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Centro Universitário do Triângulo

Curso de Nutrição

Relatório
de Estágio
em Dietoterapia

Uberlândia 2008
Centro Universitário do Triângulo
Curso de Nutrição

Relatório
de Estágio
em Dietoterapia
Relatório de Estágio apresentado à
disciplina de Nutrição Clínica II,
desenvolvido no Centro Universitário
do Triângulo - UNITRI, supervisionado
pela prof° Ana Cristina Tomaz de Araújo.

Uberlândia 2008
Sumário
1-Introdução...................................................................................................... 4
1.1- Insuficiência Renal Crônica ....................................................................... 5
1.2- Definição.............................................................. 2
1.3- Etiologia ........................................................................................ 3
1.3- Grupos de Risco ......................................................................................... 3
1.4- Fisiopatologia............................................................................................. 4
1.5- Sinais e sintomas......................................................... 5
1.6- Diagnóstico....................................................................... .. 5
1.7- Tratamento dietoterápico...................... 5
1.8- Tratamento medicamentoso ................................................................... 10
2- Estudo de caso .................................................................................. 10
2.1- Dados gerais de identificação do paciente ....................................... 10
2.2- Diagnóstico clínico ........................................................................... 10
2.3- Queixa principal e História da doença atual ..................................... 10
2.4- Antecedentes clínicos ....................................................................... 10
2.5- Hábitos gerais ................................................................................... 10
2.6- Histórico sócio-econômico ................................................................ 11
2.7- Condições clínicas na data da internação ........................................ 11
2.8- Exames solicitados ........................................................................... 12
2.9- Medicamentos prescritos .................................................................. 13
2.10- Prescrição médica da dieta ............................................................ 13
2.11- Avaliação da situação nutricional ................................................... 15
2.12- Cálculo das necessidades nutricionais ........................................... 16
2.13- Prescrição dietética ........................................................................ 17
2.14- Cálculo de cardápio ........................................................................ 31
2.15- Orientações nutricionais ................................................................. 33
2.16- Evolução dietoterápica ................................................................... 34
3- Relação de pacientes atendidos ...................................................... 35
4- Folha de freqüência ........................................................................... 36
5- Conclusão ......................................................................................... 37
6- Referência Bibliográfica ...................................................................

1- Introdução
Os rins são órgãos de cor vermelho-escura. Têm a forma de grãos de feijão e medem
cerca de 10cm de comprimento.Situam-se na cavidade abdominal, ao lado da coluna
vertebral. Externamente, os rins são envolvidos por uma cápsula fibrosa.
Internamente, cada rim contém cerca de 1 milhão de pequenos tubos chamados,
néfrons. É no interior dos néfrons que a urina se forma.

Funções dos rins:

• Eliminar substãncias tóxicas oriundas do metabolismo:como a uréia e


creatinina.
• Manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo humano, tais como: sódio,
potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato, hidrogênio, cloro.
• Regular o equilíbrio ácido-básico: mantendo constante o pH
sanguíneo;
• Regular a osmolaridade e volume de líquido corporal eliminando o
excesso de água do organismo;
• Excreção de substâncias exógenas como por exemplo medicações e
antibióticos;
• Produção de hormônios: eritropoetina (estimula a produção de
hemácias), renina (eleva a pressão arterial), calcitriol (vitamina D, atua
no metabolismo ósseo e regula a concentração de cálcio e fósforo no
organismo), cininas e prostaglandinas.
• Degradação de hormônios: como insulina, glucagon e GH.
• Produção de urina para exercer suas funções excretórias.
Insuficiência Renal Crônica

1.1 Definição

É definida como uma síndrome recorrente da perda progressiva, irreversível e


geralmente lenta das funções dos rins e consequente retenção de substâncias
nitrogenadas no sangue.

1.2 Etiologia 7

• Glomérulonefrite (crônica, aguda ou recorrente)


• Pielonefrite
• Necrose cortical renal
• Amiloidose
• Processos renais obstrutivos crônicos
• Hipoparatireoidismo
• Diabetes Mellitus
• Lúpus Eritromatoso Sistêmico
• Cálculos renais
• Doenças vasculares (doença isquêmica, hipertensão maligna,
nefrosclerose)
• Uso excessivo de analgésicos.
• Doenças hereditárias (ex: rins policísticos e síndrome de Alport)

Mesmo que as causas da IRC (Insuficiência renal crônica), sejam removidas, pode
ocorrer progressão da doença. Isso porque os glomérulos remanescentes sofrem diversas
alterações, inclusive hipertrofia, para compensar a redução da filtração glomerular 3.

1.3 Grupos de Risco

• Portadores de diabetes mellitus: Diabéticos descompensados têm


grandes chances de lesarem os capilares renais, por excesso de
glicose no sangue.
• Hipertensos: Por lesões nos capilares renais.
• Histórico familiar de doença renal crônica
• Crianças menores de 5 anos
• Indivíduos com infecções urinárias de repetição
• Indivíduos com doenças urológicas: Estas podem evoluir para
doenças ou lesões renais, o que leva a IRC.
• Gestantes
• Pessoas com enfermidades sistêmicas (como Lúpus eritromatoso
sitêmico): Devido a formação de imunocomplexos antígeno
anticorpo, que acabam se depositando nos glomérulos, levando à
lesões nos mesmos.
1.4 Fisiopatologia

Lesões renais de causas variadas levam a um processo de perda progressiva e


irreversível da função renal, ocorrendo uma diminuição dos números de néfrons, porém
o organismo cria mecanismos adaptativos a fim de manter a homeostasia, promovendo
hiperplasia renal, que é o aumento de tamanho dos néfrons remanescentes. A partir daí,
ocorre um aumento nas taxas de filtração e perfusão do rim 7. Os glomérulos também
sofrem adaptações, como hipertensão glomerular e perda da capacidade seletiva em
restringir a passagem de macromoléculas pela urina, observando proteinúria nestes
pacientes. Juntamente a isto ocorre o aumento de tamanho dos túbulos renais, e
potencialização na capacidade reabsortiva dos mesmos, o que explica distúrbios
quantitativos do equilíbrio de soluto e de água que provocarão edema, hipertensão e
sobrecarga ventricular esquerda, hipernatremia, hiperpotassemia, acidose metabólica
crônica, e retenção de produtos nitrogenados que causam a síndrome urêmica.Ocorre
ainda alterações no metabolismo de PTN, CHO( hiperinsulinemia, hiperglucagonemia,
hiperglicemia) e LIP( ocorre aumento da síntese hepática de triglicérides, devido a
redução da acptação periférica, diminuição da ação da lípase lipoprotéica. Aumento do
VLDL e diminuição do HDL, e ainda deficiência de crnitina 3).
Os sintomas que caracterizam a doença renal aparecem quando atingidos os limites
desse sistema de adaptação 7.

1.5 Sinais e sintomas 3

• Hipertensão arterial sistêmica


• Uremia.
• Arritmia cardíaca.
• Sobrecarga de volume de fluidos
• Hiperfosfatemia
• Hipercalemia
• Cefaléia
• Dispnéia
• Edema dos membros inferiores e superiores
• Proteinúria
• Anorexia
• Náuseas
• Vômitos
• Dor abdominal
• Úlcera na cavidade oral
• Fadiga
• Anemia
1.6 Tratamento Dietoterápico 3

Conservador Hemodiálise CAPD


Proteínas TFG>60ml/min: 1,2g/kg/dia Manutenção:1,2 a
0,8g/kg/dia 1,3g/kg/dia
TFG<60ml/min:0,8g/kg/di Peritonite: 1,4 a
a 1,6g/kg/dia
Síndrome nefrótica:
TFG<60ml/min:0,8g/kg/di
a + 1g p/ cada g de
proteinúria(24h)
Calorias < 60anos:35kcal/kg/dia <60anos:35 Desnutrição:30-
>60anos:30-35 kcal/kg/dia kcal/kg/dia 35kcal/kg/dia
>60anos:30-35Manutenção:25-
kacl/kg/dia 35kcal/kg/dia
Perda de peso:20-
25kcal/kg/dia
Carboidratos 55 a 60% do VCT(preferir 55 a 60% do 55 a 60% do
complexos) VCT(preferir os VCT(incluindo o
complexos) dialisato sendo
35%via oral)
Lipídeos 30-35% do VCT 25 a 35% do 30 a 35% do VCT
AG sat < 10% VCT VCT 1:1:1
AG mono 10 a 15% do
VCT
AG poli 10% VCT
Líquidos Normalmente sem Diurese/24h + Geralmente sem
restrições 500ml restrição

Minerais:
Sódio 1 a 3 g/dia 1 a 3g/dia Individualizado
Potássio 1a3g/dia(se hipercalemia) 1 a 3g/dia Individualizado
Cálcio 1.000-1500mg/dia 1.000a1.500mg/ 1.000a1.500mg/dia
Fósforo 800mg/dia ou 10mg/kg/dia dia 1.000a1.200mg/dia
Ferro Homens: 10mg/dia 800 a Individualizado
Mulheres: 15 a 18mg/dia 1.200mg/dia
Zinco 12-15mg/dia Individualizado 12 a 15mg/dia

12 a 15mg/dia

Vitaminas:
B1 1,5mg/dia 1,5 a 2mg/dia 1,5 a 2mg/dia
B2 1,8mg/dia 1,1 a 1,8mg/dia 1,1 a 1,8mg/dia
Niacina 20mg/dia 20mg/dia 20mg/dia
Ac Pantotênico 5mg/dia 5 a 10mg/dia 5 a 10mg/dia
Piridoxina 5 a 10mg/dia 10 a 50mg/dia 10 a 50mg/dia
B12 2,4 a 3μg/dia 2,4 a 3μg/dia 2,4 a 3μg/dia
Ac Fólico 1mg/dia 1 a 5mg/dia 1 a 5mg/dia
Vit C 60mg/dia 60 a 100mg/dia 60 a 100mg/dia
Vit A Não suplemenmtar Não Não suplemenmtar
Vit D Individualizado suplemenmtar Individualizado
Vit E Não suplementar Individualizado Não suplementar
Vit K Não suplementar Não suplementar Não suplementar
Não suplementar
Fibras 20 a 25g/dia 20 a 25g/dia 20 a 25g/dia

1.7 Tratamento medicamentoso

• Inibidores de enzima conversora de angiotensina (IECA)


• Bloqueadores de receptores de angiotensina(BRAs)
• Diuréticos
• Diuréticos de alça
• Hipotensores como: prazozim, minoxidil, captopril e enalopril

• Controle da HAS
• Controle glicêmico
• Diálise peritonial
• Hemodiálise
Pielonefrite

1.1 Definição

A pielonefrite é uma infecção do trato urinário ascendente, ou seja que atingiu a


"pielo" (pelve) do rim.

1.2 Etiologia

Os agentes etiológicos, mais freqüentemente envolvidos com ITU, são em ordem de


freqüência:
• Escherichia coli,
• Staphylococcus saprophyticus
• Proteus
• Klebsiella
• Enterococcus faecalis

1.3 Grupos de Risco

• Sexo feminino: Devido a própria anatomia da genitália feminina,


onde a entrada do ureter fica próxima ao ânus, e ainda fica a 4 cm
da bexiga.
• Gravidez: Com a gravidez a urina da mulher se torna mais rica em
nutrientes, o que favorece o crescimento bacteriano e
acometimento de infecções nos rins.
• Obstrução do trato urinário: Obstáculo ao fluxo de urina (tumores,
estreitamentos, cálculos, próstata aumentada) leva a condições
propícias de proliferação bacteriana e a distenção vesical (bexiga),
reduz a capacidade bactericida da mucosa, levando a uma infecção
renal.
• Hiperplasia prostática: Os homens têm mais chance de ter
pielonefrite se a próstata estiver aumentada, uma situação comum
depois dos 50 anos de idade.
• Infecção urinária (cistite) não tratada: Cistites não tratadas tem
grandes chances de evoluírem para uma pielonefrite, já que o
organismo causador da infecção encontr-se bem próximo aos rins.
• Diabetes Mellitus: Quando comparados os indivíduos diabéticos
com os não diabéticos do mesmo sexo e faixa etária, a freqüência
de bacteriúria parece não ser maior, porém o indivíduo diabético
possui atividade imunológica reduzida.

• Idade e baixa imunidade: Ocasionalmente, a pielonefrite pode se


tornar grave, tornando-se ameaçadora à vida, especialmente em
pessoas mais velhas ou naqueles que têm um sistema imune
comprometido.

• Exames ou procedimentos: Que envolvam a inserção de


instrumentos na bexiga (cistoscopia, sondagem vesical, etc.)
aumentam o risco de infecções urinárias e pielonefrite

1.4 Fisiopatologia

Normalmente os ureteres não recebem urina de volta da bexiga, devido a mecânismos


anti-refluxo. Contudo se estes mecanismos devido anomalias congenitas, inflamações
ou algum tipo de obstrução do trato urinário não forem eficazes, o refluxo de urina pode
transportar bactérias que infectem a bexiga ou a uretra para o rim, o que caracteriza o
quadro de infecção ascendente resultando em pielonefrite.

1.5 Sinais e sintomas

• Febre alta (39,4°C ou mais), Calafrios, Tremores: Devido a infecção


instalada.
• Dor mais abdominal súbita, intensa, ou mais concentrada nos flancos
(parte de trás e de lado do abdome). Esta dor pode migrar do lado para
abdome inferior, ou até a virilha. Uma pessoa pode experimentar
episódios de dor intensa provocados pelos espasmos de um dos
ureteres (cólica renal). Os espasmos podem ser causados pela infecção
ou pela passagem de um cálculo renal
• Urina turva: Devido a presença de pus na urina, devido ao processo
infeccioso( piúria)
• Hematúria: Pela presença de sangue, causada por cálculo e/ou pelo
próprio processo inflamatório.
• Cheiro extraordinariamente "forte" ou até podre na urina: um odor
amoniacal, que está presente quando existem bactérias capazes de
transformar nitrato em nitrito, tais como Citrobacter spp.,
Enterobacter spp., Proteus spp., Morganella morganii, entre outros 4.
• Polaciúria: Necessidade de urinar mais freqüentemente que o normal.
• Algúria (incômodo) ou Disúria (dor) durante a micção: devido a
infecção das vias urinárias

1.6Diagnóstico

O diagnóstico é feito com a coleta da urina (jato médio) a fim de se realizar urocultura -
cultura de bactérias na urina. Contagem de germes superiores a 100 mil bactérias por
mililitro é considerada infecção urinária. Nesse mesmo exame vários antibióticos são
testados com a finalidade de orientar o médico na escolha do melhor tratamento

1.7 Tratamento Dietoterápico

A pielonefrite não necessita de um tratamento dietético específico. Logo a dietoterapia


segue para indivíduos normais, exceto na presença de outras patologias.

• Normocalórica: 20-30kcal/kg

• Normoglicídica: 50-60% do VCT

• Normoprotéica: 0,8-1,2g/kg

• Normolipídica: 25-30% do VCT

• Líquidos: exceto quando contra indicados (ex: na presença de edemas), os


líquidos são recomendados, beber água evita o crescimento de bactérias
causadoras de infecção, “lavando” constantemente as vias urinárias. Beber
vários copos de água por dia também ajuda a prevenir os cálculos renais que
podem aumentar o risco de pielonefrite.

1.8 Tratamento medicamentoso

• Antibióticos como Sulfametoxazol-trimetoprim, Norfloxacin ,


Ciprofloxacin,Levofloxacin, etc
• Analgésicos, para alívio de dores e diminuição da temperatura
corporal.

A correção cirúrgica das malformações ou fatores predisponentes (por exemplo, um


cálculo urinário) pode ser necessária para completar o tratamento.

2 - Estudo de caso

2.1 Dados gerais de identificação do paciente


Nome: Idiocreciano Rosa
Sexo: masculino
Leito: 19
N° do prontuário:
Data de internação: 09/03/2009
Data de nascimento: 12/11/1923
Médico responsável: Dr. Ricardo Luiz Diniz

2.2 Diagnóstico clínico


• Insuficiência Renal Crônica
• Pielonefrite

2.3 Queixa principal e história da doença atual


Paciente relata náuseas, vômitos, tosse e dor ao urinar.

2.4 Antecedentes clínicos:


Relata ter o diagnóstico de insuficiência renal crônica há 2 anos, e pela primeira vez
apresentar pielonefrite.

2.5 Hábitos gerais:


Paciente nega a prática de qualquer tipo de atividade física. Relata que em casa se
alimenta apenas 2 vezes ao dia, sendo este almoço e jantar. Nega tabagismo e
alcoolismo.

2.6 Histórico sócio-econômico:


Aposentado, tem 5 filhos, mora com a esposa, a qual também não trabalha. Recebe em
torno de 2 salários mínimos por mês.

2.7 Condições clínicas na data de internação


Mal estar há 7 dias, dor na região lombar e ausência de edemas.

2.8 Exames solicitados


Data Valor Ref. 5 09/03 11/03 13/03
Leucócitos(mil/mm3) 4 - 11 7.100 6.500 7.700
Linfócitos(% mm3) 20 - 50 1.633 1.820 3.003
Bastonetes(mm3) Até 840 142 195 202
Segmentados(mm3) 1.700 - 8.000 4.402 3.640 3.773
Ht(%) 40 - 50 37 36,5 41
Hb(g/dl) 13,5 - 18 11,9 11,8 13,1
P(mg/dl) 2,4 - 4,6 - - 2,7
Na(mEq/l) 137 - 145 141 143 -
K(mEq) 3,6 - 5 4,1 4,0 -
Glicemia(mg/dl) 75 - 110 - - 73
Jejum
Uréia(mg/dl) 10 - 45 92 48 66
Creatinina(mg/dl) 0,8 – 1,2 3,3 2,4 2,6
TGO(U/I) Até 38 U/L - - 24
TGP(U/I) Até 41 U/L - - 37
Ac. Úrico(mg/dl) 0,34-7,0 - - 6,3
Plaquetas(mil/mm3) 150 - 450 172 165 132
Neutrófilos(mil/mm3) 1.800 - 8000 3.912 3.835 3.850
Hemácias(mil/mm3) 4,32 - 5,5 4,53 4,25 4,22
Cálcio(mg/dl) 9 - 11 9,2 - -

Interpretação dos resultados dos exames


- Uréia: Está aumentada devido ao quadro de Insuficiência Renal Crônica.
Porém não é um bom marcador, pois reflete a proteína ingerida pelo paciente.

- Creatinina: Bom marcador da função renal, pois sofre menos influência da


dieta do que a uréia, já que se deriva do catabolismo da massa muscular. Neste caso
encontra-se aumentada devido ao quadro de IRC.

- Hemácias: A quantidade de hemácias veio diminuindo ao longo da internação,


confirmando o estado de anemia presente no paciente.

-Ht e Hb: Encontram-se abaixo dos valores de referência, devido ao quadro de


anemia presente no paciente.

2.9- Medicamentos prescritos( Alterações gastrintestinais )

Medicamentos Alterações do TGI 5


Rocefin(antibiótico) Uso a longo prazo leva ao aparecimento
de candidíase oral, inflamação da mucosa
bucal e língua, diarréia e colite
pseudomembranosa.
Losec(antiúlcera, anti-secretório, anti- Diminui secreção de ácido gástrico,
DRGE) aumenta ph, Gástrico, náuseas, dor
abdominal, diarréia.
Heparina(anticoagulante) Dor abdominal, sangramento
gastintestinal, obstipação, fezes escuras.
Sustrate(vasodilatador) Altas doses podem causar vômitos.
Digesan(regulador da atividade Nenhuma alteração
gastoduodenal)

2.10- Prescrição médica da dieta

Dieta livre para IRC + líquidos VO.

2.11- Avaliação da situação nutricional


Anamnese alimentar: Paciente relata realizar apenas 3 refeições diárias (café
da manhã 07:00,almoço11:30hs e jantar18:00hs), nas quais come bastante, exceto no
café da manhã, que relata beber somente 1 copo de leite com 2 colheres de sopa de
achocolatado e bastante açúcar, e entre elas bebe café simples com açúcar . Tem aversão
a abacaxi, e molhos de verduras em geral.
Sua esposa prepara as refeições e utiliza óleo vegetal, porém a carne é
prepara com banha. Diz gostar
bastante de refrigerantes,doces(relata comer todos os dias algum tipo d
edoce), leite com achocolatado e carnes em geral.
Relata ter dificuldade para mastigar, já que lhe falta dentição e também
não faz
uso de prótese dentária.

Dados antropométricos:

Altura: 1,70m
Peso atual: 60Kg
IMC: 20,7Kg/m² → Magreza (segundo IMC para idosos)
TFG: 13,8ml/min

Peso ideal: 66 Kg
% peso ideal: 90,3% → Normal

Peso usual: 70 Kg
% peso usual: 85,7% → Desnutrição leve

Tempo e % perda de peso:


14,2% em 3 meses→ Perda de peso grave

Prega cutânea triciptal: 12 mm P50 - P75


CB: 25 cm. P5 - P10
CMB: 212mm < P5
AMB: 3.579mm < P5

Conclusão do estado nutricional


Paciente encontra-se desnutrido e com quadro de anemia segundo exames
bioquímicos.

2.12- Cálculo das necessidades nutricionais

Harris Benedict(1919)
GER: 66,5 + [13,7 x 66] + [5,0 x 170] - [6,8 x 85]
GER: 66,5 + 904,2 + 850 - 578
GER: 970,7 + 850 - 578
GER: 1.242 Kcal/dia

GET: 1.242 x 1,2 x 1,3


GET: 1.940 Kcal/dia + 400 Kcal
GET: 2.340 Kcal/dia
ou
35 Kcal/kg = 2.310Kcal/dia

Justificativas:
-Peso: Foi utilizado o peso ideal para os cálculos das necessidades
nutricionais do paciente já

-Fator de injúria: na literatura não existe uma referência em caso de IRC,


logo foi levado em consideração de que se trata de uma doença com
alterações metabólicas importantes, o que justifica um F.I. alto.

PTN: 2340 x 10% = 234 ÷ 4 = 58,5g


÷ 66kg = 0,8g/ptn/kg
50% PAVB

CHO: 2340 x 60% = 1404 ÷ 4 = 351g

LIP: 2340 x 30% = 702 ÷ 9 = 78g

AGS: <7% do VCT = < 18,2 g.


AGP: de 10 - 15% do VCT = até 39g.
AGM: até 20% do VCT = até 52 g

2.13- Prescrição dietoterápica

Dieta hipossódica, com 2.340 calorias, sendo 10% de proteínas (58,5g);


60% de carboidratos; (351g); 30% de lipídeos(78g) respeitando perfil
lipídico; Ferro 18 mg; Cálcio 1.000-1.500mg; Sódio 3g; Potássio 3g; Fósforo
800mg; Zinco 12-15mg; vitamina C 90mg; Vitamina A 700μg; Vitamina E
15mg;
Vitamina D 15μg; Vitamina B6 1,7mg; Vitamina B12 2,4μg;
Ácido fólico 400μg; Fibras 20-25g.
Justificativas:
-PTN:10%(58,5g) Quantidade de proteína dentro dos padrões de referência
para tratamento conservador de IRC.
-CHO: 60%(351g) Dentro dos padrões de referência, dando-se preferência
aos complexos(afim de evitar ou amenizar alterações no metabolismo de
carboidratos).
-LIP: 30% (78g) Quantidade dentro dos padrões de referência, sempre
respeitando perfil lipídico(afim de evitar dislipidemias e doenças
cardiovasculares).

-Ferro: (18g) Mineral essencial para a recuperação da anemia, presente neste


paciente, já que o mesmo exerce funções como elemento estrutural do grupo
heme na hemoglobina 2.

-Cálcio: (1000-1500mg) Além de exercer suas funções na formação óssea e


contração muscular 2 este mineral é importante para pacientes com IRC, pois
um aporte adequado do cálcio visa a homeostase do mesmo e o impede o a
osteodistrofia renal e o hiperparatireoidismo secundário 7.

-Sódio: (3g) Quantidade de sódio recomendada para pacientes com IRC,


afim de evitar expanção do volume extracelular o que acarretaria hipertensão
arterial e ICC.

-Potássio: (3g) A restrição de potássio é interessante já que estes pacientes


apresentam hipercalemia.

-Fósforo: (800mg) Importante como constituinte de ATP, absorção e


transporte de nutrientes, regulação da atividade protéica e no balanço ácido
básico, deve ser monitorado, pois em fases mais avançadas da IRC, pacientes
podem apresentar hiperfosfatemia.

-Zinco: (12-15mg) Age como co-fator de centenas de enzimas no organismo,


ainda tem função imunológica e ajuda na melhora do apetite, pode estar
reduzido em pacientes com IRC.

-Vitamina C: (90mg) Vitamina essencial para o sistema imunológico,


importante para aumentar a absorção de ferro( já que reduz o íon férrico a
ferroso 2) e ainda age com potente antioxidante.

-Vitamina E: (15mg) Tem função antioxidante, e age com anti-coagulante .

-Vitamina A: (700μg) Importante para o sistema imunológico e para a visão2.


Deve ser monitorada na IRC, afim de não se ultrapassar os valores da UL, já
que nestes pacientes o excesso da mesma pode causar toxicidade.
-Vitamina B6: (1,7mg) Age como precursor do grupo heme na hemoglobina 2,
e importante também como co-fator enzimático para a redução da
homocisteína em cistina, combatendo a hiperhomocisteínemia(fator de risco
para DCV).

-Vitamina B12: (2,4 μg) Importante para o funcionamento normal de todas a s


células, especialmente para as do TGI, medula óssea e tecido nervoso 2,
importante também como co-fator enzimático para a redução da
homocisteína em cistina, combatendo a hiperhomocisteínemia(fator de risco
para DCV).

-Ácido fólico: (400μg) Essencial na formação de hemácias e leucócitos na


medula óssea 2(importante neste paciente já que o mesmo apresenta anemia
e pielonefrite), e ainda importante na refosforilação da homocisteína,
combatendo a hiperhomocisteínemia(fator de risco para DCV).

-Vitamina D: (15 μg) Importante para prevenir a osteodistrofia renal 7 neste


paciente, já que a mesma auxilia na absorção e fixação do cálcio no
organismo.

-Fibras: (20-25g) Quantidade de fibras segundo valores de referência3.

Nutrientes que devem ser monitorados pela interação droga-nutriente:

-Sódio
-Ferro
-Vitamina B12
-Vitamina D
-Potássio
-Magnésio
-Cálcio

Nutrientes que devem ser monitorados segundo a patologia:

-Sódio
-Ferro
-Cálcio
-Potássio
-Fósforo
-Zinco
-Vitamina A
-Vitamina C
-Vitamina D
-Vitamina B6
-Vitamina B12
- Ácido fólico
2.14- Cardápio

Dia Alimentar

▪ Café da manhã (07:00hs)


Pão francês
Requeijão
Leite desnatado
Nutren active
Mamão formosa

▪ Lanche da manhã (10:00hs)


Abacate

▪Almoço (12:00hs)
Acelga
Chicória
Tomate
Cenoura cozida
Beterraba cozida
Frango assado(coxa)
Azeite extra virgem (para salada)
Purê de batata
Arroz
Feijão
Banana assada c/ canela

▪Lanche (15:30hs)
Suco de Maracujá c/ açúcar
Pão de forma aveia
Queijo minas frescal light

▪Jantar (19:00hs)
Acelga
Chicória
Tomate
Cenoura cozida
Beterraba cozida
Carne bovina moída
Azeite (para salada)
Purê de batata
Arroz
Feijão
Goiabada
▪Ceia (22:00hs)
Iogurte natural desnatado
Mel

Lista de medidas caseiras e substituição

Café da manhã
Alimento Medida caseira Substituição
Pão francês 1 unidade com miolo 50g -Biscoito de polvilho: 12
unidades(tipo rosca).
-Bisnaguinha: 2 unidades
-Bolacha Água e Sal: 6
unidades
- Bolacha Amanteigado: 6
unidades
- Bolacha Club Social: 1
pacote
- Bolacha Coco: 5 unidades
- Bolacha Cream Craker: 6
unidades
- Bolacha Maçã e Canela: 6
unidades
- Bolacha Maisena: 6
unidades
- Bolo Branco Simples:1
fatia pequena
- Bolo de cenoura: 1 fatia
pequena
- Bolo de chocolate s/
cobertura: 1 fatia pequena
- Bolo de Fubá: 1 fatia
pequena
- Cereal Matinal Corn
Flakes: 1 ½ xícara de chá
- Pão de Batata: 1 unidade
média
- Pão de forma integral: 2
fatias
- Pão de Queijo: 1 unidade
média
- Torrada Caseira: 7
unidades
- Torrada Industrializada: 5
unidades
-Pão de forma tradicional:
2 fatias
-Pão de batata: 1 unidade
média
Requeijão 1 colher (sopa) rasa 15g - Geléia de fruta: 1 colher
de (sobremesa) rasa
- Manteiga light: 1 colher
de chá rasa
- Mel: 1 colher de chá
- Mussarela: ½ fatia média
(10 g)
- Queijo minas frescal: ½
fatia pequena 10g
- Queijo prato: ½ fatia
pequena 5g.
- Ricota: ½ fatia pequena
15g
Leite desnatado 1 copo (americano) - Coalhada: ½ pote (100 g)
nivelado 200ml - Iogurte desnatado: 1
unidade de 200g
- Iogurte natural: 1 pote
(200 g)
- Mussarela: 1 fatia média
(20 g)
- Queijo minas frescal: 1
fatia grande (40 g)
- Queijo prato: 2 fatias
médias 30 g.
- Ricota: 1 fatia grande
50g
- YakultR: ½ unidade
- DanoninhoR: 2 unidades
pequenas
Nutren active 1 colher (sopa) 15g Sustage: 1 colher sopa
Mamão formosa 1 fatia média 170g - Laranja 1 unidade
pequena
- Banana prata: 1 unidade
média
- Caju: 1 unidade média
- Caqui: ½ unidade média
- Goiaba: ½ unidade
pequena
- Jabuticaba: 1 copo
pequeno cheio
- Kiwi: 1 unidade média
- Maçã: 1 unidade pequena
- Mamão: 1 fatia pequena
-Manga: 1 unidade pequena
- Melancia: 1 fatia média
- Melão: 2 fatias médias
- Mexerica: 1 unidade
pequena
- Morango: 5 unidades
grandes
- Nectarina: 2 unidades
pequenas
- Pêra: 1 unidade pequena
- Pêssego: 1 unidade
grande
- Uva: 5 unidades grandes
Obs: Ingerir uma fruta
ou suco

Lanche
Alimento Medida caseira Substituição
Abacate 2 colheres (sopa) picado - Laranja 1 unidade
90g pequena
- Banana prata: 1 unidade
média
- Caju: 1 unidade média
- Caqui: ½ unidade média
- Goiaba: ½ unidade
pequena
- Jabuticaba: 1 copo
pequeno cheio
- Kiwi: 1 unidade média
- Maçã: 1 unidade pequena
- Mamão: 1 fatia pequena
-Manga: 1 unidade pequena
- Melancia: 1 fatia média
- Melão: 2 fatias médias
- Mexerica: 1 unidade
pequena
- Morango: 5 unidades
grandes
- Nectarina: 2 unidades
pequenas
- Pêra: 1 unidade pequena
- Pêssego: 1 unidade
grande
- Uva: 5 unidades grandes
Obs: Ingerir uma fruta
ou suco

Almoço
Alimento Medidacaseira Substituição
Acelga 1 prato Alface/Almeirão/Aspargo/
(sobremesa) ch Chicória/Couve/Espinafre/Rúcula/Mostarda/
30g Repolho roxo/Repolho verde/Agrião
Chicória 1 prato Alface/Almeirão/Aspargo/
(sobremesa) ch Chicória/Couve/Espinafre/Rúcula/Mostarda/
30g Repolho roxo/Repolho verde/Agrião
Tomate 3 rodelas Palmito/Pepino/Rabanete/Pimentão/Beterraba
pequenas 30g crua/Cenoura crua/Jiló cru/Nabo
Cenoura cozida 2 colheres Abóbora cabotiá/Abobrinha
(sopa) ch 40g verde/Berinjela/Beterraba
cozida/Chuchu/Couve-
flor/Vagem/Guariroba/Jiló cozido/Quiabo
Beterraba cozida 2 colheres Abóbora cabotiá/Abobrinha
(sopa) ch 40g verde/Berinjela/Cenoura
cozida/Chuchu/Couve-
flor/Vagem/Guariroba/Jiló cozido/Quiabo
Coxa de frango 1 unidade - Almôndega bovina: 1 unidade média
assada pequena 30g - Bacalhau cozido: 1 colher de sopa ch desfiado
- Carne bovina ensopada: 1 pedaço médio
- Carne bovina moída: 2 colheres de sopa rasa
- Carne seca: 1 colher de sopa cheia picada
- Costela bovina assada: ½ pedaço médio
-Costela suína assada: 1 pedaço médio
- Coxa de frango ensopada: 1 unidade pequena
- Fígado de galinha cozido: 2 unidades
pequenas
- Peixe cozido picado: 2 colheres de sopa ch
- Isca de carne de porco: 1 colher de sopa cheia
- Isca de fígado: 1 colher de sopa ch
- Lingüiça picada assada: 3 colheres de sopa
cheias
- Lombo de porco assado: 1 fatia pequena
- Ovo de codorna: 6 unidades
- Ovo de galinha mexido: 4 colheres de sopa
cheias
- Quibe mini assado: 3 unidades pequenas
- Sobrecoxa de frango assada: 1 unidade
pequena
Purê de batata 1 colher (sopa) -Batata inglesa: 2 colheres de sopa ch
ch 45g -Cará/Inhame/mandioca cozida/batata doce: 2
colheres de sopa ch
-Farinha de mandioca/milho/rosca: 1 colher
sopa ch
-Macarronada/Inhoque: 1 colher de servir ch
-Milho: 2 colheres sopa ch
-Purê de abóbora/Angu/Polenta: 1 colher de
sopa ch
Arroz 1 escumadeira -Batata inglesa: 3 colheres de sopa ch
média ch 85g -Cará/Inhame/mandioca cozida/batata doce: 5
colheres de sopa ch
-Farinha de mandioca/milho/rosca: 3 colher
sopa ch
-Macarronada/Inhoque: 3 colheres de servir ch
-Milho: 5 colheres sopa ch
-Purê de abóbora/Angu/Polenta: 3 colheres de
sopa ch
-Lasanha: 1 pedaço pequeno
-Macarrão alho e óleo: 1 escumadeira média
rasa
Feijão 1 concha média -Ervilha cozida: 1 colher de servir ch
rasa 80g -Ervilha enlatada: 2 colheres de servir ch
-Grão de bico: 1 colher de servir ch
-Lentilha cozida: 2 colheres de servir ch
-Feijão branco: 1 concha pequena rasa
-Feijão tropeiro: 1 concha pequena ch
-Tutu de feijão: 1 concha pequena ch

Banana prata 1 unidade - Abacate: 2 colheres sopa ch


média 40g - Laranja 1 unidade pequena
- Caju: 1 unidade média
- Caqui: ½ unidade média
- Goiaba: ½ unidade pequena
- Jabuticaba: 1 copo pequeno cheio
- Kiwi: 1 unidade média
- Maçã: 1 unidade pequena
- Mamão: 1 fatia pequena
-Manga: 1 unidade pequena
- Melancia: 1 fatia média
- Melão: 2 fatias médias
- Mexerica: 1 unidade pequena
- Morango: 5 unidades grandes
- Nectarina: 2 unidades pequenas
- Pêra: 1 unidade pequena
- Pêssego: 1 unidade grande
- Uva: 5 unidades grandes
Obs: Ingerir uma fruta ou suco
Canela 2 colheres Sem substituição
(café) ch 4g
Azeite extra virgem 1 colher (sopa) Sem substituição
ch 8ml
Sal 1g - 1 tampa de Sem substituição
caneta BIC

Lanche da tarde
Alimento Medidacaseira Substituição
Suco de maracujá 1 copo (americano) nivelado - Abacate: 2 colheres sopa
200ml ch
- Laranja 1 unidade
pequena
- Banana prata: 1 unidade
média
- Caju: 1 unidade média
- Caqui: ½ unidade média
- Goiaba: ½ unidade
pequena
- Jabuticaba: 1 copo
pequeno cheio
- Kiwi: 1 unidade média
- Maçã: 1 unidade
pequena
- Mamão: 1 fatia pequena
-Manga: 1 unidade
pequena
- Melancia: 1 fatia média
- Melão: 2 fatias médias
- Mexerica: 1 unidade
pequena
- Morango: 5 unidades
grandes
- Nectarina: 2 unidades
pequenas
- Pêra: 1 unidade pequena
- Pêssego: 1 unidade
grande
- Uva: 5 unidades grandes
Obs: Ingerir uma fruta ou
suco
Pão de forma aveia 2 fatias 50g -Pão francês: 1 unidade
com miolo
-Biscoito de polvilho: 12
unidades (tipo rosca).
-Bisnaguinha: 2 unidades
-Bolacha Água e Sal: 6
unidades
- Bolacha Amanteigado: 6
unidades
- Bolacha Club Social: 1
pacote
- Bolacha Coco: 5
unidades
- Bolacha Cream Craker:
6 unidades
- Bolacha Maçã e Canela:
6 unidades
- Bolacha Maisena: 6
unidades
- Bolo Branco Simples:1
fatia pequena
- Bolo de cenoura: 1 fatia
pequena
- Bolo de chocolate s/
cobertura: 1 fatia pequena
- Bolo de Fubá: 1 fatia
pequena
- Cereal Matinal Corn
Flakes: 1 ½ xícara de chá
- Pão de Batata: 1 unidade
média
- Pão de forma integral: 2
fatias
- Pão de Queijo: 1 unidade
média
- Torrada Caseira: 7
unidades
- Torrada Industrializada:
5 unidades
-Pão de batata: 1 unidade
média
Queijo minas frescal light 1 fatia pequena 20g - Geléia de fruta: 1 colher
de (sobremesa) rasa
- Manteiga light: 1 colher
de chá rasa
- Mel: 1 colher de chá
-Mussarela: ½ fatia média
(10 g)
- Queijo prato: 1 fatia
média 15g
- Ricota: 1 fatia pequena
10g
- Requeijão: 2 colheres de
sopa rasa

Jantar
Alimento Medidacaseira Substituição
Acelga 1 prato Alface/Almeirão/Aspargo/
(sobremesa) ch Chicória/Couve/Espinafre/Rúcula/Mostarda/
30g Repolho roxo/Repolho verde/Agrião
Chicória 1 prato Alface/Almeirão/Aspargo/
(sobremesa) ch Chicória/Couve/Espinafre/Rúcula/Mostarda/
30g Repolho roxo/Repolho verde/Agrião
Tomate 3 rodelas Palmito/Pepino/Rabanete/Pimentão/Beterraba
pequenas 30g crua/Cenoura crua/Jiló cru/Nabo
Cenoura cozida 2 colheres Abóbora cabotiá/Abobrinha
(sopa) ch 40g verde/Berinjela/Beterraba
cozida/Chuchu/Couve-
flor/Vagem/Guariroba/Jiló cozido/Quiabo
Beterraba cozida 2 colheres Abóbora cabotiá/Abobrinha
(sopa) ch 40g verde/Berinjela/Cenoura
cozida/Chuchu/Couve-
flor/Vagem/Guariroba/Jiló cozido/Quiabo
Carne moída 1 colher (sopa) - Almôndega bovina: 1 unidade pequena
ch 25g - Bacalhau cozido: 1 colher de sopa rasa
desfiado
- Carne bovina ensopada: 1 pedaço pequeno
- Carne seca: 1 colher de sopa rasa picada
- Costela bovina assada: ½ pedaço pequeno
- Costela suína assada: 1 pedaço pequeno
- Coxa de frango assada ou ensopada: 1
unidade pequena
- Fígado de galinha cozido: 1 unidade pequena
- Peixe cozido picado: 1 colher de sopa ch
- Isca de carne de porco: 1 colher de sopa rasa
- Isca de fígado: 1 colher de sopa rasa
- Lingüiça picada assada: 2 colheres de sopa
cheias
- Lombo de porco assado: ½ fatia pequena
- Ovo de codorna: 4 unidades
- Ovo de galinha mexido: 1 colher de servir ch
- Quibe mini assado: 2 unidades pequenas
Purê de batata 1 colher (sopa) -Batata inglesa: 2 colheres de sopa ch
ch 45g -Cará/Inhame/mandioca cozida/batata doce: 2
colheres de sopa ch
-Farinha de mandioca/milho/rosca: 1 colher
sopa ch
-Macarronada/Inhoque: 1 colher de servir ch
-Milho: 2 colheres sopa ch
-Purê de abóbora/Angu/Polenta: 1 colher de
sopa ch
Arroz 1 escumadeira -Batata inglesa: 3 colheres de sopa ch
média ch 85g -Cará/Inhame/mandioca cozida/batata doce: 5
colheres de sopa ch
-Farinha de mandioca/milho/rosca: 3 colheres
sopa ch
-Macarronada/Inhoque: 3 colheres de servir ch
-Milho: 5 colheres sopa ch
-Purê de abóbora/Angu/Polenta: 3 colheres de
sopa ch
-Lasanha: 1 pedaço pequeno
-Macarrão alho e óleo: 1 escumadeira média
rasa
Feijão 1 concha média -Ervilha cozida: 1 colher de servir ch
rasa 80g -Ervilha enlatada: 2 colheres de servir ch
-Grão de bico: 1 colher de servir ch
-Lentilha cozida: 2 colheres de servir ch
-Feijão branco: 1 concha pequena rasa
-Feijão tropeiro: 1 concha pequena ch
-Tutu de feijão: 1 concha pequena ch

Goiabada 1 fatia média - Doce de abóbora: 2 colheres de sobremesa


rasa
- Doce de mamão: 2 colheres de sopa ch
-Doce de leite: 2 colheres d esobremesa rasa
-Cocada: 1 unidade grande
- Doce de nozes: 1 colher de sob ch
Obs: Tente não consumir doces todos os dias.
Azeite 1 colher (sopa) Sem substituição
ch 8ml
Sal 1g - 1 tampa de Sem substituição
caneta BIC

Ceia
Alimento Medida caseira Substituição
Iogurte natural 1 pote 120g - Coalhada: ½ pote (100 g)
- Iogurte desnatado: 1
unidade de 120g
- Mussarela: 1 fatia
pequena 15g
- Queijo minas frescal: 1
fatia média 30 g
- Queijo prato: 1 fatia
grande 20g
- Ricota: 1 fatia média 35g
- DanoninhoR: 1 unidade
pequena
Mel 2 colheres de (sopa) ch 30g - Açúcar cristal: 2 colheres
(sobremesa) ch
- Açúcar mascavo: 2
colheres (sobremesa) ch

Prescrição de Zinco
Para: Idiocreciano Rosa
Suplemento de zinco: suplemento mineral de zinco vital natus - 60 comprimidos com
65,21mg
Tomar 1/3 do comprimido ao dia no horário do almoço

Prescrição de vitamina D
Para: Idiocreciano Rosa
Suplemento de vitamina D: Sigmatriol - 30 cápsulas com 0,25mcg
Tomar 1 cápsula ao dia no horário do café da manhã

Percentual de macronutrientes:
Nutriente Gramas Calorias % atingido
Carboidratos 338,36 1.353,4 59,2
Proteínas 58,18 232,72 10,1
Lipídios 77,23 695,07 30,4

Percentual do Perfil lipídico:


Tipo de Ácido Graxo Recomendação % atingido
Monoinsaturado 10 - 15% do VCT 11,6%
Poliinsaturado Até 10% do VCT 6,95%
Saturado < 7% do VCT 4,27%

3-Quadros de Valor Protéico da Dieta

PAVB (Gramas) PBVB (Gramas) Total (Gramas)

28,59 29,59 58,18

Proteínas Totais Grama/PTN/Kg/Dia NPU NDPCAL


da (%)
Dieta(Gramas)
58,18 0,8 28,58 5,0

Percentual de adequação dos micronutrientes:


Nutriente Quantidade Recomendações % de
do cardápio adequação
Potássio 3.154,82mg 3.000mg 105,1
Fósforo 790,6mg 800mg 98,8
Ferro 15,63mg 10mg 156,3
Na 2.545,21mg 1.000 - 3.000mg 254,52
Cálcio 1.186,43mg 1.000 - 1500mg 118,6
Zinco 28,05mg 12 - 15 mg 233,7
Vitamina A 1.970,7 μg 700 μg 281,5
Vitamina C 160,59mg 90 mg 178,4
Vitamina D 1,42 μg 50 μg 2,84
Vitamina E 15,828 mg 1 5 mg 105,5
Vitamina B6 2,6 mg 1,7 mg 154,7
Vitamina B12 4,3 μg 2,4μg 179,1
Ácido fólico 351,16 μg 400 μg 87,79
Justificativas do percentual de adequação do cardápio:
• Ferro: A quantidade de ferro ultrapassou os valores recomendados 3 de
10mg, porém não trará danos ao paciente pelo mesmo apresentar-se
com quadro de anemia, e pelo fato da quantidade não ter ultrapassado
o valor máximo permitido segundo UL.
• Zinco: Os valores de zinco não atingiram o recomendado segundo
DRI(2000), logo a suplementação se fez necessária,já que o mesmo
age como co-fator de centenas de enzimas no organismo, ainda tem
função imunológica e ajuda na melhora do apetite
• Vitamina A: A quantidade de vitamina A ultrapassou bastante o
recomendado de 700μg, segundo DRI(2000), porém não trará danos ao
paciente pelo fato do valor não ter ultrapassado o máximo permitido
que é de 3000μg segundo UL.
• Vitamina C: A quantidade de vitamina C contida no cardápio
ultrapassou o recomendado segundo DRI(2000), entretanto não
acarretará danos nem toxicidade ao paciente pelo fato de não ter
ultrapassado o valor máximo permitido( 2000mg), segundo UL, e
ainda deve-se levar em consideração que quantidades moderadas trará
benefício para o sistema imunológico do paciente, já que o mesmo
apresenta quadro de pielonefrite.
• Vitamina B6: Os valores de vitamina B6 contidos no cardápio
ultrapassaram os valores recomendados, segundo DRI(2000), porém
não foi maior que a UL, não trazendo assim risco de toxicidade ao
paciente.
• Vitamina B12: O valor da vitamina B12 encontra-se elevada,
entretanto, doses de até 30 mcg por dia parecem ser bem toleradas pelo
organismo, não apresentando toxicidade.4 Além disso, adultos acima
de 51 anos podem não absorver adequadamente esse vitamina,
necessitando de uma maior ingestão para suprir as necessidades
adequadas.1
• Ácido fólico: A quantidade de ácido fólico não atingiu o recomendado
de 400μg, segundo DRI(2000), entretanto ficou acima da quantidade
mínima estabelecida pela UL, que é de 320μg.
Orientações Nutricionais:
 Realize 6 refeições diárias, obedecendo sempre os horários e prescrições

dietoterápicas.

 Diminua o consumo de alimentos embutidos (salsicha, presunto, lingüiça,

salames, mortadela, azeitonas, etc).

• Antes do preparo de leguminosas (ervilha, feijão, grão de bico,

lentilha) deixe-a de molho, no momento da cocção despreze a água e

cozinhe em uma nova. No momento da ingestão despreze o caldo e

consuma apenas os grãos.

• A comida deve ser preparada sem a adição de sal, no prato que você

deve adicionar a medida de 1 tampa de caneta BIC, afim de se evitar o

consumo excessivo de sal.

• Prefira condimentos como: alho, cebola, cebolinha, vinagre, limão,

salsinha, etc.

• Diminua o consumo de sal nas refeições, utilize como medida 1 tampa


de caneta “BIC” no almoço e outra no jantar.
• Substitua frituras e preparações à milanesa por assados e grelhados.

• Prepare a comida sempre com óleos vegetais (soja, canola, milho ou


azeite).

2.16- Evolução dietoterápica:

Data Horário Evolução e intercorrências da dieta


10/03/2009 16:10 Dieta livre para IRC, paciente aceitou bem o
cardápio oferecido, não evacuou.
Ingestão calórica do paciente: 1.158 kcal/48g
de PTN
11/03/2009 16:40 Dieta livre para IRC, paciente relata náuseas e
falta de apetite, porém acompanhante forçou
alimentação, paciente relata evacuação.
Ingestão calórica do paciente: 912 kcal/42,26g
de PTN
12/03/2009 15:20 Dieta livre para IRC, paciente relata estar com
um pouco de náuseas, mas com ausência de
vômitos, relata também não ter almoçado
direito e não ter jantado, pois diz estar sem
apetite.
Evacuou normalmente.
Ingestão do paciente: 799kcal/26,3g de PTN
13/03/2009 16:10 Dieta livre para IRC, paciente relata ausência
de apetite, apenas jantou bem, não evacuou.

Relação de pacientes atendidos


Pacientes(iniciai Patologia(s) Dieta prescrita Período de
s) internação
J.J.C ICC,IRA,DM2,DAC,miocard Oral hipossódica 18/02/09-
ite chagásica 1g sal/refeição 10/03/09
I.R. IRC,pielonefrite Livre p/ IRC + 09/03/09-
líquidos V.O. 16/03/09
F.S. Câncer de próstata Branda+ 09/03/09-
liberado 12/03/09
domiciliar,
fortidrink 200ml
2x
M.F.A. Cradiopatia chagásia, HAS, Oral hipossódica 05/03/09-
pneumonia 1g sal/refeição 13/03/09
M.A.V.S. Septoplastia,amigdolectomia Oral, líquida ou 16/03/09-
pastosa, fria ou 17/03/09
temperatura
ambiente
M.R.S.R Cardiopata,DM2 Dieta para 17/03/09-
diebetes 21/03/09
O.S.G Cardiopata,DM2,HAS,RGE Hipossódica, 18/03/09-
hipogordurosa, 20/03/09
p/ diabetes
S.R.M. HAS,hesterctomia Branda 25/03/09-
27/03/09
J.R.P. Leucemia,pneumonia Livre+domiciliar 21/03/09-
+ nutridrink 24/03/09
200ml 2x
M.B.B. DM2,HAS,ICC,IRA,IRC, Novasource 01/03/09(pacien
ICO,pneumonia renal te ainda se
1.500ml/24hs encontra no
hospital)
L.A.J.P. Cardiopatia Dieta livre, 24/03/09-
dilatada,ICC,DM2 hipossódica 03/04/09

Folha de freqüência
Data Entrada Saída Entrada Saída Horas
09/03/09 11:00 17:30 06:30
10/03/09 07:00 10:00 13:00 17:30 07:30
11/03/09 07:00 17:30 10:30
12/03/09 13:00 18:00 05:00
13/03/09 13:00 18:00 05:00

16/03/09 07:00 18:00 11:00


17/03/09 07:00 10:00 13:00 18:00 08:00
18/03/09 13:00 18:00 05:00
19/03/09 13:00 18:00 05:00
20/03/09 13:00 17:30 04:30

23/03/09 11:00 17:30 06:30


24/03/09 07:00 18:00 11:00
25/03/09 13:00 18:00 05:00
26/03/06 13:00 18:00 05:00
27/03/06 07:00 18:00 11:00

30/03/09 07:00 18:00 11:00


31/03/09 07:00 10:00 13:00 18:00 08:00
01/03/09 - - -
02/03/09 13:00 18:00 05:00
03/03/09 07:00 18:00 11:00

Conclusão
Atualmente a IRC é considerada um problema de saúde pública, pois estima-se que
cerca de 1,4 milhões de Brasileiros apresentem algum grau de disfunção renal 7. Muitos
indivíduos são portadores desta doença, porém não tem ciência disso, o qual piora o
prognóstico, pois em estágios iniciais ela não apresenta sintomas específicos então a
lesão renal vai progredindo silenciosamente até atingir um nível crítico e irreversível. A
melhor forma de evitar o aparecimento da IRC é a prevenção, principalmente em
pessoas com riscos aumentados de desenvolvê-la, como portadores de diabetes,
hipertensos e com histórico de doenças renais na família.
Quando combinados, os tratamentos vêm para oferecer uma melhor qualidade de vida
para os pacientes. Sabe-se que é de suma importância o acompanhamento nutricional na
IRC, afim de assegurar o estado nutricional do paciente e ainda corrigir alterações
sistêmicas e metabólicas, retardando ou prevenindo a progressão da doença.

Referências Bibliográficas

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