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DIREITOS E DEVERES DOS CÔNJUGES NA ORDEM PATRIMONIAL.

RELAÇÕES ECONÔMICAS SUBORDINADAS AO REGIME MATRIMONIAL DE


BENS

CONCEITO DE REGIME MATRIMONIAL: é o conjunto de normas aplicáveis às


relações e interesses econômicos resultantes do casamento. É o estatuto patrimonial dos
consortes.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO REGIME DE BENS:


- variedade de regime de bens;
- liberdade dos pactos antenupciais (CC, art. 1.639, 1.640, § único e 1.655; exceção:
CC, art. 1.641, I a III);
- mutabilidade justificada do regime adotado (CC, art. 1.639, § 2º);
- imediata vigência na data da celebração do casamento.

TIPOS DE REGIMES DE BENS:

1). REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL


CONCEITO: Para Sílvio Rodrigues, é aquele que exclui da comunhão os bens que os
consortes possuem ao casar ou que venham a adquirir por causa anterior e alheia ao
casamento, e que inclui na comunhão os bens adquiridos posteriormente.

BENS INCOMUNICÁVEIS: constituem o patrimônio pessoal da mulher ou do marido


(CC, arts. 1.659 e 1.661)

BENS COMUNCÁVEIS: integram o patrimônio comum do casal (CC, art. 1.660).

RESPONSABILIDADE DOS DÉBITOS: (CC, arts. 1.659, III. 1.663, § 1 e 1.666,


1.664).

ADMINISTRAÇÃO DOS BENS: compete ao casal gerir os bens comuns e a cada


consorte administrar os próprios bens, mas nada impede que se convencione em pacto
antenupcial que ao marido caiba a administração dos bens particulares da mulher (CC,
art. 1.663, §§ 2º e 3º, e 1.665).

DISSOLUÇÃO DO REGIME:
- morte de um dos cônjuges;
- separação judicial;
- divórcio;
- nulidade ou anulação do casamento.

2).REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL.


CONCEITO: é aquele em que todos os bens dos cônjuges, presentes ou futuros,
adquiridos antes ou depois do casamento, tornam-se comuns, constituindo uma só
massa, tendo cada cônjuge o direito à metade ideal do patrimônio comum, havendo
comunicação do ativo e do passivo, instaurando-se uma verdadeira sociedade.

PRINCÍPIOS: - tudo que entra para acervo de bens do casal fica subordinado à lei da
comunhão;
- torna-se comum tudo o que cada consorte adquire;
- os cônjuges são meeiros.

BENS INCOMUNICÁVEIS: ( CC, arts. 1.668, 1.848 e 1.669; Lei 9.610, art. 39;
CPC, art. 1.046, § 3º).

ADMINISTRAÇÃO: compete aos cônjuges administrar o patrimônio comum.

EXTINÇÃO DA COMUNHÃO UNIVERSAL:


- morte de um dos consortes;
- sentença de nulidade ou anulação do casamento;
- separação judicial;
- divórcio.

3. REGIME DE PARTICIPAÇÃO FINAL DOS AQÜESTOS.


CONCEITO: é aquele em que há formação de massas particulares incomunicáveis
durante o casamento, mas que na dissolução da sociedade conjugal tornam-se comuns,
pois cada cônjuge é credor da metade do que o outro adquiriu onerosamente na
constância do matrimônio (CC, arts. 1.672 e 1.682).

ADMINISTRAÇÃO: cada cônjuge administra os bens que possuía ao casar e os


adquiridos, gratuita ou onerosamente, na constância do matrimônio (CC, arts. 1.673, §
único, 1.656 e 1.647, I).

RESPONSABILIDADE PELO PASSIVO: cada um responde por seus débitos exceto se


provar que reverteram em proveito do outro (CC, arts 1.677, 1.678 e 1.686).

DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL:


- morte de um dos cônjuges;
- separação judicial;
- divórcio;
- apuração do montante dos aqüestos ( CC, arts. 1.674, 1.675, 1.676, 1.683, 1.684 e
1.685).

4. REGIME DA SEPARAÇÃO DE BENS


CONCEITO: é aquele em que cada consorte conserva, com exclusividade, o domínio, a
posse e a administração de seus bens presentes e futuros e a responsabilidade pelos
débitos anteriores e posteriores ao casamento.

ESPÉCIES:
1. LEGAL: se imposto pela lei (CC, art. 1.641).
2. CONVENCIONAL: pode ser: absoluta, se estabelecer a incomunicabilidade de
todos os bens adquiridos antes e depois do casamento, inclusive frutos e
rendimentos, ou relativa se a separação se circunscrever apenas aos bens
presentes, comunicando-se os frutos e rendimentos futuros (CC, art. 1.687).

MANTENÇA DA FAMÍLIA: cabe ao casal (cc, art. 1.688) com os rendimentos de seus
bens na proporção de seu valor, salvo estipulação em contrário em pacto antenupcial.

DISSOLUÇÃO DESSE REGIME:


- com o término da sociedade conjugal por separação judicial cada consorte retira seu
patrimônio;
- por morte de um deles, o sobrevivente entrega aos herdeiros do falecido a parte deste,
e, se houver bens comuns, os administrará até a partilha.

REGIME DOTAL NO DIREITO ANTERIOR:


CONCEITO: era aquele em que um conjunto de bens designado dote era transferido
pela mulher, ou alguém por ela, ao marido, para que este, dos frutos e rendimentos desse
patrimônio, retirasse o que fosse necessário para fazer frente aos encargos da vida
conjugal, sob a condição de devolvê-lo com o término da sociedade conjugal.

A constituição do dote era feita em um ou mais bens determinados, descritos no pacto


antenupcial formalizado mediante escritura pública.

Cabia ao marido a administração do bem dotal, mas, se ele o administrasse mal, a lei
autorizava a mulher a requerer a separação do dote, que se opera por decreto judicial,
averbado no Registro de Imóveis competente (Lei 6.015/73, art. 167, II n. 9). Uma vez
separado o dote, a mulher passava a administrá-lo, sem poder, contudo, aliená-lo.

DIFERENÇAS ENTRE OS REGIMES DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS E


PARTICIPAÇÃO FINAL DOS AQÜESTOS
No regime da comunhão parcial de bens existe a comunicação dos bens que
sobrevierem ao casal, na constância do matrimônio (CC, art. 1.568). A comunicação se
dá no ato da aquisição.

No regime da participação final dos aquestos, a divisão dos bens só acontece após a
dissolução da sociedade conjugal, que se dá por morte de um dos cônjuges ou por
separação judiciária.

O art. 1.675, CC, preceitua que se computa no montante dos aquestos o valor das
doações feitas por um dos cônjuges sem a necessária autorização do outro. Ao
prejudicado, ou aos seus herdeiros, garante-se o direito de reivindicar o bem, ou imputá-
lo ao monte partilhável, pelo valor equivalente ao da época da dissolução.

O art. 1.682,CC - como forma de proteção da meação - diz que o direito à meação não
é renunciável, cessível ou penhorável na vigência do regime matrimonial.

O art. 1.678, CC preceitua que se um dos cônjuges solveu uma dívida do outro com
bens do seu patrimônio, o valor do pagamento deve ser atualizado e imputado na data
da dissolução, à meação do outro cônjuge, quando da dissolução da sociedade conjugal.
Tal medida pode ser procurada pelos herdeiros do cônjuge falecido que saldou a
obrigação.

Segundo o art. 1.681, CC os bens imóveis são de propriedade do cônjuge em cujo


nome constar no registro. Caso haja a impugnação da titularidade, o § único invertendo
o ônus da prova, determina que o cônjuge proprietário tem que provar a aquisição dos
bens.

No tocante aos bens imóveis, a pessoa casada sob esse regime de bens poderá aliená-los,
se de sua propriedade

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