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O PAPEL DO “NOVO” PROFESSOR NO USO DAS TECNOLOGIAS

EDUCACIONAIS.

Jodelse Dias Duarte1


Enilda J. F. dos Santos2

Há de se considerar neste artigo, as variáveis possíveis, sobre a ótica do principal


responsável pela introdução e disseminação das novas tecnologias educacionais: o professor. Indivíduo
este, já arraigado ao sistema tradicional de ensino, com acentuada preferência cognitivista

(piagetiana) em detrimento de uma visão que se consideraria tecnicista do processo educacional. 


O Governo Federal, através do Ministério da Educação, procura a partir da implementação
da LDB (Lei das Diretrizes e Bases Educacionais), transformar o sistema educacional brasileiro,
modificando a estrutura da dita escola tradicional, altamente excludente, elitista e dominadora, por um
modelo mais eficaz, socializando a construção do saber, nesse novo mundo repleto de novas
tecnologias de comunicação e informação, procurando redefinir o papel da escola e da educação nesse
mundo em plena transformação.
Precisa-se mudar socialmente essa situação no nosso país. A formação de um novo ser
humano, que vive plenamente esse mundo da comunicação, exige uma nova escola e um novo
professor, ambos capazes de trabalhar com esse mundo de informação e tecnologia, haja vista que
“ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou a sua
construção” (Freire, 2001, p. 25), e é claro que isso é que norteia nossa condição de educador.
Não há de se querer substituir por completo a utilização de antigos recursos didáticos
utilizados nas escolas, porque “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”
(idem p. 25), mas sim potencializá-los, e inserir neste novo contexto de educação, as novas tecnologias
e recursos dessa nova revolução industrial: a revolução da microeletrônica /informática.
Entende-se nesse sentido, que professor é o elemento que atua tradicionalmente como
transmissor de conhecimentos e controlador dos resultados obtidos. A adoção de novas tecnologias
educacionais gera então um fator novo, na nova interação direta entre alunos e professor, uma certa
plasticidade, um novo intervir na relação entre ambos.
1
Pedagogo, Pós- Graduando em Metodologia e Didática do Ensino Superior, UNEB - CAMPUS XV
2
Pedagoga, Pós- Graduanda em Metodologia e Didática do Ensino Superior, UNEB - CAMPUS XV
Há nesse momento uma evolução no processo de construção do conhecimento onde a
utilização da informática no processo de ensino-aprendizagem possa agir diretamente no feedback do
sistema: a interatividade entre professor – programa de computador – aluno, substituindo as
tradicionais fichas de trabalho e sua correção (utilização de programas nos quais ao final do exercício
é feita a autocorreção sob supervisão do professor).
Não obstante, esse seqüencial de aprendizagem não deixa de abrir uma nova perspectiva no
processo: a necessidade de um curto intercâmbio afetivo-lógico. Alguns objetivos educacionais só
conseguem ser alcançados com a socialização. A individualidade criada pela ligação computador/aluno
pode provocar o isolamento do sujeito e não é essa a intenção.
O uso dos meios tecnológicos deve oferecer ao aluno um tipo de informação mais completa
e atualizada mas não deve descartar o professor como facilitador dentro desse novo procedimento
pedagógico. É claro que o professor não deve ignorar os fenômenos reais – meio mais seguro e eficaz
de se proceder à aquisição do conhecimento.
A maioria dos recursos utilizados juntamente com a informática, os denominados suportes
multimídias (DVD, CD-ROM, etc.) não deixam de ser simples transcrições caras de livros baratos;
algumas vezes, sua complexidade torna difícil o processo ensino-aprendizagem. O ser humano é um
sujeito que em toda sua vida passa por um processo de busca contínua do conhecimento. O uso
extensivo de alta tecnologia pode não significar qualidade em termos de aquisição do conhecimento,
podendo gerar conflito.
É aqui que se relaciona o professor no processo de introdução de novas tecnologias
educacionais: ele se sente como a mente que se extingue por excesso de conhecimento e tem medo de
ser desligado do processo, onde passa a acreditar que de nada adianta ser o elo entre o conhecimento e
o aprendiz: a máquina (a nova tecnologia) o suplantará. A desmistificação deste processo só irá ocorrer
quando ele perceber que a proposta pedagógica do uso correto das novas tecnologias como
ferramentas de ensino aumente a sua importância como educador na sala de aula.
O professor deve ser o condutor do processo de interação computador/ aluno, o elo entre o
conhecimento (não apenas a informação) e o educando, e isso o faz um ser forte, grandioso,
insubstituível no desempenho de seu papel de agente transformador do quadro educacional do Brasil.
Isso faz parte do sistema de formação do conhecimento, já que a pessoa bem formada é capaz de
assimilar mudanças científicas e tecnológicas com velocidade. Valorizar o embasamento tem tudo a
ver com a formação da pessoa, que, obviamente, depois disso, absorve tecnologia com maior
facilidade.

Não se deve, porém, esquecer da formação social, cultural e política que o professor traz
consigo, e principalmente de sua formação pedagógica. E que, a compreensão da historicidade do
educador está intrinsecamente ligada as suas intervenções em sala de aula. Tais considerações, que se
devem observar na formação do professor, não podem ser desvinculadas da necessidade de um bom
domínio dos conteúdos a serem trabalhados e as técnicas utilizadas para o seu devido
desenvolvimento. Não excluindo obviamente a utilização das ferramentas educacionais para o
enriquecimento de tais conteúdos.
Todas essas maneiras de pensar a formação profissional do professor não está alijada do
conhecer e tratar as novas tecnologias como “arma” na formação do educando. O professor deve ter o
papel de articulador no processo de ensino-aprendizagem. E o uso de instrumentos tecnológicos deve
ter a função de facilitar e engrandecer a absorção do conhecimento pelo educando.
Computador, vídeo, televisão, Internet. Ferramentas que, bem utilizadas, nas mãos de
profissionais capacitados para a utilização de tais recursos, só têm a acrescentar no processo ensino-
aprendizagem e no crescimento tanto pessoal como profissional dos indivíduos envolvidos no
processo de educação: o aluno.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, 20.ed. São Paulo:
Paz e Terra, 2001.

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