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TRILHA DOS SENTIDOS

Por: Deisi Akemi Iha Yoshida* Curitiba, 13/04/2009.


O autor Gasques (1986) comenta que caminhar é bom, o corpo humano foi feito para o
trabalho físico. Por uma questão de sobrevivência em comunidade, o ser humano necessitou
andar, correr e escalar rochas para prover abrigo, coletar alimentos: caçando, pescando, colhendo
e plantando. Com a evolução e o progresso, o simples ato de andar vem sendo cada vez mais
substituído pelo transporte público e individual.
Para a maioria das pessoas, o exercício físico passa a ser apenas uma recordação dos
tempos de estudante. Insônias, dores de cabeça e dores nas costas são males comuns, aceitos
até com certa naturalidade para àquelas que ainda se encontram em vida sedentária; às vezes,
quando se encontram sentadas, não conseguem virar-se para trás, por ausência de atividades
físicas (GASQUES, 1986).
Os princípios do equilíbrio entre o bem-estar psíquico, físico e emocional, podem ser
apropriados para prevenir, amenizar ou curar doenças. Quando as pessoas filtram seus valores,
renovam conceitos e aprendem a se conhecer, poderão sentir-se melhor e facilitar a comunicação
no ato de saber ouvir e ater-se no cuidar (BRINKMAN; KIRSCHNER, 1969; BOFF, 1999). Em
nossa sociedade, o contato físico encontra-se insipiente tanto quanto o expressar dos sentimentos
potencialmente salutar entre os humanos. O tato é também um instrumento de comunicação,
quando estimulado pode ir além de ser apenas uma necessidade biológica. Os diversos tipos de
sentir formam uma linguagem por serem capazes de transmitir sentimentos muito mais que vários
minutos de um discurso bem elaborado (DAVIS, 1991). Boa parte dos estímulos recebidos, pelos
seres humanos, se origina do ambiente circundado por volumes, formas, cores, sons, cheiros,
gostos e sensações táteis por meio da interação com o mundo material e imaterial. (ZANETTINI,
2002).
A TRILHA DOS SENTIDOS, aqui apresentada, traz como possibilidade um experimento
educacional transdisciplinar. Este caminhar objetiva ir além da compreensão da natureza e do
homem, no qual as pessoas vivenciam diferentes situações. Esta atividade, de forma criteriosa,
aponta à comprovação científica por desenvolver e implementar projetos de extensão e pesquisa
com o envolvimento e caracterização de trilhas interpretativas e perceptivas. Os conhecimentos
práticos, para a realização desta trilha, foram transmitidos pela professora Angélica Góis Morales,
que por sua vez, os adquiriu dos ensinamentos do Professor José Matarezzi. Os itens que
compõem a TRILHA DOS SENTIDOS nos permitem interagir com o ambiente, resgatando
memórias, valores essenciais dos humanos com a natureza e espera-se potencialidade nas redes
de relação de confiança. (MATURANA, 1997).
É solicitada a cada participante a realização individual de desenho ou frases evidenciando
os pontos significativos ou o significado da vivência. A partir dos relatos individuais é sugerida
uma reflexão em grupo, onde poderão ser compartilhadas as descobertas e as experiências
vividas.
Referências:
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano, compaixão pela terra. Petrópolis/RJ: Vozes, 1999.
BRINKMAN, Rick; KIRSCHNER, Rick. Como lidar com pessoas que você não suporta: conseguindo o
melhor das pessoas em seus piores momentos. [s.l.] : José Olympio, 1969.
DAVIS, Phyllis K. O poder do toque. São Paulo : Nova Cultural, 1991.
GASQUES, Marcus Vinicius. Por que caminhar é bom? São Paulo : Traço, 1986.
MATURANA, R., H. A ontologia da realidade. Belo Horizonte : Ed. UFMG, 1997, 350 p.
SORRENTINO, Marcos. Educação Ambiental e Universidade: um estudo de caso. In: Educação Ambiental
caminhos trilhados no Brasil. Brasília, 1997.
ZANETTINI, Siebert. Arquitetura, Razão, Sensibilidade. São Paulo : Edusp, 2002.
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(*) Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia (UTFPR); Especialista em Gestão Ambiental; Bibliotecária e
Documentalista. Fone: 41-3310-4510 41-8807-1107 e-mail: dayoshid@yahoo.com.br

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