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Tragédia com caminhão e van na BR-381 tira vida de cinco


universitários

Cláudia Rezende
Repórter

Uma descida íngreme e uma curva fechada. O cenário é a BR-381, na altura do KM 435, em Sabará, na Região
Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Um caminhão carregado com vigas metálicas não consegue fazer a
curva, tomba, bate em uma van que levava para casa, após uma jornada de trabalho e estudo, 15 estudantes
universitários. A maioria deles estava no início dos cursos de graduação. Para cinco, o sonho foi interrompido.
Os outros, feridos e abalados com a tragédia, foram socorridos em hospitais de Belo Horizonte e Caeté. O
motorista da van também morreu no local. A filha dele, uma das passageiras, teve traumatismo craniano grave e
está em coma profundo. Pela avaliação dos policiais rodoviários que foram ao loca,l o motorista do caminhão foi
negligente. Ele descia em alta velocidade e não conseguiu segurar o veículo na sua pista, tombando sobre a
van. No trecho da 381 entre BH e João Monlevade morreram 88 pessoas no ano passado.

O acidente aconteceu por volta das 23h15. Na hora, morreram quatro universitários do Centro Universitário de
Belo Horizonte (UNI-BH). São eles Alberty Silva Syrio, 23 anos, que cursava o primeiro período de Geografia e
Análise Ambiental no Fernanda Rodrigues, 19 anos, estudante do primeiro período de Engenharia de Alimentos,
Osvaldo de Pádua Santos Júnior, 20 anos, do primeiro período de Ciência da Computação, e Ranaly Perez de
Castro Rosa, 21 anos,que estava no sexto período de Educação Física. O motorista José Rodrigues Pereira, 52
anos, também morreu no local.
Os feridos foram encaminhados para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), Hospital Risoleta Neves e
Hospital Odilon Behrens, em Belo Horizonte. Uma vítima, Kaebe Rezende Rocha, 23 anos, foi levado para o
Hospital de Caeté e teve alta ontem mesmo. Durante todo o dia de ontem, familiares aguardavam por
informações sobre as vítimas na porta do HPS. Os parentes do motorista da van e da filha dele, Ligia Aparecida
Costa Pereira, 29 anos, que está no último período do Curso de Nutrição no UNI-BH, estavam inconsoláveis.
“Meu pai era um motorista exemplar. Podia dirigir de olhos fechados. Nunca sofreu um acidente”, lembrou uma
das quatro filhas de José Rodrigues, a técnica em Enfermagem Liliane Aparecida costa Pereira, 28 anos. Ela
conta que o pai era motorista há 30 anos. Na família, irmãos de José Rodrigues e o filho, Renato José costa
Pereira, 24 anos, tinham a mesma profissão. Renato, aliás, estava em outra van, que seguia logo atrás do
veículo de José Rodrigues, na hora do acidente. “Não posso falar o que aconteceu. A estrada estava vazia. Eu
estava a uma boa distância dele. Logo depois da curva, vi à frente um vulto e fumaça preta. Liguei o pisca-alerta
e o farol alto. Teve um estouro. Cheguei e estava lá, daquele jeito”, recorda. Renato faz um desabafo em relação
ao trecho da estrada, que, segundo ele, é um dos mais perigosos da rodovia. “Tem que fazer alguma coisa. Todo
dia morre gente lá”.
Na van de Renato, havia, ainda, outra filha de José Rodrigues, Luciene Aparecida Costa Pereira, que era para
ter feito a viagem no carro do pai. “Ela (Luciene) ia com meu pai todo dia, mas, como estava cheio ontem
(quarta-feira), ele falou para ela ir no carro do meu irmão. Ela escapou da morte”, conta Liliane Pereira. Todos os
dias, José Rodrigues fazia o trajeto. Saía de casa às 16h30 para levar os estudantes para a aula e os deixava
em casa por volta da meia-noite.
Segundo Liliane Pereira, a família estava em um momento feliz. “Minha mãe tinha voltado a trabalhar em Caeté,
minha irmã ia se formar no final do ano e tinha acabado de comprar uma casa para se casar e meu pai ia
construir um lava-jato ao lado da minha casa”.
Liliane e outros parentes aguardavam informações sobre o estado de saúde de Lygia Aparecida Costa Pereira.
“Ela está à beira da morte. É questão de horas”, lamentava a irmã. De acordo com a assessoria de imprensa da
Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), a paciente estava em estado gravíssimo - em coma
profundo e sedada - , mas não era possível afirmar que estava em morte cerebral porque o diagnóstico depende
de uma bateria de exames que não pode ser feito enquanto a pessoa está sedada. Segundo Liliane Pereira, se
confirmada a morte cerebral, a família irá doar os órgãos da estudante.
A família da estudante Tamyres Ângela Silva, 22 anos, que estuda Geografia e Meio Ambiente na Newton Paiva,

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