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br
Mais do que apenas informação
D
estacamos nesta entrado, há oito anos e meio, a enxurradas de títulos que
edição a reporta- num segmento já ocupado. chegam às suas mãos, mais
gem de capa, sobre No entanto, como não nos do que apenas informações.
embalagens para queijos, damos a soltar rojões para Em EMBALAGEMMARCA estas
e a cobertura exclusiva da festejar nossa própria exis- são sempre contextualizadas,
Labelexpo Europe, maior tência, dedicamo-nos a dar interpretadas, relativizadas,
feira mundial de rotulagem. continuidade a ela e a aper- ampliadas em outros canais,
Wilson Palhares A edição, como de hábito, feiçoá-la sempre. Nesse per- de modo a se transforma-
tem muitos outros pontos de curso, mantemos o passo que rem num instrumento de tra-
Dedicamo-nos interesse, mas julgamos con- permitiu à revista tornar-se balho efetivamente útil aos
a oferecer de veniente chamar a atenção a de maior crescimento e a profissionais do packaging.
forma cada vez para a próxima. Ela sinali- de maior credibilidade entre Depoimentos nos dizem que
zará a entrada da revista na as dirigidas à área. Ou seja, o leitor de EMBALAGEMMAR-
mais densa à
casa dos três dígitos. Chegar fazemos o que acreditamos CA tem, no conteúdo de cada
cadeia produtiva
ao número 100 já seria moti- ser a razão básica de nosso mês da revista e no conjunto
de embalagem vo para comemorações, num êxito e a síntese de nossa acumulado de informações
aquilo que sintetiza país em que grande parte dos missão: transformar infor- aportado desde a edição
nossa missão: empreendimentos sucum- mação em conhecimento. número 1, um ferramental
transformar be no primeiro ano de vida. É nosso compromisso levar a que o diferencia no merca-
informação em Mais ainda o seria ante o fato quem nos honra ao optar pela do e o fortalece na carreira.
conhecimento de EMBALAGEMMARCA ter leitura da revista, em meio Continuaremos assim.
nº 99 • novembro 2007
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br
24 Reportagem
de capa: Queijos
Indústria de queijos abre
Reportagem
redacao@embalagemmarca.com.br
Flávio Palhares
cada vez mais oportunidades flavio@embalagemmarca.com.br
no mercado de embalagens Guilherme Kamio
investindo em produtos já guma@embalagemmarca.com.br
prontos para o consumidor Leandro Haberli Silva
leandro@embalagemmarca.com.br
Marcella de Freitas Monteiro
marcella@embalagemmarca.com.br
12 Fechamentos
Metalúrgica
desenvolve
40 Plásticas
Xampu e condicionador da
Phisalia trocam embalagem
Departamento de Arte
arte@embalagemmarca.com.br
Carlos Gustavo Curado
tampa de standard por frasco exclusivo
José Hiroshi Taniguti
fácil abertura
que dispensa Administração
uso de peças Eunice Fruet
plásticas Marcos Palhares
14 Mercado
Embalagens ajudam grandes
Departamento Comercial
46 Marcas comercial@embalagemmarca.com.br
indústrias a vender mais
Ao completar 50 anos, Karin Trojan
sucos prontos para beber
Cremogema ganha de Wagner Ferreira
presente nova roupagem
Circulação e Assinaturas
62
cadeia de embalagem. São profissionais
em queijos Inovação
envolvidos com o desenvolvimento de
Aromatizante bucal combina
3 Editorial
A essência da edição do mês, nas palavras do editor
Prática e compacta
Novelprint
Lenço Softy’s ganha versão menor com selo abre-fecha
(11) 3768-4111
www.novelprint.com.br
A Softy’s, tradicional marca de lenços Mazda Embalagens Flexíveis, com tema
Mazda Embalagens Flexíveis descartáveis da Papéis Melhoramentos, oito lenços de papel, é menor que as
(11) 4441-6502
www.mazdaembalagens.com.br ganha uma versão compacta, com 57 opções disponíveis no mercado e tem um
milímetros de comprimento, 75 milíme- fecho resselável, fornecido pela Novel-
SP.OK Design tros de altura e 20 milímetros de profun- print. A SP.OK Design, responsável pelo
(11) 3815-9155
www.spokdesign.com.br didade. A embalagem de polietileno de layout, criou sete estampas diferentes,
baixa densidade (PEBD) produzida pela que remetem a instrumentos musicais.
Mistura fina
Brasilgrafica Cartão acondiciona massa para tortas
(11) 4133-7777
www.brasilgrafica.com.br
As embalagens das misturas para o preparo de tor-
Speranzini Design tas e mousses Massa Flora, da linha Carte D’Or, da
(11) 5685-8555 Unilever FoodSolutions, chegam ao mercado repagi-
www.speranzini.com.br
nadas pela Speranzini Design. O produto, destinado
a cozinhas profissionais, é acondicionado em cartu-
chos de papel cartão impressos pela Brasilgrafica.
fechamentos >>> alimentos
Sorte
lançada
Inspirada em trevo e sem
vedante, nova tampa de aço a
vácuo busca um lugar ao sol
O
copo de vidro não foi vítima solitá-
ria da migração maciça dos requei- SEM ANEL
Dispensando
jões para os copos plásticos. As peça de plastissol,
tampas de aço com práticos siste- nova tampa de aço a
vácuo levou sete anos
mas de abertura por vácuo, acessórios fiéis dos para ser desenvolvida
vidros de requeijão, comungaram do mesmo dirigida a tais produtos (veja o quadro). “É ine-
abalo. Para as metalúrgicas fabricantes desses gável: o atomatado hoje é a coqueluche para as
fechamentos, a saída foi concentrar atenções tampas de aço a vácuo”, comenta o engenheiro
em outros canais de escoamento, como o dos Antonio Pintor Aguilar, diretor industrial da
atomatados. A vedação de copos e latas de Metalúrgica Mococa.
molhos, polpas e extratos de tomate mantém-se Como novidade, o mecanismo de abertu-
como negócio altamente atraente para as tam- ra do fechamento a vácuo da Mococa difere
pas por vácuo. Tanto é que influencia, e muito, daquele mais conhecido do mercado, presen-
a entrada nesse ramo da Metalúrgica Mococa, te tanto na precursora tampa Abre-Fácil, da
fabricante de embalagens metálicas sediada na Rojek, lançada na década de 80, quanto na
cidade homônima, no interior paulista. tampa Prática, da Aro, mais recente. Sucede
Ainda sem nome comercial definitivo, mas que seu sistema de eliminação do vácuo, para a
com boas chances de ser oficialmente batiza- abertura da embalagem, não implica na libera-
da de Trevo, a tampa de aço da Mococa com ção de furos pela remoção de peças de plastis-
sistema a vácuo está sendo apresentada ao sol (composto de resina de PVC com aditivos)
mercado com decoração litográfica alusiva – na Abre-Fácil, a indefectível pecinha branca
aos derivados de tomate, e em paralelo com tem formato de disco; na Prática, de anel. “O
uma nova lata de aço expandida especialmente mecanismo da Trevo é baseado num semicorte
FOTOS: CARLOS CURADO / BLOCO DE COMUNICAÇÃO
Quase invisível, semicorte em formato Para romper o semicorte, basta pressionar Ao eliminar o vácuo, rompimento
de cruz fica no “vale” entre o relevo o centro da tampa com o dedo permite a fácil retirada da tampa
Desenho helicoidal
O semicorte da tampa Trevo, em formato de
cruz, é orientado para o interior da embalagem
e não possui rebarbas, além de ficar protegido
num “vale” formado por um desenho helicoidal
em relevo (o que inspirou o apelido do produ-
to). “O risco de o consumidor cortar a mão é
zero”, garante o diretor da metalúrgica.
Com patente já depositada, a Trevo levou
sete anos para ser desenvolvida, tendo derivado
de idéias de funcionários da Mococa. Embora
seus alvos primários sejam os atomatados, a
Trevo também já foi oferecida a produtores
de doces e de conservas. Mas uma agradável
surpresa, conta Aguilar, foi a sondagem de
um famoso laticínio, localizado próximo a
Mococa, para a possível adoção da tampa num
requeijão – um dos que não arredaram pé do
copo de vidro. (GK)
A
pesar de o consumo de sucos
prontos no Brasil ser incipiente Participação de embalagens no
em comparação aos números da
Europa e dos Estados Unidos,
mercado de sucos prontos – 2007*
grandes fabricantes estão cada vez mais pre-
sentes nesse mercado. Enquanto em países
FOTOS: DIVULGAÇÃO
gem é fundamental para conservar
a qualidade e o poder vitamínico
da fruta. “Os produtos ficam vários
dias expostos nas prateleiras e preci-
sam manter todas as propriedades da
fruta”, argumenta.
CARRO-CHEFE
Schincariol aposta na
marca Fruthos para
crescer no mercado
de sucos prontos
FOTOS: DIVULGAÇÃO
a empresa dá grande importância às embala- polpa de fruta e representa cerca de 70% das
gens, “pois elas são um ponto de contato fun- vendas no Brasil. O produto é acondicionado
damental com o consumidor”. Andréa destaca em embalagens cartonadas assépticas de 1
que a Coca-Cola tem investido em embala- litro e de 200 mililitros Tetra Brik Aseptic,
gens diferenciadas, como a minilata de 235 da Tetra Pak. O Fruthos terá seis sabores
mililitros (ver EmbalagemMarca 97)e a cai- normais e quatro em versão light. O design
xinha Tetra Prisma Aseptic de 750 mililitros gráfico das embalagens remete à idéia dos
com tampa de rosca (ver EMBALAGEMMARCA caixotes onde as frutas são transportadas. A
nº 94, maio de 2007). Caso a venda da Del marca e as embalagens foram criadas pela
Valle seja aprovada, as duas principais mar- agência de marketing Aktuell PSVA, em par-
cas de sucos passam às mãos da Coca-Cola. ceria com a Tátil Design.
Com o infantil Kapo, a empresa passaria a ESTRÉIA A Skinka, antiga marca de suco misto
deter mais de um terço do mercado de sucos Com tradição em água da Schincariol que enfrenta diretamente a
de coco, Amacoco aposta
prontos para beber, segundo dados da Nielsen. em mercado promissor linha Kapo, da Coca-Cola, com foco no
Até a decisão do Cade, entretanto, as público infantil, ganhou novos sabores, nova
gestões da Del Valle e da Coca-Cola, formulação e novas embalagens: garrafas
assim como as estratégias de marke- de PET de 450 mililitros, produzidas pela
ting, continuam separadas, de acordo própria Schincariol, e caixinhas Tetra Wedge
com as empresas. Aseptic, da Tetra Pak, estampadas com
personagens licenciados do canal Cartoon
Schincariol investe Network. Segundo o diretor de marketing da
Quem também investe em sucos Schincariol, Marcel Sacco, o investi-
prontos é a Schincariol. Para ganhar mento demonstra a intenção da compa-
espaço nesse mercado, a empresa nhia se consolidar como uma empresa
relançou a linha Skinka e investe de bebidas, e não só de cerveja.
em uma nova marca, a Fruthos. A Outra marca que estréia no mer-
intenção da companhia é estar entre cado de sucos prontos é a Kero, da
as três primeiras do mercado e brigar Amacoco, tradicional fabricante de
pela liderança nesse segmento até o água de coco. Os sucos prontos Kero
final de 2008. A marca Fruthos, novo chegam em embalagens cartonadas
carro-chefe da companhia no segmen- assépticas Tetra Brik Aseptic de 1 litro
to de prontos para beber, concorre na e 200 mililitros, nos sabores manga,
categoria néctar, que tem até 50% de maracujá, pêssego e uva. A versão
light, nas variantes manga e uva, é disponi- Estilizada, essa folha acompanha o código
bilizada apenas nas embalagens de 1 litro. de barras dos produtos. De acordo com
A agência responsável pelo layout das Andréa Martins, gerente de marketing de
embalagens foi a Núcleo 3. O lançamen- bebidas da Kraft Foods Brasil, as mudan-
to faz parte da estratégia da companhia ças nas embalagens foram introduzidas
de aumentar e diversificar seu leque de depois de pesquisas realizadas com consu-
produtos. “Nosso objetivo é continuar midores. A adoção das tampas vermelhas
crescendo no mercado de água de coco e visa “diferenciar os sucos Maguary das
também diversificar a linha de produtos”, outras marcas, que em geral têm as tampas
diz Nicola Armellini, gerente de marke- brancas, tanto na linha de prontos como na
ting da Amacoco. “A linha de sucos Kero de concentrados”, explica a executiva.
é nosso primeiro movimento nesse sentido, ESTILIZADO
Folha que acompanha
e novidades ainda virão.” novo logotipo de
Maguary é adicionada
ao código de barras
Tampas que fazem a diferença
A Maguary, da Kraft Foods, líder de mercado Aktuell PSVA Narita Design
em sucos concentrados e que desde 2003 ofe- (11) 5543-9889 (11) 3167-0911
www.aktuellpsva.com.br www.naritadesign.com.br
rece mercado a opção de prontos para beber,
renovou suas embalagens, com a moderniza- Alcoa CSI Núcleo 3
(11) 4134-2500 (11) 2244-1350
ção dos rótulos, novo logotipo e a introdução
www.alcoa.com.br www.nucleo3com.com.br
de tampas vermelhas em toda a sua linha
– de sucos prontos, em embalagens carto- Amcor PET Packaging Oz Design
(11) 4589-3062 (11) 5112-9200
nadas assépticas, produzidas pela Tetra Pak; www.amcor.com www.ozdesign.com.br
e concentrados, em garrafas de PET de 500
mililitros, da Amcor PET Packaging, com Amcor White Cap Sol PP Print
(11) 5585-0723 (11) 4199-1316
tampas fornecidas pela Alcoa CSI e rótulos www.amcorwcb.com.br www.solembalagens.com.br
de polipropileno biorientado (BOPP) impres-
sos pela Sol PP Print. O novo layout, criado CIV – Companhia Tátil Design
Industrial de Vidros (11) 2131-2200
pela Narita Design, traz frases que falam de (81) 3272-4484 www.tatil.com.br
saúde e bem-estar e selos que comunicam a www.civ.com.br
comemoração dos 55 anos da marca. A logo- Tetra Pak
Gráfica Halley (11) 5501-3200
marca da Maguary também foi reformulada e (86) 3216-9858 www.tetrapak.com.br
agora tem o formato de uma folha de árvore. www.halleysa.com.br
P
ara o paladar do brasileiro, feijão
com molho de tomate e proe-
CUMBUQUINHA – Com porção
minente sabor adocicado sugere
individual, Snap Pot pode ir ao
uma gororoba. Tal prato, contudo, forno de microondas. Novidade
é uma iguaria em outros países. Na Grã- chega ao varejo em multipacks
Bretanha, por exemplo, feijão doce é um must cartonadas com quatro unidades
AÇÃO
as refeições na Grã-Bretanha é preparada por
LG
: DIVU
singles – aliás, a fabricante estima que um em
FOTOS
cada cinco lares britânicos seja hoje habitado
por apenas uma pessoa. O segundo fator é
o clamor por conveniência. “Snap Pots são
perfeitos para quem tem um estilo de vida
RPC Bebo Plastik
pressionado pelo tempo e quer refeições leves +49 4761-8600
sem ter que lavar louças ou ocupar conside- www.rpc-beboplastik.de
rável espaço na geladeira, guardando sobras
das latinhas”, diz Nathan Ansell, diretor de
marketing da Heinz britânica.
Cada Snap Pot acondiciona 200 gramas
dos chamados baked beans e é apropriado instruções de preparo impressos por codifi-
para o aquecimento em forno de microondas. cadora inkjet.
O preparo leva um minuto. O Beanz Snap Pots é comercializado em
multipacks com quatro potes, unidos pelas
Termoformagem multicamadas bordas superiores como os potes termofor-
Os potes são termoformados pela alemã RPC mados de iogurtes – daí o “snap” (ruptura,
Bebo Plastik a partir de chapas de polipro- vertendo-se do inglês) do nome da nova
pileno/EVOH/polipropileno de alta barreira. versão. Uma luva de papel cartão recobre
Assim como as latas de aço, as embalagens o conjunto e confere apelo vendedor para o
plásticas multicamadas dispensam refrigera- produto. Com o mesmo conceito de embala-
ção para o armazenamento do produto. Cada gem, a Heinz lançou, simultaneamente com
pote é fechado com selo combinando filme o Beanz, o Hoops em Snap Pot, massa mergu-
de alumínio e polipropileno, que estampa lhada no mesmo molho adocicado. (GK)
Mais perto
do consumidor
Desenvolvimento do mercado
de queijos, principalmente os
especiais, estimula fabricantes
a oferecer apresentações
fracionadas. A indústria de
embalagens comemora
Paralelepípedo
Uma das últimas novidades no campo das
embalagens plásticas rígidas foi recentemente
lançada nos supermercados de São Paulo pela
Polenghi. Trata-se de um pote retangular com
capacidade para 400 gramas usado na linha de O TRUNFO DO FORMATO
queijos do tipo minas frescal ultrafiltrado, aque- Polenghi apostou em
les com menos soro e textura lisa, além de baixos potes com formato de
paralelepípedo: fatias
índices de gordura e bactérias. Outra diferença adequadas para
desse tipo de produto é o preço: os ultrafiltrados lanches e sanduíches
custam até 20 reais o quilo, enquanto o queijo
minas tradicional tem custo médio de 10 reais o
quilo. Feita de polipropileno (PP) pela Fibrasa,
outro grande transformador plástico, a emba-
lagem desse novo produto Polenghi lembra os
potes com formato de paralelepípedo comuns
na categoria de margarinas.
“Apostamos nessa apresentação ao perceber
que uma fatia de queijo redondo nem sempre é
adequada para o preparo de lanches e sanduí-
ches”, conta Paulo Netto, diretor de marketing
da Polenghi. Embora tenha chegado ao varejo
de São Paulo há poucos meses, o produto esta-
va sendo vendido no Rio de Janeiro, Espírito
Santo e Sul do país desde 2005. “Mas usamos
potes plásticos há muito mais tempo”, lembra MENOS É MAIS
Linha Frescatino
o diretor da empresa, em referência à linha pode ser encontrada
Frescatino, também de queijo minas ultrafiltra- em embalagens de
250 gramas, metade
do. Desde o final dos anos 1990 a marca é ofe- do volume padrão
recida em potes plásticos virados de boca para da categoria de
ultrafiltrados
baixo e envoltos por estruturas de papel cartão.
A linha Frescatino também chama atenção por
seguir a tendência de diminuição das porções,
sendo oferecida em embalagens de 250 gramas,
MARCO DE
metade do volume padrão da categoria. INOVAÇÃO
No entanto, o pioneirismo no uso de potes Embalagem
queijeira da
plásticos na categoria de queijos minas ultra- Danúbio permite
filtrado foi da marca Danubio, controlada pela levar produto
DIVULGAÇÃO
Vigor. A idéia surgiu em 1986, despertando da geladeira
para a mesa
a atenção de concorrentes, que logo migra-
ram dos saquinhos plásticos para esse tipo de
acondicionamento. Em 2001 o queijo Danubio
As informações apresentadas nesta seção são provenientes de levantamentos e análises da Mintel e são protegidas por direitos autorais.
EMBALAGEMMARCA não se responsabiliza pelo conteúdo.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
A função da embalagem no mercado de queijos é muito sua frente, pois assim têm a idéia de estar levando um
relevante. Acima de tudo uma boa embalagem de queijo produto mais fresco. Traçando um paralelo, o mesmo se
tem de garantir a validade do produto. É preciso haver dá com o pãozinho francês. As pessoas gostam de com-
determinadas características técnicas para preservar o prá-lo ainda quentinho. Nos outros países é comum os
queijo. Isso em alguns casos limita as opções de emba- consumidores não apenas pedirem para fatiar uma peça.
lagem. Mesmo assim, tem havido uma evolução signifi- Muitos também escolhem uma cunha específica. Mas,
cativa em oferta de embalagem. O segmento de queijos asssim como aqui, lá fora também são comuns, no auto-
tem procurado outras formas de apresentar seus produtos. serviço, as bandejas de fatiados, pois não é todo mundo
Apesar disso, em alguns mercados predominam deter- que quer ficar na fila. O que substitui esse modelo em
minadas apresentações. A maioria das formas de queijo, outros países, e que começamos a ver no Brasil, é a estra-
por exemplo, é vendida em embalagens seladas. Elas tégia de fatiar os queijos nas linhas de produção e ofere-
impedem a entrada de oxigênio e aumentam a validade cê-los em embalagens com atmosfera modificada. Essa
do produto. Mas inovações importantes têm sido obser- tecnologia usa um gás inerte, que faz com que o queijo
vadas. É o caso das embalagens fracionadas, destinadas dure mais do que aquele embalado com filme comum uti-
a atender perfis específicos de consumidor e unidades lizado pelo supermercado. De qualquer forma, pedir para
familiares menores. Tendências assim têm aberto mer- fatiar o queijo na hora ainda é um hábito do brasileiro.
cado para soluções alternativas, como potes plásticos e Observamos, porém, que esse costume começa a mudar.
embalagens de alumínio. Tampas constituídas por selos Os Estados do Sul já apresentam oferta maior de queijos
de alumínio, aliás, também são muito importantes para pré-embalados.
preservar o produto lácteo.
E quanto às embalagens cartonadas? Elas constituem
Em muitos casos o varejo é responsável pelo acon- uma opção às bandejas?
dicionamento final dos diversos queijos que vende. Depende um pouco da tecnologia do queijo. Um gorgon-
Bandejas recobertas com filmes plásticos transparentes zola oferecido numa cunha requer um filme de proteção
são comuns em produtos fatiados, por exemplo. Esse contra oxigênio. Os queijos de mofo branco, além da
modelo é próprio do mercado brasileiro? Ou também embalagem cartonada, precisam de um papel especial,
ocorre em outros países? que preserva a camada branca aveludada típica do queijo.
Ocorre porque há uma tradição nesse sentido. O fato é Às vezes a indústria está determinada a inovar sua emba-
que muitas pessoas querem que o queijo seja fatiado na lagem, mas isso se torna difícil em função das característi-
trouxeram. A imigração dos italianos, por sua vez, trouxe dos como queijos de mofo branco, ou com penicillium
o provolone, a mussarela e o parmesão. Mais recente- roqueforti, caso do gorgonzola, que é classificado entre
mente temos notados a introdução de queijos original- os queijos de mofo azul. Outro exemplo de processo de
mente consumidos por americanos, como o cheddar, no produção mais complexo é o do parmesão, que chega a
fast food, o cottage e o cream cheese. Portanto, o Brasil ficar seis meses numa câmara de maturação.
tem essa capacidade de acompanhar diferentes tendên-
cias. Hoje a indústria brasileira é capaz de produzir todas Potes plásticos envoltos por estruturas cartonadas cha-
as famílias de queijos: frescos, de massa semi-cozida, mam atenção na categoria de queijos do tipo minas
duros, de massa filada, com olhaduras, de mofo branco, frescal. Produtos assim, aparentemente mais elaborados,
mofo azul ou queijos fundidos. Podemos não ter muitas constituem uma tendência no mercado brasileiro de quei-
variedades da mesma família. Na França, por exemplo, jos de consumo cotidiano?
há um grande variedade só de camembert. Mas temos É preciso lembrar que queijos como os das marcas
uma grande diversidade de tipos de queijos, que não é Danubio e Frescatino apresentam não apenas embalagens
comum em vários países. mais complexas, mas tecnologias de produção diferentes.
São queijos do tipo minas frescal, mas que se diferenciam
Falando sobre queijo de diferentes países, é verdade que do queijo de minas comum por terem sido ultrafiltrados.
o queijo branco é um produto tipicamente brasileiro? Me parece que o grande objetivo dessas embalagens é
O queijo de minas é brasileiro no sentido de que exa- aumentar a vida de prateleira do produto. Por ser fresco,
tamente igual a ele não há em outro lugar, embora haja esse tipo de queijo é muito sensível.
queijos semelhantes em outros países, como Espanha
e México. Mas o queijo minas pode ser definido como Como tem evoluído o consumo de queijos no Brasil?
um queijo local. Sua tecnologia de produção é simples. O consumo ainda é baixo. Temos uma média estimada de
Basta coagular o leite, enformar, salgar, tirar um pouco 3 quilos por habitante/ano, quando na vizinha Argentina
do soro que fica na massa sólida e pronto. Por isso ele se esse índice é de 11 quilos. Na França, para citar um
chama queijo fresco. Ele tem uma validade curta, pois é exemplo extremo, o consumo médio por habitante é de
basicamente leite. Outros processos são mais complexos. 23 quilos de queijo por ano. Por outro lado, o queijo
Há queijos mais prensados, mais curados ou maturados. tem propriedades nutricionais importantes, que são reco-
Podemos ter queijos curados com penicillium candidum, nhecidas pela população. Trata-se de uma grande fonte
como os queijos camembert e brie, que são conheci- de proteínas e de cálcio, além de vitaminas A e D. Tal
Gêmeos diferentes
Xampu e condicionador infantis adquirem personalidade com frascos exclusivos
U
m pode ser pouco, dois parece O desenho do novo frasco foi confia-
razoável, mas três já é demais. do à Benchmark Design Total. A agência
Não soa a insensatez tomar o paulistana projetou uma embalagem com
conhecido provérbio para deli- capacidade para 480 mililitros e dotada de
mitar, em anos, um ciclo de vida para as um estreitamento na parte superior que pro-
embalagens do mercado de higiene infan- porciona um manuseio mais fácil. A “pega”
til, no qual se vive crescente disputa entre é ainda facilitada pelo fato de a cintura rece-
marcas e produtos. Tendo lançado a família ber a aplicação de bolhas em baixo relevo.
Trá Lá Lá Kids de itens de toucador para o Tal textura diminui o risco de a embalagem
público mirim em meados de 2004, a paulis- escorregar das mãos das mães durante o
ta Phisalia sentiu que era hora de atualizar TRANSIÇÃO banho das crianças.
suas embalagens. Carros-chefes da linha, o Foram substituidos por Das pranchetas, o projeto seguiu para
novos, ergonômicos e
xampu e o condicionador tiveram aposenta- com desenho exclusivo a etapa industrial, com assessoria do escri-
dos os frascos plásticos origi- tório de engenharia de embalagens
nais, cilíndricos e com jeito 2007 Packaging Solutions. “Ajustamos
standard, para ganhar um e adequamos dimensionalmente
novo, com design exclu- os componentes, auxiliamos no
sivo, anatômico e mais processo de prototipagem, deta-
impactante no ponto-de- lhamos tecnicamente o projeto
venda.
A reformulação foi 2004
Os primeiros frascos de Trá
guiada por uma pesquisa Lá Lá Kids, cilíndricos e com
com consumidores, que jeito standard
cintura inexistente
na versão anterior embalagem é fabricada em área de rotulagem atraente,
(acima, em polietileno de alta densidade que tem boa visibilidade na
destaque)
(PEAD) pela Plasmotec e é gôndola.”
Mingau cinqüentão em
novíssima embalagem
Unilever atualiza layout do Cremogema no jubileu de ouro da marca
L
ançado há meio sécu-
lo pela Refinações
de Milho Brasil, a
mistura para mingaus
Cremogema, dona de um dos
FOTOS: DIVULGAÇÃO
jingles que mais sucesso fazia
entre as crianças (veja o qua-
dro), vem passando por algumas
alterações nas embalagens desde
que a RMB foi adquirida pela
Unilever no ano 2000.
A primeira mudança, em 2001,
foi a introdução da “marca mãe”
Maizena nas caixas de papel car-
tão que acondicionam o produto.
Agora, no cinqüentenário da marca, as
PARA CRIANÇAS
embalagens de Cremogema foram total- Personagens divertidos ganham
mente reformuladas. Com o objetivo de destaque nas embalagens
proporcionar maior visibilidade nos pon-
tos-de-venda, os cinco sabores do pro-
IGB – Indústria
duto – Tradicional, Chocolate, Morango, Gráfica Brasileira Usina Escritório de Desenho
Vitamina de Frutas e Milho Verde – ganha- (81) 3521-1299 (11) 5571-6788
ram nova identidade visual, com cores www.igb-embrasa.com.br www.usinadedesenho.com.br
mais vibrantes e maior destaque para os
personagens que estampam as caixinhas.
As novas embalagens, que tiveram o layout A coisa mais gostosa desse mundo
criado pela Usina Escritório de Desenho e Jingle de Cremogema é um clássico da publicidade
são impressas pela IGB – Indústria Gráfica
Inspirado na música da estória infantil de Chapeuzinho
Brasileira, estampam desenhos em 3D,
Vermelho, o jingle de Cremogema fazia bastante sucesso entre
numa linguagem que vem sendo explorada
a criançada na década de 1970. Apesar de ser definido como
nos alimentos infantis.
“coisa”, o produto era exaltado como gostoso e saudável.
A mudança foi feita após pesquisa rea-
lizada com mães que possuem filhos entre
Lobo canta: Eu sou o lobo-mau, lobo-mau, lobo-mau.
4 e 13 anos. “Desde seu lançamento no
Eu pego as criancinhas pra fazer mingau.
mercado nacional, em 1957, Cremogema Criança fala: Ah, seu lobo, faz com Cremogema.
é grande sucesso junto aos consumidores. Lobo fala: Cremogema?
Agora, com o rejuvenescimento da marca Coro de crianças canta: Cre, cremo, cremo, Cremogema é a
e a mudança da embalagem, vamos nos coisa mais gostosa desse mundo.
aproximar ainda mais de nossas consumi- Locutor: Tem vitaminas, tem proteínas, sais minerais.
doras”, diz Ricardo Cavalcante, gerente de Coro de crianças canta: A mamãe quer sempre o melhor pra
marketing de Unilever. A formulação do gente. Cremo, cremo, Cremogema.
produto e o sabor não foram alterados, o Lobo fala: Bom demais!!!
que é destacado na embalagem. (FP)
Em constante evolução
Tendências em conversão são apresentadas no maior evento mundial do setor
Por Marcos Palhares, de Bruxelas
N
o pujante mercado de e usuários finais. EMBALAGEMMARCA, tro grandes tendências o que se mos-
conversão de rótulos, for- única revista brasileira de embalagens trou na maior feira mundial do setor:
necedores mantêm inves- presente à Labelexpo Europe, realizada 1) mundo digital, 2) margens de lucro,
timentos para atender as entre 26 e 29 de setembro último em 3) questão ambiental e 4) rotulagem
grandes demandas de convertedores Bruxelas, na Bélgica, agrupou em qua- inteligente. Confira a seguir.
1 Mundo
digital
Tecnologia de produção está cada 2 Em busca
das margens
vez mais digital. Com precisão,
computadores hoje dominam a
pré-impressão e controlam os Fenômeno global que atinge
fluxos de trabalho. Impressoras todos os setores competitivos,
digitais ganham espaço, e uma deterioração das margens dá
nova alternativa – com tinta UV apenas duas opções aos agentes
líquida – surge como potencial econômicos: investir ou desapa-
rival às já consagradas máquinas recer. Nesse contexto, abre-se
com toner seco. espaço para a consolidação do
setor, e mercados emergentes
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tornam-se mais e mais interes-
santes.
Página 54
3 Moda ou
realidade?
Pressionada por consumidores
e órgãos reguladores, indústria 4 Inteligentes
e didáticas
apresenta soluções para reduzir
o impacto ambiental de suas
ações. Ao tomar o caminho Apesar de não deslanchar como
rumo à sustentabilidade, mer- se esperava há alguns anos,
cado indica que, nesse caso, tecnologia RFID cresce e atrai
os últimos continuarão a ser os investimentos. Alternativas para
últimos. fazer rótulos e etiquetas desem-
penharem funções de controle de
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qualidade e segurança mostram
que o futuro está na informação
bem manejada.
Página 60
Q
uando as primeiras impressoras System, prometendo qualidade próxima à das
digitais surgiram, no final dos anos impressoras flexográficas a custo mais baixo
1990, poucos duvidaram que a tec- do que as tecnologias digitais concorrentes. A
nologia emplacaria. Hoje, não se verdade é que, por enquanto, com velocidade
questiona mais a viabilidade desses equipamen- nominal que chega a 30,5 metros por minuto,
tos, mas sim até quantos metros lineares com-
pensa rodar nas máquinas. Ao que parece, um
novo passo está sendo dado nesse mercado.
Na Labelexpo deste ano, chamou a aten-
ção o avanço das impressoras inkjet UV. As
alternativas expostas ainda não chegam a um
padrão ótimo de velocidade e qualidade, mas
têm potencial para crescer rapidamente. Hoje
não seriam capazes de substituir os equipa-
mentos convencionais, e ainda ficam atrás de
impressoras digitais tradicionais como as HP
Indigo. O atrativo advém do fato de as soluções
permitirem, em geral, a utilização de tintas de
diferentes fornecedores.
de banda de 330mm e
JETRION FFEI Nilpeter
Jato de tinta da EFI 420mm, mas com alterna- www.ffei.co.uk www.nilpeter.com.br
mira mercado das tivas de 508mm e 559mm + 44 1442 210518 (11) 5071-7721
curtas tiragens
O
s vetores do mercado já são conhe-
cidos de todos. Maior segmenta-
Aniflo, o anilox para offset
ção das linhas de produtos levan-
do a lotes cada vez mais curtos.
Estoques menores resultando em prazos espre- Sistema de
entintamento
midos. Varejo poderoso pressionando clientes, encapsulado
que por sua vez pressionam os fornecedores a
reduzir preços. O resultado para a indústria de Rolo de
Rolo
embalagens é uma força empurrando os custos Anilox, com borracha
controle de para
para cima, e outra querendo jogar os preços temperatura transferência
de venda para baixo. Para fugir dessa prensa de tinta
sobre as margens, um dos caminhos é ganhar
Cilindro
produtividade. de chapa
Melhorar o processo produtivo, portanto, Lâmpada
não é luxo, mas questão de sobrevivência. Uma VIVA infra-vermelho
Viscosidade Cilindro de
das formas de se conseguir isso é investir em da tinta é a blanqueta
máquinas mais rápidas, flexíveis e com capa- única variável
cidade de realizar trocas de serviço em tempos a controlar
cada vez mais curtos. Entre os fabricantes de impressão que, apesar de ser offset, é dotada
impressoras presentes na Labelexpo, essa ten- de um cilindro anilox. Batizada de Aniflo, ela
dência ficou muito clara. possui, além do anilox, um sistema de entinta-
A francesa Codimag, por exemplo, mostrou mento encapsulado, um rolo de borracha para
a sua Viva 420, offset semi-rotativa com banda transferência de tinta, um cilindro de chapa,
de 420mm que imprime em velocidades de um cilindro de blanqueta e uma lâmpada infra-
até 60 metros lineares por minuto. O destaque BRAVA vermelho para controlar a temperatura da blan-
do equipamento fica por conta da unidade de Rotativa e semi-rotativa queta (ver esquema acima). Com controle de
com formato variável
temperatura também no anilox e no cilindro de
chapa, a Aniflo tem a viscosidade da tinta como
única variável a ser controlada.
A Rotatek, da Espanha, apresentou a Brava,
impressora que, de acordo com a empresa, é a
única impressora offset rotativa e semi-rotativa
com formato variável do mercado. O converte-
dor pode usar o equipamento como semi-rota-
tiva para as pequenas e médias tiragens, com
velocidade nominal de impressão de até 70
metros por minuto, em formatos de 120mm a
350mm e incrementos de 1/10mm, e trabalhar
no sistema rotativo para grandes tiragens, com
velocidade de até 150 metros por minuto, em
formatos variando entre 330mm e 635mm, com
incrementos de 4,2mm. Tudo com um só equi-
C
om governos e consumidores redu- the Endorsement of Forest Certification), para www.sidaplax.com
zindo sua tolerância com a inter- +44 1 604 76 66 99
garantir a origem da celulose usada em suas
ferência das atividades industriais estruturas, e diz estar implementando a norma UPM Raflatac
www.upmraflatac.com
sobre o meio ambiente, há empresas ISO 14001. + 1 828 651 4800
que vêem no ar uma oportunidade para alavan-
car seus negócios. Exemplo disso é a Sidaplax,
empresa de origem belga que hoje é subsidiária Mais fino, menos impacto
da norte-americana Plastic Suppliers. A empre- Lean Film promete ganhos ambientais e na produção
sa mostrou durante a Labelexpo um filme para
rótulos à base de PLA (Ácido Polilático), bio- Tradicional fornecedora de substratos para rótulos auto-
plástico originário do milho. Com uma versão adesivos, a Avery Dennison introduziu no mercado a linha
branca e outra transparente, o filme – batizado Fasson Lean Film (nome que, em português, daria algo
de EarthFirst – tem como principal apelo o como Filme Enxuto). A grande inovação, segundo a compa-
fato de se utilizar de uma fonte renovável, sem nhia, está na espessura menor do frontal, o que permite
comprometer a qualidade visual dos rótulos, a acomodação de mais metros lineares de base por bobi-
fato que pode ser explorado amplamente pela na, reduzindo a necessidade de paradas de máquina para
indústria usuária em sua comunicação com o trocas de rolos. As economias de tempo, na estimativa do
consumidor final. fornecedor, chegam a 22%. Os ganhos se estenderiam aos
Argumento semelhante está sendo usado usuários finais, que teriam também menos trocas de bobi-
nas durante o processo de aplicação dos rótulos.
pela britânica Innovia Films, que anunciou
A Avery Dennison anuncia que o substrato combina proprie-
durante a feira a extensão de sua linha de
dades dos filmes de polietileno (boa impressão) e polipropi-
filmes biodegráveis
leno (registro) numa base estável nas impressoras mesmo
e compostáveis para
em altas velocidades. O produto está disponível nas versões
rótulos sensíveis a
branco e transparente, e pode receber o meio corte com as
pressão. O mais recen-
ferramentas tradicionais.
te lançamento da O fabricante recomendada, para otimização dos resultados,
empresa nessa área é a utilização do Lean Film para rótulos simétricos e meno-
o NatureFlex NVLW, res que 15cmx15cm. Os mercados-alvo do novo filme são
filme branco à base aqueles com características de longas tiragens, como os de
de celulose de árvores cuidados pessoais e higiene e limpeza.
originárias de florestas Ao reduzir a espessura dos filmes, ganha também o meio
certificadas pelo FSC ambiente, já que mais rótulos de menor espessura significam
(Forest Stewardship menos material descartado, e redução de gasto de energia
Council, entidade que com transporte, pois são levadas mais unida-
BIODEGRADÁVEL atesta o manejo sus- des por bobinas carregada. É, em suma,
Linha NatureFlex, da tentável de materiais um ótimo exemplo de que ser ambiental-
Innovia Films, ficou maior
derivados de madeira). mente melhor não significa necessaria-
Além do apelo da degradação, o filme NVLW mente gastar mais. Vale a lógica de
é ideal para atividades que desejam ter toda a que desperdício, seja de material,
cadeia certificada. de energia ou de tempo, equivale,
Certificações da cadeia de custódia tam- invariavelmente, a recursos mal
bém foram obtidas pela UPM Raflatac, gigan- utilizados.
DELGADO
FOTOS: DIVULGAÇÃO
N
ão se pode acusar os britânicos Pela sua estrutura, o acessório pode ser Timestrip
de falta de criatividade. Durante a adesivado e colado nas embalagens, ou incor- www.timestrip.com
+ 44 870 220 0549
Labelexpo, a Timestrip apresentou porado em tampas, por exemplo. Por dispen-
uma etiqueta inteligente capaz de sarem componentes eletrônicos e compartilha-
alertar os consumidores sobre prazos expira- rem ganhos de escala com qualquer utilização
dos e exposição a temperaturas impróprias. do sistema, a empresa diz que as etiquetas têm MOVIDA A ÓLEO
Até aí, nenhuma novidade. A inovação fica custo bem inferior ao de outras alternativas. Etiqueta inteligente sem
componentes eletrônicos
por conta do mecanismo de funcionamento
dos smart labels. As etiquetas trazem um
líquido colorido (um óleo comestível) encap-
sulado, que inicia um processo controlado de
migração por uma membrana especial, após
a ativação dos tags com o pressionar de um
botão (ver esquema).
O controle das propriedades da membrana
permitem à Timestrip administrar prazos de
validade que podem variar de minutos a perío-
dos de até um ano. Dependendo das carac-
terísticas do desenvolvimento, as etiquetas
atuam em faixas determinadas de temperatura,
permitindo o monitoramento das condições a
que certo produto foi exposto. Como o líquido
está protegido antes do acionamento, sendo
insensível à variação de temperatura, não há
necessidades especiais de armazenamento.
auto-adesivos no Brasil.
Com investimentos
constantes em tecnologia,
seja em equipamentos,
do segmento.
aplicações, e exporta
P
residente da Heidelberg do Brasil há sete
anos, o alemão Dieter Brandt é um observador
privilegiado do mercado de embalagens. Sua
empresa fabrica equipamentos gráficos usados
na produção de cartuchos cartonados que acondicionam
diversas marcas de medicamentos e cosméticos, dentre
outros produtos. Atento ao crescimento da demanda, ele
acaba de criar na companhia uma área de acabamento de
embalagens. Na entrevista a seguir, Brandt, que começou
na Heidelberg em 1980, passou pela subsidiária mexicana
na década de 1990, e desde 2001 é responsável pela ope-
ração da empresa em toda América do Sul, comenta as
perspectivas do mercado brasileiro de conversão de emba-
lagens cartonadas, além de adiantar os planos da empresa
para a Drupa 2008, considerado o principal evento do
mercado gráfico mundial.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Por que a Heidelberg do Brasil está investindo num depar-
tamento de acabamento de embalagem?
Nosso último relatório anual mostra claramente que a área
de embalagem representa importantes oportunidades para a
empresa crescer além do mercado tradicional de impresso- que aquele é um produto original. Um exemplo são as
ras planas. Mundialmente, o mercado de embalagem tem a tintas reativas. No mercado de cosméticos há cada vez
ver com um foco em serviço, peças e consumíveis. Temos mais aplicações com tintas especiais, efeitos metalizados
grande expectativa de crescimento mundial nesse setor. e vernizes mais sofisticados com aplicações localizadas.
Nos mercados emergentes a demanda já está crescendo Aliados a uma pressão por custos cada vez maior, esses
num ritmo muito grande. O mercado de cosméticos e pro- fatores têm exigido máquinas cada vez mais rápidas nas
dutos de beleza do Brasil já é o terceiro do mundo, atrás trocas de um serviço para outro. Estamos oferecendo aqui
apenas de Japão e Estados Unidos. Independentemente a mesma qualidade experimentada pelo gráfico que impri-
da classe social, as brasileiras consomem volumes muito me na Alemanha ou nos Estados Unidos. Tudo isso requer
grandes de produtos de beleza. O mercado de produtos far- controle do fluxo de trabalho, de cor e de qualidade.
macêuticos, puxado pelos medicamentos genéricos, tam-
bém vem crescendo muito rapidamente no Brasil. Tudo O que está sendo apresentado para os convertedores de
isso indica que precisamos ter uma estrutura adequada ao embalagem no Brasil?
atendimento dessas demandas. Demonstramos pela primeira vez uma solução inteira
baseada num de nossos equipamentos, uma XL 105 seis
Quais as grandes tendências em acabamento de embala- cores mais verniz. O pacote contém pré-impressão, CtPs e
gens cartonadas? fluxo de trabalho. Também estamos investindo em máqui-
Como ocorre nos mercados maduros, também aqui nota- nas de acabamento e de fechamento dos cartuchos. Temos
mos que o consumidor e o cliente exigem embalagens diferentes opções. Para o mercado farmacêutico a máquina
cada vez mais sofisticadas. Por outro lado, hoje a indústria standard hoje é a CD 74. Inauguramos um novo prédio na
de embalagens enfrenta o problema da falsificação de fábrica da Alemanha com 35 000 metros quadrados, para
produtos. Estamos trabalhando forte para fornecer emba- um equipamento de embalagem que na próxima Drupa
lagens que indiquem imediatamente para o consumidor será um de nossos principais lançamentos. Queremos
Tintas, efeitos e vernizes especiais protagonizam tendências perseguidas pelo recém-criado setor de acabamento de embalagem da Heidelberg
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Revigoração I
Tradicional fabricante de impres- Bons resultados com kit promocional
soras flexográficas para a indústria Estrutura cartonada unitiza porta-pote e embalagens de margarina
de embalagens, a brasileira Feva
divulgou um comunicado afirmando A Sadia está comemorando os KlaFold FZ 378 com gramatura de
que está se revigorando “depois de bons resultados de sua mais 378g/m², da Klabin. A novidade foi
dois anos conturbados”. “Eram mui-
recente embalagem promocional distribuída no Estado de São Paulo
tos os fatores que coincidiram para
que a empresa passasse por este de margarinas. A empresa e na região Sul. Com uma
problema transitório”, diz Rubem ofereceu em edição alça na tampa, o porta-
Novaes, porta-voz da companhia. limitada um kit con- pote tem acabamento
Entre esses fatores, ele conta que tendo dois potes em alto relevo com a
há dois anos um grande cliente do
de margarina Qualy marca Qualy.
exterior “sustou um contrato de
parceria”. de 500 gramas e, Ibratec
como brinde, um (11) 4772-8277
Revigoração II porta-pote plásti- www.ibratecgrafica.com.
A empresa também teria tido pro- co. Uma estrutura br
blemas com recursos retidos no
de papel cartão Klabin
Banco Santos. “Aliado a isso, com
o dólar mais baixo, diminuíram as produzida pela grá- (11) 3046-5800
exportações”, completa Novaes. fica Ibratec serviu www.klabin.com.br
A anunciada volta por cima é de solução de uniti-
baseada, entre outros fatores, na zação dos produtos. Qualy: porta-pote
entrega de “quantidade expressiva conjugado e luva cartonada
O cartão utilizado é o
de máquinas tanto para clientes
brasileiros como de outros países,
como México, Nigéria, Venezuela e
Rússia”. “A previsão é que a empre- Entre as melhores do mundo
sa consiga se equilibrar por com-
pleto em dezoito meses”, adianta
Impressão digital da Mack Color leva prêmio da HP global
Novaes.
Conseguir se destacar entre as do às gráficas que imprimem com
Novo CEO maiores empresas convertedoras equipamentos da linha HP Indigo.
Depois de quase dez anos à frente de rótulos de todos os continen- A Mack Color venceu na categoria
da superintendência da fabricante tes é uma tarefa difícil. Mas foi Cosméticos (eram dez categorias
de papel cartão Papirus, Antonio justamente o que a Mack Color divididas por segmentos de mer-
Claudio Salce foi nomeado CEO
conseguiu durante a realização de cado), com os rótulos do xampu
da empresa. Químico Industrial,
ele atua no setor de celulose papel Labelexpo, em Bruxelas, no final de Empório Bothânico, da Driss
desde 1969. Fundada há 55 anos, a setembro (ver reportagem na pági- Cosméticos.
empresa continua com seu conselho na 48). Foi lá que a HP anunciou Mack Color
de acionistas presidido por Dante os vencedores do Customers Label (11) 6195-4499
Ramenzoni.
Awards, prêmio internacional dirigi- www.mackcolor.com.br
Provas digitais
A EskoArtwork, conhecida por seus
equipamentos e softwares de pré-
produção de embalagens, e a divisão
de filmes plásticos da ExxonMobil
Chemical anunciaram uma solução
para assegurar a precisão das cores
nos processos de impressão digital
de rótulos. Incluindo o Esko Software
Suite 7, programa de gerenciamen-
to de cores e fluxo de trabalho, e
o filme Digilyte, da ExxonMobil, o
pacote permite conferir detalhes da
impressão antes que os trabalhos
sejam rodados.
Dilema
AÇÃO
FOTOS: DIVULG
encapsulado
Bala, higienizador e remédio
de uma só vez (também na
embalagem), aromatizante
bucal vai ganhando evidência
B
alas, dropes e chicletes refrescan- to por jovens”, DECOTE
tes situam-se numa espécie de explica a execu- Área vazada na
zona mista em termos de conceito tiva. “Mas esta- extremidade da luva
permite visualização de
mercadológico. Se não parece per- mos recebendo cápsula contida no blister
tinente classificá-los como alimentos, também uma resposta muito boa de diferentes perfis
soa esquisito taxá-los de itens de higiene de consumidor, como executivos e donas-de-
pessoal (apesar da alegada ação dentifrícia casa.”
de alguns deles) ou de medicamentos, como A embalagem cartonada do Bonicaps é
intencionam os laboratórios – hoje donos de produzida pela Gráfica Gonçalves. De bolso e
muitas marcas fortes em guloseimas. Desse própria para gancheiras dispostas no checkout
cenário indefinido brotou o aromatizante de drogarias, a luva de papel cartão tem visual
bucal, novidade que vem conquistando suces- azulado, em sintonia com a cor do aromati-
so no mundo e no Brasil com propostas varia- zante. Também conta com um pequeno vaza-
das de produto e de embalagem. O Bonicaps, do na parte frontal, que facilita a retirada do
desde maio no mercado nacional, exemplifica blister e ao mesmo tempo permite visualizar
a situação. uma das doze cápsulas.
Isento de açúcar e com aroma de menta,
o produto não tem efeito medicinal. Mas é Proteção e adequação
fabricado por um laboratório, o Boniquet, e se A Boniquet prefere não revelar o nome do
apresenta na forma de cápsulas de revestimen- fornecedor dos blisters utilizados, mas expli-
to fino e gelatinoso, típicas de remédios. Doze ca que a idéia de embalar individualmente
dessas “bolinhas” são acondicionadas em um as cápsulas surgiu da necessidade de deixá-
blister aluminizado, como os de comprimidos. las frescas e protegidas por mais tempo. A
Por sua vez, o blister, em contraste, é acomo- escolha da embalagem também levou em
dado numa luva de papel cartão cujo projeto consideração a adequação aos preços de balas
gráfico combina características de embalagens e chicletes – curiosamente considerados con-
de itens de higiene oral e de candies. correntes indiretos pela fabricante –, além
“Ao refrescar o hálito de forma instantâ- das variações de temperatura e de umidade
nea e moderna, os aromatizantes bucais em verificadas nos pontos-de-venda e durante os
cápsulas estão atraindo cada vez mais con- processos de distribuição e armazenagem.
sumidores nos Estados Unidos e na Europa”, De origem espanhola, a Boniquet chegou
comenta Flávia Mello, gerente comercial da ao Brasil em 2002. O laboratório também vem
Boniquet. No Brasil, ela diz, não tem sido se destacando pela fabricação de cremes den-
diferente. O produto já é distribuído nacional- tais para marcas próprias do varejo. Por sinal,
Gráfica Gonçalves
mente e estaria apresentando “altos índices de os cartuchos e displays desses produtos tam- (11) 4689-4700
recompra”. “Nosso target principal é compos- bém são fornecidos pela Gonçalves. (LH) www.goncalves.com.br
N
um dos recentes congressos sobre de um produto” (Lógica dos Mercados, P.
embalagens a que assisti, 80% dos Belohlavek, 1999). Os três exemplos da figura
oradores vincularam o título de sua mostram a inovação de Forma, Funcionalidade
dissertação ao tema da inovação. e Essência. Portanto, já que vivemos em um
Na verdade, é quase impossível desvincular o coro de vozes que nos incitam a inovar obriga-
“packaging” definido como ciência que estuda toriamente, é preferível lembrar que:
as embalagens ao tema da inovação. É natural,
já que o mercado compete mostrando novas Muitas empresas se tornaram grandes ao
tecnologias, fruto da capacidade de inovar e montarem equipamentos com componentes
criar. Mas acredito que, em alguma medida, da geração anterior à última, pois eram mais
estamos exagerando, e pretendo definir os limi- confiáveis e homologados
tes de minha discordância. Os compradores realmente inovadores são
Nada tenho contra a inovação. A rigor, ino- apenas 5% no início do ciclo de vida de
var é o que tenho feito nos últimos 35 anos de produto
atuação no universo do packaging, mas essa é Os primeiros automóveis eram vendidos
uma atitude que pode se dar de muitas manei- como carros nos quais os cavalos eram subs-
ras diferentes. Poucas são eficientes. É o caso tituídos por um motor, pois o público não
de perguntar: Existe um limite para a tarefa de sabia o que era, na verdade, um automóvel
inovar? Qual é esse limite? Uma embalagem tão inovadora quanto o
Sabemos que o excesso em qualquer virtu- “blister-pack” demorou cerca de vinte anos
de a torna um vício, e essa é a razão por que a para ir da Europa aos Estados Unidos
prudência se coloca acima de todas as virtudes Algumas invenções de Leonardo da Vinci
e todos os dons. A definição dos limites da demoraram séculos para ser compreendidas,
inovação envolve tantas variáveis e conceitos e é razoável acreditar que ninguém quer que
que pode ser estabelecida como um problema isso aconteça com seu produto
complexo, ou seja, aquele no qual as relações
causais, se existirem, não são lineares e prede- Vender inovação não é fácil nem rápido,
terminadas. e quanto maior for o grupo de participantes
“A inovação pode ser definida como uma numa ação inovadora, mais difícil será. Deve-
mudança na essência, na função e na forma se considerar que a introdução de um novo
ILUSTRAÇÃO: JOSÉ HIROSHI TANIGUTI / BLOCO DE COMUNICAÇÃO
Bombril de americano
WD-40 nasceu nos Estados Unidos em tentativa. Não demorou muito para
1953, inicialmente concebido para uso os funcionários perceberem que o
em mísseis da NASA e na fuselagem produto tinha “1001 utilidades”, como Inscrição em relevo identificava
garrafa comemorativa, que
de aeronaves, como protetor contra a famosa lã de aço brasileira: limpava
trazia rótulo como brinde
a ferrugem. O nome WD-40 vem de quadros negros, conservava artigos de
water displace- couro, removia cola-tudo e adesivos,
ment (dispersor matava baratas e, claro, tirava ferru-
de água, em gem. O WD-40 se tornou um sucesso
inglês), e do nos EUA quando começou a ser ven-
número relativo dido em aerossol, em 1958. Segundo
ao alcance do a WD-40 Company, a composição do
êxito da fórmula, produto só é conhecida por três execu-
que só ocorreu tivos da empresa e permanece inaltera-
na quadragésima da desde sua invenção.