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Superior Tribunal de Justiça

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.054.438 - SP (2008/0116677-5)

RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI


AGRAVANTE : COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DE SÃO
PAULO - BANCOOP
ADVOGADO : DANIEL DE LIMA CABRERA E OUTRO(S)
AGRAVADO : ANDRÉ DUTRA SILVA E OUTRO
ADVOGADO : ALDO GIOVANI KURLE
EMENTA

Processo civil. Recurso especial. Agravo de instrumento. Ação de rescisão


contratual. Reexame fático-probatório. Impossibilidade. Fundamento inatacado.
- É inadmissível o recurso especial se existe fundamento inatacado capaz, por
si só, de manter a conclusão do julgado quanto ao ponto.
- É vedado, em sede de recurso especial, o debate que necessite de
revolvimento do conteúdo fático posto à disposição do Tribunal de origem.
Agravo de instrumento não provido.

DECISÃO
Cuida-se de agravo de instrumento, interposto pela
BANCOOP-COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS, contra decisão que
negou seguimento a recurso especial arrimado na alínea "a" do permissivo constitucional.
O acórdão atacado deu parcial provimento a apelação interposta pelo ora
agravante, modificando a sentença que, nos autos de ação de rescisão contratual, julgou
parcialmente procedente o pedido.

As razões do recurso especial declinam na violação aos arts. 3º, 4º, 79, 80 e 81
da Lei Federal nº. 5.764/71 e 273 do CPC, sustentando que a cobrança questionada é
plenamente justificável e que no caso em tela não preenche os requisitos necessários para o
pedido de tutela antecipada.

É o relatório. Decide-se.

- Da incidência da Súmula 283 do STF.


O recorrente afirmou que a suspensão das cobranças poderia colocar em risco o
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sucesso do empreendimento, porém não impugnou no referido recurso especial a alegação de
que os autores já haviam pago todas as prestações, não podendo obrigá-los a pagar qualquer
outra prestação suplementar.

Confira-se, quanto ao ponto, o seguinte trecho do acórdão recorrido:


"Os autores já informaram na inicial que já pagaram todas as
prestações previstas no contrato, fato não impugnado pela ré não fazendo
assim sentido obrigá-los, naquela circunstância, a qualquer outro pagamento,
em particular prestações suplementares que entendem indevidas, e ainda com
o perigo de inserção de seus nomes no órgão de proteção de crédito."(fl.188)

Aplicável à espécie, então, a Súmula 283 do STF.

- Da incidência da Súmula 7 do STJ.


Ao concluir que não é obrigação dos agravados pagar qualquer outra
cobrança indevida, ficando assim impedido o registro dos nomes dos autores nos
órgãos de proteção de crédito, assim o fez com base em fundamentos de fato. É
o que se infere dos seguintes trechos do acórdão recorrido:
"Os requisitos da tutela antecipada estão presentes, pois não se
concebe que os agravados, apesar de tudo que já pagaram, possam ser
compelidos a qualquer outra prestação se não se iniciaram se quer as
fundações do edifício.
Correta, portanto a sustentação da exigibilidade de qualquer
outra eventual obrigação decorrente do contrato e consequente impedimento
de registro dos nomes dos autores nos órgãos de proteção de crédito."(fl.
201)

Alterar tais conclusões, portanto, demandaria o reexame de matéria de fato, o que


é vedado ao STJ, por óbice da Súmula 7/STJ, valendo esclarecer que esta Corte toma os fatos
tais como delineados pelo acórdão recorrido.

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Forte em tais razões, NEGO PROVIMENTO ao presente agravo de instrumento.
Publique-se. Intimem-se.
Brasília (DF), 23 de julho de 2008.

MINISTRA NANCY ANDRIGHI


Relatora

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