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Departamento de Expressões
GUIA DO ALUNO
CULTURA DESPORTIVA
HISTÓRIA
competição para superar uma marca, ou seja, os limites do ser humano são
representados pelo “record” através de práticas tão antigas como o próprio
Homem – o Atletismo como medida do Homem.
Nos nossos dias, o atletismo engloba um conjunto de várias disciplinas
desde as corridas, aos lançamentos, passando pelos saltos e por provas
combinadas. Durante o séc. XIX foram modificadas regras, primeiro, nas
Universidades onde se organizavam as competições de atletismo e, mais tarde,
pelos organismos internacionais e olímpicos para, em 1926, assumirem a sua
forma actual.
A pista, no formato de hoje, um circuito de 400 m, surgiu pela primeira vez
nos Jogos Olímpicos de Amesterdão, em 1928. O seu desenvolvimento
acompanhou as transformações tecnológicas, desde o tempo em que eram de
terra batida, passando pelas de cinza até às actuais, de fibra sintética,
denominadas de “tartan”, pela primeira vez usadas nos Jogos Olímpicos de
Tóquio, em 1964.
A partida baixa, ou de cinco apoios, surgiu em 1888 por C. H. Sherril, mas
só foi reconhecida em 1896 na primeira Olimpíada Moderna. Até 1936, os
atletas eram autorizadas a fazerem “covas” na pista para fixarem a ponta dos
pés, após esta data, foram introduzidos oficialmente em competição os blocos
de partida.
Em 1870, começou a utilizar-se uma linha suspensa entre duas estacas,
da partida à meta (prova de 100 m), para demarcar o espaço entre os
concorrentes. Esta seria substituída pela actual linha branca no solo, ainda
antes da primeira Guerra Mundial.
Até aos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960, em todas as corridas, na linha
de chegada, era colocado um fio de lã no mesmo plano da meta para facilitar
aos juizes, nas chegadas mais confusas, a detecção do primeiro classificado. Em
1912, nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, é usada uma câmara ligada a um
cronómetro. Mais tarde, foi utilizada uma máquina de filmar, nos Jogos
Olímpicos de Amsterdão, em 1928.
Com o desenvolvimento da electrónica, a máquina de filmar foi
substituída pelo “Photo-finish” – fotografia de chegada; é um equipamento de
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O Atletismo em Portugal
Fazendo a referência à história do Atletismo em Portugal, pode-se dizer que
a primeira prova oficial deste desporto foi organizada pela Sociedade Promotora
de Educação Física Nacional, a 26 de junho de 1910, com o título “Jogos
Olímpicos Nacionais”. Estes torneios prosseguiram até cerca de 1914, ano em
que uma dissidência levou alguns clubes a fundarem a Federação Portuguesa
de Sports, cuja actividade durou até 1916. Desde essa data até à fundação da
Federação Portuguesa de Atletismo, em 5 de Novembro de 1921, o Atletismo
manifestou-se apenas em organizações particulares à custa do esforço de
alguns clubes.
Actualmente as competições oficiais estendem-se praticamente ao longo
do ano inteiro, organizadas pelas Associações Regionais e pela Federação,
sendo os Campeonatos Nacionais Masculinos (individuais e por equipas) os mais
importantes conjuntos de provas que se efectuam em Portugal.
Embora lento, o progresso do Atletismo Nacional não deixou de verificar-se.
Para tal, tem contribuído de certa forma, a participação de atletas e equipas
nacionais em competições internacionais, e a conquista de alguns títulos. De
todos os títulos conquistados, importa referir os alcançados pelos grandes
atletas nacionais que foram Rosa Mota e Carlos Lopes.
Mais recentemente, temos observado o sucesso de vários atletas, como
Nélson Évora (Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 no Triplo
Salto), Naide Gomes (detentora da melhor marca do ano de 2008 do Salto em
Comprimento) e Francis Obikwelu (Medalha de Prata nos Jogos Olímpicos de
Atenas 2004 nos 100m).
CARACTERIZAÇÃO DA MODALIDADE
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Regulamento
O Atletismo é uma modalidade composta por 4 grandes grupos que, por
sua vez, englobam várias disciplinas:
Velocidade
Meio-fundo
Fundo
Corridas Barreiras
Estafetas
Obstáculos
Maratona
Altura
Comprimento
Saltos
Triplo Salto
Vara
Peso
Lançamento Dardo
s Disco
Martelo
Triatlo
Provas Pentatlo
Combinadas Heptatlo
Decatlo
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Corrida de Barreiras
Seniores Masculinos
Seniores Femininos
Cada barreira terá de ser colocada na pista de tal modo que a sua base
esteja colocada do lado de aproximação do atleta. A barreira será colocada de
modo que a margem da barra transversal superior que fica mais próxima do
atleta que dela se aproxima, coincida com a margem da marca colocada na
pista que igualmente se situa mais próxima do atleta.
As barreiras terão de ser construídas em metal ou qualquer outro material
apropriado, sendo a barra transversal superior de madeira ou outro material
apropriado. Consistirão de duas bases e dois postes verticais, que suportam
uma estrutura rectangular reforçada com uma ou mais barras transversais.
As barreiras terão de ser concebidas de tal modo que, para as derrubar, seja
necessária uma força de pelo menos a 3,6 kg, aplicada no centro do limite
superior da barra transversal.
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Os blocos de partida:
Ordens de Partida:
Salto em Altura
Material
• 2 Postes (de qualquer estilos, mas rígidos e com dois suportes
voltados um para o outro) com altura mínima para ultrapassar em
pelo menos 10 cm a altura da fasquia;
• 1 fasquia (em fibra de vidro, metal ou outro material apropriado e de
secção circular com excepção das extremidades ou apoios). O seu
comprimento é de 4m (*/- 2 cm) e peso máximo de 2 kg. O diâmetro
máximo é de 30 mm. As extremidades devem ter 15 a 20 cm de
comprimento e 30 a 35 mm de largura e estarem a pelo menos 1 cm
do contacto com os postes. A sua elasticidade compreende que com
um peso de 3 kg ao centro ela vergue até 7 cm.
• 2 suportes para a fasquia (planos e rectangulares) com 4 cm de
largura e 6 de comprimento.
• Área de queda (colchões) com um espaço mínimo de 5m x 3m.
Salto em Comprimento
Corrida de Estafetas
Lançamento do peso
Masculinos Feminino
Seniores Juniores Juvenis s
Peso 7,257kg 6,25kg 5,00kg 4,00kg
Mínim
110mm 105mm 100mm 95mm
Diâme o
tro Máxim
130mm 120mm 110mm 110mm
o
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HABILIDADES MOTORAS
Corrida
Técnica de Corrida
A corrida deverá ser considerada como um hábito motor de base,
sendo deste modo perspectivada como uma actividade que tem de
ser aprendida e como tal necessariamente exercitada.
No âmbito da actividade desportiva, quer ao nível da preparação
geral quer mesmo no campo da preparação específica de outras
modalidades que não só o atletismo, a corrida constitui um
importante factor de sucesso da prestação do praticante.
Não é, portanto suficiente encará-la apenas como um simples
meio de deslocação do atleta que é adquirido de forma natural,
devendo pelo contrário ser interpretado como uma componente da
técnica desportiva que é preciso ensinar e treinar nos momentos e
idades mais adequadas.
A corrida é considerada uma tarefa motora de carácter cíclico e
de estrutura rítmica variável ou invariável, em que fases de apoio são
alternadas com fases de suspensão.
Na análise da corrida consideramos a sua estrutura dinâmica e
cinemática dividida em duas grandes fases:
Fase de apoio – durante a qual as forças interiores actuam sobre o
solo, daí resultando uma reacção projectiva igual e de sentido
contrário (lei da acção reacção).
Fase de suspensão – durante a trajectória aérea, o C.G. do corpo do
atleta descreve uma parábola e eleva-se até uma certa altura.
• Corrida de Velocidade
Partida ou Saída
A partida é um factor decisivo e como tal deve ser treinada, uma
boa saída pode provocar o comando de uma
prova, o que constitui, em muitos casos, uma
vantagem importante.
Pela curta duração da corrida (60, 80 ou 100
metros), esta fase é considerada de
concentração.
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Fases da Partida
1. Depois da colocação dos blocos de partida, o atleta deve estar
de pé, atrás dos mesmos, e esperar que o juiz diga: “Aos seus
lugares!”
O atleta entra em contacto com o dispositivo e deve colocar-se
em posição de cinco apoios:
• Polegar e o indicador afastados e colocados no chão próximos
da linha de partida;
• Os braços à largura dos ombros, estendidos;
• Joelho da perna da frente a indicar o sentido da corrida.
2. Seguidamente à ordem de “prontos”, deve colocar-se na
posição de quatro apoios, elevando o joelho da perna de trás.
O aluno:
• À voz de “prontos”, deve bloquear a respiração, após a
inspiração, até ao sinal do “tiro”, altura da libertação da
respiração;
• Olhar deve ser dirigido para um ponto mais à frente no solo;
• Contacto dos pés com o solo é importante;
• Posição imóvel.
Desenvolvimento da corrida
A aceleração deve ser realizada da seguinte forma:
• Corpo inclinado para diante;
• Passadas iniciais curtas e rápidas;
• Aproveitamento da oscilação dos
braços para conseguir entrar, o
mais rápido possível, na velocidade adequada.
Evitar:
• Na partida, um recuo do corpo, que origina atraso na saída do
pé da trás e prejudica o ritmo das passadas iniciais por
deficiente contacto da parte anterior dos pés nos blocos;
• À voz de “prontos”, a extensão completa da perna de trás;
• Na primeira passada da corrida, dar um salto;
• Na fase de aceleração, a elevação total do tronco para a
posição normal da corrida;
• Durante a corrida, o desequilíbrio, isto é, correr em
“ziguezague”;
• Durante a corrida, que o primeiro contacto do pé com o solo
seja feito pelo calcanhar;
• Durante a corrida, olhar para os lados;
• Durante a corrida, “cerrar” os dentes, os braços tensos e
rígidos, o rosto e o pescoço contraídos;
• A passagem pela meta com diminuição da velocidade, o que
normalmente se dá no jovem sem prática desportiva;
• Na chegada à meta, a inclinação do tronco e da cabeça e a
oscilação dos braços à retaguarda um pouco afastada da linha
de chegada para não haver desequilíbrio e uma consequente
diminuição de velocidade nas últimas passadas.
• Corrida de Estafetas
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Transmissão ascendente
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Transmissão descendente
Saltos
• Salto em Comprimento
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• “Corrida sentada”;
• Membro inferior flectido.
2. Fase de chamada
• Penúltima passada curta e passada final mais longa o que
provoca o assentamento sobre o calcanhar e o baixar do
centro de gravidade;
• Centro de gravidade baixo e tronco ligeiramente inclinado
atrás;
• Apoio em “griffé” (da frente para trás);
• Elevação da coxa da perna livre até à horizontal após a
chamada;
• Projecção da bacia em frente;
• Olhar dirigido em frente.
Erros típicos:
• Assentamento sobre o calcanhar;
• Inclinação do tronco à frente;
• Apoio a partir do calcanhar;
• Insuficiência do movimento de balanço da perna livre;
• Projecção da bacia exclusivamente para cima;
• Olhar dirigido para a tábua de chamada.
Técnica de extensão:
• A seguir à chamada o atleta deixa pender o membro inferior
de balanço até quase à vertical;
• A esta posição vem juntar-se o membro inferior de impulsão,
flectido;
• Os membros inferiores ficam próximos um do outro, em
ângulo recto com as coxas;
• Os membros inferiores continuam o movimento de subida
iniciado na chamada, e conservam-se acima da cabeça
durante a primeira parte do voo;
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Técnica de passada:
• Na primeira fase do voo o atleta deve manter os diferentes
segmentos corporais numa posição idêntica à da fase final
da chamada;
• O tronco mantém-se na vertical ou com uma ligeira
inclinação atrás;
• Após a chamada, o membro inferior impulsor assume uma
atitude de descontracção, mantendo-se atrasado
relativamente ao corpo;
• Imediatamente antes do contacto com o solo, o membro
inferior impulsor balança para a frente ao encontro do
membro inferior de balanço, preparando a recepção no solo;
• Posteriormente o corpo assume a posição de “canivete”, com
o tronco flectido sobre os membros inferiores, num
movimento de compensação;
• Membros superiores descem, para conjuntamente com o
tronco compensarem a subida dos membros inferiores.
Erros Típicos:
• Braços descoordenados ou em abdução;
• Perna de chamada mantém-se em baixo;
• Salto em Altura
Corrida de balanço
• Deve ser progressivamente acelerada, com um ritmo
crescente até à chamada, procurando-se adquirir velocidade
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Chamada
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Transposição da fasquia
• Procurar o momento de manutenção da posição final da
chamada, antes de iniciar as acções de
suspensão;
• Manter a coxa do MI livre na horizontal
durante a subida;
• Manter o olhar dirigido para a fasquia e para o
segundo poste durante a subida;
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Queda
• Cair sobre a zona dorsal superior e com
a protecção dos MS;
• Manter os joelhos separados afim de
evitar traumatismos.
Lançamentos
• Lançamento de Peso
A pega do peso:
• O atleta pega o engenho com a mão de modo que repouse
sobre a base dos dedos;
• Os 3 dedos do meio ficam ligeiramente afastados;
• O polegar e o mínimo servem de apoios laterais,
assegurando a estabilidade do engenho;
• O peso não deve ser agarrado com força nem deve poder
rolar na palma da mão;
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Fase de Preparação:
• O atleta está de pé, virado para trás em relação ao sentido
do lançamento. Esta posição facilita a aceleração continua
do engenho ao longo de uma linha recta
• O atleta está de pé no limite posterior do círculo de
lançamento, com as costas voltadas para o sentido do
lançamento;
• O pé direito está no diâmetro do círculo, o esquerdo fica um
pouco atrás dele, na direcção do lançamento;
• O peso está como atrás descrevemos.
Deslizamento:
• Com este movimento, o atleta move-se no interior do
circulo de lançamento, da parte traseira para a da frente,
dando ao peso o primeiro impulso no sentido em que vai ser
lançado;
• O corpo do atleta, com o peso, tem na posição de repouso
um alto grau de inércia, de modo que o movimento tem de
ser precedido de uma acção preliminar:
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• O atleta está de pé, deixa cair o tronco com uma boa flexão
do MI equilateral ao MS de arremesso e move o MI contrário
na direcção daquele;
• Na mesma posição inicial, o atleta flecte o tronco para
diante, compensando esta flexão com um balanço do MI
contra-lateral à mão de arremesso para trás e para cima.
Quando o tronco e o MI estiverem quase paralelos ao chão,
a perna de apoio flecte e a outra é trazida para junto dela;
• Quando o atleta começa o deslizamento através do círculo
de lançamento, o seu MI livre balança para trás, e ao
mesmo tempo o pé direito puxa também para trás no
sentido do lançamento;
• Vai assim ao centro do círculo, onde assenta no solo o pé
equilateral à mão de lançamento, com o tronco ainda
voltado no sentido oposto ao do lançamento e com a perna
contralateral ao MS de lançamento ligeiramente voltada
para o lado para onde se vai desenrolar a rotação;
• O pé da perna livre não deve subir acima do nível da anca
em fase nenhuma da acção do deslizamento. Deste modo, o
corpo do atleta move-se num nível baixo e de forma que é
mais de arrastamento do que de elevação;
• Enquanto o MI livre inicia a descida, o MI contrário arrasta-
se, em pleno assentamento, pelo chão, sob o corpo do
atleta, ao longo do diâmetro principal do círculo.