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Cartas de Controle para Soma Acumulada: Teoria e Prática 

1. Como funcionam as Cartas de controle para Soma Acumulada 
 
O  Controle  Estatístico  do  Processo  (CEP)  é  uma  poderosa  ferramenta  de  monitoramento  e  melhoria  de 
processos, utilizada por muitas empresas dos mais diversos ramos de atividade.  
 
As cartas de controle usadas com maior freqüência, tais como  ‐R ou  ‐ , são denominadas genericamente 
cartas  de  Shewhart.  Essencialmente,  estas  cartas  utilizam  a  informação  da  última  amostra  para  gerar  os 
alarmes, ou seja, ignoram a informação contida no conjunto de amostras observadas.  
 
Há regras que procuram identificar e utilizar a informação do conjunto de amostras1, porém seu uso afeta 
justamente uma das principais vantagens das cartas de Shewhart: a simplicidade.  
 
As  cartas  de  controle  para  soma  acumulada  (CCSA’s),  propostas  originalmente  por  Page  (1954),  são  uma 
alternativa às cartas de Shewhart e incorporam toda a informação contida nas observações realizadas. Há 
CCSA’s para variáveis contínuas e discretas e, no caso das primeiras, para a média e para a variabilidade.  
 
Para ilustrar a idéia básica das CCSA’s considere‐se o caso da média amostral. Sejam k amostras de tamanho 
n de uma distribuição normal com média µ0. A soma acumulada até o k‐ésimo ponto dos desvios da média 
amostral em relação à média da distribuição  será 
 
k
  S k = ∑ ( xi − µ0 )  
i =1
 
Se a média do processo se mantém constante, é de se supor que os desvios em relação à média variem de 
forma aleatória, sendo ora positivos, ora negativos. Assim, a soma acumulada deve variar em torno de zero.  
 
Se a média do processo  muda  para  µ1 >  µ0,  as médias  amostrais  aumentam e tende  a haver mais  valores 
positivos do que negativos nas parcelas da soma acumulada, que passa a exibir uma tendência positiva. Da 
mesma forma, se a média do processo diminui, a soma acumulada mostrará uma tendência negativa.  
 
Como  no  caso  das  cartas  de  Shewhart,  a  questão  que  se  coloca  é  como  identificar  os  limites  a  partir  dos 
quais a variação da soma acumulada não pode ser considerada puramente casual, devendo ser atribuída a 
uma causa assinalável.  

1
 Nelson (1984) descreve um conjunto de 8 testes que podem ser utilizados para decidir quando a presença de uma causa especial deve 
ser investigada. Os  testes consideram que a característica observada possui distribuição normal e assumem que estão  sendo usados 
limites de controle 3‐sigma.    
 
1. Um ponto fora  dos limites de controle. 
2. Nove pontos consecutivos no mesmo lado da linha central.  
3. Seis pontos consecutivos em ordem crescente ou em ordem decrescente. 
4. Quatorze pontos consecutivos alternando‐se a cada observação o maior e o menor valor.  
5. Dois de três pontos consecutivos a mais de dois desvios padrão no mesmo lado da linha central 
6. Quatro de cinco pontos consecutivos a mais de um desvio padrão no mesmo lado da linha central.  
7. Quinze pontos consecutivos a menos de um desvio padrão da linha central (de qualquer lado).  
8. Oito pontos consecutivos a mais de um desvio padrão da linha central (de qualquer lado).                                  

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2. Parametrização d e θ 
 
Johnson  e  Leone  (1962)  descrevem  os  princípios  matemáticos  em  que  se  baseia  a  construção  das  CCSA  e 
apresentam as fórmulas utilizadas para calcular os limites de controle. Em geral, usa‐se uma máscara em V 
cuja origem é colocada sobre um dos pontos do gráfico da soma acumulada. A Figura 1 ilustra o formato da 
máscara. 
 

Pontos nesta área indicam perda de controle estatístico

d θ

Origem

 
Figura 1 –Máscara em V usada nas CCSA’s – parametrização d e θ 
 
Se algum dos pontos anteriores estiver fora das linhas que formam o V, considera‐se que o processo saiu do 
estado de controle estatístico no ponto sobre o qual está a origem da máscara. 
 
As dimensões da máscara são definidas por d  (distância da origem ao vértice) e θ (ângulo de abertura para 
cada lado do V); as fórmulas usadas para calcular estes parâmetros dependem da escala utilizada nos eixos.  
 
A situação mais comum é registrar o número da amostra (i  = 1, 2, 3,...,m) no eixo das abscissas, usando uma 
escala  unitária,  e  registrar  o  valor  da  soma  acumulada  Sm  no  eixo  das  ordenadas,  utilizando  uma  escala 
adequada, conforme discutido a seguir. 
 
Se  ∆  é  o  menor  desvio  absoluto  da  média  que  se  deseja  detectar,  α  a  probabilidade  de  um  erro  Tipo  I 
(detectar um desvio da média quando de fato não houve desvio = falso alarme) e β é  a  probabilidade  de 
um erro Tipo II (não detectar um desvio da média quando de fato houve desvio), calcula‐se: 

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δ=
σx
⎛ 2 ⎞ ⎛1− β ⎞
  d =⎜ 2 ⎟ ln⎜ ⎟ 
⎝δ ⎠ ⎝ α ⎠
⎛∆⎞
θ = arctg ⎜ ⎟
⎝ 2r ⎠
 
onde r é uma constante que relaciona as escalas horizontal e vertical; recomenda‐se que o valor de r esteja 
entre  σ x  e 2 σ x . 
  
Se β << 1, como é, em geral, o caso, pode‐se utilizar 
 
2 ln α
  d =−  
δ2
 
A Tabela 1 mostra os valores de d e θ em função de δ para diversos valores de α, considerando um gráfico 
onde r  = 2 σ x ;   é  importante  observar que  para  um teste bilateral α é a  probabilidade em  cada  uma  das 
caudas da distribuição.   
 
α (para um teste unilateral) 
r=2 σx    
0,050000  0,025000  0,010000  0,005000  0,001350 
δ  θ (rad)  d 
0,20  0,0500  149,79  184,44  230,26  264,92  330,38 
0,40  0,0997  37,45 46,11 57,56 66,23 82,60 
0,60  0,1489  16,64  20,49  25,58  29,44  36,71 
0,80  0,1974  9,36  11,53  14,39  16,56  20,65 
1,00  0,2450  5,99 7,38 9,21 10,60 13,22 
1,20  0,2915  4,16 5,12 6,40 7,36 9,18 
1,40  0,3367  3,06  3,76  4,70  5,41  6,74 
1,60  0,3805  2,34 2,88 3,60 4,14 5,16 
1,80  0,4229  1,85 2,28 2,84 3,27 4,08 
2,00  0,4636  1,50  1,84  2,30  2,65  3,30 
2,20  0,5028  1,24  1,52  1,90  2,19  2,73 
2,40  0,5404  1,04 1,28 1,60 1,84 2,29 
2,60  0,5764  0,89  1,09  1,36  1,57  1,95 
2,80  0,6107  0,76  0,94  1,17  1,35  1,69 
3,00  0,6435  0,67 0,82 1,02 1,18 1,47 

Tabela 1 – Parâmetros de CCSA’s para médias amostrais 
Após calcular os valores de d e θ, ou obtê‐los da tabela, é necessário marcar os pontos correspondentes à 
soma  acumulada  e  traçar  o  gráfico  das  retas  que  representam  os  limites  de  controle;    isto  requer  a 
determinação das equações destas retas.  
 
Se  a  origem  está  centrada  no  ponto  (xi,Si),  a  reta  do  limite  superior  de  controle  (LSC)  é  aquela  que  passa 
pelos pontos (xi,Si+dtg(θ)) e (xi+d, Si) e a reta do limite inferior de controle (LIC) é  aquela que passa pelos 
pontos (xi,Si‐dtg(θ)) e (xi+d, Si).  
 
Lembrando que a equação de uma reta  que passa pelos pontos (m1,n1) e (m2,n2) é dada por 
 

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n2 − n1 n m − n2 m1
  y= x+ 1 2    
m2 − m1 m2 − m1
 
e fazendo as substituições correspondentes, resulta que as retas dos limites de controle são definidas por: 
 
LSC = −tg (θ ) x + S i + ( xi + d )tg (θ )
   
LIC = +tg (θ ) x + S i − ( xi + d )tg (θ )
 
Exemplo  1:  Um  forno  de  refusão    utilizado  em    uma  linha    de  montagem  de  PCBA’s,  deve  manter  a 
temperatura em uma de suas zonas em 180 ºC. Periodicamente a temperatura média é calculada através da 
leitura de quatro sensores instalados nesta zona. Os resultados das 30 últimas medições são mostrados na 
Tabela 2, que inclui ainda as médias e a amplitude de variação amostrais e a soma acumulada. Admitindo 
que se deseja detectar um deslocamento na média igual a um desvio padrão, e  que  α = 0,00135, traçar a 
CCSA (considerando os 30 pontos)  e posicionar a máscara nas amostras de número 10, 20 e 30, comentando 
o resultado. 
 
 
Amostra  x1  x2  x3  x4  R  Sm 
1  179,07  181,20  182,48 175,25 179,50 7,23  ‐0,50
2  174,06  182,15  180,19 180,80 179,30 8,09  ‐1,20
3  177,48  176,92  178,18  182,00  178,65  5,08  ‐2,56 
4  177,12  177,57  181,46  186,88  180,76  9,76  ‐1,80 
5  175,90  176,87  181,23 180,25 178,56 5,33  ‐3,24
6  180,36  173,12  180,92  178,41  178,20  7,80  ‐5,03 
7  182,59  180,54  183,27  177,64  181,01  5,63  ‐4,02 
8  172,12  175,70  184,93 175,68 177,11 12,81  ‐6,92
9  180,33  180,54  179,76 186,73 181,84 6,97  ‐5,08
10  183,55  183,39  182,11  177,34  181,60  6,21  ‐3,48 
11  180,73  181,69  174,03  184,99  180,36  10,96  ‐3,12 
12  181,00  180,06  177,40 176,63 178,77 4,37  ‐4,35
13  175,65  177,92  183,59  181,52  179,67  7,94  ‐4,68 
14  181,35  180,21  179,17  173,40  178,53  7,95  ‐6,14 
15  176,70  175,57  179,12 183,92 178,83 8,35  ‐7,32
16  176,01  183,24  182,59  184,16  181,50  8,15  ‐5,82 
17  177,47  180,44  177,80  179,29  178,75  2,97  ‐7,07 
18  178,97  179,81  175,60 175,19 177,39 4,62  ‐9,67
19  179,61  179,14  185,77 186,10 182,66 6,96  ‐7,02
20  179,68  179,27  179,25  180,38  179,65  1,13  ‐7,37 
21  178,53  178,11  177,60  180,87  178,78  3,27  ‐8,60 
22  180,63  181,60  179,99 186,64 182,22 6,65  ‐6,38
23  183,53  179,46  183,43  182,52  182,24  4,07  ‐4,15 
24  178,26  189,11  176,04  182,43  181,46  13,07  ‐2,69 
25  177,58  175,20  182,64 181,57 179,25 7,44  ‐3,44
26  182,66  180,82  176,28 178,63 179,60 6,38  ‐3,84
27  181,81  183,13  189,75  180,53  183,81  9,22  ‐0,04 
28  177,21  179,61  178,18 182,40 179,35 5,19  ‐0,69
29  175,42  180,38  179,35 178,97 178,53 4,96  ‐2,16
30  182,44  183,72  181,90  187,58  183,91  5,68  1,75 

Tabela 2 – Medições da temperatura do forno 
 
Solução: A soma acumulada Sm dos desvios em relação à média esperada (µ=180) é calculada por 
 

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m
  S m = ∑ ( xi − µ )  
i =1
 
e  está  indicada  na  última  coluna  da  Tabela  2.  A  tabela  contém  ainda  a  amplitude  de  variação  de  cada 
amostra; a média destas amplitudes é  , usado para estimar o desvio padrão amostral por 
 
R 6,808
  σx = = = 1,6532
d2 n 2,059 × 4  
 
onde d2 é uma constante tabelada2. 
 
Como se deseja que a carta detecte rapidamente variações na média com magnitude de um desvio padrão, 
usa‐se δ =1;   fazendo r =2  σ x  encontra‐se 
 
∆ δσ x δ 1
tg (θ ) = = = = = 0,25
2r 2 × 2σ x 4 4
   
ln α ln 0,00135
d = −2 = −2 = 13,215
δ2 12
 
Uma  vez  definidas  as  dimensões  da  máscara,  através  dos  parâmetros  d  e  θ,  pode‐se  “corrê‐la”  
(eletronicamente) sobre os valores de Sm, determinando as retas limite conforme explicado anteriormente.  
Por exemplo, se a máscara for colocada sobre o ponto  S10 as retas limite serão dadas pelas equações: 
 
LSC = −tg (θ ) x + S i + ( xi + d )tg (θ ) = −0,25 x + (−3,48) + (10 + 13,215) × 0,25 =
= −0,25 x + 2, 32375
 
LIC = +tg (θ ) x + S i − ( xi + d )tg (0) = +0,25 x + (−3,48) − (10 + 13,215) × 0,25 =
= +0,25 x − 9,28375
 
A Figura 2 mostra os Sm marcados no gráfico e a máscara posicionada sobre S10. Vê‐se que os pontos S1 a S10 
estão entre as retas limite, o que indica que o processo está em controle estatístico. 
 

2
 A constante d2 expressa a relação entre o intervalo de variação e o desvio padrão de uma variável aleatória normalmente distribuída, 
e é uma aproximação adequada para tamanhos de amostra n ≤  10. Os valores desta constante estão listados abaixo: 
 
n  2  3  4  5  6  7  8  9  10 
 
d2  1,128  1,693  2,059  2,326 2,534 2,704 2,847 2,970  3,078

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Figura 2 – CCSA para temperatura do forno; máscara sobre S10 
 
Repetindo o processo para determinação das equações das retas limites, é possível “mover” a máscara para 
outros  pontos.  A  Figura  3  e  a  Figura  4  mostram  a  CCSA  com  a  máscara  sobre  S20  e  sobre  S30, 
respectivamente. 
 

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Figura 3 ‐ CCSA para temperatura do forno; máscara sobre S20 
 
O gráfico da Figura 3 demonstra que o processo continua em controle estatístico entre S11 e S20. 
 
 

Figura 4 ‐ CCSA para temperatura do forno; máscara sobre S30 
 
Há  evidência  de  que  o  processo  saiu  do  controle  estatístico  em  algum  ponto  entre  S21  e  S30.  Movendo 
(eletronicamente)  a  máscara  sobre  o  gráfico  verifica‐se  que  a  primeira  indicação  da  perda  de  controle 

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estatístico ocorreu no ponto S23. Numa situação real, deveria ser feita neste momento uma investigação para 
determinar a causa especial que estaria influenciando o processo. 
 

3. Parametrização h e k 
 
Outros autores preferem especificar a máscara usando os parâmetros h e k, ao invés de d e θ. Lucas (1976)  
prefere esta  alternativa, e define h e k conforme mostrado na  Figura 5, onde se verifica que h é a semi‐
abertura da máscara na origem e k a inclinação da reta limite. 
 
 

Pontos nesta área indicam perda de controle estatístico

h
θ

Origem

 
Figura 5 ‐ Máscara  em V para CCSA's ‐ parametrização h e k 
 
É fácil concluir que, usando uma escala unitária nos dois eixos, tem‐se: 
 
k = tg (θ )
   
h = dtg (θ )
 
Porém o mais usual é que uma unidade de variação no eixo das abscissas corresponda a m  σ x  unidades de 
variação no eixo das ordenadas, e neste caso 
 
k = mσ x tg (θ )
   
h = mσ x dtg (θ )
 

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Cartas de Controle para Soma Acumulada: Teoria e Prática 

A escolha de h e k se baseia no Comprimento Médio da Corrida3 (CMC), que é o número médio de pontos 
registrados  até  que  ocorra  um  sinal  de  alarme.  Espera‐se  que  o  CMC  seja  grande  quando  a  média  do 
processo  estiver  entre  os  limites  desejados,  e  que  o  CMC  seja  pequeno  quando  houver  uma  alteração  da 
média além daqueles limites.  
 
Por exemplo, em uma carta de controle   com limites de controle 3σ, a probabilidade de um alarme falso é 
de  0,0027.  Isto  equivale  a  dizer  que,  mesmo  estando  o  processo  em  controle,  espera‐se  um  alarme  falso 
aproximadamente  a  cada  370  pontos.  E  equivale  também  a  dizer  que  o  CMC  quando  o  processo  está  em 
controle é aproximadamente igual a 370.  
 
Admita‐se que a média do processo se altere de µ para µ+σ e que o tamanho da amostra seja n = 5. Neste 
caso,  a  curva  característica  de  operação4  (CCO)  de  uma  carta  ,  mostrada  na  Figura  6,  indica  que  a 
probabilidade de que um ponto fique entre os limites de controle é de cerca de 85%. Logo, a probabilidade 
de que um ponto fique fora destes limites é de 15%, o que implica em um CMC de ~ 6,7.  
 

Figura 6 ‐ Curva característica de operação para uma carta   
 
A  principal  vantagem  das  CCSA’s  é  que  são  capazes  de  detectar  pequenos  desvios  da  média  muito  mais 
rapidamente do que as cartas de Shewhart. Ou seja, para pequenos desvios da média, as CCSA’s tem um 
CMC menor do  que o das cartas de Shewhart, conforme mostrado na Tabela 3. Esta tabela mostra o CMC 
antes que seja detectado um ponto acima do limite superior de controle, quando ocorre um aumento de δ 
desvios padrão amostrais na média do processo, ou seja, quando esta média muda de µ para µ+δ σ x . 
 
  α
  0,010  0,005 0,00135 

3
 Em inglês, Average Run Length ou ARL. 
4
 A CCO é um gráfico que mostra a probabilidade de um erro Tipo II (aceitar a hipótese nula H0 quando H0  é falsa) para diversos valores 
do deslocamento da média do processo (em desvios padrão) e tamanhos de  amostra. Neste caso, um erro Tipo II seria concluir que a 
média do processo se manteve constante, quando na realidade houve alteração. 

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δ  x‐barra  CCSA x‐barra CCSA x‐barra CCSA 


0,50  29,5  36,8 52,7 42,4 161,0  52,9 
0,75  17,4  16,4 29,5 18,8 81,8  23,5 
1,00  10,8  9,2 17,4 10,6 44,0  13,2 
1,25  7,1  5,9 10,8 6,8 25,0  8,5 
2,00  4,9  4,1 7,1 4,7 7,1  5,9 
Tabela 3 – Comparação do CMC entre cartas de Shewhart e as CCSA’s 
 
Lucas  (1976)  fornece  nomogramas  e  tabelas  que  permitem  a  determinação  de  h  e  k  em  função  do  CMC 
desejado. É necessário conhecer ou definir o valor nominal da média do processo (µ), o desvio absoluto em 
relação à média a partir do   qual se deseja indicar rapidamente um sinal de alarme (∆) e o desvio  padrão 
amostral ( σ x ). 
 
Vance  (1986)  apresenta  um  programa  em  FORTRAN  que  permite  o  cálculo  do  CMC  para  as  cartas  de 
controle para soma acumulada através de um algoritmo mais preciso do que o utilizado para criar as tabelas 
inclusas  em  Lucas  (1976).  O  autor  converteu  o  programa  de  FORTRAN  para  Visual  Basic  for  Applications 
(VBA),  gerando  uma  tabela  bastante  detalhada  para  o  CMC,    em  função  de  h*,  k*  e    δ  (Ver  Apêndice  I, 
Tabela I‐1). 
 
A metodologia proposta por Lucas (1976) para construir a CCSA, com pequenas modificações, é a seguinte: 
 
1. Calcular k=∆/2 
2. Calcular k* = k/ σ x  
3. Selecionar a tabela correspondente ao valor de k* (ver Tabela I‐1) e procurar na primeira coluna o 
valor de h* correspondente ao valor desejado para o CMC quando δ = 0 (processo em controle); um 
valor  típico  para  o  CMC  nesta  situação  é  500.  Pode  ser  necessário  usar  uma  interpolação  para 
determinar h*. 
4. Calcular h = h* σ x  
5. Entrar  com  os  valores  de  h  e  k    na  tabela  e  verificar  o  CMC  para  todos  os  valores  de  δ,  
determinando se a máscara atende os requisitos da aplicação; pode ocorrer que o CMC seja maior 
que o valor desejado, quando δ = ∆/ σ x . Neste caso, tentar outro valor para k e repetir o processo. 
 
Após determinar os valores de h e k, é necessário marcar os pontos correspondentes à soma acumulada e 
traçar o gráfico das retas que representam os limites de controle. 
 
Se  a  origem  está  centrada  no  ponto  (xi,Si),  a  reta  do  limite  superior  de  controle  é  aquela  que  passa  pelos 
pontos (xi,Si+h) e (xi+(h/k), Si) e a reta do limite inferior de controle é  aquela que passa pelos pontos (xi,Si‐h) 
e (xi+(h/k), Si). Isto leva às retas definidas por:: 
 
LSC = −kx + S i + ( xi + (h / k ))k
   
LIC = + kx + S i − ( xi + (h / k ))k
 
Exemplo  2:  :  Uma  indústria  de  alimentos  fornece  seu  produto  acondicionado  em  pacotes  de  500  g;  foi 
estabelecido  que  o  desvio  absoluto  máximo  do  peso,  em  qualquer  direção,    deveria  ser  de  5  gramas.  A 
empresa está iniciando a implementação de uma CCSA para a máquina  de empacotamento, utilizando um 
tamanho de amostra n = 6. A cada 30 minutos, seis pacotes fechados são escolhidos aleatoriamente e seu 
conteúdo  é  pesado;  os  dados  coletados  nas  primeiras  25  amostragens,  bem  como  as  médias  amostrais,  o 

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intervalo  de  variação  e  a  soma  acumulada,  estão  listados  naTabela  4.  Construir  a  CCSA  com  base  nestes 
dados. 
 
Amostra  x1  x2  x3  x4  x5  x 6  R  Sm 
1  498,49  497,23  498,23 506,69 504,52 504,02 501,53 9,46  1,53 
2  489,70  501,27  497,15 501,76 503,90 502,90 499,45 14,20  0,98 
3  499,96  498,55  496,18  497,84  504,08  500,18  499,46  7,90  0,44 
4  502,82  502,83  498,94  508,12  497,91  499,86  501,75  10,21  2,19 
5  505,17  499,03  496,48 490,59 498,95 497,72 497,99 14,58  0,18 
6  503,12  502,90  502,61  500,26  499,60  500,01  501,42  3,52  1,60 
7  495,60  500,19  501,41  503,00  500,63  488,70  498,25  14,30  ‐0,15 
8  500,25  484,49  495,10 502,14 505,33 491,06 496,39 20,84  ‐3,76 
9  498,24  500,28  499,96 501,83 494,45 495,19 498,32 7,38  ‐5,44 
10  501,61  501,28  506,43  496,68  505,61  508,63  503,37  11,95  ‐2,07 
11  503,48  498,92  503,99 501,18 497,88 497,05 500,42 6,94  ‐1,65 
12  499,97  504,77  496,83 505,20 494,24 498,52 499,92 10,96  ‐1,73 
13  502,61  495,07  500,83  500,56  504,10  502,75  500,98  9,03  ‐0,75 
14  507,31  502,23  498,14  501,66  505,81  506,50  503,61  9,17  2,86 
15  507,15  501,58  505,58 492,44 509,08 500,43 502,71 16,64  5,57 
16  499,53  512,27  493,00  503,15  500,23  495,39  500,59  19,27  6,16 
17  505,86  497,13  498,97  500,74  507,05  496,95  501,11  10,10  7,27 
18  500,54  511,81  506,31 493,18 499,53 495,86 501,21 18,63  8,48 
19  500,01  510,42  496,34 498,13 508,05 502,53 502,58 14,08  11,06 
20  498,05  497,17  498,43  501,07  501,84  504,90  500,24  7,73  11,30 
21  494,30  496,03  492,87  494,40  508,32  504,07  498,33  15,45  9,63 
22  499,65  501,18  497,59 504,13 499,14 507,58 501,55 9,99  11,18 
23  508,81  509,08  497,87  498,02  499,77  489,92  500,58  19,16  11,76 
24  493,20  506,40  503,47  506,29  502,74  493,92  501,00  13,20  12,76 
25  492,47  505,49  496,79 498,72 499,69 491,34 497,42 14,15  10,18 
 
Tabela 4 – Medições do peso dos pacotes 
 
Solução: A média esperada é µ=500 e o desvio máximo absoluto  é ∆ = 5 gramas. Calculando o amplitude  de 
variação média, encontra‐se  R = 12,35. Para n=6, calcula‐se o desvio padrão da média amostral por 
 
R 12,35
  σx = = = 1,9897  
d2 n 2,534 * 6
  
Seguindo a metodologia proposta, inicia‐se a escolha da carta fazendo 
 
∆ 5
  k= = = 2,5   
2 2
 
Normalizando o valor de k 
 
k 2,5
  k* = = = 1,2565  
σx 1,9897
 
Na Tabela I‐1 as colunas, da terceira em diante, mostram o valor do CMC para diferentes valores de δ (desvio 
da  média  amostral  em  relação  à  meta,  medido  em  número  de  desvios  padrão  amostrais);  a  primeira  e  a 
segunda  colunas  mostram  os  valores  de  h*  e  k*,  respectivamente;  cada  linha  corresponde  a  uma 
combinação diferente destes dois parâmetros.  
 

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Neste caso, é razoável usar k*=1,25 como tentativa inicial; procura‐se na tabela as linhas que correspondem 
ao valor k*=1,25 e a seguir o valor de h* para o qual o CMC no estado de controle (δ=0) satisfaz os requisitos 
da aplicação. 
 
Vê‐se que o CMC para  h* = 2,00  e k* = 1,25  é de ~383, muito  próximo do valor de 370, correspondente  à 
carta de controle com limites 3‐sigma especificada originalmente; a região da tabela onde se encontra este 
valor está ampliada na Figura 7. O CMC de 383 significa que, em média, apenas um alarme falso será gerado 
a cada 383 amostras. 
 
 
 
 
 
    δ 
h*  k*  0,00 0,25 0,50 0,75   . . . . . . . . 
 . . . . . . . .   . . . . . . . .   . . . . . . . .   . . . . . . . .  . . . . . . . .    . . . . . . . .   . . . . . . . . 
1,50  1,25  110,74 80,16 41,32 20,97   . . . . . . . . 
1,75  1,25  204,67 136,66 62,23 28,54   . . . . . . . . 
2,00  1,25  383,01 233,26 93,18 38,49  . . . . . . . .  
2,25  1,25  721,25 396,90 138,63 51,42   . . . . . . . . 
2,50  1,25  1359,83 671,54 205,00 68,16   . . . . . . . . 
 . . . . . . . .   . . . . . . . .   . . . . . . . .   . . . . . . . .  . . . . . . . .   . . . . . . . .   . . . . . . . . 

Figura 7 – Visão ampliada da Tabela I‐1: h* = 2,00; k* = 1,25; δ = 0,00 
 
A  seguir  verifica‐se  se,  para  o  valor  do  CMC  correspondente  ao  valor  de  δ  =  ∆/ σ x   também  atende  os 
requisitos. Tem‐se: 
 
∆ 5
  δ= = = 2,5130  
σx 1,9897
 
Consultando novamente aTabela I‐1, vê‐se que o CMC nesta situação é de 2,30; a região da tabela onde se 
encontra este valor está ampliada na Figura 8. O CMC de 2,30 significa que um desvio de 5 gramas no peso 
dos pacotes será detectado, em média, na segunda ou terceira amostra após sua ocorrência. 
 
    δ 
h*   k*   . . . . . . . .  2,00 2,50 3,00   . . . . . . . . 
 . . . . . . . .   . . . . . . . .   . . . . . . . .   . . . . . . . .  . . . . . . . .    . . . . . . . .   . . . . . . . . 
1,50  1,25   . . . . . . . .  2,73 1,90 1,48   . . . . . . . . 
1,75  1,25   . . . . . . . .  3,06 2,10 1,61   . . . . . . . . 
2,00  1,25  . . . . . . . .   3,39 2,30 1,76  . . . . . . . .  
2,25  1,25   . . . . . . . .  3,73 2,51 1,91   . . . . . . . . 
2,50  1,25   . . . . . . . .  4,06 2,71 2,06   . . . . . . . . 
 . . . . . . . .   . . . . . . . .   . . . . . . . .   . . . . . . . .  . . . . . . . .   . . . . . . . .   . . . . . . . . 

Figura 8 – Visão ampliada da Tabela I‐1: h* = 2,00; k* = 1,25; δ = 2,50 
 
Transformando os valores normalizados h* e k* para seus equivalentes não normalizados, h e k, encontra‐se 

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h = h * ×σ x = 2,5 × 1,9897 = 4,97
   
k = k * ×σ x = 1,25 × 1,9897 = 2,49
 
A soma acumulada dos desvios em relação à média esperada (µ=500) é mostrada na Tabela 5. Centrando a 
máscara no ponto correspondente à última amostra e aplicando as equações definidas anteriormente para 
as retas limite, obtêm‐se: 
 
LSC = −kx + Si + ( xi + (h / k ))k = −2,49 x + 10,1910 + [25 + (4,97 / 2,49] × 2,49 =
= −2,49 x + 77,49
 
LIC = + kx + Si − ( xi + (h / k ))k = +2,49 x + 10,1910 − [25 + (4,97 / 2,49)] × 2,49 =
= +2,49 x − 57.039
 
A Figura 9 mostra a CCSA  resultante, e permite concluir que no período considerado o processo estava em 
controle estatístico.  
 

 
Figura 9 – CCSA para o peso dos pacotes (h=4,97; k=2,49) 
 
É  interessante  observar  que  o  MINITABTM  utiliza  esta  parametrização  e  requer  h*  e  k*  como  entradas 
opcionais;  caso  estes  parâmetros  não  sejam  fornecidos,  os  valores  h*=4,0  e  k*=0,5  (ARL  =  168)  são 
utilizados. A Figura 10 mostra a  CCSA gerada pelo MINITABTM, com os parâmetros  “default”. 
 

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Figura 10 ‐ CCSA para o peso dos pacotes (h=4,0; k=0,5) 

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APÊNDICE I: Tabela de parâmetros h e k para construção da máscara em V 
 
    PARÂMETROS PARA CONSTRUÇÃO DA MÁSCARA EM V 
  δ
h*  k*  0,00 0,25  0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75  2,00  2,50  3,00
0,25  0,25  1,60 1,57  1,50 1,41 1,31 1,23 1,16 1,10  1,06  1,02  1,01
0,50  0,25  2,08 2,02  1,88 1,70 1,52 1,38 1,26 1,17  1,11  1,04  1,01
0,75  0,25  2,71 2,60  2,35 2,05 1,77 1,55 1,39 1,26  1,17  1,07  1,02
1,00  0,25  3,52 3,34  2,91 2,45 2,06 1,76 1,54 1,37  1,26  1,11  1,04
1,25  0,25  4,54 4,23  3,57 2,90 2,37 1,98 1,71 1,51  1,36  1,17  1,07
1,50  0,25  5,79 5,30  4,30 3,38 2,70 2,23 1,90 1,66  1,48  1,24  1,11
1,75  0,25  7,30 6,54  5,09 3,87 3,04 2,48 2,10 1,82  1,61  1,33  1,16
2,00  0,25  9,09 7,94  5,92 4,37 3,38 2,74 2,30 1,99  1,76  1,44  1,23
2,25  0,25  11,19 9,50  6,78 4,88 3,72 2,99 2,51 2,16  1,91  1,56  1,32
2,50  0,25  13,64 11,22  7,67 5,38 4,06 3,25 2,71 2,34  2,06  1,68  1,42
2,75  0,25  16,47 13,09  8,56 5,88 4,39 3,50 2,92 2,51  2,21  1,81  1,53
3,00  0,25  19,74 15,12  9,47 6,38 4,73 3,75 3,12 2,68  2,36  1,93  1,64
3,25  0,25  23,51 17,30  10,39 6,88 5,06 4,00 3,32 2,85  2,51  2,05  1,75
3,50  0,25  27,84 19,62  11,32 7,38 5,39 4,25 3,52 3,01  2,65  2,16  1,85
3,75  0,25  32,83 22,10  12,26 7,88 5,73 4,50 3,71 3,18  2,79  2,27  1,95
4,00  0,25  38,54 24,71  13,20 8,38 6,06 4,75 3,91 3,34  2,93  2,38  2,05
4,25  0,25  45,08 27,47  14,15 8,88 6,39 5,00 4,11 3,51  3,07  2,49  2,13
4,50  0,25  52,56 30,35  15,10 9,38 6,73 5,25 4,31 3,68  3,21  2,59  2,21
4,75  0,25  61,10 33,37  16,06 9,88 7,06 5,50 4,51 3,84  3,36  2,70  2,30
5,00  0,25  70,84 36,52  17,02 10,37 7,39 5,75 4,71 4,01  3,50  2,81  2,38
5,50  0,25  94,61 43,18  18,95 11,37 8,06 6,25 5,11 4,34  3,79  3,04  2,56
6,00  0,25  125,40 50,33  20,89 12,37 8,73 6,75 5,51 4,68  4,07  3,26  2,74
6,50  0,25  165,23 57,95  22,85 13,37 9,39 7,25 5,91 5,01  4,36  3,48  2,93
7,00  0,25  216,65 66,04  24,81 14,37 10,06 7,75 6,31 5,34  4,64  3,71  3,11
7,50  0,25  282,96 74,60  26,78 15,37 10,73 8,25 6,71 5,68  4,93  3,93  3,30
8,00  0,25  368,39 83,63  28,76 16,37 11,39 8,75 7,11 6,01  5,21  4,15  3,48
9,00  0,25  619,87 103,12  32,73 18,37 12,73 9,75 7,91 6,68  5,79  4,59  3,84
10,00  0,25  1035,77 124,55  36,71 20,37 14,06 10,75 8,71 7,34  6,36  5,04  4,20
  δ
h*  k*  0,00 0,25  0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75  2,00  2,50  3,00
0,25  0,50  2,18 2,11  1,95 1,75 1,55 1,39 1,27 1,18  1,11  1,04  1,01
0,50  0,50  2,96 2,83  2,52 2,16 1,84 1,59 1,41 1,27  1,18  1,07  1,02
0,75  0,50  4,07 3,82  3,26 2,67 2,19 1,83 1,58 1,40  1,27  1,11  1,04
1,00  0,50  5,60 5,15  4,19 3,27 2,58 2,11 1,78 1,54  1,38  1,17  1,07
1,25  0,50  7,71 6,89  5,30 3,95 3,02 2,41 2,00 1,71  1,51  1,25  1,11
1,50  0,50  10,54 9,11  6,59 4,68 3,48 2,73 2,23 1,90  1,66  1,34  1,16
1,75  0,50  14,32 11,87  8,04 5,46 3,96 3,06 2,48 2,10  1,82  1,46  1,24
2,00  0,50  19,27 15,25  9,63 6,27 4,44 3,39 2,74 2,30  1,99  1,58  1,32
2,25  0,50  25,73 19,29  11,35 7,09 4,93 3,73 2,99 2,51  2,16  1,71  1,43
2,50  0,50  34,09 24,08  13,18 7,94 5,42 4,06 3,25 2,71  2,34  1,85  1,54
2,75  0,50  44,89 29,70  15,13 8,80 5,91 4,40 3,50 2,92  2,51  1,99  1,66
3,00  0,50  58,80 36,24  17,20 9,67 6,40 4,73 3,75 3,12  2,68  2,12  1,77

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AZEVEDO CONSULTORIA E PROJETOS LTDA 
Cartas de Controle para Soma Acumulada: Teoria e Prática 

    PARÂMETROS PARA CONSTRUÇÃO DA MÁSCARA EM V 
  δ
h*  k*  0,00 0,25  0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75  2,00  2,50  3,00
3,25  0,50  76,71 43,83  19,38 10,56 6,90 5,06 4,00 3,32  2,85  2,25  1,89
3,50  0,50  99,78 52,58  21,68 11,45 7,39 5,39 4,25 3,52  3,01  2,37  2,00
3,75  0,50  129,48 62,66  24,09 12,36 7,89 5,73 4,50 3,71  3,18  2,50  2,10
4,00  0,50  167,68 74,22  26,63 13,29 8,38 6,06 4,75 3,91  3,34  2,62  2,19
4,25  0,50  216,80 87,46  29,29 14,21 8,88 6,39 5,00 4,11  3,51  2,74  2,29
4,50  0,50  279,95 102,58  32,07 15,15 9,38 6,73 5,25 4,31  3,68  2,86  2,38
4,75  0,50  361,11 119,83  34,97 16,10 9,88 7,06 5,50 4,51  3,84  2,99  2,48
5,00  0,50  465,39 139,49  38,00 17,05 10,38 7,39 5,75 4,71  4,01  3,11  2,57
5,50  0,50  771,39 187,35  44,42 18,97 11,37 8,06 6,25 5,11  4,34  3,37  2,77
6,00  0,50  1276,12 249,25  51,34 20,90 12,37 8,73 6,75 5,51  4,68  3,62  2,98
6,50  0,50  2108,31 329,17  58,75 22,85 13,37 9,39 7,25 5,91  5,01  3,87  3,18
7,00  0,50  3479,91 432,24  66,67 24,82 14,37 10,06 7,75 6,31  5,34  4,12  3,38
7,50  0,50  5739,57 565,04  75,08 26,79 15,37 10,73 8,25 6,71  5,68  4,37  3,58
8,00  0,50  9459,78 736,02  84,00 28,76 16,37 11,39 8,75 7,11  6,01  4,62  3,78
9,00  0,50  25617,86 1239,03  103,33 32,73 18,37 12,73 9,75 7,91  6,68  5,12  4,18
10,00  0,50  68817,92 2070,52  124,66 36,71 20,37 14,06 10,75 8,71  7,34  5,62  4,58
  δ
h*  k*  0,00 0,25  0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75  2,00  2,50  3,00
0,25  0,75  3,11 2,97  2,63 2,24 1,89 1,62 1,43 1,28  1,18  1,07  1,02
0,50  0,75  4,47 4,18  3,54 2,86 2,31 1,90 1,62 1,42  1,28  1,11  1,04
0,75  0,75  6,51 5,95  4,77 3,64 2,81 2,24 1,85 1,58  1,40  1,18  1,07
1,00  0,75  9,61 8,51  6,38 4,60 3,39 2,62 2,12 1,78  1,54  1,26  1,11
1,25  0,75  14,28 12,14  8,45 5,72 4,05 3,05 2,41 2,00  1,71  1,36  1,17
1,50  0,75  21,28 17,22  11,01 7,00 4,77 3,50 2,73 2,24  1,90  1,48  1,24
1,75  0,75  31,73 24,18  14,10 8,41 5,52 3,97 3,06 2,48  2,10  1,61  1,33
2,00  0,75  47,17 33,55  17,77 9,96 6,31 4,45 3,39 2,74  2,30  1,76  1,44
2,25  0,75  69,85 45,97  22,04 11,63 7,13 4,93 3,73 2,99  2,51  1,91  1,56
2,50  0,75  102,98 62,26  27,00 13,42 7,96 5,42 4,06 3,25  2,71  2,06  1,68
2,75  0,75  151,22 83,46  32,72 15,32 8,81 5,91 4,40 3,50  2,92  2,21  1,81
3,00  0,75  221,38 110,94  39,31 17,34 9,68 6,40 4,73 3,75  3,12  2,36  1,93
3,25  0,75  323,39 146,49  46,89 19,49 10,56 6,90 5,06 4,00  3,32  2,51  2,05
3,50  0,75  471,76 192,37  55,59 21,76 11,46 7,39 5,39 4,25  3,52  2,65  2,16
3,75  0,75  687,64 251,54  65,58 24,16 12,37 7,89 5,73 4,50  3,71  2,79  2,27
4,00  0,75  1001,77 327,75  77,03 26,68 13,29 8,38 6,06 4,75  3,91  2,93  2,38
4,25  0,75  1458,85 425,84  90,12 29,32 14,22 8,88 6,39 5,00  4,11  3,07  2,49
4,50  0,75  2123,80 551,99  105,09 32,09 15,15 9,38 6,73 5,25  4,31  3,21  2,59
4,75  0,75  3090,91 714,17  122,17 34,99 16,10 9,88 7,06 5,50  4,51  3,36  2,70
5,00  0,75  4497,03 922,56  141,67 38,01 17,05 10,38 7,39 5,75  4,71  3,50  2,81
  δ
h*  k*  0,00 0,25  0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75  2,00  2,50  3,00
0,25  1,00  4,68 4,38  3,70 2,98 2,39 1,96 1,65 1,44  1,29  1,12  1,04
0,50  1,00  7,12 6,51  5,20 3,95 3,01 2,36 1,92 1,62  1,42  1,18  1,07
0,75  1,00  11,09 9,83  7,35 5,23 3,78 2,85 2,25 1,85  1,59  1,27  1,11
1,00  1,00  17,65 15,03  10,39 6,88 4,72 3,43 2,63 2,12  1,78  1,38  1,17

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    PARÂMETROS PARA CONSTRUÇÃO DA MÁSCARA EM V 
  δ
h*  k*  0,00 0,25  0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75  2,00  2,50  3,00
1,25  1,00  28,58 23,14  14,60 8,95 5,82 4,07 3,05 2,42  2,00  1,51  1,25
1,50  1,00  46,92 35,70  20,31 11,49 7,07 4,78 3,50 2,73  2,24  1,66  1,34
1,75  1,00  77,73 54,94  27,92 14,54 8,47 5,53 3,97 3,06  2,48  1,82  1,46
2,00  1,00  129,33 84,00  37,93 18,14 10,00 6,32 4,45 3,39  2,74  1,99  1,58
2,25  1,00  215,34 127,37  50,94 22,36 11,65 7,13 4,93 3,73  2,99  2,16  1,71
2,50  1,00  357,94 191,46  67,76 27,25 13,43 7,96 5,42 4,06  3,25  2,34  1,85
2,75  1,00  593,34 285,57  89,43 32,92 15,33 8,81 5,91 4,40  3,50  2,51  1,99
3,00  1,00  980,94 423,22  117,31 39,47 17,35 9,68 6,40 4,73  3,75  2,68  2,12
3,25  1,00  1618,52 624,23  153,20 47,01 19,50 10,56 6,90 5,06  4,00  2,85  2,25
3,50  1,00  2667,31 917,53  199,38 55,69 21,76 11,46 7,39 5,39  4,25  3,01  2,37
3,75  1,00  4392,71 1345,28  258,80 65,65 24,16 12,37 7,89 5,73  4,50  3,18  2,50
4,00  1,00  7230,69 1968,80  335,22 77,08 26,68 13,29 8,38 6,06  4,75  3,34  2,62
4,25  1,00  11893,62 2877,11  433,48 90,16 29,32 14,22 8,88 6,39  5,00  3,51  2,74
4,50  1,00  19537,15 4199,31  559,78 105,12 32,09 15,15 9,38 6,73  5,25  3,68  2,86
4,75  1,00  32020,38 6122,52  722,08 122,20 34,99 16,10 9,88 7,06  5,50  3,84  2,99
5,00  1,00  52283,23 8917,39  930,58 141,69 38,01 17,05 10,38 7,39  5,75  4,01  3,11
  δ
h*  k*  0,00 0,25  0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75  2,00  2,50  3,00
0,25  1,25  7,41 6,79  5,44 4,13 3,14 2,44 1,98 1,66  1,44  1,19  1,07
0,50  1,25  11,98 10,67  8,04 5,71 4,10 3,05 2,37 1,93  1,63  1,28  1,11
0,75  1,25  20,01 17,18  12,01 7,94 5,37 3,82 2,86 2,25  1,86  1,40  1,18
1,00  1,25  34,46 28,27  18,09 11,03 7,01 4,74 3,43 2,63  2,12  1,54  1,26
1,25  1,25  61,04 47,32  27,35 15,27 9,06 5,84 4,08 3,05  2,42  1,71  1,36
1,50  1,25  110,74 80,16  41,32 20,97 11,57 7,08 4,78 3,50  2,73  1,90  1,48
1,75  1,25  204,67 136,66  62,23 28,54 14,60 8,48 5,53 3,97  3,06  2,10  1,61
2,00  1,25  383,01 233,26  93,18 38,49 18,18 10,00 6,32 4,45  3,39  2,30  1,76
2,25  1,25  721,25 396,90  138,63 51,42 22,38 11,66 7,13 4,93  3,73  2,51  1,91
2,50  1,25  1359,83 671,54  205,00 68,16 27,27 13,43 7,96 5,42  4,06  2,71  2,06
2,75  1,25  2558,20 1128,94  301,60 89,76 32,93 15,33 8,81 5,91  4,40  2,92  2,21
3,00  1,25  4794,90 1886,89  442,01 117,58 39,47 17,35 9,68 6,40  4,73  3,12  2,36
  δ
h*  k*  0,00 0,25  0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75  2,00  2,50  3,00
0,25  1,50  12,39 11,07  8,39 5,99 4,30 3,18 2,46 1,98  1,66  1,29  1,12
0,50  1,50  21,31 18,44  13,06 8,70 5,88 4,14 3,06 2,38  1,93  1,42  1,18
0,75  1,50  38,16 31,75  20,76 12,80 8,10 5,40 3,82 2,86  2,25  1,59  1,27
1,00  1,50  71,08 56,33  33,60 19,00 11,18 7,03 4,75 3,43  2,63  1,78  1,38
1,25  1,50  137,44 102,71  55,18 28,35 15,39 9,07 5,84 4,08  3,05  2,00  1,51
1,50  1,50  274,82 191,56  91,58 42,39 21,07 11,58 7,09 4,78  3,50  2,24  1,66
1,75  1,50  565,31 363,24  152,94 63,31 28,62 14,61 8,48 5,53  3,97  2,48  1,82
2,00  1,50  1187,95 695,56  255,95 94,23 38,54 18,19 10,00 6,32  4,45  2,74  1,99
2,25  1,50  2530,38 1336,27  427,87 139,62 51,46 22,38 11,66 7,13  4,93  2,99  2,16
2,50  1,50  5420,83 2561,72  713,06 205,90 68,18 27,27 13,43 7,96  5,42  3,25  2,34
  δ
h*  k*  0,00 0,25  0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75  2,00  2,50  3,00

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    PARÂMETROS PARA CONSTRUÇÃO DA MÁSCARA EM V 
  δ
h*  k*  0,00 0,25  0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75  2,00  2,50  3,00
0,25  1,75  21,86 19,00  13,57 9,10 6,17 4,34 3,20 2,46  1,98  1,44  1,19
0,50  1,75  40,03 33,60  22,35 13,96 8,89 5,92 4,15 3,06  2,38  1,63  1,28
0,75  1,75  76,77 61,83  37,93 21,89 12,99 8,13 5,41 3,82  2,86  1,86  1,40
1,00  1,75  154,17 118,22  66,20 35,00 19,18 11,20 7,03 4,75  3,43  2,12  1,54
1,25  1,75  323,81 234,41  118,54 56,87 28,53 15,41 9,08 5,84  4,08  2,42  1,71
1,50  1,75  709,22 480,04  216,90 93,56 42,54 21,08 11,59 7,09  4,78  2,73  1,90
1,75  1,75  1612,44 1009,70  403,53 155,18 63,44 28,63 14,61 8,48  5,53  3,06  2,10
2,00  1,75  3781,20 2165,70  758,80 258,41 94,33 38,55 18,19 10,00  6,32  3,39  2,30
  δ
h*  k*  0,00 0,25  0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75  2,00  2,50  3,00
0,25  2,00  40,75 34,36  23,07 14,53 9,30 6,21 4,35 3,20  2,46  1,66  1,29
0,50  2,00  79,39 64,53  40,29 23,64 14,19 8,93 5,92 4,15  3,07  1,93  1,42
0,75  2,00  162,72 126,77  73,08 39,65 22,13 13,02 8,14 5,41  3,82  2,25  1,59
1,00  2,00  350,99 260,49  137,54 68,50 35,25 19,21 11,21 7,03  4,75  2,63  1,78
1,25  2,00  796,14 559,07  268,17 121,60 57,13 28,55 15,41 9,08  5,84  3,05  2,00
1,50  2,00  1895,39 1249,68  539,84 220,94 93,81 42,56 21,09 11,59  7,09  3,50  2,24
 
Tabela I‐1 – Tabela de CMC’s em função de h* e k*, para diversos valores de  δ 
 
 

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APÊNDICE II: Geração da Tabela de parâmetros h e k  

Pode ser demonstrado [Page(1954)] que  o comprimento médio de corrida para uma CCSA que inicia em 0 é 
dado por: 

Onde 

Sendo  a função densidade de probabilidades  dos incrementos da soma acumulada. Admitindo que 
f(x)  tenha  distribuição  normal  com  média  µ  e  variância  unitária,  as  equações  de  N(z)  e  P(z)  podem  ser 
escritas como 

A  geração  da  tabela  envolve  a  solução  numérica  deste  sistema  de  equações.  As  integrais  são  calculadas 
utilizando  o  método  da  quadratura  gaussiana  com  24  pontos;  isto  requer  a  solução  de  um  sistema  de  24 
equações  lineares  para  cada  valor  mostrado,  tornando  bastante  demorada  a  criação  desta  tabela  nos 
microcomputadores disponíveis atualmente (Jun/2008). 

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Referências Bibliográficas 
 
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Applied to their Construction and Use”. in  Industrial Quality Control, Vol 18, June 1962.   
 
2. LUCAS,  J.  M.,  1976.  “The  Design  and  Use  of  V‐Mask  Control  Schemes”.  in  Journal  of  Quality 
Technology, Vol. 8, No. 1, January 1976.   
 
3. NELSON,  LLOYD  S.,  1984.  “The  Shewhart  Control  Chart  –  Tests  for  Special  Causes”.  in  Journal  of 
Quality Technology, Vol. 16, No. 4, October 1984.   
 
4. PAGE, E. S., 1954. “Continuous Inspection Schemes”. in Biometrics, Vol. 41    
 
5. VANCE, L. C., 1986. “Average Run Lengths of Cumulative Sum Control Charts for Controlling Normal 
Means”. in Journal of Quality Technology, Vol. 18, No. 3, July 1986.   
 
 

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