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LEITO
Regina Bitelli Medeiros; Fátima F. Rodrigues Alves; Eny M. Ruberti Filha
Palavras chaves: raios X no leito, raios X portáteis, equipamentos radiológicos móveis, Dose
Equivalente Ambiental, Levantamento Radiométrico.
1. Introdução
As enfermarias e UTIs de hospitais de médio e grande porte são áreas “não controladas”
sob o aspecto da radioproteção onde é rotineira a realização de exames de raios X. Exames
de raios X de tórax são realizados, com grande freqüência, para controle de infecções
pulmonares, nos quais são utilizados equipamentos radiológicos portáteis com alto
rendimento e tempos de exposição curtos para que possam ser minimizados os movimentos
involuntários ou voluntários do paciente. Nestes exames, devido à condição do paciente,
nem sempre é possível obter a qualidade otimizada da imagem, isto é, uma boa qualidade de
imagem com a menor dose absorvida pelo paciente. Isto se deve principalmente pela
impossibilidade do uso da grade anti-difusora no controle da radiação espalhada (1,2 ). Esta
radiação espalhada, proveniente do paciente, alcança os diversos profissionais presentes na
enfermaria (enfermeiros, auxiliares, médicos etc..), muitas vezes próximos ao mesmo, por
imperativo de suas funções. Quanto aos profissionais que se expõem ocupacionalmente,
como os técnicos de raios X, estes são treinados para o uso rotineiro das radiações e se
expõem de forma controlada. Os profissionais não expostos ocupacionalmente são
denominados pelas normas de radioproteção “indivíduos do público”, pois a exposição à
radiação é ocasional e esporádica (3). A exposição à radiação secundária é avaliada por
meio de levantamentos radiométricos exigidos pela legislação por ocasião da instalação de
um equipamento radiológico fixo. (4). Esta avaliação não é exigida para equipamentos
móveis, o que causa às pessoas eventualmente expostas, insegurança e dúvidas de como
devem proceder com relação à sua proteção (4) Alguns pesquisadores têm avaliado a
importância do uso de dispositivos de proteção individuais, entre estes o avental plumbífero,
como proteção às radiações X secundárias (5). Para os profissionais médicos e paramédicos
que não escondem sua preocupação com o assunto e para que seja do domínio dos mesmos
como se proteger contra as radiações durante a realização dos exames no leito é que
tentaremos dirimir todas as dúvidas sobre o tema.
Nosso objetivo é determinar a distância segura destes profissionais ao centro do campo de
raios X gerados por equipamentos móveis .
2. Materiais e Métodos
Consideramos a carga de trabalho (W) como sendo igual a 12 000 mA.s / mês, valor este
originado de 50 exames de raios X no leito por dia, 6 dias por semana e 4 semanas por mês,
sendo utilizado 10 mAs em cada incidência. Consideramos ainda os fatores de uso e
ocupacional como sendo igual a 1 (5).
3. Resultados
Os gráficos 1, 2 e 3 apresentam os valores da Taxa de Kerma no ar medidos e calculados em
função da distância para cada um dos equipamentos, em uma das condições técnicas
utilizadas.
A tabela 1 apresenta os valores de Dose Equivalente para as diferentes condições técnicas
obtidos com os três equipamentos radiológicos, assim como, a relação porcentual das doses
em função do rendimento do equipamento ou fração F(%) e os valores normalizados em
função dos fatores de exposição (mAs). Podemos verificar que a fração F, considerando os
três equipamentos, apresentou índice de variação inferior a 20 % considerando todas as
distâncias. Os gráficos 4, 5 e 6 apresentam os valores de Dose Equivalente que foram
medidos e calculados em função da distância para cada um dos três equipamentos,
mostrando apenas uma das condições técnicas utilizadas.
A tabela 2 mostra os resultados das Doses Equivalentes devido ao uso de equipamentos
portáteis nos exames de leito, calculadas para os valores médios de F obtidos com os três
equipamentos radiológicos nas distâncias de 1, 1,5 e 2 m.
Ao aplicarmos a expressão que permite calcular a Dose Equivalente a 2 m de distância
obtemos 0,56 mSv/mês. Considerando a utilização de avental protetor com equivalente em
chumbo de 0,25 mm, a dose equivalente passa ser 1/10 deste valor e portanto inferior ao
limite de dose para indivíduos expostos ocupacionalmente. Considerando que o profissional
de enfermaria em beira de leito trabalha em média 6 horas diárias, o que corresponde a ¼
da carga de trabalho calculada, a dose equivalente acumulada é de 0,14 mSv/mês ou 1,68
mSv/ano. Este resultado sugere que a distância que assegura os limites de dose para os
profissionais de enfermaria é de 2,5 m.
4. Discussão
5. Conclusões
6. Referências Bibliográficas
8. Kicken P, Bos AJJ. Effectiveness of lead aprons in vascular radiology: results of clinical
measurements. Radiology 1995; 197:473-478.
9. Osei EK, Kotre CJ. Equivalent dose to the fetus from occupational exposure of pregnant
staff in diagnostic radiology. BJR 2001;74:629-637.
10.GlazeS, LeBlanc AD, Bushong SC. Defects in new protective apron. Radiology
1984;152:217-218.
Tabela 1: Valores da taxa de Kerma no ar (µGy/min) e dose equivalente ambiental (µSv) nas diferentes
condições
técnicas considerando o rendimento dos equipamentos radiológicos.
0,5 64 1114 ± 102,59 1246± 71,78 25,80 ± 0,120 29,77 ± 2,917 1,78
1,0 64 319 ± 65, 62 297 ± 23,66 8,03 ± 0,021 6,91 ± 0,061 0,56
1,5 64 144 ± 19,35 132 ± 9,38 3,41 ± 0,049 3,13 ± 0,385 0,23
2,0 64 73 ± 17,33 77 ± 6,32 1,66 ± 0,156 1,85 ± 0,210 0,12
Medicor
0,5 62,5 656 ± 160,36 799 ± 45,73 22,16 ± 0,069 25,51 ± 1,548 1,64
CSR: 2,7 mm Al 1,0 62,5 319 ± 65, 62 298 ± 23,66 6,75 ± 0,048 5,94 ± 0,480 0,50
Rendimento: 1,5 62,5 144 ± 19,35 132 ± 9,38 2,88 ± 0,007 2,67 ± 0,250 0,21
1,36 2,0 62,5 73± 17,33 77 ± 6,32 1,44 ± 0,121 1,57 ± 0,159 0,11
(mGy/minmAm 2)
0,5 60 681 ± 62,78 881± 83,22 19,66 ± 0,183 23,42 ± 2,436 1,42
1,0 60 244 ± 12,49 196 ± 22,32 6,32 ± 0,036 5,41 ± 0,581 0,45
1,5 60 94 ± 4,16 92 ± 16,01 2,70 ± 0,018 2,44 ± 0,320 0,19
2,0 60 51± 4,70 52 ± 9,01 1,30 ± 0,132 1,45 ± 0,176 0,09
0,5 - - - - - -
1,0 64 1054 ± 108,89 918 ± 17,44 25,48 ± 0,421 23,90 ± 0,539 0,58
1,5 64 403 ± 58,29 441 ± 38,50 10,79 ± 0,072 10,89 ± 0,615 0,24
2,0 64 233± 22,03 245 ± 27,23 5,88 ± 0,020 6,21 ± 0,233 0,13
Philips
Challenger 0,5 - - - - - -
1,0 63 830 ± 55,68 933 ± 65,41 26,08 ± 0,183 24,20 ± 0,644 0,60
CSR: 3,5 mm Al
1,5 63 394 ± 2,00 402 ± 46,75 10,96 ± 0,032 11,07± 0,735 0,25
Rendimento: 2,0 63 245± 11,02 214 ± 9,29 5,94 ± 0,035 6,33 ± 0,269 0,14
4,1
(mGy/minmAm 2) 0,5 - - - - - -
1,0 62,5 761 ± 41,20 1016 ± 10,61 25,80 ± 0 4,44 ± 0,648 0,60
1,5 62,5 455 ± 44,23 393 ± 77,52 10,98 ± 0,106 11,02 ± 0,636 0,25
2,0 62,5 252± 4,00 222 ± 45,45 5,94 ± 0,120 6,30 ± 0,212 0,14
0,6 64 4784 ± 22,81 4220 ± 199 32,99 ± 0,147 27,50 ± 1,570 1,21
1,0 64 1565 ± 14,74 571 ± 143,0 10,55± 0,017 10,34 ±1,330 0,39
1,5 64 692 ± 3,78 699 ± 63,0 4,32 ± 0,077 4,72 ± 0,540 0,16
2,0 64 359± 6,26 404 ± 23,1 2,36 ± 0,001 2,68 ± 0,270 0,09
Philips
Diagnostic 90 S 0,6 60 2429 ± 15,00 2164 ± 35,0 30,82 ± 0,006 26,0 ± 1,440 1,21
1,0 60 789 ± 10,17 807 ± 58,0 9,88 ± 0,020 9,76 ± 1,180 0,39
CSR: 3,3 mm Al
1,5 60 348 ± 3,49 360 ± 25,0 4,16 ± 0,022 4,41 ± 0,500 0,16
Rendimento: 2,0 60 191± 17,06 204 ± 12,0 2,21 ± 0,021 2,53 ± 0,220 0,09
2,57
(mGy/minmAm 2) 0,6 65 3153 ± 28,54 2164 ± 146 33,45 ± 0,015 28,30 ± 1,610 1,21
1,0 65 1100 ± 142,70 1051 ± 73,0 10,75 ± 0,006 10,57 ± 1,290 0,39
1,5 65 451 ± 2,24 480 ± 30,0 4,49 ± 0,039 4,79 ± 0,540 0,16
2,0 65 251± 0,25 264 ± 15,0 2,40 ± 0,001 2,61 ± 0,240 0,09
Equipamento Medicor