comum e de responsabilidade (art. 85, CF) imunidade: a) prisional (art. 86, § 3º,
CF)
b) penal
temporária (art. 86, § 4º, CF)
- Deputados Federais e Senadores: STF (53, CF) - - imunidade material e formal
- Governadores: STJ – crime comum (art. 105, I, a, CF)
 - licença prévia da AL (2/3)
 - obs.: não tem imunidade prisional ou penal temporária
 - crime de responsabilidade: CE
- Prefeitos: TJ ou TRF (29, X, CF)
 - não tem autorização prévia da câmara
 - não tem imunidade prisional ou penal temporária
- 102, I, b, CF: Vice-Presidente, STF, PGR, Ministros
- Desembargadores: STJ (105, I, a, CF)
- Juízes estaduais e MP (TJ do Estado ou TRE)
- PRERROGATIVA DE FUNÇÃO E JÚRI (SÚMULA 721, STF):
 “a competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o
foro por prerrogativa de função estabelecida exclusivamente pela
Constituição estadual”
Se terminar o mandato da autoridade o processo continua no tribunal ou desce da
comarca?
“Encerrado mandato da autoridade descerá para a comarca onde o crime aconteceu.
Exatamente na fase em que estiver.

6ª aula – 01.04.08

COMPETENCIA DE JURISDIÇÃO

21
JUSTIÇAS ESPECIAIS - Qual a justiça competente:
 Justiça do trabalho
 Justiça Eleitoral
 Justiça Militar
 Justiça Federal

⇒Quando a Justiça do Trabalho julgará matéria penal? NUNCA. Consta na CF que a


Justiça Federal pode julgar H.C. Contudo, o HC que a Justiça do Trabalho pode julgar é
para as prisões civis do depositário infiel.

⇒Quais os crimes julgados pela Justiça Eleitoral? A Justiça Eleitoral julga os crimes
eleitorais, mais os crimes conexos. (ART. 35, II, Código Eleitoral, Lei 4737/65.

⇒Quais crimes a Justiça Militar julga? Os crimes militares, mas não os conexos, 79, I,
CPP. “A justiça militar não é competente para julgar crime DOLOSO CONTRA A VIDA
praticado por militar contra civil” (se um militar mata dolosamente um civil, será julgado
pelo tribunal de júri, na justiça comum).

a) Justiça Militar da União (militares das forças armadas)


b) Justiça Militar Estadual (art. 125, § 5º, CF)
- juiz de direito (crime militar contra civil + ação contra atos disciplinares)
- Conselho de Justiça (demais crimes militares)
- 2ª instância: TJ ou TJM (20.000 integrantes)

⇒Competência da Justiça Federal (art. 109 da CF)

• Crime praticado contra a União (Administração direta, Administração


indireta, autarquia federal (INSS), fundação pública, empresa pública (CEF,
Correios), 109, IV, CF. Não vale para a Sociedade de Economia Mista
(ex. Banco do Brasil, Petrobrás);

 Ex.: Administração Indireta: Autarquias federais - INSS, IBAMA, BACEN


Empresa Pública Federal (CEF,
EMBRAPA).
Fundações
Sociedade de Economia Mista

Não vale para sociedade de economia mista (BB e PETROBRÁS)


Quem julga é a Justiça Estadual

• OBS.1: A JF não julga / excluiu contravenção, salvo se conexo com crime


federal – É uma cláusula de exclusão

o Súmula 38, STJ: “compete à Justiça Estadual comum, na


vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção
penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou
interesse da União ou de suas entidades”

• Crime praticado por funcionário público federal no exercício de suas


funções;
 Súmula 254, TFR: “compete à Justiça Federal processar e julgar os
delitos praticados por funcionário público federal, no exercício de
suas funções e com estas relacionadas”

• Crime praticado contra funcionário público federal;


22
 Súmula 147, STJ: “compete à Justiça Federal processar e julgar os
crimes praticados contra funcionário público federal, quando
relacionados com o exercício da função”.

• Crime político;

• Crime à distância (conduta e resultado acontecem em países diversos, ex.


tráfico internacional de drogas);
o Súmula 522, STF (“Salvo ocorrência de tráfico para o exterior,
quando então a competência será da Justiça Federal, compete
à Justiça dos Estados o processo e julgamento dos crimes
relativos a entorpecentes”)

• Crime praticado a bordo de navio ou avião, 109, IX


• * A JUSTIÇA FEDERAL NÃO JULGA CONTRAVENÇÃO
PENAL SÓ JULGA CRIMES.

• Crime contra o sistema financeiro, Lei 7492/86 e ordem econômico-


financeira
(não está previsto na lei 8137/90)
o Súmula 498, STF “Compete à Justiça dos Estados, em ambas as
instâncias, o processo e o julgamento dos crimes contra a
economia popular” Lei 1521/51

• Crime contra permanência de estrangeiro (ex. se o estrangeiro é


expulso do Território Brasileiro e aqui permanece, comete o crime);
• 109, X – ingresso ou permanência de estrangeiro
• 309, CP e 338, CP
• Estatuto do Estrangeiro (art. 125, Lei 6815/80)

• Crime contra a organização do Trabalho; 197 a 207, CP


 Jurisprudência: direito individual - Justiça Estadual;
Direito coletivo - Justiça Federal.

o Súmula 115, TFR “compete à Justiça Federal processar e julgar


os crimes contra a organização do trabalho, quando tenham
por objeto a organização geral do trabalho ou direitos dos
trabalhadores considerados coletivamente”

• Crime praticado contra direitos indígenas (contra a coletividade).


• Por um indígena ou contra um indígena? Justiça Estadual
 Súmula 140, STJ:“compete à justiça estadual processar e julgar crime
em que o indígena figure como autor ou vítima”
Ex.1: genocídio contra silvícolas

NOVIDADE: 109, V-A: deslocamento para Justiça Federal


**** Nos crimes contra os direitos humanos, o Procurador Geral da
República pode pedir ao STJ o deslocamento da competência para a
Justiça Federal.

PGR → STJ = Deslocamento

COMPETÊNCIA TERRITORIAL ou de FORO Música 01 - Flores

 Art. 70 do CPP, parte inicial -


23
o Regra: qual o foro competente? Lugar do resultado– TEORIA DO
RESULTADO
Depois da competência de jurisdição e
competência originária

 Art. 70, parte final – TENTATIVA → Último ato de execução.


o Se o crime não for consumado (tentativa) competente será o lugar do
último ato de execução.

 Art. 73, Ação penal privada exclusiva → Ou lugar do resultado ou no


domicílio do acusado
o Na ação de iniciativa privada o ofendido tem outra opção = pode oferecer
a queixa crime ou no lugar do resultado ou no domicílio do acusado.
 É a hipótese em que a parte pode “escolher” a competência no
processo penal.

 Art. 72, CPP Não sabendo o lugar, o local da consumação → Domicílio do


acusado
o E, caso não saiba o lugar do crime? Se eu não sei o lugar do crime será o
lugar do domicílio ou da residência do acusado.

o + de um domicílio – prevenção.

 Art. 71 – Cr. continuado ou permanente ou incerto o limite territorial →


Prevenção
o Em se tratando de crime permanente ou continuado (que passa por várias
cidades), competente será o lugar da prevenção. Prevenção significa o
lugar do juiz que primeiro decidiu sobre aquele fato.

CONEXÃO E CONTINÊNCIA

CONTINÊNCIA (duas ou mais pessoas acusadas pelo mesmo crime).


o Hipótese de continência (art. 77 do CPP):
 Concurso formal – é aquele que o sujeito pratica uma só conduta e
dá ensejo há vários resultados (ex. despeja veneno na sopa e
morrem vários jogadores).
 Aberratio (erro);
 Concurso de agentes

CONEXÃO
o Hipótese de conexão (art. 76 do CPP)
 Agentes reunidos – várias pessoas praticam vários crimes no mesmo
lugar.

Art. 76, I – (quanto aos sujeitos)


o Agentes reunidos (por
simultaneidade)
o Agentes em concurso (por
concurso)
o Agentes uns contra os outros (por
reciprocidade)

24
 Conexão instrumental – a prova de um crime interfere na prova de
outro crime (ex. furta em uma cidade e em outra cidade ocorre a
receptação, a prova vai interferir na prova de outro processo).

Art. 76, III – probatória ou instrumental


o Receptação e furto
o Falsificação e Uso

interfere
Na prova de
Prova de
um crime Outro

 Conexão lógica ou material – (ex. sujeito pratica um crime para


poder consumar outro crime – bate no pai para poder estuprar a
própria filha)

Art. 76, II – (lógica ou material)


o Para facilitar outro crime
(teleológica)
o Para ocultar ou crime
(consequencial)
o Para conseguir impunidade
(consequencial)
o Para conseguir vantagem
(consequencial)

Para poder
consumar
Pratica um Outro
crime crime

FORO DE ATRAÇÃO, art. 78, CPP canção 06


o Onde irá reunir os processos? Onde será a ATRAÇÃO? Qual o foro de
atração?
1. Justiça Especial;
2. Júri (crimes dolosos contra a vida, consumados e tentados + os
crimes conexos)
3. Justiça Federal

o Se for da mesma graduação:


a) Lugar do crime mais grave;
b) Lugar onde tem mais crimes (ex. 2 furtos em Londrina e 1 furto em Curitiba,
Londrina irá puxar a conexão)
c) Prevenção – quando há número de crimes iguais.

(CESPE 2007) A competência jurisdicional não é determina em função


A) do lugar da infração
B) do domicílio ou residência da vítima
C) da prevenção
D) da distribuição

PROVAS NO PROCESSO PENAL

o LER: artigos 155 a 250

Provas ilegais ou proibidas:

25
1. Provas ilícitas – Teoria da prova ilícita - Prova ilícita é aquela prova que fere o
direito material (ex. prova que fere o direito penal – confissão obtida mediante
tortura; ex. prova obtida por violação de domicílio).

Prova ilícita = Lei 9.455/97, Lei 9.296/96


 Esta prova viola as regras do direito material e ocorre fora do
processo.
 Conseqüência: Exclusão do processo retira a prova do processo, e
se for prova única, o réu será absolvido.

A Constituição considera inadmissíveis as provas obtidas por


meios ilícitos

Obs.1: É pacífico na jurisprudência e na doutrina o uso da prova ilícita em


favor do réu, diante do princípio da proporcionalidade. (Doutrina e
jurisprudência entendem que é mais valorosa a liberdade do que a intimidade, por
isso admite-se a prova ilícita).

Quando pode usar prova ilícita no processo?


 A prova ilícita em favor do réu – para absolvê-lo
 Princípio da Proporcionalidade – no conflito de valores
fundamentais se pondera o mais importante e usa-se a prova ilícita.

Obs.2: Princípio da ilicitude por derivação ou frutos da árvore


envenenada – tudo o que decorre de uma prova ilícita também será ilícito. (Ex. a
confissão obtida por meio de tortura). Esta teoria não está prevista expressamente
na Constituição Federal.

 Ilicitude por Derivação – prova ilícita por derivação


Teoria da árvore dos frutos envenenados – prova que é ilícita na
origem contamina as demais provas que dela decorrem.

2. Provas ilegítimas – Prova ilegítima é a prova que fere o direito processual (ex.
novo documento juntado durante o tribunal de júri). O documento para ser
apresentado em Tribunal de Júri tem que ser juntada 3 dias antes.

 Prova ilegítima = 475, CPP e 406, § 2º, CPP


Esta prova viola as regras do direito processual e ocorre dentro do
processo.
Conseqüência: Nulidade do processo refaz o ato dentro do processo

Início da 7ªaula - 02.04 - Madeira

Teorias que admitem a Prova Ilícita

 Teoria da fonte independente – hot! hot!


o Quando há duas fontes de prova, uma ilícita e outra lícita, e estas fontes
são independentes admite-se o uso de uma delas.

o Ex.: Mensalão – Esta prova foi usada no 1º julgamento do mensalão

PGR oficiou Banco CPI oficiou Banco


26
Central Central
Quebra sigilo Quebra sigilo
40 investigados 40 investigados

PROVA ILÍCITA PROVA LÍCITA


(elimino pq PGR não pode) (uso)

7ª aula - 02.04 - Madeira

PROVAS cont...

 Conceito: conjunto de atos destinados a formar a convicção do magistrado.


o LER: artigos 155 a 250 – este rol não é taxativo, assim pode ser produzidas
outras provas.

 Objeto: quaisquer alegações relevantes.

 Fatos que independem de prova


o Fatos axiomáticos;
o Fatos notórios;
o Presunção legal (menor de 18, embriagado responde);
o Fatos inúteis
o Fatos incontroversos?

 Meios / Espécies de provas


o Pericial
o Interrogatório
o Confissão
o Declarações do ofendido
o Testemunhal
o Acareação
o Documental
o Reconhecimento
o Busca e apreensão

A) PROVA PERICIAL

1. Exame de corpo de delito, art. 158, CPP


 Corpo de delito significa os vestígios deixados pelo crime.

1.1 Obrigatoriedade - Se o crime/infração deixar vestígios será OBRIGATÓRIO o


ECD.

 Cuidado: art. 167, CPP – Exame indireto - Se desapareceu os vestígios


supro isto com a prova testemunhal.

1.2 Embriaguez - É necessário o exame de sangue, mas o Código de Trânsito


Brasileiro é expresso, se o condutor se recusar a se submeter ao teste, as
autoridades presentes certificam a bebedeira.
 Atenção: Direção de veículo sob influencia de álcool, não posso obrigar o
uso do bafômetro.

2. Quesitos
 Podem se apresentados até a realização da diligência.

27
3. Assistente técnico
 Não EXISTE assistente técnico em Processo Penal.

4. Peritos, art. 159, CPP


 Número de peritos: São 02 peritos oficiais, mas o juiz poderá nomear 02
pessoas idôneas, art. 159, §1º

 Lei de Drogas é exceção – Pode ser feita por 01 perito

 Impedimento dos Peritos, art. 279, CPP


o Por incapacidade – III
o Por incompatibilidade – II
o Por indignidade - I

5. A perícia vincula o juiz, art. 182, CPP


 O Juiz pode discordar da perícia, porque não está vinculado.

B) INTERROGATÓRIO – hot! hot! hot!

 É um meio de prova e um meio de defesa.

1. Réu preso
 REGRA: O interrogatório do réu preso SERÁ NO PRESÍDIO, previsto no
CPP, art. 185, §1º - interrogatório na prisão.

 Será interrogado o réu no FÓRUM, se o presídio não reunir condições


(quando o presídio não tem segurança para o Juiz, para o advogado ou
para assegurar a integridade do preso e a publicidade do ato.

2. Obrigatoriedade do interrogatório
 Se comparecer até o julgamento da apelação (no Tribunal ou através de
Carta de Ordem (Juiz de 1º grau).

o novo interrogatório a qualquer tempo – 196, CPP


• O réu pode ser re-interrogado de ofício ou a requerimento
das partes a qualquer tempo, até o trânsito em julgado.

3. Procedimento do interrogatório

 Entrevista reservada com advogado


o Direito de entrevista prévia – 185, § 2º, CPP - O interrogado tem
o direito de ser entrevistado previamente por seu defensor, a
partir de 2003.

o Indispensável (art. 185, CPP) - A presença de um advogado no


interrogatório judicial é indispensável.
 No interrogatório policial como não existe ampla defesa a
presença do advogado é dispensável.

 Qualificação do acusado
o Nesta fase NÃO vale o direito ao silêncio.

OBS.: Direito ao silêncio - Art. 186, CPP.


• O réu tem o direito constitucional de se manter em silencio
devido ao Princípio que a ninguém é obrigado a produzir provas
sobre si mesmo.

28
• Este silêncio não pode ser interpretado contra o réu.
• O réu somente poderá manter-se em silêncio no interrogatório
de mérito.

 Juiz – 02 fases do interrogatório do réu


o De identificação - 187, § 1º, CPP, São indagados os dados
pessoais do réu.
 Quanto à pessoa do acusado – Toda a origem dele,
oportunidade social (aqui o réu pode mentir, terminou a
qualificação, inicia o direito ao silêncio).
• Mentira do réu (interrogatório de identificação e
de mérito)

o De mérito – 187, § 2º, CPP – são indagados os Fatos imputados.


Somente aqui o réu pode permanecer em silencio.
 O que realmente aconteceu.

 O juiz abre para esclarecimento das partes

4. Interrogatório por vídeo conferência


 Não tem Lei Federal regulamentando, somente Leis Estaduais.
 STF entende que não pode LE, depende de Lei Federal

Não é possível o interrogatório a distancia “ON LINE” –


É NULO, fere a ampla defesa. O CPP não dispõe e o STF diz que não.

C) CONFISSÃO

 Conceito: é o ato através do qual o agente aceita no todo ou em parte os


fatos que lhe são imputados.
 Simples ou qualificada
 Judicial ou extrajudicial

1. Características da confissão – hot!hot!


 Divisível – art. 200, CPP
o A confissão é divisível: significa que o juiz pode aproveitar apenas
parte da confissão – o réu pode voltar atrás parcialmente.

 Retratável
o A confissão retratável: o réu pode se retratar da confissão já
efetuada.

 Obs: Ex.. O Réu diz que matou Pedro e Paulo, posteriormente muda de
idéia, só matou Pedro, (por isso divisível e retratável).

2. Modalidade
 Simples – Admite apenas que matou não imputa a terceiros.
 Qualificada - Além de admitir o crime ainda imputa a terceiros

D) DECLARAÇÃO / PERGUNTAS AO OFENDIDO

 Conceito de ofendido/ vítima – É o titular do bem jurídico lesado. As


declarações do ofendido são dispensáveis.

 A vítima /ofendido não comete o crime de falso testemunho, porque ele não é
compromissado → NÃO PRATICAM
29
 A vítima/ofendido não integra o rol máximo de testemunhas, posso arrolar as
08 e também a vítima.

 Falta: condução coercitiva e desobediência


Se o ofendido / a vítima faltou na audiência, terá como conseqüência:

APPri APPu
Ofendido / a vítima é o titular da ação, Ofendido / a vítima será
desta forma ocorre a EXTINÇÃO DA conduzido coercitivamente a
PUNIBILIDADE pela PEREMPÇÃO, art. responder,
60, CPP, III por crime de desobediência.

E) TESTEMUNHAL
 Toda pessoa poderá ser testemunha – 202, CPP.

 Onde arrolar as testemunhas


 REGRA: DENÚNCIA E NA DEFESA PRÉVIA hot!hot!
 EXCEÇÃO: Procedimento do júri → Libelo e contrariedade ao libelo

 Testemunhas impedidas, art. 206

DISPENSADOS DE DEPOR (206) – salvo quando não há prova


• São dispensados os parentes do réu a depor:
o CADI – cônjuge, ainda o separado; ascendente;
descendente, irmão.
o Afim em linha reta – sogra

DEVER DE DEPOR (206, 1a parte) – condução coercitiva e desobediência


• A testemunha tem o dever de depor, se faltar sem justificar será
conduzida coercitivamente e responde por crime de
desobediência.

 Testemunhas proibidas de depor, art. 207


 São as pessoas que devem guardar o sigilo profissional.
 O advogado mesmo liberado não pode depor.

 Atenção: CONTRATIDA – O momento da contradita é após a qualificação


da testemunha

F) RECONHECIMENTO DE PESSOAS OU COISAS

 Conceito: o artigo 2º CPP, dispõe que o objeto do reconhecimento pode


ser PESSOA OU COISA.

 Procedimento, tem que seguir o do art. 226, CPP, mas este procedimento
só se aplica na delegacia (em juízo não)
 A pessoa que vai reconhecer deve descrever a pessoa
reconhecida.
 Poderão ser colocadas pessoas semelhantes lado a lado.
 Preferencialmente, a pessoa que vai reconhecer não é vista por
quem é reconhecido.
 Deve se lavrado o auto de reconhecimento

Várias pessoas – 228, CPP


30
Se duas ou mais pessoas forem fazer o reconhecimento deverão fazê-lo
separadamente.

G) ACAREAÇÃO

 Quem pode ser acareado → Todo mundo


 Procedimento → Só pergunta sobre as divergências
 Acareação por precatória → O juiz irá transcrever os pontos de controvérsia
e vai enviar para um juiz de outra comarca requerendo a acareação
(mediante precatória – 230, CPP).

o Conceito- 229, CPP – É A PROVA através da qual duas ou mais


pessoas que colocadas frente a frente para confrontar suas
declarações., cujo momento: é possível durante o IP ou durante o
processo.

H) PROVA DOCUMENTAL

 Documento – Documento é qualquer objeto capaz de representar o fato. Ex.


contrato, carta, certidão, fotografia.

 Momento – 231, CPP – pode ser juntado a qualquer fase do processo, até nas
AF, depois dela e em fase de recurso.

 Quando pode ser juntado: a qualquer momento

o Exceções:
• NÃO pode ser juntado documento NOVO perante um Tribunal do júri,
somente com 03 dias de antecedência do julgamento do plenário.

• Alegações finais do Tribunal do júri: durante este não pode ser


juntado nenhum documento. (406)

I) BUSCA E APREENSÃO – HOT! HOT!


• Primeiro se busca, se encontrar faz a apreensão.

Tipos de busca:
A) Busca pessoal (240, CPP) - Não precisa de ordem judicial, se há um suspeito...
revista, batida...
 Busca pessoal sem mandado – 244, CPP.
 Busca pessoal (se for mulher?) 249, CPP - A busca pessoal em
mulher é feita preferencialmente por outra mulher

B) Veículo Pessoal→ não precisa de mandado

C) Motor home, trailler → Equipara o domicílio, precisa de madado.

D) Busca domiciliar (240, CPP) – precisa de mandado, ordem judicial, e tem que ser
cumprido durante o dia. (das 6h até às 18hs).- conceito de domicílio
• Só poderá ser cumprido o mandado judicial durante o dia, SALVO com o
consentimento do morador.
• A busca domiciliar é também uma medida cautelar e por este motivo
precisa de fundados indícios.

(CESPE 2007) Acerca da prova testemunhal, assinale a opção correta.


31
A) ao juiz é vedado ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
B) As testemunhas da acusação e da defesa serão inquiridas umas na presença das
outras.
C) Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer que alguma testemunha fez
afirmação falsa, calou ou negou a verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade
policial para a instauração de inquérito.
D) A testemunha deve prestar o depoimento oralmente ou traze-lo por escrito

(CESPE 2006) Assinale a opção correta de acordo com o STJ e o STF.


A) A oitiva da vítima é prova imprescindível para a condenação penal.
B) Encontra-se consolidado no STJ o entendimento sobre a impossibilidade de
oferecimento, de ofício, pelo magistrado, de transação penal, conforme prevista na Lei
dos Juizados Especiais Criminais, uma vez que se cuida de atribuição exclusiva do
Ministério Público.
C) O exame de corpo de delito, em regra, é dispensável (INDISPENSÁVEL) para a
demonstração da materialidade nos casos de crimes que deixam vestígios.
D) Eventuais defeitos porventura existentes no auto de prisão em flagrante têm o condão
de, por si só, contaminar o processo e ensejar a soltura do réu. (vícios no IP ocasiona
mera IRREGULARDADE

8º aula – 11.04.08 – digitação Luciana

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

Interceptação telefônica (grampo) Gravação clandestina


Conceito: é a gravação da Conceito: é a gravação da
comunicação telefônica feita por um comunicação feita por um dos
terceiro, sem o conhecimento dos interlocutores.
interlocutores.
Art. 5º, XII, CF + Lei n. 9.296/96 Não há lei que discipline
Precisa de ordem judicial, caso Não precisa de ordem judicial
contrário é crime.
Somente para crimes punidos com Prevalece o entendimento de que a
reclusão gravação clandestina é uma prova
lícita. Contudo, não é pacífico.
Complemento... não dado em aula

Ônus da prova
• Conceito (ônus e obrigação) – 156, CPP
o A prova da alegação incumbirá a quem fizer.
a) Prova da acusação: Tem que provar a materialidade e autoria.
b) Prova da defesa: Tem que provar o álibi e as causas de exclusão...

• Provas produzidas pelo juiz


o Os poderes instrutórios do juiz, este pode determinar a produção de provas
que julgar necessário.
o É constitucional o artigo 156, não fere o sistema acusatório.

Prova emprestada
• Conceito
• Requisitos: mesmas partes, contraditório

Sistemas de apreciação – Sistemas de avaliação da prova


o sistema da íntima convicção – Neste sistema o juiz julga do jeito que quiser, e
não precisa fundamentar.
o sistema da prova legal (art. 158 e 155)
o sistema da livre convicção motivada – 157, CPP
a. No Brasil vale o sistema do livre convencimento motivado, desde que o
juiz fundamente.

32
PRISÃO
• conceito: é a privação da liberdade.

Espécies de prisão:

Prisão-pena: Prisão sem pena – extrapenal


Prisão Civil – devedor de alimentos e depositário infiel.
Decorrente de Prisão Administrativa – É aquela que possui fins administrativos.
sentença Ex. prisão do estrangeiro em vias de ser expulso.
penal Prisão Disciplinar – é a prisão que recai sobre o militar. É
condenatória decretada pelo militar (comandante). Não admite HC (art. 142, CF)
irrecorrível Prisão Processual ou provisória – é a prisão decretada antes ou
durante o processo penal

Prisão processual :
• Prisão em flagrante
• Prisão preventiva
• Prisão temporária
• Prisão decorrente de pronúncia
• Prisão decorrente de sentença condenatória recorrível

Complemento
A PRISÃO SOMENTE PODE SER DECRETADA POR JUIZ, SALVO DUAS EXCEÇÕES:
• Prisão em flagrante – qualquer pessoa
• Prisão disciplinar do militar

Horário da prisão – 283, CPP


Mandado de prisão – 285, parágrafo único, CPP
Emprego da força – 284, CPP + 292, CPP
Prisão Especial – 295, CPP
Prisão domiciliar – não havendo local para prisão especial (Lei 5.256/67)

INVIOLABILIDADE DOMICILIAR - DIA NOITE

DIA NOITE
Consentimento do Consentimento do
morador morador
Flagrante delito Flagrante delito
Desastre Desastre
Prestar socorro Prestar socorro
Mandado judicial

Prisão processual

 PRISÃO EM FLAGRANTE, art. 302, CPP

Hipóteses de Prisão em flagrante:


Para que uma pessoa seja presa em flagrante o fato tem que se encaixar no
art. 302, caso contrário não é flagrante.

Quem se apresenta espontaneamente NÃO pode ser preso em flagrante.


Porque o fato não se encaixa no art. 302 do CPP. Mas, é possível a prisão
preventiva.
• Próprio (art. 302, I e II) – é aquela que o agente está cometendo a infração
ou acaba de cometê-la.

33
• Impróprio ou quase-flagrante (302, III) – Logo após a infração o Agente é
perseguido e preso. Poderá ser preso 24hs depois, enquanto durar a
perseguição o agente poderá ser preso, seja em 24 horas ou em 24 dias.
• Presumido (302, IV) - É aquele em que é encontrado logo depois da
infração com algum instrumentos, objetos ou papéis que faça presumir ser
ele autor da infração.

O Flagrante pode ser:


 Flagrante Obrigatório - é o flagrante feito pela autoridade policial (este tem o
dever de efetuar a prisão).

 Flagrante Facultativo – é o flagrante efetuado por qualquer pessoa.

O Flagrante pode ser: (outra classificação)


 Flagrante Esperado – é o flagrante regular da autoridade que espera a prática
da infração.

 Flagrante Forjado – é o flagrante irregular da autoridade que simula uma


situação de flagrante.
 Ex. a autoridade planta a droga no bolso do suspeito. É crime da
autoridade policial.

 Flagrante Preparado – a autoridade induz o agente a praticar a infração.


 Ex. desconfia que o pintor está levando objetos da casa e deixa uma
carteira recheada de dinheiro, com várias pessoas escondidas cuidado para
que o pintor consume o furto.
 Prevalece o entendimento que o flagrante preparado é irregular, por se
tratar de crime impossível.

 Flagrante prorrogado ou retardado – em alguns casos, a Lei autoriza que a


autoridade retarde o momento da prisão, a espera de novos criminosos ou novas
provas.
 Ex. a polícia sabia que entrou um caminhão cheio de drogas e deixou
seguir seu caminhos para pegar os demais criminosos envolvidos.
o Lei 11.343/06 – Lei de Drogas
o Lei 9034/95 – Crime organizado

É possível flagrante em crime permanente? Crime permanente é o crime que a


consumação se prolonga no tempo. Nesta hipótese, é possível a prisão em flagrante,
enquanto durar a permanência.

Auto de Prisão em Flagrante


• Tem prazo de 24 horas para ser lavrado – auto de prisão em flagrante.
• Serão ouvidos o condutor + as testemunhas. Condutor é quem conduz o
preso na delegacia, normalmente é o policial, mas pode ser outra
pessoa.
• Interrogatório do preso.
• O delegado deve entregar ao preso a NOTA DE CULPA. A qual informa ao
preso quem o prendeu e por que o prendeu. E o prazo é de 24 horas. (as
mesmas 24 horas que o delegado possui para lavrar o auto de prisão,
ou seja, não são novas 24 horas).

Se o preso não indicar o nome de seu advogado deverá ser comunicada


imediatamente a defensoria pública.

Se o flagrante for irregular o juiz deve imediatamente relaxá-lo.


34
• Caberá RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE, e
também poderá ser impetrado HC.

Flagrante irregular – exemplos:


o Sem nota de culpa - A NC será expedida pelo DELEGADO, se não for
entregue em 24hs a prisão é irregular.
o Preparado
o Forjado
o Inversão na ordem do Auto Prisão em flagrante

2) PRISÃO PREVENTIVA
o conceito : É a prisão tipicamente cautelar.

Requisitos da Prisão Preventiva - PP


Fumus bonis júris – 312, in Periculum in mora – Art. 312, 1º parte,CPP
fine, CPP Garantia da ordem pública ou econômica
“liberdade perigosa”, o réu em liberdade causa
Significa aparência de risco a sociedade.
verdade. É a verossimilhança.
Conveniência da instrução criminal quando a
Tem que ter a prova da pessoa tumultua o processo, ameaçando
materialidade (prova da testemunhas.
existência do crime
aconteceu) + indícios de Para assegurar a aplicação da Lei Penal quando o
autoria. réu ameaça fugir.

Para garantir a eficácia das medidas protetivas


em caso de violência doméstica ou familiar
contra mulher. (Lei Maria da Penha)

Prisão preventiva somente pode ser decretada em crimes dolosos, art.


313, CPP. Crime culposo não admite prisão preventiva.

Prisão preventiva pode ser decretada durante o inquérito e durante o processo,


art. 311, CPP.

Cabe prisão preventiva quando há excludente da ilicitude? Pode ser


preso em flagrante? Preso em flagrante, sim. Porque não é o delegado quem irá
dizer se o agente agiu em estado de necessidade ou legitima defesa. Prisão
preventiva, não.

o Excludentes da ilicitude – 314, CPP - Não é possível quando há uma


EXCLUDENTE DE ILICITUDE.

Quem pode decretar a prisão preventiva? Somente o juiz pode decretar,


nas seguintes hipóteses:

a) de ofício pelo juiz;


b) mediante requerimento do MP ou querelante;
c) mediante representação do delegado (autoridade policial).

Da decisão que decreta a prisão preventiva, cabe recurso? Da decisão


que decreta a preventiva NÃO CABE RECURSO, só HC.
- Recurso contra a DECISÃO QUE REVOGA A PP – 581, V, CPP – cabe RSE

- Revogação da prisão – 316, CPP

35
• Se desaparecerem as condições que autorizavam a PP, o juiz deverá
REVOGÁ-LA

Se desaparecerem as condições da prisão preventiva o juiz deverá


revogá-la. (art. 316 do CPP). Da decisão que revoga a preventiva, cabe recurso?
Sim, Recurso em Sentido Estrito

(CESPE 2007) Assinale a opção incorreta acerca do processo penal


A) O Código de Processo Penal prevê a unidade de processo e julgamento em caso de
conexão.
B) O juízo universal da falência detém competência para receber a denúncia também
quanto aos crimes conexos aos falimentares.
C) A adoção do princípio do no bis in idem pelo ordenamento jurídico penal contempla os
direitos e garantias individuais previstos na Constituição, cuja interpretação sistemática
leva à conclusão que o direito à liberdade, com base em coisa julgada material, prevalece
sobre o dever estatal de acusar.
D) A circunstância de ser réu primário e de ter bons antecedentes, por si só, dá ao réu o
direito a responder ao processo em liberdade.

CESPE 2007 Não há vedação expressa à liberdade provisória no diploma legal


conhecido como
A) Estatuto do Desarmamento.
B) Lei sobre o tráfico ilícito de drogas. (tem direito a Liberdade provisória)
C) Lei Maria da Penha. (+ rigorosa a infração cometida contra mulher)
D) Lei das Organizações Criminosas.

CESPE 2007 Assinale a opção incorreta de acordo com o STJ e o STF.


A) Os conceitos de flagrante preparado e esperado se confundem.
B) Tão-somente os crimes militares, cuja definição é dada pelo Código Penal Militar,
quando cometidos por agentes militares, poderão ser julgados pela justiça castrense.
C) O estado de flagrante delito é uma das exceções constitucionais à inviolabilidade do
domicílio, nos termos da Constituição Federal.
D) A interposição de recurso, sem efeito suspensivo, contra decisão condenatória não
obsta a expedição de mandado de prisão.

9º aula – 16.04.08 - Flávio

PRISÃO TEMPORÁRIA (Lei 7.960/89)


 A PT tem a finalidade de assegurar/garantir a investigação criminal.

 A PT só pode ser decretada durante o inquérito policial, NUNCA durante o


processo.

 Só o juiz pode decretá-la. Todas as prisões só podem ser decretadas por juiz, salvo
duas exceções:
 Prisão em flagrante (pode ser decretada por qualquer pessoa) e
 Prisão disciplinar (recai sobre o militar, é decretada pelo Superior
militar).

 Decretação: Somente o juiz pode decretar a PT mediante:


o Requerimento do MP e
o Mediante representação do delegado.
IMPORTANTE!! Ela não pode ser decretada de ofício.

• O juiz tem: 24 horas para decidir (fundamentando) – art. 2º, § 2º


Mandado em duas vias (uma para o preso) – art. 2º, § 4º
36
Informar os direitos do preso – art. 2º, § 6º

 Prazo: 5 dias, prorrogáveis por mais 5 dias.


o Se for crime hediondo ou equiparado o prazo é 30 dias prorrogáveis por
mais 30 dias. Crimes equiparados a hediondo é TTT (trafico, tortura e
terrorismo).

 Hipótese de cabimento: art. 1º, Lei 7960/89:


I – Imprescindível para a investigação;
II – não tem residência fixa ou não fornece elementos de identificação;
III – prática de um dos crimes previstos nesta lei.

IMPORTANTE: Os incisos são cumulativos ou alternativos? Há 3 posições. Mas,


para a posição majoritária é obrigatória a presença do inciso III (+) o inciso I ou II.
Prisão temporária é para os crimes mais graves, não é para qualquer crime.

Prisão Preventiva Prisão temporária


Inquérito policial ou durante o processo Somente durante o inquérito policial
Pode ser decretada de ofício Não pode ser decretada de ofício

PRISÃO DECORRENTE DE PRONÚNCIA

• Pronúncia é o encaminhamento do réu para ser julgado pelo Tribunal do Júri. In


dúbio pro societate.

Requisitos:
 Prova da materialidade;
 Indícios de autoria.

Segundo o art. 408 do CPP, se o réu é pronunciado deve se recolher a prisão, SALVO se
for primário e de bons antecedentes.
• Jurisprudência dominante entende que esta prisão só se justifica se houver
cautelaridade (cautelaridade é necessidade).
• A interpretação literal do art. 408 do CPP fere o Princípio Constitucional do Estado
de Inocência.

Réu PRISÃO→ SALVO


Pronunciado→

Réu Primário Bons


antecedentes

PRISÃO DECORRENTE DE SENTENÇA CONDENATÓRRIA RECORRÍVEL

• Segundo o art. 594 do CPP, se o réu é condenado deve se recolher a prisão, salvo
se for primário e de bons antecedentes. Tem se entendido que esta prisão exige
cautelaridade.

o Tem que haver necessidade


o Tem que estar presentes os requisitos da PP

37
LIBERDADE PROVISÓRIA

É o direito de aguardar o processo em liberdade, só cabe para prisão em flagrante


(deve ter sido a prisão legal).
o Se estiver fora das hipóteses do art. 302, CPP, a PRISÃO será ILEGAL –
Cabe RELAXAMENTO DA PRISÃO.

Tipos de liberdade provisória:

LIBERDADE PROVISÓRIA

SEM FIANÇA COM FIANÇA


LP sem fiança e vinculação (se LP com fiança SEMPRE com vinculação:
livra solto)
Regra - O agente se livra solto – A fiança pode ser arbitrada:
321, CPP • Pelo delegado – 322, CPP – Quando as
Exceção: Lei 9099/95, infrações são punidas com detenção
CTB ou prisão simples.
Porte de Drogas
LP sem fiança e com vinculação • Pelo juiz – 325, § 2º, CPP - qualquer
Hipóteses do art. 310, “caput” e § infração, mas sobretudo com
único, CPP RECLUSÃO
• Excludente de ilicitude
• Quando não estão presentes Nos crimes contra economia popular e
as condições da Prisão sonegação fiscal, só é possível LP COM
Preventiva FIANÇA arbitrada pelo juiz. Hot!hot!

a) LP sem fiança – o sujeito permanecerá em liberdade sem ter que prestar


garantia. A liberdade provisória sem fiança se divide em s/ vinculação e c/
vinculação.
• Vinculação é a obrigação de comparecer a todos os atos do processo.

Na liberdade sem fiança e sem vinculação – a lei utiliza a seguinte expressão:


o preso “se livra solto”. Exemplos:
• Lei 9.099/95, se o agente assume o compromisso de comparecer no
Juizado, livrar-se-á solto.
• CTB – quando o agente presta imediato socorro a vítima.
• Porte de drogas – No Brasil, nunca mais vai para a prisão.

Liberdade provisória sem fiança mas com vinculação – está prevista no art.
310 do CPP:
1) quando há uma excludente da ilicitude (art. 310, caput, CPP);
2) quando não estão presentes as condições que autorizam prisão
preventiva.

b) LP com fiança – o sujeito para poder ser liberado, terá que prestar fiança, que é
uma garantia.
• A liberdade provisória com fiança é sempre com vinculação. Quem é que
pode arbitrar fiança no Brasil?
• A fiança pode ser arbitrada pelo delegado ou pelo juiz.
i. O delegado pode arbitrar fiança nas infrações punidas com
detenção ou prisão simples e o
ii. juiz vai arbitrar fiança em quaisquer infrações.

38
Nos crimes de sonegação fiscal e contra a economia popular só cabe liberdade
provisória com fiança, arbitrada pelo juiz.

Crimes inafiançáveis (não admitem fiança)


na CF: na CPP
1) Racismo (inafiançável e imprescritível) Regra geral: são os
2) Hediondos e equiparados –TTT: Tráfico, crimes cuja pena
Tortura e Terrorismo. mínima excede 2
3) Crimes contra segurança Nacional anos.
-Grupos armados contra o Estado
democrático

Valor da fiança: 325, CPP

• - Critério para fixação: 326, CPP


• - Pode ser reduzida de 2/3 (juiz ou delegado) - 325, § 1o, CPP
• - Pode ser aumentada de 10 vezes (juiz) – 325, § 1o, CPP
• - Pode ser isentada (juiz) – 350, CPP
• - É sempre vinculada – 327 e 328, CPP
• - Quebra da fiança – 341, CPP
• - Perda da fiança – 344, CPP

Para entender a LP tem que saber em primeiro lugar qual é o crime (tipificação)

PRISÃ
O
EM
FLAGR
ANTE
RÉU QUE SE LIVRA LIBERDADE
SOLTO PROVISÓRIA
(não vai preso) VEDADA
(PROIBIDA)
- 321, CPP, I e II
- Lei 9099/95 * - TRÁFICO
- CÓD DE TRANSITO DO - LAVAGEM DE
BR DINHEIRO
- CRIME
ORGANIZADO
*Obs: - lei 9099/95 -
Se cometer um crime
cuja pena não exceda 4
anos, menor potencial
ofensivo. O autor do
fato comparece a
delegacia e se
compromete a
comparecer em juízo,
NÃO SERÁ PRESO.

39
Obs.: CTB – Se o sujeito
praticar homicídio
culposo no trânsito e
NÃO FUGIR, desde que
preste socorro NÀO
SERÁ PRESO EM
FLAGRANTE.
CRIME CRIME
AFIANÇÁVE INAFIANÇÁVEL
L (+ GRAVE)
C. punidos
com - Réu será solto
DETENÇÃO E SEM PAGAMENTO DE
PRISÃO FIANÇA
SIMPLES
- 310, § ÚNICO
- Réu paga a
fiança e
É SOLTO

- ART. 322
- ART. 323
decorar
- ART. 324
decorar

PROCEDIMENTOS

a) Ordinário – é destinado aos crimes punidos com reclusão (crimes mais graves)

b) Sumário – é destinado aos crimes punidos com detenção.

c) Sumaríssimo – é o procedimento previsto na Lei 9.099/95 e se destina às


infrações de menor potencial ofensivo. Infrações de menor potencial ofensivo são
todas as contravenções penais, mais o crimes cuja pena máxima não excede 2
anos.

d) Especiais – tais como:


1. júri
2. drogas
3. honra
4. praticados por funcionário público.

PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

40
SENTENÇ
A
condenat
ória
absolutó
ria e
Terminativ
a
de
mérito
Fase 500
– AF Prazo
de 3 d
MP pode
pedir
absolvição
do réu
porque é
custos
legis
Fase
499 –
últimas
diligênc
ias
ATD –
Audiênci
a das
TEST. de
defesa –
08
ATA –
Audiênci
a das
TEST de
acusaçã
o - 08
Defesa
Prévia
3 dias a
contar
do
interroga
tório
Interrog
atório
Citaçã 1 Ato da instrução
o -
Pesso
al
Por
edital
Denú
ncia
quei
xa

Recebimento da denúncia

PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

41
1- Denúncia ou queixa – requisitos estão previstos no art. 41 do CPP.

2- Recebimento da denúncia - A decisão que recebe a denúncia não cabe recurso,


somente HC. Tem uma exceção, se for crime de imprensa cabe Recurso em
Sentido Estrito e em Tribunal Superior é sempre agravo.
3- Citação – é o chamamento do réu para se defender em juízo. Não existe no
processo penal citação por hora certa, só existem dois tipos de citação: citação
pessoal e citação por edital.
Citação Pessoal – é o ato mais importante do PP, chama o réu para q se
defenda. E o réu PRESO será citado pessoalmente. Falta de citação –
NULIDADE ABSOLUTA , art. 564.
 Por mandado
 Por carta precatória – réu em outra comarca
 Por carta rogatória – réu em outro país
Citações especiais
I – MILITAR – por ofício (mesmo conteúdo do mandado) ao chefe do setor,
comunica o juiz, se não pode pede outra para o juiz designar outra data.
II – FUNCIONÁRIO PÚBLICO –
(i) Mandado propriamente dito.
(ii) O funcionário público e seu chefe serão intimados da data
(Notificação por meio de ofício).
Citação Fictea – por edital
I – Tem que esgotar os meios para citar por edital.
• Quando o réu estiver em lugar certo e não sabido
• O réu se oculta para não ser citado.
• Se o réu estiver em lugar inacessível. Ex enchentes, guerra,
favelas.
II – Artigo 366, CPP hot! hot! decorar.
Incidência dos 03: Acusado citado por edital, Não comparece, Nem
constitui advogado
Conseqüências: Suspensão do processo
Suspensão do curso da prescrição (qto tempo fica
prescrito?)
Até março de 2007 – STF e STJ – fica suspenso nos termos do artigo
109, CP, considerando a pena máxima em abstrato.
Após março/2007 – Min. Sepulveda, fica suspenso a prescrição até o
sujeito ser encontrado.
As possibilidades dadas ao Juiz com o art. 366, com
JUSTIFICATIVA completa:
o O juiz pode produzir prova antecipada
o O juiz pode decretar a prisão preventiva
o Não existe citação por hora certa no PP

4- Interrogatório

5- Após o interrogatório conta-se o prazo de 3 dias para a defesa prévia, a peça


não é obrigatória mas tem que abrir o prazo.

6- Após a defesa prévia, têm-se duas audiências, uma para oitiva das
testemunhas de acusação e outra para as testemunhas de defesa.
Prova Oral – audiência de testemunhas
• Primeiro – A tese do acusado depois a tese da defesa – Se inverter
NULIDADE RELATIVA.
• Segundo – No caso de testemunha ouvida por precatória basta intimar o
advogado da expedição da precatória.

7- Em seguida, é a fase do art. 499 (últimas diligências)


• Nesta fase posso requerer novas diligências ou novas provas para
complementar o que aconteceu na Instrução.

42
8- Art. 500 – alegações finais
Alegações Finais – Peça obrigatória – não – NULIDADE ABSOLUTA
• Advogado constituído – não apresenta AF, juiz intima o réu para nomear
novo adv, se não apresentar o juiz nomeia ADVOGADO DATIVO.

• O MP pode requerer (pleitear) a absolvição do réu nas AF, atuando como


custus legis. E o juiz pode discordar deste pedido.

9- Sentença.
• Condenatória (impõe pena) – cabe APELAÇÃO
• Absolutória própria – é aquela que não impõe nenhuma sanção penal.
Imprópria – é aquela que absolve, mas impõe MEDIDA DE
SEGURANÇA
APELAÇÃO (inimputáveis).
• Terminativa de mérito – é aquela que julga extinta a punibilidade, julga
prescrição, decadência – Cabe RSE

Art. 383 – Emutatio libelo – aplica-se quando tiver descrito na denúncia a


elementar do tipo – duas instancias
Art. 384 – Mutatio libelo – não esta narrada na denúncia a elementar -
Não aplica em segundo grau
Art. 384, §: Aplica-se quando a pena mais grave
O MP adita a denúncia
Defesa tem 03 dias para se manifestar
Arrola 03 testemunhas
Art. 384, “caput” – pena menor ou igual
Conseqüências: Não há aditamento
Defesa tem 8 dias para se manifestar
Arrola 03 testemunhas
10º aula – 18.04.04

PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Denúncia Recebimento Citação Interrogatório Defesa Prévia Testemunha de


acusação Testemunha de defesa Art. 499 Alegações finais (fase do art. 500)
Sentença.

• Recebimento da denúncia: Precisa motivar o recebimento da denúncia?


Não precisa motivar o recebimento da denúncia.

• Citação: Modalidades:
a) Citação ficta (é por edital)
b) Citação pessoal (feita por mandado)

Não existe citação por hora certa no processo penal, se o acusado está se
escondendo o juiz cita por edital.

• Art. 366 do CPP – decorar hipóteses e conseqüências. Se o acusado, citado por


edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o
processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção
antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão
preventiva, nos termos do disposto no art. 312.

43
Hipótese de aplicação:
a) ser citado por edital;
b) não comparece
c) não constitui advogado

Conseqüências:
a) suspende o processo
b) suspende o curso da prescrição
ATENÇÃO!!! Suspensão da prescrição:

1. Posição clássica – fica suspenso pelo prazo de prescrição do art. 109


do CP. (STJ, TRF´s, Tribunais)
2. Posição do STF – fica suspensa a prescrição até o réu ser encontrado.

Possibilidades dadas ao juiz

Só se for 1) Antecipar a prova urgente;


o caso 2) Decretar a PP (prisão preventiva)

Defesa Prévia

• É uma peça que apresenta 3 dias depois do interrogatório (chamada de tríduo da


defesa prévia). Na defesa prévia requer-se as provas, arrolam-se as testemunhas.
Não é peça obrigatória, mas é obrigatório abrir o prazo para a defesa prévia para
o advogado ou defensor. Caso não abra o prazo é causa de nulidade.

PROVA TESTEMUNHAL
Testemunha fora da comarca:
a) precatória;
b) intimação da data do depoimento da testemunha – se o advogado for
intimado da expedição da precatória não precisa intimá-lo da data do
depoimento. (Súmula n. 273 do STJ)
c) presença do réu na audiência da precatória: STF – entende que é direito do
réu estar presente na audiência; STJ entende que é nulidade relativa, mera
irregularidade.
ART. 499
a) Prazo: 24 horas;
b) Para que serve: diligências para suprir dúvidas surgidas na instrução.
c) A defesa tem que ser intimada para o art. 499, se for defensor dativo ou público,
pessoal, se for constituído, pela imprensa.

ALEGAÇÕES FINAIS
• É peça obrigatória no processo penal. Se não tiver – nulidade absoluta.

SENTENÇA
1) Partes da sentença: Relatório; Fundamentação e Dispositivo. ATENÇÃO!!! No
Jecrim não precisar ter relatório.
2) Emendatio libeli (art. 383) – pressuposto para aplicação é que o fato tem que estar
descrito na denúncia, não abre para a defesa ou para o MP.
3) Mutatio libeli
Art. 384
Caput Parágrafo
Pena menor ou igual Pena maior (+) grave;
Baixa para a defesa falar em 8 dias e O juiz baixa para o MP aditar;
arrolar até 3 testemunhas.
44
MP aditando, vai para a defesa: 3 dias e a
defesa arrola 3 testemunhas.

PROCEDIMENTO SUMÁRIO

Cabimento:
a) Crimes punidos com detenção que estejam fora do Jecrim homicídio culposo;
b) Crime falimentar (lei de falências determinou que os crimes falimentares seguem
o procedimento sumário).

DENÚNCIA RECEBIMENTO CITAÇÃO INTERROGATÓRIO DEFESA ATA ATD


DEBATE SENTENÇA
DA PRÉVIA 5 5
ORAIS
DENÚNCIA

a) Audiência – Primeiro ouve-se as testemunhas de defesa – 5


b) Debates orais – Cada parte tem 20 m + 10m

Terminado a testemunhas de acusação, o juiz faz um despacho saneador e marca


audiência de instrução e julgamento e o juiz profere sentença.

PROCEDIMENTO DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO

• Nestes crimes funcionais AFIANÇAVEIS (arts. 312 A 326 do CP)entre a denúncia e


a e o recebimento da denúncia deverá ser feita a DEFESA PRELIMINAR do
funcionário público no prazo de 15 dias.
o Crimes do artigo 312 ao 326.
o Exceção: Não aplica o artigo 514, no artigo 316, parágrafo primeiro e 318.

• Se o funcionário publico não for intimado para fazer a defesa preliminar ocorrerá
NULIDADE, por cerceamento de defesa.

• Jurisprudência

o Súmula 330 - STJ – Para o STJ, tendo inquérito não precisa de defesa
preliminar. O STF não concorda com este posicionamento.

 ATENÇÃO!! Para o STF não vale a Súmula 330 do STJ: precisa da


defesa preliminar e, se não tiver, é causa de nulidade relativa.

o STF e STJ – Se o funcionário público não exerce mais o cargo tem que fazer
defesa prévia.

Notificação para a

DENÚNCIA DEFESA PRELIMINAR RECEBIMENTO DA


15DIAS - art. 514 DENÚNCIA

Segue o PCO (processo comum


ordinário) .

45
PROCEDIMENTO DA NOVA LEI DE DROGAS – 11343/06

TRÁFICO DE DROGAS (Lei 11.343)

Denuncia defesa preliminar no prazo de 10 dias recebimento citação audiência de


instrução debates e julgamento.

• Durante a investigação esta lei permite:


o Infiltração policial
o Flagrante retardado ou prorrogado (é o flagrante em que a
autoridade policial adia para obter mais provas).

• Prazo do IP na NLD hot hot – 30 dias se o agente estiver preso


90 dias se o agente estiver solto
• O juiz poderá prorrogar este prazo a pedido do delegado

• Denúncia – O promotor fará a denúncia no prazo de 10 dias.

DENÚNCIA DEFESA PRELIMINAR RECEBIMENTO DA


10 DIAS DENÚNCIA 5 DIAS

• Após o recebimento da denúncia no prazo de 5 dias, teremos uma só


audiência.
• AUDIENCIA – seqüência
o Interrogatório
o Ouvem-se as testemunhas de acusação e defesa – até 5 test.
o Debates orais – 20 min + 10 min
o Sentença

11º aula 21.04.08 –

TRIBUNAL DO JURI

1) Competência:
• Crimes dolosos contra vida;
• Crimes conexos;

2) Princípios que regem o TJ


• Da plenitude de defesa – É a possibilidade de se utilizar argumentos
meta jurídicos (argumentos externos ao direito, psicológicos, sociológicos).

• Do sigilo das votações – Quem julga são os 07 jurados – sala secreta.

• Da soberania dos veredictos – hot hot – Via de regra, o TRIBUNAL não pode
alterar a decisão dos jurados.
i. Revisão Criminal é uma exceção a este princípio.

3) Procedimento do TJ, são em 02 etapas:


• “judicium acusaciones” - JUIZ
• “judicium causae” – JURI

1ª fase:
i. Denúncia;
ii. Citação;
iii. Interrogatório;
Recurso
cabível: 46
RESE
iv. Defesa Prévia;
v. Testemunha de Acusação;
vi. Testemunha de Defesa;
vii. Art. 406, CPP – Alegações finais;
viii. Sentença: Destas decisões cabe RSE – 5 dias
1. Pronúncia – Art. 408, CPP;
• O réu será pronunciado quando houver prova da
materialidade e indícios de autoria, regido pelo “Princípio In
dúbio pro sociedade”

2. Impronúncia – Art. 409, CPP;


• O réu será impronunciado quando não houver prova de
materialidade ou indícios de autoria. Via de regra – o
processo poderá ser reaberto, se surgirem novas provas na
impronúncia.

3. Desclassificação – Art. 410, CPP;


• hot hot -Haverá desclassificação quando se tratar de um
outro crime não doloso contra a vida. Ex. O sujeito quer
lesionar a sogra (soco no queixo), ela engasga com a
dentadura e morre – C. L. Corporal seguido de morte.

4. Absolvição Sumária – Art. 411, CPP.


• hot hot - Caberá quando houver excludente de ilicitude ou da
culpabilidade.

• P.S.: Nas Alegações Finais do Júri NÃO pode juntar documento novo.

A) “judicium acusaciones” - JUIZ – primeira fase

DENÚNCIA RECEBIMENTO CITAÇÃO INTERROGATÓRIO


DEFESA ATA ATD ALEGAÇÕES DECISÃO (04)
DA DENÚNCIA
PRÉVIA 8 8 FINAIS

Decisões:
1. PRONÚNCIA – Art. 408, CPP:
Requisitos:
a. Prova da existência do crime/materialidade;
b. Indícios suficientes de autoria.

Na Pronúncia vale o Princípio In Dúbio Pro Societate.


c. Fora de SP – vale este princípio – doutrina majoritária;
d. Em SP – não vale – doutrina moderna – In Dúbio Pro Reu.

Excesso de linguagem na pronúncia – não pode!!! – sob pena de nulidade. Hot!


Hot!

2. IMPRONÚNCIA – Art. 409, CPP:


Requisitos:
a. Faltam indícios suficientes de autoria; ou,
b. Falta prova da existência do crime.

Desarquivamento – se houver novas provas

3. DESCLASSIFICAÇÃO – Art. 410, CPP:


a. Não era crime doloso contra a vida – os autos têm que ser redistribuídos;

47
4. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA – Art. 411, CPP:
a. Cabimento:
i. Art. 26, caput – inimputável – Medida de Segurança;
ii. Legítima Defesa/Estado de Necessidade/Outras causas de
excludentes;
b. Concedeu é caso de recurso de ofício – reexame necessário.

2ª Fase:
a) Libelo crime acusatório – peça que inicia a segunda fase do júri – “O libelo é o
espelho da pronúncia”;

b) Desaforamento:
a. Mudança do local de julgamento;
b. Momento: Só pode a partir da segunda fase, ou seja, do libelo;
c. Motivos:
i. Imparcialidade dos jurados;
ii. Segurança das partes;
iii. Demora no julgamento – mais de 1 ano.
d. Quem pode pedir:
i. Nas duas primeiras hipóteses – todos podem pedir;
ii. Na última hipótese – juiz não pode pedir.

Segunda fase “judicium causae” – JURI –


• O processo seguirá com a intimação da pronúncia
• A intimação deve ser pessoal nos crimes inafiançáveis
• O MP fará um LIBELO (um libelo para cada réu) acusatório no prazo de 5 dias.
• A defesa fará a contrariedade ao LIBELO no prazo de 5 dias.
• LIBELO X CONTRALIBELO – é que as partes irão arrolar as testemunhas em
número de 5.
• Hot hot – Serão sorteados 21 jurados, devendo comparecer 15 para que haja
júri – caso não tenha quórum, convoca suplentes e nova data para o júri
• Debates orais – Promotor e defesa – 2hs para cada, é possível réplica e
tréplica – 30 min
• Conselho de sentença será composto de 07 jurados.

JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL – Lei nº 9099 - PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

1. Procedimento:
a. Termo Circunstanciado (Fase policial na delegacia) – Art. 61 – impede o IP e
a Prisão em flagrante desde que firme o compromisso de comparecer à
audiência;

b. Audiência preliminar;
i. Tentativa de composição civil;

ii. Transação penal – Art. 76;


• TP é o acordo entre o MP e o suspeito para que não haja o
processo penal. Não pode ser dado de ofício pelo Juiz. O
acordo consiste na aplicação imediata de pena de multa ou
restritiva de direitos.
• Cumprida a TP, a conseqüência é a extinção da punibilidade.
• O agente não poderá ser beneficiado por outra transação penal
no prazo de 5 anos.

iii. Denúncia oral.


1. Audiência de Instrução, Debates e Julgamentos – caso
frustrada as alternativas anteriores;
a. Defesa Preliminar;
b. Recebimento da Denúncia;
48
c. Art. 89 – suspensão condicional do processo – não se
restringe às infrações de menor potencial ofensivo;
d. Testemunhas de Acusação;
e. Testemunhas de Defesa;
f. Interrogatório – último ato;
i. Debates Orais;
ii. Sentença.
1. Cabe Apelação para Turma Recursal –
Cabe RE para o STF – Não cabe Resp
para o STJ.

OBS.: HC contra Turma Recursal vai para o TJ.

P.S.: Art. 61 – Cabimento: Todos os crimes de menor potencial ofensivo e os


crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 anos – são do
JECrim.

Procedimento sumaríssimo

DEFESA RECEBIMENTO OUVE A TA


INTERROGATÓRIO DEBATE ORAIS SENTENÇA,
PRELIMINAR DENÚNCIA E A TD DO RÉU
ORAL

RITO SUMARÍSSIMO – Tudo acontece em uma só audiência


• Defesa preliminar – oral – Inicia este rito com a DP , onde tenta convencer o Juiz a não
receber a denúncia.

Em quais RITOS PROCESSUAIS a defesa se manifesta


antes do recebimento da denúncia: 03
o Rito sumaríssimo – Lei 9099/95
o Rito das Leis Drogas – prazo 10 dias – Lei
11.343/06
o Crimes funcionais afiançáveis – prazo 15
dias

Depois de recebida a denúncia


• Ouvem-se as testemunhas de acusação e defesa
• Interrogatório do réu
• Debates orais – 20min + 10 min
• Sentença

Não dado em aula????

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

PROCEDIMENTO DOS CRIMES CONTRA A HONRA – APPri - injúria, calúnia e


difamação
o INJÚRIA - menos grave – Consiste em atribuir à alguém uma QUALIDADE
NEGATIVA ainda que verdadeira.
o CALÚNIA – Consiste em imputar FALSAMENTE um fato definido como crime.

49
o DIFAMAÇÃO – Consiste em atribuir à alguém um FATO NEGATIVO ainda que
verdadeiro

• Audiência de tentativa de
conciliação
QUEIXA
• Se o querelado faltar o juiz
RECEBIMENTO DA
receberá a queixa
QUEIXA
• Se o querelante (autor da
ação) faltar ocorrerá a
extinção da punibilidade pela
PEREMPÇÃO

PROCEDIMENTO NA NOVA LEI DE FALÊNCIA


o Segue o procedimento sumário.
o Todos os crimes APPuInc.
o Competência para julgar é do Juiz Criminal.
o Não existe mais o chamado INQUÉRITO JUDICIAL
o Na lei atual não precisa motivar o recebimento da denúncia.

(CESPE 2007) Assinale a opção correta acerca do direito penal e processual


penal
A) O advogado que, por força de convênio celebrado com o poder público, atua de forma
remunerada em defesa dos agraciados com o benefício da justiça pública não se
enquadra no conceito de funcionário público para fins penais.
B) Vige, na fase da pronúncia, o princípio in dúbio pro reo.
C) Para a caracterização da legítima defesa real, exige-se a demonstração objetiva da
existência de suposição de fato que, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,
legitime a ação do agente.
D) A decisão de pronúncia é mero juízo de admissibilidade da acusação, bastando para
tanto que o juiz se convença da existência do crime e dos indícios de autoria.

(CESPE 2007) Assinale a opção incorreta acerca do julgamento pelo tribunal do


júri
A) Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração
da verdade substancial ou na decisão da causa.
B) As nulidades posteriores à pronúncia devem ser argüidas, sob pena de preclusão, logo
depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes.
C) A produção ou leitura de documento novo será comunicada à parte contrária com
antecedência, de pelo menos, três dias.
D) Pode o Tribunal, quando entender necessário para o julgamento do recurso, realizar
novas diligências, visando à complementação das provas já carreadas aos autos, o que
implica dizer que se trata de um direito do réu.

(CESPE 2006) Assinale a opção incorreta acerca da citação no processo penal.


A) Inexiste nulidade na citação feita por edital quando o réu, procurado reiteradas vezes
nos endereços fornecidos, não é encontrado.
B) A circunstância de a citação ter ocorrido no próprio dia do interrogatório judicial
constitui, por si só, ato capaz de infirmar a validade formal do processo penal de
conhecimento.
C) Residindo o réu em comarca diversa daquela em que o juiz processante exerce sua
jurisdição, a citação do acusado deve ser realizada por carta precatória.
D) A menção do juízo perante o qual o citando deve comparecer, com o respectivo
endereço, o dia e a hora marcados para o interrogatório são dados considerados
imprescindíveis para a validade da citação.

50
(CESPE 2007) Assinale a opção incorreta acerca do desaforamento no processo
penal, de acordo com entendimento do STF
A) A mera suposição de parcialidade do júri, sem nada que a demonstre, fundada tão-
somente na circunstância de a irmã da vítima ser funcionária do juízo, é suficiente para a
decretação do desaforamento.
B) No processo penal, a competência é determinada pelo lugar em que se consumou a
infração, mas, nas hipóteses de julgamento pelo júri, é permitido
que seja ele realizado em outra comarca, se presente alguma das circunstâncias
previstas no Código de Processo Penal.
C) O desaforamento reveste-se do caráter de medida absolutamente excepcional.
D) A maior divulgação do fato e dos seus incidentes e conseqüências, pelos meios de
comunicação social, não basta, por si só, para justificar o desaforamento.

Cont. 11º aula 21.04


RECURSOS – HOT HOT!

1. Teoria Geral dos Recursos:


a. Princípios:
i. Duplo Grau de Jurisdição:
1. não tem previsão expressa na CF. Tem previsão implícita.
2. Dec. 678/92 – Art. 8, §2º, “h” – Pacto de São José da Costa
Rica;
b. Efeitos:
i. Devolutivo;
ii. Suspensivo;
iii. Regressivo – Juízo de Retratação.
iv. Extensivo – Art. 580, CPP.

Recurso de ofício (reexame necessário) – Algumas decisões do juiz devem


ser revistas obrigatoriamente pelo tribunal. Quais? São 04.
• Decisão que CONCEDE ou NEGA HC
• Absolvição sumária
• Decisão que CONCEDE a reabilitação
• Decisão que arquivar o IP ou ABSOLVER nos crimes contra
economia popular
Pressupostos recursais – Antes de o tribunal analisar se as partes tem ou não
razão.
• Adequação
• Cabimento
• Tempestividade
• Regularidade
• Inexistência dos fatos impeditivos ou extintivos
• Legitimidade
• Interesse

2. Recurso em Espécie:
• APELAÇÃO
• RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
• AGRAVO EM EXECUÇÃO
• EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
• EMBARGOS INFRINGENTES
• CARTA TESTEMUNHÁVEL
• PROTESTO POR NOVO JÚRI
• RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
• HABEAS CORPUS
• REVISÃO CRIMINAL

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - RESE


51
• Recurso feito em duas peças

+
5 2
Interposição Razões
Dirigida ao juiz “a quo” Dirigida ao
Tribunal
Este fará o Juízo de RETRATAÇÃO
O JUIZ PODE VOLTAR ATRÁS
RESE:
i. Prazo:
1. Interposição – 5 dias;
2. Razões – 2 dias.

ii. Efeitos:
1. Devolutivo
2. Suspensivo – Art. 584, CPP;
3. Regressivo

iii. Cabimento – Art. 581, CPP (I, II, III, V, VIII, IX, X): hot! Hot!
o ROL TAXATIVO – NÃO APLICA XI, XII, XVII, XIX para frente não precisa ler.

iv. Peculiaridades – Art. 197 LEP.

v. Principais decisões que REJEITAM A DENÚNCIA – CABE RESE


• 04 DECISÕES DO TRIBUNAL DO JURI
• DECISÃO QUE CONCEDE OU NEGA HC
• DECISÃO QUE ANULA O PROCESSO
• DECISÃO QUE JULGA EXTINTA A PUNIBILIDADE

APELAÇÃO
• Recurso feito em duas peças

+
5 8
Interposição Razões
Dirigida ao juiz “a quo” Dirigida ao
Tribunal
Este fará o Juízo de Admissibilidade
E se ele DENEGAR A APELAÇÃO – Cabe RSE

i. Prazo:
1. Interposição – 5 dias;
2. Razões – 8 dias.

Exceção: JECRIM – o prazo da apelação será de 10 DIAS e a interposição tem


que ser feita junto com as razões

ii. Efeitos:
1. Devolutivo;
2. Suspensivo.

iii. Cabimento – Art. 593, CPP;


1. Inciso II – quando o juiz indefere pedido de restituição cabe apelação;
quando delegado indefere cabe MS.
2. Inciso III – nas letras – a Apelação é vinculada, ou seja, só pode apelar
sobre o que está nas alíneas;

iv. Peculiaridades – Art. 594/595, CPP:

52
1. Segundo a lei, para alguém recorrer em liberdade tem que ser primário e
de bons antecedentes e ser reconhecido na sentença;
2. CESPE – Jurisprudência – STF/STJ – se respondeu ao processo solto,
recorre solto. Se responder ao processo preso, recorre preso.
v. ATENÇÃO!!!
1. Deserção – se o réu condenado fugir depois de haver apelado, será
declarada deserta a apelação – O Plenário do STF por votação unânime
(HC 9279) diz que o Art. 595 do CPP não foi recepcionado pela CF. Ou
seja, o réu condenado e foge depois de apelado, a sua apelação não será
considerada deserta.

PROTESTO POR NOVO JÚRI – hot!hot!hot!


• É um recurso exclusivo/PRIVATIVO da defesa
• Quem julga é o próprio juiz presidente do TRIBUNAL DO JURI

i. Prazo: 5 dias;
ii. Efeitos – Submeter a novo júri;
iii. Cabimento – Art. 607, CPP – ATENÇÃO!!! – Também vale para o crime conexo;
Quando a condenação por UM CRIME (não importa se for doloso contra a vida ou
conexo) for igual ou superior a 20anos (não soma as penas – caso da Suzane –
Condenada crime1 – 19a e ½, crime 2 idem
iv. Peculiaridades:
1. Concurso Material – Não pode;
2. Crime Continuado – Pode;
3. Concurso Formal:
a. Próprio – pode;
b. Impróprio – não pode.

EMBARGOS INFRINGENTES/ NULIDADE


• É um recurso EXCLUSIVO DA DEFESA
 São 02 os recursos exclusivos da defesa: EI e Protesto por novo juri
• Pedido: Só pode ser pedido aquilo que foi concedido como voto vencido

I. Prazo: 10 dias;
II. Efeitos: Suspensivo e Devolutivo restrito;
III. Cabimento: Art. 609, § único, CPC.
a. Cabimento Contra acórdão NÃO UNANIME de APELAÇÃO e RESE

OBS.: Voto vencido favorável à defesa cabe Embargos Infrigentes, podendo


alegar apenas a matéria o que embasou o voto vencido – devolutivo restrito.

RECUSOR EXTRAORDINÁRIO / RECURSO ESPECIAL


i. Só pode matéria de direito;
ii. RE – matéria Constitucional;
iii. Resp – matéria Federal;
iv. RE – precisa da Repercussão Geral;
v. Efeitos:
Pela lei – ambos só têm efeitos devolutivo, ou seja, quando julga a
apelação e é condenado a pena privativa de liberdade, expede-se
mandado de prisão.

vi. ATENÇÃO!!! – Precedente “Pimenta Neves” no STJ – pode ter efeito suspensivo
para a prisão – fundamento: Presunção de Inocência.

NÃO DADO EM AULA...

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AGRAVO EM EXECUÇÃO – ARTIGO 197, LEP
• Cabimento: Cabe o AE contra todas as decisões proferidas na fase da execução da
pena.
• Procedimento: IGUAL o SER
• Prazo : 5 dias para interposição
o 2 dias para as razões

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
• Será julgado pelo mesmo juiz ou tribunal que proferiu a decisão.
• Prazo: Serão opostos em 02 dias
JECRIM – 5 dias

• Cabimento : 04 hipoteses – “CONTO AMBOBS


 CONT - contradição
 O- omissão
 AMB - ambigüidade
 OBS - obscuridade
• Efeitos: INTERROMPE – Quando oponho os embargos de declaração, são
interrompidos (volta para o zero) os prazos dos demais recursos.

CARTA TESTEMUNHÁVEL
• Serve para fazer subir o RECURSO DENEGADO
• PRAZO – 48 HORAS
• Interposição: É feita para o ESCRIVÃO CHEFE DO CARTÓRIO
• Juízo de retratação – admite
• Cabimento: cabe contra decisão que nega seguimento ao RSE e ao AGRAVO EM
EXECUÇÃO

RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL


• Prazo: 5 dias
• Cabimento: Cabe contra decisão que nega HC nos TRIBUNAIS (TJ ou TRF)
o Se o juiz NEGA HC – RSE
o Se o tribunal NEGA HC – ROC
o TJ OU TRF nega HC = ROC para o STJ
o STJ negou HC = ROC para o STF

HABEAS CORPUS (NJ de ação)


• Previsto no artigo 5 da CF.
• Visa tutelar o direito de liberdade (ir, vir, ficar)
• Espécies de HC
o Preventivo – Existe apenas uma ameaça de constrangimento
o Repressivo ou liberatório – Neste HC já existe o constrangimento (já está
preso, ou processado, ou é objeto de IP).
• Cabimento- Artigo 648, CPP – hipóteses de impetração
• Competência para julgar – Depende de quem é a autoridade coatora.

AUTORIDADE JULGA
COATORA
JUIZ TJ ou TRF
TRIBUNAL STJ
STJ STF

JUIZ DO JECRIM TURMA RECURSAL


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TURMA RECURSAL TJ ou TRF

REVISÃO CRIMINAL (NJ de ação)


• É a Ação rescisória no processo penal
• Não te prazo, pode ser ajuizada até após a morte do réu
• Só é possível em FAVOR DO RÉU
• Quem pode ajuizar a RC – o próprio réu, pois NÃO PRECISA DE CAPACIDADE
POSTULATÓRIA – art. 621, CPP

(CESPE 2006) O recurso cabível da decisão que revoga o livramento condicional


é o(a)
A) carta testemunhável.
B) recurso em sentido estrito.
C) apelação.
D) agravo. (pq é fase da execução da pena)

(CESPE 2006) Conforme entendimento do STJ, não é possível o


trancamento de inquérito policial por meio de habeas corpus na hipótese de
A) falta de indícios de autoria.
B) atipicidade da conduta.
C) incidência de causa de extinção de culpabilidade.
D) incidência de causa de extinção da punibilidade.

CESPE 2007. Assinale a opção correta acerca do habeas corpus.


A) Cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.
B) É incabível pedido de habeas corpus em favor de beneficiado com a suspensão
condicional do processo, já que inexiste ameaça à sua liberdade de locomoção.
C) Em princípio, ressalvada manifesta ilegalidade, descabe o uso de habeas corpus para
cassar indeferimento de liminar.
D) É incabível habeas corpus para declarar-se a atipicidade da conduta, mesmo quando
esta é verificável de plano, primus ictus oculi, sem a necessidade de exame valorativo do
conjunto fático ou probatório.

(CESPE 2007) Assinale a opção correta acerca do processo penal.


A) É cabível recurso em sentido estrito contra decisão que indefere o pedido de
conversão do julgamento em diligência para oitiva de testemunhas.
B) Por ser a proteção ao meio ambiente matéria de competência comum da União, dos
estados, do DF e dos municípios, e inexistir, quanto aos crimes ambientais, dispositivo
constitucional ou legal expresso sobre qual a justiça competente para o seu julgamento,
tem-se que, em regra, o processo e o julgamento dos crimes ambientais é de
competência da justiça comum estadual.
C) Eventual nulidade do laudo pericial — ou mesmo a sua ausência — descaracteriza o
crime de porte de arma, mesmo diante de um conjunto probatório que permita ao
julgador formar convicção no sentido da existência do crime.
D) Compete à justiça estadual processar e julgar crimes de desvio de verbas oriundas de
órgãos federais, sujeitas ao controle do TCU e não incorporadas ao patrimônio do
município.

CESPE 2007. Assinale a opção correta acerca do processo penal.


A) A interposição de recurso sem efeito suspensivo contra decisão condenatória obsta a
expedição de mandado de prisão.
B) Ao tribunal ad quem é vedado, em sede recursal, ordenar a prisão do condenado
quando improvido o recurso por este interposto, conforme previsão expressa no Código
de Processo Penal.
C) A falta ou a nulidade da citação são insanáveis.
D) A fundamentação das decisões do Poder Judiciário, tal como resulta da Constituição
Federal, é condição absoluta de sua validade e, portanto, pressuposto da sua eficácia,
substanciando-se na definição suficiente dos fatos e do direito que a sustentam, de modo
a certificar a realização da hipótese de incidência da norma e os efeitos dela resultantes.

55
(CESPE 2007). Assinale a opção correta acerca do processo penal.
A) No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos
réus aproveitará aos outros, mesmo se fundado em motivos de caráter exclusivamente
pessoal.
B) Dispondo a sentença condenatória — transitada em julgado para a acusação — que o
réu pode recorrer em liberdade, condicionando a execução da pena ao trânsito em
julgado, não pode o tribunal a quo, em apelação exclusiva da defesa, piorar a situação do
condenado, para determinar a imediata execução da reprimenda, pois isso caracteriza
reformatio in pejus.
C) O ato que determina a expedição de mandado de prisão — proveniente de tribunal (do
relator de apelação, por exemplo) — dispensa fundamentação.
D) Há que se falar em piora na situação do condenado por acórdão que, ao reduzir o
quantum da condenação, determina seu imediato cumprimento, em oposição à sentença
que determinara que tal só ocorresse após o trânsito em julgado.

(CESPE 2006) Assinale a opção correta relativamente ao procedimento dos


crimes de competência do tribunal do júri.
A) O protesto por novo júri deve ser concedido quando ocorrer condenação
igual ou superior a 20 anos, decorrente de um único crime, independentemente do fato
de ele ser doloso contra a vida ou a ele conexo.
B) Os crimes dolosos contra a vida são de ação penal privada.
C) As partes podem juntar documentos a qualquer momento.
D) Quando o juiz se convencer, em discordância com a denúncia ou queixa, da existência
de crime diverso do doloso contra a vida e não for competente para julgá-lo, julgará
improcedente a denúncia ou a queixa.

CESPE 2007 Assinale a opção correta acerca do processo penal.


A) O protesto por novo júri deve ser concedido quando ocorrer condenação igual ou
superior a vinte anos, decorrente de um único crime,
independentemente de ele ser doloso contra a vida ou a ele conexo.
B) É uníssona a jurisprudência dos tribunais superiores sobre a admissibilidade do
protesto por novo júri quando a condenação decorre de cúmulo material.
C) Em havendo conexão, a absolvição da sanção do crime da competência do tribunal do
júri impede o protesto por novo júri que estaria autorizado pela pena imposta em razão
do crime conexo.
D) É obrigatória a invocação do direito ao protesto por novo júri. QUESTÃO

(CESPE 2006) O recurso cabível da decisão que revoga o livramento


condicional é o(a)
A) carta testemunhável.
B) recurso em sentido estrito.
C) apelação.
D) agravo.

(CESPE 2006) O recurso cabível da decisão que revoga o livramento


condicional é o(a)
A) carta testemunhável.
B) recurso em sentido estrito.
C) apelação.
D) agravo.

(CESPE 2006) Conforme entendimento do STJ, não é possível o trancamento de


inquérito policial por meio de habeas corpus na hipótese de
A) falta de indícios de autoria.
B) atipicidade da conduta.
C) incidência de causa de extinção de culpabilidade.
D) incidência de causa de extinção da punibilidade.

(CESPE 2007) Assinale a opção correta acerca do habeas corpus.


A) Cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.

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B) É incabível pedido de habeas corpus em favor de beneficiado com a suspensão
condicional do processo, já que inexiste ameaça à sua liberdade de locomoção.
C) Em princípio, ressalvada manifesta ilegalidade, descabe o uso de habeas corpus para
cassar indeferimento de liminar.
D) É incabível habeas corpus para declarar-se a atipicidade da conduta, mesmo quando
esta é verificável de plano, primus ictus oculi, sem a necessidade de exame valorativo do
conjunto fático ou probatório.

(CESPE 2007) Assinale a opção correta acerca do processo penal.


A) É cabível recurso em sentido estrito contra decisão que indefere o pedido de
conversão do julgamento em diligência para oitiva de testemunhas.
B) Por ser a proteção ao meio ambiente matéria de competência comum da União, dos
estados, do DF e dos municípios, e inexistir, quanto aos crimes ambientais, dispositivo
constitucional ou legal expresso sobre qual a justiça competente para o seu julgamento,
tem-se que, em regra, o processo e o julgamento dos crimes ambientais é de
competência da justiça comum estadual.
C) Eventual nulidade do laudo pericial — ou mesmo a sua ausência — descaracteriza o
crime de porte de arma, mesmo diante de um conjunto probatório que permita ao
julgador formar convicção no sentido da existência do crime.
D) Compete à justiça estadual processar e julgar crimes de desvio de verbas oriundas de
órgãos federais, sujeitas ao controle do TCU e não incorporadas ao patrimônio do
município.

(CESPE 2007) Assinale a opção correta acerca do processo penal.


A) A interposição de recurso sem efeito suspensivo contra decisão condenatória obsta a
expedição de mandado de prisão.
B) Ao tribunal ad quem é vedado, em sede recursal, ordenar a prisão do condenado
quando improvido o recurso por este interposto, conforme previsão expressa no Código
de Processo Penal.
C) A falta ou a nulidade da citação são insanáveis.
D) A fundamentação das decisões do Poder Judiciário, tal como resulta da Constituição
Federal, é condição absoluta de sua validade e, portanto, pressuposto da sua eficácia,
substanciando-se na definição suficiente dos fatos e do direito que a sustentam, de modo
a certificar a realização da hipótese de incidência da norma e os efeitos dela resultantes.

(CESPE 2007) Assinale a opção correta acerca do processo penal.


A) No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus
aproveitará aos outros, mesmo se fundado em motivos de caráter exclusivamente
pessoal.
B) Dispondo a sentença condenatória — transitada em julgado para a acusação — que o
réu pode recorrer em liberdade, condicionando a execução da pena ao trânsito em
julgado, não pode o tribunal a quo, em apelação exclusiva da defesa, piorar a situação do
condenado, para determinar a imediata execução da reprimenda, pois isso caracteriza
reformatio in pejus.
C) O ato que determina a expedição de mandado de prisão — proveniente de tribunal (do
relator de apelação, por exemplo) — dispensa fundamentação.
D) Há que se falar em piora na situação do condenado por acórdão que, ao reduzir o
quantum da condenação, determina seu imediato cumprimento, em oposição à sentença
que determinara que tal só ocorresse após o trânsito em julgado.

______
XI – PRINCÍPIOS PROCESSUAIS
(CESPE 2006) Assinale a opção incorreta no que se refere aos princípios e
garantias constitucionais do processo penal.
A) O preso em flagrante delito, ainda que identificado civilmente, deve ser submetido a
identificação criminal, inclusive pelo processo datiloscópico e fotográfico.
B) Em consonância com o princípio da igualdade das partes e do contraditório, sempre
que for carreado aos autos documento novo, relevante para a decisão, deve ser
concedida à parte contrária, em face da qual foi produzida a prova, oportunidade de
manifestação a respeito.

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C) Todo acusado tem direito à finalização do processo criminal dentro dos prazos
previstos na lei processual ou em tempo razoável, não se tolerando demora injustificável
e abusiva por inércia de órgãos do estado-administração.
D) O devido processo legal foi insculpido na Constituição da República como cláusula
pétrea, para vedar que qualquer cidadão seja privado da sua liberdade ou de seus bens
sem que se realize um julgamento justo, ou seja, informado pelo devido processo legal.

(CESPE 2007) Com relação ao processo penal, assinale a opção incorreta.


A) O acusado, embora preso, tem o direito de comparecer, de assistir e de presenciar,
sob pena de nulidade absoluta, os atos processuais, notadamente aqueles que se
produzem na fase de instrução do processo penal, que se realiza, sempre, sob a égide do
contraditório.
B) O direito de audiência, de um lado, e o direito de presença do réu, de outro, traduzem
prerrogativas jurídicas essenciais que derivam da garantia constitucional do due processo
of law.
C) são irrelevantes as alegações do poder público concernentes à dificuldade ou
inconveniência de proceder à remoção de acusados presos a outros pontos do estado ou
do país, pois razões de mera conveniência administrativa não têm precedência sobre as
inafastáveis exigências de cumprimento e respeito ao que determina a Constituição.
D) O estatuto constitucional do direito de defesa é um complexo de princípios e de
normas que amparam os acusados em sede de persecução criminal, exceto os réus
processados por suposta prática de crimes hediondos ou de delitos a estes equiparados.
_________
54. Assinale a opção correta segundo jurisprudência do STF e do STJ.
A) Há ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa na sistemática adotada
pela legislação processual penal que impõe a realização do interrogatório do acusado em
momento anterior à oitiva das testemunhas de acusação.
B) Salvo quando nula a decisão de primeiro grau, o acórdão que provê o recurso contra a
rejeição da denúncia vale, desde logo, pelo recebimento dela.
C) Existe foro por prerrogativa de função nas ações de improbidade administrativa.
D) Na aplicação da pena privativa de liberdade, o aumento decorrente de concurso formal
ou crime continuado incide sobre a pena-base.

(CESPE 2007) A perda dos dias remidos em virtude do cometimento de falta


grave durante o cumprimento da pena
A) viola o princípio da individualização da pena
B) viola o princípio da dignidade da pessoa humana
C) ofende ao princípio da isonomia
D) não significa ofensa ao direito adquirido.

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