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DÁ-TE, PARTILHA A VIDA

DIVIDIR, NÃO MULTIPLICAR


Episódio da multiplicação dos pães:
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Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus.
Esta é a indicação cronológica que nos serve de contexto: a Páscoa, o grande acontecimento
da libertação de Israel da escravidão do Egipto. Libertação também para nós , hoje.
Existe uma relação muito estreita entre este episódio e os acontecimentos do Êxodo. Com
Jesus somos chamados a viver um novo Êxodo.
• Jesus, como Moisés atravessa o mar (V.1). Note-se que não se diz que Jesus
atravessou o mar com um barco, como que a sugerir a passagem do mar vermelho a
pé enxuto.
• Como Moisés, Jesus é seguido por muita gente (uma multidão) e conquista a
confiança das multidões fazendo grande sinais (V.2). Depois Jesus apresentar-se-á
como o grande sinal.
• Moisés deu o maná ao seu povo. Jesus sacia quem o segue.

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Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos.
Como Moisés, também Jesus sobe ao monte. Era no monte que Moisés ouvia a voz de Deus,
falava com Ele, era também do alto do monte que Moisés ensinava e instruía o povo. Jesus
sobe ao monte para ensinar e “sentou-se ali com os seus discípulos”. Sentar-se com…
exprime proximidade, intimidade, dizer algo importante… a uma pessoa importante: nós, eu.
No monte os discípulos recebem a Palavra que depois se tornará pão da vida.

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Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele
Os outro Evangelistas dizem que Jesus levantou os olhos ao céu, ao Pai. João não o refere,
pois Jesus está sempre com os olhos no Pai, para cumprir a sua vontade. Aqui, Jesus ergue
os olhos para a multidão, para os seus irmãos, os que estão à sua volta porque (ao encarnar)
se pôs ao se lado: fez-se o mais pequeno e o servo de todos.
Jesus disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente comer?»
Filipe faz umas contas rapidamente e se apercebe logo que é necesssário muito dinheiro.
Mas onde ir buscá-lo?
No Evangelho de S. Lucas os doze fazem um proposra diferente , muito realista e sensata:
“despede a multidão, para que, indo pelas aldeias e campos em redor, encontre alimento e
onde pernoitar” (Lc.9,12), Por outras palavras, : este é um problema deles, que nada tem a
ver com a fé; aqui vem-se para rezar, para meditar, ouvir pregações, tudo o que diz
respeito ao alimento, o que diz respeito ao pão, cda um que se arranje como quise e puder.
Quantos cristãos, hoje, têm esta opinião (no que diz respeito aos emigrantes, aos
desalojados, aos drogados, aos sem abrigo…)
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Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: 9«Há aqui um rapazito
que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?»
André, bem intencionado, menciona o facto do rapaz que tem consigo cinco pães e dois
peixes. Mas, dando-se conta da “parvoíce” que dissera, emenda: mas o que é isso para tanta
gente?
O alimento disponível é muito pouco para tanta gente!
• RAPAZITO . Um pequenito, insignificante está na origem do dom para muitos.
Rapaz em grego significa também servo.Este pequenito pôs ao seviço de todos o

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pouco que tinha. É imagem de jesus, o Filho que veio para sevir e dar a vida pelos
irmãos, chamando os seus discípulos a fazerem o mesmo. Como não lembrar Made
Teresa??
• 5 pães: o paõ de cevada é o alimento dos mais pobres. 2 peixes: é o 2º prato,a
refeição necesária para um dia. O que ele tem é o necessário para viver num dia.
Mas, uma vez que o oferece, que o partilha, torna-se abundância para muitos, para
todos. 5+2=7: o dom de um só traz a abundância paar todos (número 7, número
perfeito).

Jesus desmascara a lógica humana para combater o problema da fome no mundo. São
estratégias que nós usamos, segundo as quais pensamos e muitas vezes agimos. A conclusão
é: parao problema da fome nno undo não há solução: as bocas para alimentar são muitas e os
recursos são insignificantes, e surge a dúvida se Deus, no seu projecto da criação não
falhou em algum aspecto. O máximo que se poderá concretizar é uma ajuda humanitária,
que até fica bem a qualquer um , uma assistência social bem organizada, mas erradicar a
pobreza, não. Isso é uma tarefa muito difícil!

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Jesus disse: «Fazei sentar as pessoas.»
Mas a solução de Jesus é outra, bem diferente: “mandai sentar essa gente”. Não os
despacha, não os manda embora. O reino de Deus começa por este sentar-se com… Não
está separado da realidae concreta. A Palvra de Cristo está destinada a ser um fermento
social, que mude as estruturas a partir de dentro, para transformar o mundo e as pessoas.

Sentar-se é instalar-se, acomodar-se. O banquete ao qual Jessu convida é de plenitude, é


um banquete que sacia verdadeiramente todas as aspirações e desejos da humanidade.

Ora, havia muita erva no local


A mesa é veradeiramente original! A multidão é convidada a sentar-se na erva verde.
Erva verde: faz lembrar as palavras do Salmo: “ O Senhor é meu pastor…em verdes prados
me faz descansar” (sal.23, 1-2). Jesus: o pastor anunciado pelos profetas. Teve início o
banquete do reino de Deus.

A meta da Viagem de Moisés era a terra de Canaã, a de Jesus, a verdadeira terra


prometida, o Reino de Deus. Este reino poré não é o paraíso, a vida da eternidade, é antes
de mais, o tempo presente. O sinal realizado por Jesus indica que a sociedade nova é
possível, essa sociedad onde é dada a toda a gente a possibilidade de viver segundo o
projecto do Criador deve iniciar aqui e agora. Mas é possível criá-la? Podemos pensar que
os recursos deste mundo sejam suficientes para saciar a todos e que ainda sobre?

A mensagem deste texto é clara: a criança, pobre, é o discípulo chamado a pôr à disposição
dos irmãos tuido o que possui. Esta é a grande proposta, esta é a chave do milagre!
Basta que as pessoas ponham de lado os seus egoísmos, vençam a avidez de possuir, “raiz de
todos os msles” (1Tim6,10), acolham a lógica do Reino e ponham à disposição dos irmãos,
sem reservas, tudo aquilo que têm à sua disposição e o prodígio acontece: todos são
saciados e ainda sobra.

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Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que estavam
sentados, tal como os peixes, e eles comeram quanto quiseram.
Referência explicita à Eucaristia. Estes são os gestos e as palavras da instituição da
Eucaristia. Isto recorda-nos que o problema do pão material está estritamente ligado à

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celebração da eucaristia. Seria um contra-senso partir juntos o pão eucarístico e não
partilhar o pão material.

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