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Nº 1 1º a 15 de março y 2009

QUADRO GERAL
A crise financeira internacional, deflagrada no segundo
Este Boletim Informativo tem
semestre de 2008, teve como epicentro os mercados de
como objetivo subsidiar os derivativos de crédito lastreados em títulos hipotecários do
mercado norte-americano nas principais praças financeiras
parlamentares com
internacionais.
informações atualizadas do
Embora em meados de 2007 já houvesse sinais de
impacto da crise financeira deterioração de fundos com fortes aplicações nesses títulos, foi
somente em março de 2008 que a primeira instituição financeira
internacional sobre a
foi socorrida. A partir de agosto o sistema financeiro norte-
economia brasileira e seus americano sobreviveu graças aos socorros governamentais.
Mesmo assim, importantes instituições faliram e, em 16 de
desdobramentos. É editado
setembro, verificou-se queda generalizada nas Bolsas de
no âmbito da Comissão de Valores de diversos países, capitaneadas por Wall Street, que,
nesse dia, perdeu quase 500 pontos, cerca de 5%.
Acompanhamento da Crise
A essa altura, os mercados financeiros europeus foram
Financeira e da
contaminados pela alta volatilidade dos capitais, levando os
Empregabilidade, criada por bancos centrais e os governos da região a promoverem ações
coordenadas de socorro a instituições e de provimento de
meio do Ato do Presidente nº
liquidez. A forte retração do crédito gerou um acordo inédito
16/2009 . A Comissão é para corte de taxas de juros, que nos EUA chegou a 1% em
final de outubro.
composta pelos Senadores
Nas economias emergentes, o impacto dessas volumosas
Francisco Dornelles
saídas de capitais levou à falta de liquidez e conseqüente
(Presidente) Aloizio retração de crédito, bem como a fortes pressões contra as
moedas nacionais, que se depreciaram em algum grau frente ao
Mercadante, Marco Maciel ,
dólar. A exceção relevante é yuan chinês, que teve leve
Pedro Simon e Tasso valorização.
Jereissati. Um fenômeno que tem caracterizado essa crise é o
descompasso entre o provimento de liquidez oferecido pelos
O Boletim abrange as áreas bancos centrais ao sistema financeiro e a oferta de crédito ao
monetária, financeira, fiscal, setor produtivo e aos consumidores. Esse descompasso reflete
a grande incerteza nos mercados sobre a real capacidade de
trabalho e emprego, pagamento dos tomadores e sobre o ritmo de recuperação da
produção e setor externo. atividade econômica.
Além da intervenção no sistema financeiro, os governos se
verão na contingência de efetuar políticas fiscais expansionistas
de modo a evitar ou, ao menos, reduzir as tendências
recessivas nas economias.
Em vista da redução da arrecadação e da diminuição do
comércio internacional, é provável que essas políticas
expansionistas se deem à custa do aumento do endividamento
público.
Em vista dessas tendências mundiais e das características
da economia brasileira, a Comissão irá analisar as
repercussões da atual crise financeira sobre o Brasil, avaliar
seus desdobramentos e considerar medidas que reduzam seus
efeitos negativos ou permitam aproveitar as oportunidades que
eventualmente se apresentem para o País nesse ambiente de
transformação.
Nº 01 1º a 15 de março y 2009

A MERCADO FINANCEIRO

ƒano, a Acrisedeterioração dos balanços de grandes instituições financeiras internacionais no meio do


de confiança que se seguiu e o conseqüente enxugamento no crédito levaram a forte
contração da atividade econômica nas economias centrais e a expressiva piora das expectativas.
Como conseqüência, as bolsas de valores sofreram quedas bruscas em todo o mundo. O índice
Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu de quase 13.000 pontos, em abril de 2008, para 8.000
pontos em janeiro de 2009. A bolsa de São Paulo, a principal da América Latina, sofreu impacto de
magnitude ainda maior, experimentando uma queda de aproximadamente 50% no mesmo período.

Evolução das bolsas de valores de São Paulo e Nova York


(2008/2009)
75.000 São Paulo (Bovespa) 14.000
Nova York (Dow Jones)
70.000
Índice Bovespa (São Paulo)

13.000

Índice Dow Jones (Nova


65.000
60.000 12.000
55.000

York)
11.000
50.000
45.000 10.000
40.000
9.000
35.000
30.000 8.000
08

08

08
8
08

08

09
08
8
8

8
8

t /0
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se
ab
fe

no

de
ja

ju

ja
ag
m
m

Meses

ƒas principais
O mercado de moedas gerou movimentos ambíguos. Em relação ao dólar norte-americano,
moedas européias - euro e libra - sofreram importante depreciação. O mesmo se deu
com o real, que, entre julho de 2008 e janeiro de 2009, teve depreciação de aproximadamente 45%.
Já o yuan chinês e o iene japonês tiveram comportamento oposto. O primeiro teve ligeira
valorização, de 5%, desde janeiro de 2008. No mesmo período, o iene japonês se valorizou
fortemente, em 16%.

Comportamento de divisas internacionais selecionadas frente ao dólar norte-


americano
(a partir de janeiro de 2008)

1,5

1,4
cotação relativa a janeiro de 2008

1,3
(janeiro de 2008 = 1)

1,2

1,1

1,0

0,9

0,8

0,7

0,6
jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09
Real Euro Iene Yuan Libra

2
Nº 01 1º a 15 de março y 2009

ƒbrasileiras,
Embora não tenha havido queda significativa no volume das reservas internacionais
o risco-país sofreu considerável elevação a partir de maio, saindo de menos de 200
pontos-base acima da remuneração dos títulos do Tesouro norte-americano e chegando, em
novembro, a 600 pontos-base. Passada a fase de maior pânico, o risco-país caiu a partir de
novembro, mas não voltou aos patamares anteriores. Além da persistência das condições adversas
de liquidez do internacional, também contribuiu para esse resultado a queda do saldo da balança
comercial em fins de 2008, como conseqüência do efeito combinado da queda do preço das
commodities e da retração da demanda mundial.

Evolução do risco-país do Brasil


(como spread sobre os títulos brasileiros Global 40)

7,0%
% além dos títulos do Tesouro

6,0%
5,0%
dos EUA

4,0%
3,0%
2,0%
1,0%
0,0%
08
08

09
08

08
8

8
8

8
8
8

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de
ja

fe

ja
ag
m
m

Meses

ƒ2008, não
A despeito da repentina depreciação de 45% do real frente ao dólar ocorrida desde julho de
houve impacto relevante sobre a inflação ao consumidor medida pelo IPCA. O efeito
inflacionário da depreciação parece ter sido compensado pela redução dos preços das commodities
e pela queda da demanda interna e externa.

Comparativo entre a evolução da inflação e da taxa de câmbio

0,9% 2,500
inflação medida pelo

0,8%
câmbio (real/dólar)

0,7% 2,000
0,6%
1,500
IPCA

0,5%
0,4%
1,000
0,3%
0,2% 0,500
0,1%
0,0% 0,000
m 8

de 8
8

8
8

08
8
08

08

09
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0

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ja
ag
m

Inflação taxa de câmbio

ƒe também
Essa conjuntura é compatível com juros em declínio, como vem ocorrendo em nível mundial.
no Brasil. O que tem variado é a velocidade na queda da taxa de juros. Nas economias
desenvolvidas, como Estados Unidos e Zona do Euro, a queda – em termos relativos e absolutos –
tem sido mais veloz do que em economias emergentes. No Brasil, Chile e México, a redução na taxa
3
Nº 01 1º a 15 de março y 2009

básica observada entre dezembro e janeiro foi similar, da ordem de 1 ponto percentual. Já em
termos relativos, como partiu de um patamar mais elevado, o corte de juros foi mais suave no Brasil.

Taxa básica de juros de economias selecionadas

16

14

12

10
% ao ano

0
jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09

Estados Unidos Zona do Euro Chile Brasil México

ƒcrédito Ao contrário do que se observou nas economias centrais, não houve queda no montante de
concedido no Brasil. Ocorreu, sim, uma inflexão, ou seja, o saldo de empréstimos continuou
crescendo, atingindo R$ 1,3 trilhão no final de 2008, mas a um ritmo menor. Quando se decompõe o
estoque de crédito por origem do capital, verifica-se que houve uma desaceleração no saldo de
empréstimos concedidos por bancos privados nacionais, e, simultaneamente, uma aceleração nas
concessões oferecidas pelos bancos públicos.

Saldo de empréstimos por origem do capital

600 1250
1227
Saldo bancos públicos e privados (em R$ bilhões)

1200
550

525
Saldo total (em R$ bilhões)

1150
500

1100
450 445
1050

400
1000

350
950

300 900
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out* Nov* Dez*

Bancos Públicos Bancos Privados Nacionais Total

Apesar de o saldo de empréstimos não ter diminuído, o custo de financiamento subiu no


segundo semestre de 2008. A taxa média de spread embutida nas operações de crédito aumentou cerca
de 6 pontos percentuais entre junho e dezembro de 2008, tendo esse aumento sido mais acentuado nos
financiamentos para pessoas físicas. Dessa forma, o aumento do spread mais do que anulou um
eventual impacto positivo da redução da taxa Selic sobre o custo dos empréstimos.

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Nº 01 1º a 15 de março y 2009

50,0 Taxa média de spread embutida nas operações de crédito

45,0 45

40,0

35,0 35

30,0 31
% a.a.

25,0 25

20,0
18
15,0
14

10,0

5,0

0,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out* Nov* Dez*

Geral Pessoa Jurídica Pessoa Física

B FINANÇAS PÚBLICAS

ƒTesouroA ereceita total da União, em 2008, foi de R$ 716,7 billhões, sendo R$ 553,2 bilhões do
R$ 163,4 bilhões da Previdência. Isso representa um aumento real de 9,6% em relação a
2007. Entretanto, a partir do mês de novembro de 2008, a receita total vem apresentando queda em
termos reais na comparação mensal.

ƒPessoa AsJurídica,
rubricas que mais contribuíram para esse resultado negativo foram o Imposto de Renda
o Imposto sobre Produtos Industrializados e as Contribuições (PIS/PASEP,
COFINS e CSLL), refletindo a queda no nível da atividade econômica, e, a partir de dezembro, as
medidas de isenção tributária e alongamento de prazos de pagamento de tributos. Tais medidas
visaram reduzir os impactos negativos da crise financeira sobre os setores mais dependentes do
crédito, como o automotivo.

ƒanterior.EmPorjaneiro, a queda da arrecadação real foi de 8%, comparada com o mesmo mês do ano
outro lado, sob igual critério, o imposto de renda na fonte aumentou 28%, em função de
a crise não ter atingido ainda, em toda a sua intensidade, os rendimentos do trabalho e capital. Por
esse motivo a queda real do Imposto de Renda foi amortecida.

ƒEstadosApesar da queda da arrecadação ocorrida já em novembro de 2008, as transferências para


e Municípios apresentaram queda real somente em janeiro. Isso reflete o fato de o Imposto
de Renda, principal fonte de recursos para esses repasses, ter permanecido praticamente estável,
conforme visto acima.

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Nº 01 1º a 15 de março y 2009

Receita da União e Transf. Const. Estados e


Municípios - Variação Real -12 meses
35,0
30,0
25,0
20,0
Variação %

15,0
10,0
5,0
0,0
-5,0
-10,0
-15,0
Rec. Total Transf. Const

ƒpercentual
A dívida líquida do setor público reduziu-se a 36% do PIB ao final de 2008, o menor
desde 1997.

RELAÇÃO DÍVIDA/PIB DO SETOR PÚBLICO

46,00

44,00

42,00

40,00
% PIB

38,00

36,00

34,00

32,00

30,00
07

08
7

8
7

8
07

08

8
7

8
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no

no
ja

ja
m

ƒ No ano de 2008, o principal fator para a queda na relação Dívida/PIB foi a depreciação
cambial, que elevou, em reais, o valor dos ativos do setor público denominados em dólar,
especialmente as reservas internacionais. Esse efeito não deverá se repetir, a não ser que ocorram
novos episódios de depreciação cambial.

ƒqueda daA redução na relação Dívida/PIB não implica melhora da situação fiscal. Em decorrência da
receita, o resultado primário, na comparação mensal com 2008, mostra redução a partir de
outubro.

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Nº 01 1º a 15 de março y 2009

ƒ O superávit primário total no ano de 2008 foi de R$ 118,0 bilhões. A exemplo do que ocorreu
com a receita, o superávit primário apresentou piora nos últimos meses de 2008. Como proporção
do PIB ficou abaixo do obtido nos períodos equivalentes do ano de 2007.

Resultado Primário -%PIB

8,0
6,0
4,0
2,0
% P IB

-
(2,0) out nov dez
(4,0)
(6,0)
(8,0)
2007 2008

C SETOR REAL

ƒ A crise tem se manifestado por meio de quedas tanto da produção quanto do consumo, mas,
nesse momento inicial, o impacto sobre a produção tem sido mais intenso. Somente entre novembro
e dezembro, a queda na produção industrial foi de 12,4% e nas vendas de insumos para construção
civil, de 7,3%. Já no comércio varejista, a queda foi de somente 0,3%. Essa relativa estabilidade
está associada a um mercado de trabalho ainda pouco afetado pela crise, o que, por sua vez, tem
sido um fator de sustentação da demanda agregada.

ƒ Apesar de as vendas no varejo, em termos agregados, terem apresentado comportamento


estável em dezembro, em alguns segmentos, como o automobilístico, houve redução substancial em
relação ao meio do ano. Trata-se de um setor mais dependente de crédito e de expectativas
positivas para o futuro.

Produção industrial e vendas mensais

130,00

125,00

120,00
Índice: média 2007 = 100

115,00

110,00

105,00

100,00

95,00

90,00

85,00

80,00
07

07

07

ag 7
07

no 7

de 7
07

08

m 8
8

08

ag 8
08

no 8

de 8
08
7

8
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ab

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ja

ju
m

m
m

Fonte: IBGE, dados dessazonalizados

Produção industrial Vendas comercio varejista Vendas Veículos Vendas insumos construção civil

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Nº 01 1º a 15 de março y 2009

ƒpesadosOutros indicadores do nível de atividade, como produção de embalagens, fluxo de veículos


e consumo de energia elétrica na indústria também mostram quedas significativas no último
trimestre de 2008.
Evolução da produção de embalagens, fluxo de veículos e consumo de
energia
115,00

110,00
Índice base: média 2007 = 100

105,00

100,00

95,00

90,00

85,00

80,00
ago/07

nov/07

dez/07

ago/08

nov/08

dez/08
jan/07

fev/07

abr/07

jun/07

jul/07

set/07

out/07

jan/08

fev/08

abr/08

jun/08

jul/08

set/08

out/08
mar/07

mai/07

mar/08

mai/08
Fonte: Embalagens: IBGE (dados dessazonalizados pelo autor; Fluxo de veículos: ABCR (dados dessazonalizados);
Energia: Banco Central (dados dessazonalizados pelo autor).

Embalagens Fluxo veículos pesados Consumo energia indústria

ƒexpectativas
A confiança do consumidor, tanto em relação ao momento atual quanto em relação às
futuras, caiu substancialmente desde o 3º trimestre de 2008, mas ainda se encontra
acima do limiar de 100, que indica que há mais pessoas com expectativas positivas do que
negativas.

Índices de Confiança

160 65

150
60

140
ICC (Fecomercio)

55
ICEI (CNI)

130

124,43 50

120

47,4 45
110

100 40
ago/07

nov/07

dez/07

ago/08

nov/08

dez/08
fev/07

out/07

fev/08

out/08

jan/09
jan/07

abr/07

jan/08

abr/08
jun/07

jul/07

set/07

jun/08

jul/08

set/08
mar/07

mar/08
mai/07

mai/08

Índice Confiança Consumidor (ICC, Fecomercio) Índice de Confiança Empresarial (ICEI, CNI)

D TRABALHO E EMPREGO

ƒ O impacto da crise manifestou-se mais intensamente sobre a geração de empregos formais.


Entre janeiro de 2008 e janeiro de 2009, houve a geração de 1,3 milhão de empregos formais no
País. Entretanto, esse resultado é fortemente influenciado pelo desempenho da economia na fase
pré-crise. De a dezembro de 2008 a janeiro de 2009, a diferença entre admissões e demissões

8
Nº 01 1º a 15 de março y 2009

resultou numa perda líquida de aproximadamente 750 mil vagas, enquanto que o padrão histórico
levaria, para esses dois meses, à eliminação de 300 mil postos de trabalho.

Variação mensal no número de empregos formais

400.000

200.000

0
jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09

-101.748
-200.000

-400.000

-600.000

-654.946

-800.000

Fonte: CAGED, MTE


Ocorrida Média mensal desde 2004

ƒseverament
Entretanto, outros indicadores mostram que o mercado de trabalho ainda não foi
e afetado pela crise. A taxa de desocupação mensal aumentou 1,4 ponto percentual,
entre dezembro/2008 e janeiro/2009, mas permanece abaixo da média histórica.

Taxa de desocupação mensal

12,0

11,0

10,0

9,0
%

8,2
8,0

7,0
6,8
6,0

5,0
jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09
Fonte: IBGE
Média histórica (desde 2002) Valores ocorridos

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Nº 01 1º a 15 de março y 2009

ƒ Além disso, o rendimento médio real mantém-se relativamente estável, acima da média
histórica.

Rendimento real médio do trabalho principal

1.180,00 1.170,40

1.160,00 1.165,50

1.140,00
R$ de janeiro de 2009

1.120,00

1.100,00

1.080,00

1.060,00

1.040,00

1.020,00

1.000,00
jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09
Fonte: IBGE Rendimento Média histórica (desde 2002)

E SETOR EXTERNO

ƒ Ao longo de 2008, a balança comercial acumulou saldo positivo de US$ 24,7 bilhões. As
exportações somaram no período US$ 197,9 bilhões e as importações US$ 173,1 bilhões. O saldo
de transações correntes ficou negativo em US$ 28,3 bilhões, o que foi compensado pelo resultado
da conta de capital e financeira, que atingiu US$ 32,9 bilhões. O resultado final do balanço de
pagamentos em 2008 foi de US$ 2,9 bilhões. Já em janeiro de 2009, a balança comercial
apresentou seu primeiro resultado negativo desde março de 2001, conforme se pode observar do
gráfico a seguir.
BALANÇO DE PAGAMENTOS
25 000

20 000

15 000
US $ M IL HÕ E S

10 000

5 000

0
jan/08 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez jan/09
-5 000

-10 000 Font e : B a nc o C e nt r a l do B r a si l

RESULTADO DO BALANÇO BALANÇA COMERCIAL EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO TRANSAÇÕES CORRENTES CONTA CAPITAL EFINANCEIRA

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Nº 01 1º a 15 de março y 2009

ƒ De outubro a dezembro de 2008, o balanço de pagamentos apresentou sucessivos


resultados negativos. São resultados que se explicam, basicamente, pelo movimento de capitais na
conta financeira. Nessa conta registram-se os investimentos diretos (participação no capital de
empresas e empréstimos intercompanhia), os investimentos em carteira (negociação de valores
mobiliários), os derivativos (liquidação de haveres e obrigações em mercados a termo) e outras
aplicações (créditos comerciais, empréstimos e financiamentos e outros ativos e passivos
financeiros).

ƒ No mesmo período, a balança comercial seguiu registrando superávits, respectivamente, de


US$ 1,2, US$ 1,6 e US$ 2,3 bilhões. Esses resultados, contudo, não se demonstraram suficientes à
cobertura da saída de capitais por intermédio da conta financeira.

ƒobstanteEma janeiro deste ano, o déficit no balanço de pagamentos sofreu importante redução, não
apuração de déficit, na balança comercial, de US$ 0,5 bilhão. A redução deveu-se,
basicamente, ao equilíbrio entre o movimento de saída e entrada de capitais por intermédio da conta
financeira.

ƒ O mês de fevereiro de 2009 registra recuperação da pauta comercial. Com exportações de


US$ 9,6 bilhões e importações de US$ 7,8 bilhões, a balança comercial apresentou superávit de
US$ 1,8 bilhão.

ƒ A despeito das dificuldades observadas ao final de 2008, a corrente de comércio exterior do


País permaneceu em expansão. O montante de exportações e importações atingiu, naquele ano,
US$ 371,1 bilhões, significando aumento de 32% sobre o montante de 2007. Composta por
produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados, a pauta de exportações registrou
desempenho positivo em todas essas categorias, sendo relevante apontar que os bens
industrializados compuseram 60,5% das exportações brasileiras. No tocante à pauta de
importações, as matérias-primas e bens intermediários e os bens de capital representaram,
respectivamente, 48,1% e 20,7% do total importado. Dentre os principais mercados compradores do
Brasil, figuram os Estados Unidos, com 14,0% do total, a Argentina, com 8,9%, a China, com 8,3%,
e os Países Baixos, com 5,3%.

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Nº 01 1º a 15 de março y 2009

INDICADORES jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 acumulado 2008 jan/09 fev/09
Inflação (em %)
IPCA 0,54 0,49 0,48 0,55 0,79 0,74 0,53 0,28 0,26 0,45 0,36 0,28 5,90 0,48 -
INPC 0,69 0,48 0,51 0,64 0,96 0,91 0,58 0,21 0,15 0,5 0,38 0,29 6,48 0,64 -
IGP-M 1,09 0,53 0,74 0,69 1,61 1,98 1,76 -0,32 0,11 0,98 0,38 -0,13 9,81 -0,44 0,26
IPC-Fipe 0,52 0,19 0,31 0,54 1,23 0,96 0,45 0,38 0,38 0,5 0,39 0,16 6,17 0,46 -
Mercado de trabalho
Taxa de desocupação, em % (IBGE) 8,0 8,7 8,6 8,5 7,9 7,8 8,1 7,6 7,6 7,5 7,6 6,8 - 8,2 -
Variação no número de empregos formais (CAGED, MTE) 142.921 204.963 206.556 294.522 202.984 309.442 203.218 239.123 282.841 61.401 (40.821) (654.946) 1.452.204 (101.748) -
% desempregados até 1 mês (IBGE) 26,4 24,8 22 22 23,5 23,4 24,4 22,8 23,9 24,2 23,9 24 - 33,2 -
% desempregados há mais de 1 ano (IBGE) 21,9 21,2 20,7 21 20,3 19,5 18,7 17,2 16,1 16,9 16,9 17 - 13,7 -
nº de ocupados nas regiões metropolitanas, em mil (PME, IBGE) 15.656 15.568 15.678 15.822 15.917 16.038 16.065 16.170 16.293 16.438 16.327 16.343 - 16.088 -
rendimento real do trabalho principal,em R$ de jan de 2009 (PME, IBGE) 1.132,27 1.121,47 1.107,77 1.106,77 1.109,27 1.101,57 1.102,69 1.142,98 1.138,33 1.133,93 1.167,55 1.165,50 - 1.170,40 -
Mercado financeiro -
Taxa Selic (meta), em % a.a. (BCB) 11,25 11,25 11,25 11,75 11,75 12,25 13,00 13,00 13,75 13,75 13,75 13,75 - 12,75 12,75
Dólar (final de período), em R$ por US$ (BCB) 1,76 1,68 1,75 1,69 1,63 1,59 1,57 1,63 1,91 2,12 2,33 2,34 - 2,32 -
IBOVESPA (final de período) 59.490 63.489 60.968 67.868 72.592 65.017 59.505 55.680 49.541 37.256 36.595 37.550 - 39.300 -
Dow Jones (final de período) 12.650 12.266 12.263 12.820 12.638 11.350 11.378 11.544 10.851 9.325 9.337 8.820 - 8.778 8.001
Volume de empréstimos (% PIB) (BCB) 34,2 34,5 35,5 35,8 36,1 36,3 36,7 37,6 38,7 39,4 40,3 41,1 - 41,2 -
Setor externo, em (US$ milhões) (BCB)
Exportações 13.277 12.800 12.613 14.058 19.303 18.593 20.451 19.747 20.017 18.512 14.753 13.817 197.942 9.782 -
Importações 12.355 11.951 11.625 12.321 15.231 15.870 17.123 17.467 17.291 17.307 13.141 11.517 173.197 10.306 -
Balança Comercial 922 849 988 1.738 4.073 2.723 3.328 2.279 2.726 1.206 1.612 2.301 24.746 -524 -
Saldo em transações correntes -4.028 -1.882 -4.345 -3.083 -789 -2.786 -2.168 -1.099 -2.767 -1.455 -976 -2.922 -28.300 -2.753 -
Investimentos estrangeiros diretos 3.478 -121 989 2.228 -127 1.684 2.854 1.254 3.208 3.674 512 4.970 24.603 1.933 -
Saldo Balança de Pagamentos 3.231 3.645 1.341 4.373 4.030 2.618 2.362 1.886 473 -8.609 -6.814 -5.567 2.969 -2.235 -
Reservas Internacionais 187.507 192.902 195.232 195.767 197.906 200.827 203.562 205.116 206.494 197.229 194.668 193.783 - 188.100 -
Nível de atividade (em número índice, exceto onde especificado)
Crescimento do PIB, em % ao ano, trim/trim anterior, dessazonalizado. (IBGE) - - 6,98 - - 6,56 - - 7,40 - - - - - -
Produção industrial (dessazonalizado) 126,25 125,73 126,45 126,69 125,51 129,26 130,84 129,1 130,94 129,11 119,86 105,02 - -
Utilização da capacidade instalada, em % (FGV) 84,3 84,7 85,2 85,1 85,6 86,3 86,1 86,6 86,3 86,3 85,2 80,6 - 76,7 -
Folha de pagamento real na indústria (IBGE) 115,46 115,32 118,52 116,83 117,75 117,85 119,83 119,21 122,46 121,93 118,91 118,09 - -
Horas trabalhadas na indústria (IBGE) 105,18 106,98 105,89 106,11 105,37 106,08 107 106,35 107,02 106,76 104,92 103,14 - -
Vendas de insumos para construção civil (IBGE) 113,64 121,04 121,61 121,38 123,39 123,9 124,57 122,65 122,38 119,33 116,52 107,98 - -
Vendas do comércio varejista (IBGE) 142,06 140,78 143,14 143,46 144,67 146,09 145,99 147,51 149,2 147,72 146,2 145,77 - -
Vendas de veículos (IBGE) 170,04 179,74 181,01 185,1 184,69 188,39 189,53 183,61 192,47 156,2 145,1 150,17 - -
Índice de Confiança do Consumidor (Fecomercio) 142,81 147,28 147,86 149,01 147,56 142,94 131,55 137,49 139,97 138,96 132,64 126,95 - 124,43 -
Índice de Confiança do Empresário Industrial (CNI) - trimestral - 61,8 - 62 - 58,1 - 52,5 - 47,4 -
Finanças Públicas (em R$ mil, exceto onde especificado)
Arrecadação do Tesouro 53.226 38.066 43.408 50.766 42.038 43.133 49.488 45.129 46.374 52.056 41.497 46.151 551.332 -
Arrecadação da Previdência 11.207 11.928 12.134 12.642 12.650 12.943 13.230 13.193 13.430 13.476 13.559 22.964 163.355 -
Despesa Primária Total 38.989 33.548 35.169 36.248 37.205 38.215 45.456 38.778 43.045 39.863 43.909 60.593 491.017 48.135 -
Despesa de investimento 0 13 131 181 629 921 1.325 1.299 884 1.525 - 6.909 - -
Superavit primário setor público consolidado 18.662 8.966 15.403 18.712 13.207 11.166 12.109 10.184 10.005 14.472 1.944 (16.793) 118.037 - -
Dívida líquida do Setor Público Consolidado 1.140.900 1.157.005 1.141.321 1.153.289 1.168.271 1.180.009 1.192.177 1.182.748 1.127.157 1.088.606 1.047.344 1.069.579 - -
Razão Dívida/PIB 41,3 41,6 40,8 40,5 40,3 40,1 40,3 40,0 37,8 36,3 35,0 36,0 - -
Economia Internacional -
Fed Funds, em % a.a. 3,94 2,98 2,61 2,80 1,98 2,00 2,01 2,00 1,81 0,97 0,39 0,16 - 0,15 0,15
% anual de variação do PIB dos Estados Unidos (US Treasury Department) 0,9 2,8 -0,5 -6,2
% anual de variação do PIB Zona do Euro (Banco Central Europeu) 2,7 -0,7 -0,7 5,7
% anual de variação do PIB do Japão
Petróleo Brent; US$ por barril, final de período (EIA, Estados Unidos) 90.96 100.90 102.33 111.12 127.85 141.24 124.10 113.49 93.52 60.00 47.72 35.82 - 44.17 41.27
Índice de preço de commodities, 2005 = 100 (Reuters) 162.36 171.30 181.18 189.49 203.77 215.45 218.99 195.24 175.75 139.16 114.88 98.33 - 102.34

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