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Base Bíblica das Missões

Manual Geral da Aliança Bíblica Universitária - ABUB

I - Introdução

"Confessamos que, no contexto da História da Salvação, a Igreja tem o seu lugar como
vocacionada por Deus para o seu serviço, sendo enviado ao mundo, objeto do amor de Deus, que
quer a salvação dos homens.

Cremos que o ser Igreja se concretiza no caminho, no desempenho da tarefa missionária, na


dependência direta do Senhor que envia, sendo portadora da mensagem do Reino de Deus".
(artigo 7 do pacto missionário de Curitiba 1976 - I Congresso Missionário Brasileiro - promovido
pela ABUB).

Essas palavras foram tiradas do pacto missionário, escrito durante o congresso missionário da
ABUB em Curitiba 1976. Até hoje a ABU tentou, e ainda está tentando, manter viva a visão
universal ao assumir responsabilidades pelo Reino de Deus, que abrange representantes de todos
os povos e de todas as nações. Não é somente um interesse de passatempo, e sim, uma atitude
da vida diária dos membros da ABU, que se expressa pelo fato de que assumimos um
compromisso sério com o trabalho estudantil evangélico em Angola e na Bolívia.

"Ou a igreja é missionária ou não é igreja" foi a frase chave daquela conferência, Isso reflete, para
nós hoje, a razão de ser e a natureza de qualquer comunhão cristã, que deve ser alcançar este
mundo, criado por Deus, com Sua palavra. Lendo, estudando e meditando na mensagem bíblica,
descobrimos que o aspecto missionário não significa ler as Escrituras com olhos voltados apenas
para os assuntos missionários, e sim apresentar o alvo e os objetivos de Deus, isto é, que Ele nos
chama para ampliar Seu Reino a nível universal, porque se preocupa com este mundo.

II - O ensino bíblico sobre missões

a) A integração da visão universal

Ao levar a sério a ordem da mensagem bíblica, desde o início até o final, vemos que toda a Bíblia é
um longo apelo missionário, porque fala sobre o homem perdido e os esforços de Deus para
preparar Seu plano salvador e o cumprimento dele através do nascimento, da vida, da morte e da
ressurreição do Seu Filho Jesus Cristo. Até os primeiros e os últimos dois capítulos das Escrituras
(Gn 1 e 2, e Ap 21 e 22), que falam sobre o mundo sem pecado antes da queda e sobre a segunda
vinda do nosso Senhor, apresentam o desafio missionário, porque mostram o alvo da obra
missionária, que é o mundo redimido e recriado sem pecado e com a presença visível de Jesus
Cristo. Só que esses quatro capítulos vão além da era de missões, porque não conhecem a
presença do pecado e por conseqüência também não conhecem a perdição.

De Gn 3 até o final do Velho Testamento se encontra a tentativa e o plano de Deus, através da Sua
direção do povo judeu, de preparar a primeira vinda de Jesus nesta terra para salvar o homem.
Com o início do Novo Testamento, através do nascimento de Jesus, se cumpriu toda a preparação
da época do Velho Testamento. Não podemos ler os quatro evangelhos sem pensar neles como o
fundamento e a base da obra missionária, para em seguida entrar na primeira história missionária
deste mundo, o livro de Atos. Nele se relatam os primeiros esforços para espalhar o Reino de Deus
fora da Palestina. Depois encontramo-nos com a parte das cartas apostólicas que refletem a
situação no campo missionário da igreja primitiva, tratando dos problemas, das lutas e das alegrias
das igrejas recém-nascidas. Finalmente entramos no livro de Apocalipse, que apresenta o alvo do
ministério missionário, o novo mundo sem pecado, para seus leitores, por exemplo Ap. 7.9-12 que
apresenta aquele coral internacional que louvará para sempre ao nome de Deus. Assim é evidente
a integração da visão universal na Bíblia.

b) Antigo testamento

Desde a criação, Deus queria ter a comunhão íntima com o homem. Por isso a convivência entre
Ele e o primeiro casal, Adão e Eva, serve como o modelo daquela relação entre o Criador e cada
um dos habitantes desse mundo, que deve ser o alvo da obra missionária.

De vez em quando é difícil observar a filosofia de missão ao ler a história de Israel e das
confrontações com os povos vizinhos. A atitude rebelde do povo judeu perante Deus não lhes
deixou muito ânimo para se interessarem pela salvação dos seus vizinhos. Além disso, a filosofia
missionária está oculta no desenvolvimento histórico do povo judeu, que é a preparação da vinda
do filho de Deus. Todavia, o chamado missionário revela-se, por exemplo, pelo chamado de
Abraão: "Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de seu pai, e vai para a terra que te mostrarei;
de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Se tu uma benção:
abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas
todas as famílias da terra." Gn 12:1-3. Essa atitude missionária ativa, ou seja, a atitude centrífuga
(porque a direção é do centro para fora) só se manifesta raramente no Antigo Testamento, como,
por exemplo, em Is 42:1-7; 66:19.

Mais comum é a tendência de chamar a atenção dos grupos étnicos, de fora da Palestina, para o
centro principal que é o povo de Israel. As nações pagãs se sentem atraídas pelo Deus de Israel,
viajando rumo ao templo de Jerusalém para louvá-lo. Exemplos disso são 1 Rs 8:41-43; Is 2:2-4; Sl
100, etc. Embora essa atitude ou movimento missioná-rio pareça passivo, o fato é que funcionou
como um meio para proclamar o nome do Senhor naquela época. Até hoje vemos resultados
missionários desse movimento, chamado centrípeto, ao observar conversões de pessoas que
buscam cristãos para conhecer Jesus Cristo de uma forma pessoal.

c) Novo testamento

Depois da vinda de Jesus, a consciência missionária mudou radicalmente. Ao contrário da


tendência centrípeta do Antigo Testamento, o Novo Testamento demonstra claramente a atitude
ativa, ou seja, centrífuga. Agora a igreja tem que sair para alcançar o resto do mundo. A teologia do
Novo Testamento é evidentemente missionária.

Não dá para limitar a mensagem missionária como sendo somente o grande mandamento, Mt
28:18-20, e as palavras de Jesus sobre a seara, Mt 9:36-38. (Muitas vezes os pregadores nos
deixam com essa impressão. Todavia, a mensagem missionária é muito mais rica). Como já vimos,
toda a estrutura do Novo Testamento enfatiza a urgência da proclamação do nome do Senhor para
que as pessoas possam se converter e entrar no Reino de Deus. O conteúdo das Escrituras e a
vida da Igreja Primitiva revelam a visão universal e o esforço de ampliar aquela congregação que
louvará a Deus para sempre.

O Novo Testamento também inclui o aspecto centrípeto ao falar, ou sobre estrangeiros que se
converteram na Palestina (Atos 2), ou sobre judeus que se tornaram cristãos no exterior, por
exemplo o apóstolo Paulo. Não houve um esforço específico do lado dos cristãos para despertar os
corações dessas pessoas e procurarem a Deus. Foram elas, mesmas, que andaram rumo àqueles
que poderiam as orientar sobre o Reino divino. Dessa forma as narrativas de Atos, sobre pessoas
que se converteram no exterior, funcionam como a preparação da grande obra missionária de que
se fala em Atos 13 a 28.

III - As bibliografias missionárias da Bíblia


A Bíblia fala, até várias vezes, sobre pessoas que viveram por algum tempo no exterior para servir
ao Senhor. Temos os exemplos de Abraão, José, Moisés, Daniel, Jonas e de Paulo, para não
esquecer a mudança radical de Jesus quando se encarnou e nasceu neste mundo.

Alguns deles receberam um chamado específico, sabendo antes de sair que iam ministrar o Reino
de Deus. Este é o caso de Abraão, de Moisés e de Paulo. Outros, por exemplo, José e Daniel,
foram dirigidos ao exterior contra sua vontade, tendo sido presos, enfrentado inimigos pessoais, ou
ainda sofrido opressão política.

As biografias bíblicas apresentam essas pessoas com sua força e suas fraquezas. O leitor, ao ler a
história deles, aprende com suas experiências, suas tentações, suas quedas e suas vitórias.
Através disso, aquelas pessoas se aproximaram do Senhor, passando por um crescimento pessoal
ao serem formados por Deus para assumirem o ministério que Ele lhes pediu para cumprir.

Quem não tinha expectativa alguma de se tornar um servo de Deus no exterior, em meio às tensão
e aos conflitos, era José. É fácil imaginar seu medo e suas angústias quando seus irmãos naturais
o deixaram na cisterna para depois ser vendido aos mercadores medianistas que o levaram para o
Egito. Através da sua paciência e da sua esperança na fidelidade de Deus, o Senhor o levou a ser
o primeiro ministro do rei. Mais tarde, ele conseguiu ajudar seus parentes que na época passavam
fome. Depois da morte do seu pai, ele testemunhou que Deus transformou em bem o que os
irmãos tinham feito de mal contra ele. Assim, José era um testemunho diante das autoridades de
Egito e diante dos seus parentes.

Quem não se impressiona com Daniel ao observar sua firmeza perante o rei babilônio ? Em vez de
comprometer sua fé em Deus, ao obedecer a ordem do rei de Babilônia, ele fez uma contra-
proposta, para demonstrar seu respeito pelas leis governamentais, sem rejeitar sua fé judaica.
Assim, Daniel se tornou o meio de Deus para levar o rei a crer nEle, Dn 4:37.

Quem foi rumo ao exterior, já chamado para servir ao Senhor, foi Abraão. A mudança dele foi
radical, porque saiu da sua terra sem saber para onde ir. A obediência ao chamado divino resultou
no nascimento e crescimento do povo judeu, sendo a preparação da primeira vinda de Jesus.

Assim, as pessoas modestas e humildes da Bíblia se tornaram grandes homens, porque deixaram
Deus transformá-los, para assim poderem levar o testemunho do Reino àqueles que viviam sem
conhecimento pessoal da existência do Senhor.

IV - Jesus como nosso modelo missionário

O perfeito exemplo do chamado missionário é nosso Senhor Jesus Cristo que deixou tudo para
trás para ser servo de todos. Em vez de procurar glórias e honra, Ele se encarnou para identificar
conosco para que "em todas as cousas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser
misericordioso e fiel sumo sacerdote nas cousas referentes a Deus, e para fazer propiciação pelos
pecados do povo", Hb 2:17.

Se prega muito sobre o que Jesus fez por nós e faz para nós. Talvez se fale menos de nós
seguirmos o caminho dEle, ou seja que Ele é nosso modelo: "Porquanto para Isto mesmo fostes
chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes
os seus passos", 1 Pe 2:21. Na conversa íntima da última noite com seus apóstolos, Ele se dispôs
como seu exemplo "para que, como eu vos fiz, façais vós também", Jo 13:15.

Por isso chamou os discípulos, dizendo "segui-me", e os mandou para o mundo da mesma forma
que o Pai o tinha enviado: "Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio", Jo 20:21. O
apóstolo Paulo falou da forma mais forte, talvez, sobre as condições para seguir o Senhor, ao se
referir à encarnação de Jesus Cristo, quando Ele deixou toda sua glória com Seu Pai no céu e
entrou sem fama e pompa externa neste mundo. Ler Fl 2:5-8. São palavras chaves para o serviço
missionário, mas facilmente o missionário confunde a primeira vinda de Jesus com a segunda,
procurando a glória em vez da humildade. Não vamos esquecer de aprender com a vida de Jesus
para nos tornar servos úteis.

V - A mensagem missionária

Ao investigar os sermões evangelísticos, que os apóstolos fizeram, o leitor vai ver a amplitude da
mensagem dele. Eles pregaram toda a palavra de Deus, que naquela época era o Velho
Testamento, interpretada à luz dos eventos que se ligaram com a vida, a morte e a ressurreição de
Jesus Cristo. A mensagem incluiu um forte apelo de se converter do poder das trevas para entrar
no Reino de Deus, falando claramente sobre a existência das realidades do Reino de Deus e do
reino do Satanás. Os pregadores daquela época não deixaram de confrontar seus ouvintes com a
conseqüência de rejeitarem a salvação de Deus, isto é, a realidade da perdição eterna. Hoje,
muitos cristãos têm medo de falar da possibilidade das pessoas serem perdidas na segunda vinda
de Jesus. Todavia, se quisermos ser fiéis à palavra de Deus, temos que anunciar o fato de que a
eternidade tem os dois ramos, a vida com Deus e a perdição.

Vivendo na cultura judaica, os apóstolos levaram a sério, talvez mais do que hoje, o aspecto duplo
do ser de Deus que, ao mesmo tempo, é o Deus amoroso e o Deus santo. Por isso era importante
para a pregação e o ensino de Paulo enfatizar a necessidade de receber a justiça divina através da
cruz de Cristo.

A mensagem foi escrita num contexto judeu e grego, mas fala de uma forma relevante a qualquer
cultura, porque "o evangelho não é somente um fenômeno histórico.. Embora se relacione à cultura
e sim vai além da cultura. Ele faz e forma a cultura quando ao mesmo tempo está julgando. É tanto
pró quanto contra a cultura". (George W. Peters: A Biblical Theology of Missions. Chicago 1982, p.
316).

VI - Os passos práticos

a) Oração

A nível internacional o trabalho estudantil recebeu muitos impulsos do despertar missionário no


século passado para manter vivo o chamado missionário tanto no exterior quanto no ministério
nacional. O começo da ABU inglesa foi o compromisso missionário que em 1884 resultou na
dedicação "dos sete de Cambridge" à obra missionária na China. Logo depois, mais candidatos se
vincularam ao trabalho para ampliar o Reino universal. Ao todo 100 recém-formados do grupo da
ABU de Cambridge entraram na equipe missionária naquela época 1881-1894. Ao mesmo tempo
um terço, até mesmo a metade, de todos os estudantes do grupão formaram células de oração
para interceder por seus amigos que tinham saído. Em geral oraram bastante pelo desafio
missionário.

Oração não muda tudo de uma vez só, mas a longo prazo tem grandes efeitos e é a base de
qualquer ministério estudantil evangélico. Também não é uma questão de fazer um esforço
específico, e sim, de orar fielmente e regularmente. Um exemplo atual seria dedicar alguns
momentos, cada vez que seu grupo se reunir, à intercessão pelo Marcos Augusto em Moçambique
(até março de 2001). Orem também pelo trabalho estudantil desse país.

Outra sugestão poderia ser escolher um grupo local de um certo país da América Latina, por
exemplo, e, entrar em contato com ele para assumir um compromisso de oração.

Quando o Senhor apresentou os desafios missionários para as multidões, Ele não começou a
chamar obreiros, e sim lhes pediu para orar pelo levantamento de pessoas dispostas a sair, Mt
9:35-38. Quem começar a orar dessa forma pode ser a pessoa que Deus quer mandar. Ninguém
sabe! Todavia, a oração pela obra missionária muda a mente do intercessor, já que ele se torna
cada vez mais consciente da visão universal.

A oração também era a coluna básica na vida da congregação de Antioquia. Todos os membros da
igreja se reuniam para fazer oração por seus missionários na hora de se despedirem dos irmãos.
Durante a ausência de Paulo e Barnabé, a igreja continuava a orar pelo ministério deles. Assim se
manteve vivo o chamado missionário da congregação. E ela, depois da volta dos dois do campo
missionário, passou muito tempo tendo comunhão pessoal com eles, Atos 14:26-28.

b) O contato pessoal com os missionários

O apoio mais importante em relação aos missionários é nossa oração. Mas facilmente acabamos
por só orar, pensando que já fazemos nossa parte. Todavia os missionários são seres humanos
com sentimentos iguais aos nossos que precisam ser estimulados através do nosso amor.
Nenhuma amizade existe sem receber provas do amor e da afeição da outra parte. Assim também
os missionários precisam sentir o vínculo vivos entre eles e as igrejas que os mandaram para o
campo missionário

Até o apóstolo Paulo tinha essa saudade dos amigos que ele tinha deixado atrás. Na carta aos
romanos ele abre seu coração, até duas vezes, a respeito do seu amor pelos irmãos romanos e
sua saudade deles e de poderem compartilhar mutualmente suas vidas e suas experiências, ler
Rm 1:11-13 e 15:23-29. 1 Co 16:17-18 nos mostra como foi bom para o apóstolo receber as
notícias dos coríntios através de Estéfanas, Fortunato e de Acaico. O que ele ouviu falar, o animou
a continuar seu ministério. Da mesma forma podemos encorajar nosso missionário em
Moçambique, embora não seja possível através da nossa presença física. Uma pequena carta,
falando sobre nosso grupo da ABU, sobre nossas vidas e sobre o Brasil, vai criar muita alegria no
coração dele. Em geral: "Missionários são viciados em cartas". Para nós é fácil e rápido mandar
nossa saudação. Para eles importa tudo, porque pequenas coisas tem grandes efeitos na vida
deles.

Lembrem-se também dos obreiros nacionais na intercessão e comunicação de vocês. Missionários


urbanos também enfrentam muitas dificuldades. Vocês tem mantido contato regular com alguns
deles?

c) Estudantes estrangeiros

No caso de um estudante, a forma mais óbvia, e também mais fácil, de se envolver praticamente
na obra missionária, com relação ao exterior, e de obter conhecimento de culturas estrangeiras, é
procurar amizades com estudantes de países africanos e de outros países latino-americanos. Hoje
em dia há muitas mudanças internacionais. A estratégia missionária deve levar a sério que essas
pessoas são muito abertas para pensar de uma forma cristã, porque estão passando por uma
época de frustrações e de falta de vínculos íntimos com parentes e amigos. Por isso procuram
relacionamentos humanos no novo país.

A Bíblia fala muito sobre nossas obrigações de recebê-los e levá-los a Cristo. Para quem se
interessar, queria somente chamar atenção para 1 Rei 8:41-43 e Atos 2, 8, 9 . Todos esses textos
apresentam o desafio missionário de alcançar os estrangeiros com o evangelho (observe, que até
o apóstolo Paulo se converteu fora da sua terra).

A ABU envolveu-se num projeto com estudantes estrangeiros ao oferecer bolsa de manutenção a
alguns estudantes cristãos da Guiné Bissau, que vieram estudar no Brasil. Um deles, Benjamin
Lomba, que chegou no Brasil em 1982, estudou administração na PUC de São Paulo. Recebeu
também treinamento teológico, visando um futuro ministério na sua terra, inclusive entre
estudantes. Já recebemos também estudantes angolanos, ajudando-lhes a se formarem e se
vincularem com igrejas aqui.

Não existe melhor formação de um candidato missionário do que a convivência com pessoas de
outras culturas, que podem abrir os olhos deles para a riqueza da faculdade criadora de Deus ao
ter formado todas as culturas de uma forma diferente.

A longo prazo, os missionários mais "eficazes" são aqueles que se converteram no exterior e
depois voltaram para sua terra para ministrar seu povo ao lhe levar a palavra de Deus. Não têm
que vencer a barreira lingüística e cultural, porque são familiares com a língua e os costumes do
lugar onde estão servindo. Esse é, por exemplo, o caso do boliviano Marcelo, que se converteu
aqui no Brasil, e hoje trabalha com estudantes bolivianos.

d) Doações

Ao estudar a história da igreja primitiva e das novas congregações do campo missionário daquela
época, temos impressão de que elas viviam uma das pelas outras e por missões, dando-se
inteiramente à obra do Reino, até mesmo os seus bens pessoais. Tudo que tinham, eram pela
benção do Senhor. Por isso consideravam suas propriedades, que eram poucas porque eram
igrejas pobres, como sendo emprestadas por Deus para serem administradas conforme a vontade
dEle e conforme as necessidades do Reino dentro e fora do seu país. O encorajamento de Paulo
às igrejas daquela época para contribuírem com seu dinheiro à obra missionária, que assim
poderia alcançar mais cidades e países com o evangelho, fazia parte do ensino básico do apóstolo.
Ler por exemplo 2 Co 8:1-5.

Não importa o tamanho da nossa doação, e sim, procurar a vontade de Deus a respeito da nossa
renda, isto é, sustentar regularmente e fielmente a obra dEle com nosso dinheiro. Quem aprender
a doar do seu pequeno salário, sendo estudante por exemplo, também consegue oferecer da sua
maior renda como profissional. Quem não aprender na época estudantil quase nunca vai começar
a separar o dízimo para possibilitar a extensão do Reino e Deus.

VII - Conclusão

Quem descobriu a visão universal da Bíblia e o desejo de Deus de encaixá-la na nossa vida
devocional e profissional, mostra espontaneamente a atitude missionária do dia- a-dia. Ele não
precisa ser lembrado do desafio universal através de certos eventos missionários, porque sua vida
já reflete

aquela mente pela qual Cristo pensa

aquele coração pelo qual Cristo ama

aquela voz pela qual Cristo fala

aquela mão pela qual Cristo ajuda

George W. Peters p. 284


(baseada no artigo de Kristine Kristensen)

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