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Psicanálise

A psicologia clínica é uma área que trata da saúde mental e intervém na prevenção,
intervenção e tratamento de patologias.
A intervenção de um psicólogo clínico começa pela observação (psicológica), em que
o psicólogo utiliza testes que ajudam a perceber o que se passa com o paciente mas, em
contrapartida, esses testes prejudicam a relação psicólogo-paciente, pois não permitem o
aprofundamento da mesma. De seguida segue-se o diagnóstico que é fundamental para a
escolha do tratamento. O método que o psicólogo utiliza pode também basear-se numa
"conversa" com o paciente permitindo que o paciente tenha confiança no profissional que
tem à sua frente.
O psicólogo clínico não faz apenas o aconselhamento psicológico individual mas
também conjugal, familiar ou grupal.
Os principais objectivos da psicologia clínica são: evitar o desenvolvimento e/ou
agravamento das doenças mentais ou comportamentais; estimular actividades com fins
terapêuticos para ajudar pessoas com problemas psicológicos ou com risco de os
desenvolver; aumentar a capacidade adaptativa intervindo nos momentos de crise; ajudar
na diminuição dos momentos de sofrimento emocional; incentivar a modificação de
comportamentos de risco perigosos; apoiar pessoas com doenças físicas para facilitar os
processos de tratamento, recuperação e reabilitação; contribuir para o aumento da
qualidade de vida das pessoas contribuindo para o seu desenvolvimento.
Para atingir estes objectivos, o psicólogo clínico pode: realizar programas para
promover a saúde com a intenção de diminuir os comportamentos de risco; proporcionar
exames psicológicos para verificar níveis de desenvolvimento; confirmar incapacidades
para actividade laboral ou para pedido de reforma antecipada. É importante que o
psicólogo contribua para a investigação científica para obter uma maior compreensão dos
processos psicológicos e das intervenções.

Relativamente às crianças usam-se muitas vezes os jogos, os brinquedos, os


desenhos e pinturas para identificar os problemas, pois estas nem sempre conseguem
expressar o que sentem e que muitas vezes as faz sofrer.

Acima de tudo, um psicólogo clínico deve ter como máximas o segredo profissional,
aceitar e respeitar o sofrimento do outro, compreendê-lo e ajudá-lo a ser mais autónomo e
fortalecê-lo para que este consiga ultrapassar as adversidades da vida.
Resumindo, o psicólogo clínico tem como papéis principais:
- Intervenção psicoterapêutica
- Avaliação psicológica
- Incentivar a saúde física e mental
- Constante formação e investigação

O psicólogo clínico contribui para o tratamento das perturbações mentais na medida


em que ajuda o indivíduo a adquirir maior capacidade de análise e compreensão dos seus
sentimentos e atitudes, assim como capacidade para reagir aos seus problemas e
mudanças na vida quotidiana.

Crianças

Hiperactividade em Crianças

Antes de desenvolver este tema, vou definir o que é a hiperactividade. Numa breve
explicação a hiperactividade, podendo também ser designada (em termos científicos) por
Perturbação da Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA) ou, ainda, Síndrome
Hipercinético, é uma alteração de comportamento frequente em crianças com idade
escolar. Afecta cerca de 3 a 7% das crianças, sendo mais habitual no sexo masculino. As
crianças afectadas por esta doença, dificilmente conseguem manter a atenção necessária
e o processamento adequado à informação que lhes chega. Estas crianças são faladoras,
revoltadas e pouco disciplinadas, possuem uma actividade motora exagerada. A causa
desta doença é física (biológica) nada tendo a ver com a educação.
Os sintomas da hiperactividade revelam-se pela falta de persistência quando as
actividades envolvem processos de aprendizagem, mudança constante de actividade e
agitação excessiva. As crianças hiperactivas são descuidadas e impulsivas e, por isso,
estão muitas vezes envolvidas em problemas disciplinares. Geralmente, têm problemas de
aprendizagem associadas a perturbações do desenvolvimento.
Com o passar do tempo, a hiperactividade tende a desaparecer dando lugar a outros
problemas: baixa auto-estima devido à percepção de rejeição da sociedade perante os
próprios. Por conseguinte, tornam-se pessoas depressivas e ansiosas. Por todas as
razões acima mencionadas, é importante procurar um psicólogo assim que se suspeite da
doença.

O tratamento da hiperactividade é, fundamentalmente, à base de fármacos como


Metilfenidato, Atomoxetina ou Modafinilo, numa administração prolongada. Este tratamento
tem um sucesso de cerca de 80%.
A aplicação de fármacos a crianças e adolescentes é ainda posta em causa, contudo
estes normalizam a perturbação alterando-a. Todavia, existe também no tratamento um
programa de psicoeducação familiar onde se explica aos familiares a origem do problema.
Os professores devem agir da melhor forma para lidar com a criança. É aconselhável a
aplicação de terapias de modificação comportamental quando existem problemas de
comportamento; são também aplicadas psicoterapias de orientação cognitivo-
comportamental com o objectivo de melhorar a auto-estima e as capacidades sociais.
Contudo, sem tratamento farmacológico, as psicoterapias têm uma eficácia muito
limitada.

Crianças com Défice de Atenção

Este distúrbio acompanha o indivíduo por toda a sua vida e causa danos físicos e
psicológicos. Segundo estudos efectuados, julga-se que é uma disfunção neurológica no
córtex pré-frontal. Quanto mais se tenta contrariar este distúrbio, mais ele afecta. O melhor
método é a tranquilidade e não pressionar estas crianças ou adultos.
Pessoas portadoras com este défice conseguem estar atentas a coisas estimulantes,
interessantes ou assustadoras. Isto, porque o córtex pré-frontal recebe estimulação
suficiente para permitir a concentração.
Devido à necessidade de estimular o córtex pré-frontal, este distúrbio leva as
crianças/adultos a agir sem pensar: dizem coisas inadequadas às pessoas; mentem;
roubam; assumem comportamentos de hiperactividade; desassossego; cantam em
situações menos próprias.
As reacçães mais frequentes que as pessoas têm é irritarem-se, gritando e dando
sermões, no entanto, isso não ajuda a criança pois aumenta a pressão sanguínea
favorecendo um comportamento desassossegado e inadequado.
Assim, os intervenientes na educação destas crianças devem controlar os seus
impulsos para que a criança não se sinta sob pressão e consiga, por fim, agir calmamente.

Adolescência

Esquizofrenia na Adolescência

A esquizofrenia é um distúrbio que se desenvolve na adolescência e nos primeiros


anos de idade adulta. Contudo, a adolescência é o período mais predisposto para o
culminar da doença.
A esquizofrenia é um dos problemas de saúde mais importantes. Como em todas as
doenças do foro psicológico, a esquizofrenia deve também ter um diagnóstico precoce e
rigoroso, identificando os indícios mesmo que pouco pronunciados.
Um indivíduo normal tem: um pensamento coerente, lógico, com níveis adequados de
abstracção; percepção de si mesmo e das suas experiências; estabelece relações
agradáveis com os outros; controla os seus pensamentos, sentimentos e impulsos.
Enquanto que um indivíduo com um distúrbio esquizofrénico tem: um pensamento
desorganizado; percepção imprecisa; inépcia interpessoal; controlo inadequado.
Numa breve explicação:
- Pensamento desorganizado: pensamento incoerente, ilógico e abstracto. Nestes
casos, o pensamento sofre uma ruptura cognitiva em que os pensamentos não fluem
continuamente ou param completamente; extraiem-se conclusões absurdas de
informações minímas, dando lugar a delírios.
- Percepção imprecisa – as pessoas desenvolvem concepções estranhas do mundo,
comportam-se de modos bizarros e alimentam ideias irreais acerca de si mesmos e do
mundo que as rodeiam. Como estão desligados da realidade, dificilmente conseguem
prever consequências dos seus actos e compreender as acções dos outros.
- Inépcia interpessoal – pessoas esquizofrénicas têm competências sociais fracas que
dificulta a construção e manutenção de amizades pois interagem menos frequentemente
com os outros. Os esquizofrénicos tendem a isolar-se fisicamente – preferem as
actividades solitárias, evitam o contacto com os outros; fisicamente procuram o contacto,
mas emocionalmente mantêm-se afastados, guardando pensamentos e sentimentos para
si.
- Controlo inadequado – desde fantasias sexuais a previsões assustadoras de
acontecimentos futuros horríveis tornam a existência do esquizofrénico num pesadelo;
dificuldade em distinguir os sonos da realidade, súbitas atitudes de violência contra si
próprios ou contra os outros.
Quando estas disfunções ocorrem em conjunto e durante um período de tempo,
podemos estar na presença de esquizofrenia.

Na origem da esquizofrenia estão:


- Factores genéticos – quanto maior a proximidade genética com uma pessoa
esquizofrénica, maior probabilidade de apresentar a doença.
Irmão (gémeo dizigótico
esquizofrénico) 10%

Pai ou mãe esquizofrénico/a


10-15%

Pais esquizofrénicos +35%

Gémeos com pais


50%
esquizofrénicos

- Factores de experiência – as experiências da vida das pessoas têm um peso


especial: uma criança dada para a adopção, filha de pais esquizofrénicos tem maior
probabilidade de desenvolver a doença quando a família adoptiva também tem distúrbios e
menor quando a família adoptiva é psicologicamente saudável, pois reduz a probabilidade
de desenvolver a doença (perturbação). Assim, mais de 60% das crianças de pais
esquizofrénicos não se tornam esquizofrénicos.

Existem várias hipóteses de tratamentos, cada uma mais adequada a determinada


situação:
- Psicoterapia individual – duas das maiores dificuldades de um adolescente
esquizofrénico é o relacionamento interpessoal e a redução na percepção correcta da
realidade. Assim, é necessário a construção da relação e o teste da realidade. O terapeuta
cria uma relação confiante e mútua para construir uma relação interpessoal positiva com o
paciente. Assim, será mais fácil para o psicólogo modificar as percepções que o
adolescente tem de si próprio e do que o rodeia, aproximando-as à realidade.
- Terapia medicamentosa – as drogas antipsicóticas exercem um efeito calmante,
promovendo um comportamento socialmente aceitável e reduzindo os sintomas psicóticos.
Segundo investigações, este método tem mostrado eficácia.
- Tratamento em internamento – está sujeito a internamento todo o adolescente que
necessite de uma avaliação mais profunda pois alguns factores podem não se manifestar
imediatamente; quando o adolescente está fora de controlo pois além de o proteger,
protege os outros e alivia o peso psicológico do adolescente por se sentir incapaz de se
controlar; quando o ambiente se torna stressante devido à pressão exercida pela família,
escola, amigos desequilibrando o tratamento.

Adultos

A Depressão

É considerada uma doença do foro psíquico e espiritual cujo tratamento é inevitável,


pois não se liberta desta apenas por desejar.
O diagnóstico de depressão é ambíguo, podendo muitas vezes ser confundido com
algo temporário como o isolamento, tristeza ou desemprego.
Para quem sofre de depressão é extremamente difícil acreditar tanto no outro como
em si próprio.
As pessoas que sofrem de depressão tornam-se agressivas. É importante salientar
que o suicídio está presente na mente de pessoas com depressão e por isso as
pessoas que contactam diariamente com estes doentes devem incentivar o recurso ao
médico para que se inicie um tratamento adequado.
É muito importante que a terapia antidepressiva seja planeada entre o médico e o
paciente, com intervenção dos familiares contribuindo com apoio incondicional.

A depressão pode ter várias causas. Entre elas destacam-se o descontentamento com
a vida, devido ao emprego mal remunerado; complicações no seio da família; pequenas
tristezas; etc… Estes factores não afectam as pessoas de igual modo. Para algumas
são motivo de pequenos momentos de tristeza, para outros leva-os para uma profunda
depressão onde nada tem sentido e na qual a pessoa sente-se vazia, inútil e
desvalorizada.
À partida, todo o ser humano está apto a ultrapassar os períodos de crise. No entanto,
esse número tem vindo a diminuir, havendo cada vez mais casos de depressão. É
extremamente difícil para a pessoa deprimida encarar a incompreensão dos que a
rodeiam. Não é só a pessoa com uma depressão que é afectada mas a família, os amigos
a escola e/ou trabalho também o são. Estes devem aconselhar a pessoa a procurar ajuda,
pois em condições depressivas não consegue ter essa iniciativa.

Existem vários factores que podem provocar uma depressão. Os que a seguir são
mencionados são apenas factores psicológicos:
- humor depressivo – sentimento de tristeza
- indiferença afectiva (anestesia afectiva)– incapacidade de reagir às situações quer
sejam agradáveis ou desagradáveis
- pessimismo - desespero e sem esperança
- anedonia – isolamento social, desinteresse e falta de entusiasmo pela vida
- auto-desvalorização – insegurança, falta de auto-confiança
- atribuição de maior valor aos factos negativos minimizando os positivos
- culpa
- ruína
- atitude de desespero – pode evoluir para ideação suicida.

Existem dois tipos de depressão:


- depressão de causa endógena – está relacionada com factores genéticos e
normalmente em adultos jovens. É influenciada também pelas estações do ano tendo por
isso características sazonais.
- depressões reactivas – relacionada com stress, com conflitos familiares, separações,
situação económica, etc…
Contudo exitem também alguns factores como doenças graves (cancro, SIDA,…) que
conduzem à depressão.

Formas para prevenir a depressão:


- construir uma auto-estima positiva; acreditar nas nossas capacidades
- criar laços de amizade para nos sentirmos amados e aceites no grupo
- encarar os momentos de solidão como oportunidades para estarmos connosco
próprios

Prevenção secundária – diminuição da prevalência da doença através da detecção


precoce e imediata terapêutica a fim de reduzir a sua nocividade;
Prevenção terciária – analisam-se as complicações da doença que possam impedir a
reabilitação rápida do doente, com o objectivo de não o deixar dependente de instituições
Um estudo realizado a nível europeu mostrou que:
- 43% das pessoas não procuram tratamento
- das que procuram apenas uma minoria recebe tratamento anti depressivo
- a maioria dos suicidários comunica as suas intenções
- destes, 40% procuram ajuda médica uma semana antes de se suicidarem

É importante tratar precocemente a depressão

Existem vários tipos de tratamento para a depressão: medicamentos anti-


depressivos; terapias psicológicas (alteração dos seus comportamentos); terapia
electroconvulsiva (TEC – corrente eléctrica que passa no cérebro e activa as vias
neuronais).

As pessoas depressivas devem procurar ajuda, quer a nível psicológico quer a nível
medicamentoso. Destas duas soluções conjugadas obtêm-se resultados mais rápidos e
mais eficazes. Todavia, uma terapia mal tratada ou mesmo não tratada resulta, na maioria
das vezes, em suicídio. Daí a importância do tratamento.

Desmotivação Profissional

Em relação a este problema podemos considerar que é uma consequência da


depressão. Os efeitos negativos da perturbação prejudicam a prestação no emprego e
conduzem a um isolamento quase total da pessoa em relação a todos os que o rodeiam,
dificultando a vida. As funções laborais ficam comprometidas; as actividades relacionadas
com a tomada de decisões e a capacidade de raciocínio tornam-se lentos.
Alguns efeitos observados neste tipo de patologia são: a falta de comunicação,
estados de apatia e confusão mental, problemas de memória, ausência de ânimo para
iniciar o trabalho e esforço imenso para o terminar. Posto isto, existem consequências para
os afectados: desenvolvem problemas com a chefia, manifestam quebra de produtividade
e desinteresse pelas tarefas.
O facto de a pessoa se isolar por completo, leva-a a ter pensamentos negativos, pois
não interage com ninguém concentrando-se demasiado no seu problema. A pessoa
deprimida molda as abordagens dos outros de forma negativa, levando muitas vezes os
mal-entendidos.
O comportamento mais comum baseia-se no obsentismo ao emprego e o
enclausuramento em casa. Sem tratamento, a tendência é piorar.

Conclusão
Em tempos mais remotos, as pessoas que apresentavam psicopatologias eram
denominadas de “loucas”. Durante o Renascimento, a loucura era considerada uma
possessão de espíritos malignos. É por esta altura que se iniciam os tratamentos. Contudo
eram tratamentos desumanos: extraíam partes do crânio; faziam transfusões de sangue
em animais para as pessoas loucas, banhos surpresa e dispositivos de contenção corporal
(camisas de força, prisão, …)
Em 1793, Pinel Bicêtre afirmou que os loucos se deviam chamar alienados, que eram
tratáveis e que não deviam ser privadas de liberdade, atribuindo importância ao uso das
palavras no tratamento.
Actualmente, o conceito de perturbação mental mais utilizada é “síndroma ou padrão
comportamental ou psicológico clinicamente significativo que se manifesta numa pessoa e
que está associado com mal estar ou incapacidade, ou ainda com o aumento do risco de
se verificar morte, dor, debilitação ou perda de liberdade.”, constante no Manual de
Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais.
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