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21030-elementos de análise infinitesimal i

exame/p-fólio de 28 de janeiro de 2009

Informações e Recomendações:
• O exame tem a duração de 2h30min e é constituido por todos os grupos e alı́neas.
• O p-fólio tem a duração de 1h30min e é constituido pelos seguintes grupos e alı́neas:
I.a), I.c)(i), I.c)(ii), II.1.a), II.2.a), III.1.a), III.1.b), III.1.c) III.2.a), III.2.b).
• Na prova real os enunciados do exame e do p-fólio são fornecidos em folhas
diferentes.
• Não é permitida a consulta de formulários e elementos de estudo pessoais. NÃO
pode utilizar máquina de calcular.

Cotação e critérios de correção:


• Este exame tem a cotação total de 20 valores, distribuı́dos do seguinte modo:
Grupo I: 6 valores, Grupo II: 7 valores, Grupo III: 7 valores.
• Serão factores a ter em conta para a avaliação da prova de exame a correcção
matemática das respostas, a apresentação de todos os cálculos necessários para a
compreensão do seu raciocı́nio, bem como a justificação cuidada das respostas e a
redacção clara e organizada das mesmas.

1
I.
1 1

Considere o conjunto Ω = x ∈ R : x < x2

a) Mostre que Ω =] − ∞, 0[∪]0, 1[.


b) Determine o interior, fronteira, exterior e derivado do conjunto Ω.
c) Diga, justificando pormenorizadamente, se são verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações:
(i) para qualquer sucessão real (xn ) convergente para zero verifica-se que xn ∈ Ω para
todos os valores suficientemente grandes de n.
(ii) todas as sucessões estritamente crescentes de termos em Ω são convergentes para
um real não-negativo.
(iii) qualquer sucessão não-limitada de termos em Ω tem pelo menos uma subsucessão
convergente para −∞.

II.
1. Calcule o limite, ou mostre que é divergente, cada uma das sucessões reais com os
termos gerais seguintes:
 n+3 !
2
a) xn = log 1+ .
n
2 + (−1)n
b) yn = .
1+n
3
c) zn = n sin .
n
P∞
2. Seja (αn ) uma sucessão de termos positivos tal que a série n=1 αn é divergente.
P∞ αn
a) Utilizando o critério de comparação conclua que a série n=1 1+n2α
n
é convergente.
P∞ αn
b) Mostre que a série n=1 1+αn é divergente

III.
1. Considere a função f : R+ → R definida pela expressão
1
f (x) = ,
ψ (log x2 ) + 2x
onde ψ é uma função definida, positiva e diferenciável em todo o R.
a) Justifique que f é diferenciável no seu domı́nio e determine a sua função derivada.

b) Sabendo que f tem um extremo relativo em x = e, calcule ψ ′ (1).
c) Suponha que, adicionalmente às condições acima, se sabe que ψ tem assimptotas
oblı́quas. Determine o valor dos limites lim f (x) e lim+ f (x).
x→+∞ x→o
d) Nas condições da alı́nea anterior e supondo que ψ ′ é limitada, mostre que f é
uniformemente contı́nua
2. Calcule todas as funções primitivas das seguintes funções
a) h(x) = sin2 x cos3 x,
b) g(x) = √x .
x+1

FIM

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resolução do exame

I.a) Comecemos por notar que


1 1 x−1
− <0⇔ < 0.
x x2 x2
Observando que x2 nunca é negativo, conclui-se que a expressão no numerador da
fração que define Ω tem de ser negativa, ou seja x > 1 e o denominador não pode ser
nulo. Portanto conclui-se que Ω =] − ∞, 0[∪]0, 1[.
I.b) O interior de Ω é ] − ∞, 0[∪]0, 1[, a fronteira é {0, 1} e o exterior de Ω é o complementar
da reunião destes dois conjuntos: R \ (interior ∪ fronteira) =]1, +∞[.
I.c)(i) A afirmação é obviamente falsa pois basta considerar a sucessão xn identicamente
nula para termos um contra-exemplo: sendo xn = 0, ∀n, é óbvio que xn → 0, mas é
também imediato que, como 0 6∈ Ω, os termos da sucessão xn nunca estão em Ω, por
maior que seja n.
I.c)(ii) Também se trata de uma afirmação obviamente falsa: basta considerar vn = −1 −
1
n para verificar que se tem uma sucessão estritamente crescente de termos em Ω e
convergente para o real negativo −1.
I.c)(iii) A afirmação é verdadeira. Suponhamos que un é uma sucessão não-limitada com
termos em Ω. Como Ω é um conjunto limitado superiormente pelo número 1 (já que
1 = sup Ω), então, sendo un não-limitada, tem de ser não-limitada inferiormente, ou
seja,
∀L > 0, ∃n(L) ∈ N : un(L) < −L.
Mas então, considerando L = 1, 2, 3, 4, . . ., pode-se tomar n(1) < n(2) < n(3) < . . ..
Designe-se a subsucessão de naturais n(k) por nk . Tem-se, então, que un1 < −1, un2 <
−2, un3 < −3, . . . . Consequentemente, ∀k, unk < −k, pelo que tomando o limite
quando k → +∞ concluimos imediatamente que lim unk = −∞, como pretendiamos.
II.1.a) Comecemos por observar que
 n+3  3  n
2 2 2
1+ = 1+ 1+ −→ 1 · e2 = e2 .
n n n

Então, conclui-se imediatamente que

lim xn = log e2 = 2 log e = 2.

II.1.b) Observando que o numerador do termo geral da sucessão yn é uma sucessão limitada,
1
1 6 2 + (−1)n 6 3, que 0 < 1+n → 0, e tendo em atenção que

1 2 + (−1)n 3
6 6 ,
1+n 1+n 1+n
conclui-se, pelo teorema das sucessões enquadradas, que a sucessão yn converge para
zero.
II.1.c) Aplicando directamente as regras algébricas dos limites à expressão de zn obtemos
o sı́mbolo sem sentido ∞ × 0, pelo que temos de ser um pouco mais cuidadosos.
Relembremo-nos que xx → 1 quando x → 0. Podemos escrever a expressão de zn na
3 3
sin sin n
forma zn = 1/nn , a qual, após multiplicação e divisão por 3, é igual a zn = 3 3/n e
portanto, aplicando limites, tem-se zn → 3 × 1 = 3.

3
II.2.a) Como, por hipótese, αn > 0 pode-se concluir que
αn 1 1
= 1 < 2.
1 + n2 αn αn +n 2 n
P 1
Mas como sabemos que as séries np são convergentes se e só se p > 1, a desigualdade
acima e o critério de comparação permite-nos concluir que a série dada é convergente.
II.2.b) Consideremos primeiro o caso em que αn é ilimitada. Então, como por hipótese
αn > 0, tem de existir uma subsucessão tal que αnk → +∞. Mas então
αnk 1
= 1 → 1,
1 + αnk αnk +1

αn
e portanto 1+α n
não converge para zero (se convergisse, todas as suas subsucessões
teriam também de convergir para zero) e portanto a série em estudo, que tem esta
sucessão como termo geral, é divergente.
Seja agora o caso em que αn é uma sucessão limitada. Sendo positiva, existe uma
constante A tal que 0 < αn < A e portanto 1 < 1 + αnP< 1 + A. Daqui se conclui que
αn 1
1+αn > 1+A αn e portanto, como por hipótese a série αn é divergente, o critério de
comparação permite concluir que a série em estudo é também divergente.
III.1.a) Como as funções x 7→ 2x, x 7→ x2 , log e ψ são diferenciáveis nos seus domı́nios,
e como somas, produtos e composições de funções diferenciáveis são também funções
diferenciáveis, conclui-se que f é diferenciável no seu domı́nio. Pelas regras usuais de
derivação vem
− 2 ψ ′ (log x2 ) − 2
f ′ (x) = x .
(ψ(log x2 ) + 2x)2

III.1.b) Pela expressão anterior, e da hipótese de f ter um extremo relativo em x = e
infere-se que
√ − √2e ψ ′ (1) − 2
0 = f ′ ( e) = √
(ψ(1) + 2 e)2

e portanto ψ ′ (1) = − e.
III.1.c) Da hipótese de ψ ter assimptotas oblı́qua conclui-se que ψ(y) → ±∞ quando
y → +∞ e quando y → −∞. Então, para determinar o limite de f (x) quando x → +∞
basta observar que x → +∞ ⇒ x2 → +∞ ⇒ log x2 → +∞, donde se conclui que
|ψ(log x2 )| → +∞ e portanto f (x) = ψ(log x12 )+2x −−−−−→ 0. Analogamente, como x →
x→+∞
1
0+ ⇒ x2 → 0+ ⇒ log x2 → −∞, conclui-se também que f (x) = ψ(log x2 )+2x −−−−→
+
0.
x→0

III.1.d) Comecemos por observar qual o domı́nio de f :

Df = x ∈ R+ : x2 ∈ Dlog ∧ log x2 ∈ Dψ ∧ ψ(log x2 ) + 2x 6= 0 ,




como, por hipótese do enunciado, ψ é uma função positiva definida em todo o R, tem-se
ψ(log x2 ) + 2x > 0 em R+ e Dψ = R. Portanto Df = R+ .
Há diversos modos possı́veis de resolver esta questão. O que se apresenta seguidamente
é apenas um deles.
Uma ideia possı́vel é a seguinte: em qualquer intervalo de R+ limitado e fechado [M, N ]
sabemos, pelo teorema de Cantor, que a função f é aı́ uniformemente contı́nua.

4
Portanto, a continuidade uniforme de f poderá falhar apenas quando nos aproximamos
dos extremos do seu domı́nio: de +∞ e de 0. Fixemos então M > N > 0 arbitrari-
amente e considere-se o que se passa no intervalo [M, +∞[. Como f é diferenciável
podemos aplicar o teorema de Lagrange em [x, y] ⊂ [M, +∞[ e concluir que
2
ψ ′ (log ξ 2 ) + 2
′ ξ
|f (y) − f (x)| = |f (ξ)| · |y − x| = |y − x|

(ψ(log ξ 2 ) + 2ξ)2

para algum ξ ∈]x, y[. Da hipótese de que ψ tem assimptotas oblı́quas e derivada limi-
tada concluı́mos que f ′ (ξ) → 0 quando ξ → +∞ e que se trata de uma função limitada
em [M, +∞[, ou seja, que existe β > 0 tal que, qualquer que seja o ξ ∈ [M, +∞[,
|f ′ (ξ)| 6 β, vindo, então, |f (y) − f (x)| 6 β|y − x| e daqui segue imediatamente a
convergência uniforme de f no conjunto em causa. Exactamente o mesmo argumento
é aplicável em ]0, N ], com exactamente o mesmo resultado.
III.2.a) Relembrando a fórmula fundamental da trignometria sin2 x + cos2 = 1, sabe-se que
cos2 x = 1 − sin2 x e pode-se escrever a função h como

h(x) = sin2 x cos3 x = sin2 x(1 − sin2 x) cos x = sin2 x cos x − sin4 x cos x.

Como (sin x)′ = cos x, a primitiva de h é agora reconhecida como uma primitiva
imediata:
 sin3 x sin5 x
P (h(x)) = P sin2 x cos x − sin4 x cos x = − + C,
3 5
onde C é uma constante real arbitrária.

III.2.b) Recorrendo à sugestão dada, seja t = x + 1. Então, elevando ambos os membros
desta expressão ao quadrado e resolvendo em ordem a x, tem-se x = t2 − 1 e dx
dt = 2t.
Conclui-se então que

   2 
x t −1 2 2p
P √ =P 2t = P (2t2 −2) = t3 −2t+C = (x + 1)3 −2 x + 1+C,
x+1 t 3 3

onde C é uma constante real arbitrária.

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