Sei sulla pagina 1di 7

FICHA INFORMATIVA Nº 6

Ambiente e Desenvolvimento Rural

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DO CONCELHO DE MORA


Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural
Ciclo de Formação 2007/2010
Ano Lectivo 2008/09

REINO PROTISTA

O reino Protista é caracterizado por apresentar uma grande variedade de formas vivas que vão desde as
formas microscópicas e unicelulares, como as amibas e as paramécias, até às algas castanhas gigantes, que chegam a
atingir dezenas de metros de comprimento. Por isso mesmo é dos reinos que menos consenso reúne entre os
cientistas.

Direita: “floresta” de sargaço. Estas algas podem atingir 60m de


comprimento, constituído autênticas florestas subaquáticas.
Em cima: amiba. Protista unicelular.

HABITATS
Os protistas são seres aquáticos. Por isso mesmo encontram-se em todos os locais da Terra onde existe
água. São importantes constituintes do plâncton (comunidade de microorganismos que flutuam passivamente e
constituem a base das cadeias alimentares marinhas). Outros, podem existir em ambientes terrestres onde exista
disponibilidade suficiente de água ou então no interior do corpo dos hospedeiros, no caso dos que são parasitas.

ORGANIZAÇÃO
O reino Protista inclui seres vivos unicelulares (como é o caso da amiba e da paramécia), e outros seres
vivos que, apesar de ser pluricelulares, não apresentam tecidos diferenciados, como é o caso das algas.

Mesmo dentro da sua diversidade, podemos dividir os protistas em três grandes grupos: protistas
semelhantes a animais (ou Protozoários), protistas semelhantes a plantas (Algas) e protistas semelhantes a fungos
(Mixomicetes). Pensa-se que terão sido estes grupos de protozoários a dar origem aos seres vivos que hoje se
incluem no reino Plantae, Animalia e Fungi.

A tabela que se segue resume as características de cada um destes grupos.

ADR – Ficha informativa n.º 6 Página 1


Categorias Filos/Divisões Exemplos Algumas características
PROTOZOÁRIOS
Amiba Seres unicelulares, heterotróficos por ingestão (tal como os
(Protistas semelhantes
Paramécia animais). Alguns são parasitas.
a animais)

------ Diatomáceas Carapaça dividida em duas valvas siliciosas


ALGAS ------ Euglena Flagelada, verde, sem parede celular
(Protistas semelhantes Clorófitas Espirogira Algas verdes: unicelulares, coloniais e pluricelulares
a plantas) Faeófitas Bodelha Algas castanhas: todas pluricelulares. Inclui algas gigantes
Rodófitas Coralina Algas vermelhas: a maioria pluricelular

MIXOMICETOS
São constituídos por uma massa citoplasmática, chamada
(Protistas semelhantes Fisária
plasmódio, que contém muitos núcleos.
a fungos)

De seguida serão abordadas as principais características dos seres vivos que constituem cada um destes
grupos.

PROTOZOÁRIOS

O termo Protozoário significa “primeiro animal” (do grego proto=primeiro + zôon= animal). Embora não sejam
animais, os seres vivos deste grupo são unicelulares e heterotróficos por ingestão, modo nutrição semelhante ao dos
animais. As imagens que se seguem mostram a diversidade deste grupo.

Foraminíferos

Radiolário

Vorticella
Amiba Paramécia

Os géneros Amoeba e Paramecium são dos mais conhecidos e mais bem estudados deste grupo.
As amibas movimentam-se e alimentam-se através de pseudópodes – expansões celulares de curta duração
– que envolvem as partículas alimentares. Uma vez no seu interior, o alimento é digerido em vacúolos digestivos e os
produtos da digestão são eliminados para o meio exterior. Possuem ainda um vacúolo contráctil, que tem como
função manter o equilíbrio hídrico da célula.

Página 2 ADR – Ficha Informativa n.º 6


Vacúolo Núcleo
Vacúolo Sulco oral
contráctil Vacúolo
contráctil
contráctil

Cílios
Vacúolo Macronúcleo Micronúcleo
Pseudópode a envolver digestivo
partícula a digerir

Amiba Paramécia

As paramécias são talvez os protozoários com estrutura celular mais complexa e especializada. O seu corpo é
inteiramente revestido por cílios, que permitem a deslocação através da água e provocam também correntes de água
que conduzem partículas alimentares para o sulco oral. O alimento é por isso ingerido, tal como acontece com os
animais.
Existem ainda dois vacúolos contrácteis para manter o equilíbrio hídrico, tal como acontece com as amibas.
Em posição mais ou menos central, é possível observar dois tipos de núcleo, de dimensões diferentes, em que
um é responsável pelo metabolismo da célula, o outro é responsável pelo processo reprodutivo.

É neste grupo que se inserem os protistas parasitas.


Damos como exemplo o Tripanossoma (representado na figura com
a cor roxa). Este é um parasita da mosca tsé-tsé, e quando a
mosca pica o ser humano o parasita infecta os glóbulos vermelhos
reduzindo a sua capacidade de transporte de oxigénio, o que
provoca, entre outros sintomas, sonolência. Por isso esta doença é
chamada “doença do sono”.
Como exemplos poderíamos ainda indicar o Plasmodium
vivax, que provoca a malária, ou o protozoário Toxoplasma gondii,
que afecta sobretudo os animais domésticos (toxoplasmose).
Trypanossoma a infectar glóbulos vermelhos.

ALGAS

As algas são organismos simples, principalmente aquáticos, unicelulares ou pluricelulares com baixo grau de
diferenciação. Como são fotossintéticas, possuem como pigmentos clorofilas e carotenóides, sendo por isso
consideradas semelhantes a plantas.
Algumas algas são verdes, mas na realidade há-as de cores muito variadas, que vão desde o castanho ao
vermelho. Essas diferenças devem-se ao tipo de pigmentos que apresentam. Todas as algas têm clorofila a e
carotenóides, mas diferem noutras características que são utilizadas na sua classificação. O tipo de pigmentos, tipo
de substâncias de reserva e composição da parede celular permitem considerar várias divisões de algas. A tabela
seguinte resume as divisões mais importantes.

ADR – Ficha informativa n.º 6 Página 3


Pigmentos Substâncias de Parede celular
Divisão Habitat
fotossintéticos reserva (componentes)
Chlorophyta Clorofila a e b Frequentemente em águas
Amido Celulose
(algas verdes) Carotenóides doces. Algumas marinhas
Clorofila a e c
Phaeophyta Matriz de celulose
Carotenóides, Laminarina Quase todas marinhas
(algas castanhas) e algina
incluindo fucoxantina
Frequentemente marinhas.
Clorofila a e d Amido florídeo
Rodophyta Algumas de águas doces.
Carotenóides (semelhante ao Celulose
(algas vermelhas) Muitas são espécies
Ficobilinas glicogénio)
tropicais

DIVISÃO CHLOROPHYTA
O grupo das algas verdes é extremamente variado. A maior parte é aquática, mas podem também viver em
ambientes terrestres húmidos, como troncos de árvores ou no solo.
No que respeita à sua organização, podem ser unicelulares (ex: Chlamydomonas), coloniais (ex: Volvox) ou
pluricelulares (ex: Spirogyra, Ulva).

Algas unicelulares. Esquerda: Clhamydmonas. Direita: Mycasteria.


Algas coloniais: Volvox. São visíveis várias colónias filhas
ainda anexas à colónia principal. Quando as condições forem
favoráveis, as colónias tornam-se independentes.

Alga pluricelular microscópica. Spirogyra. Alga filamentosa


Alga pluricelular macroscópica: Ulva lactuca. É visível durante a que possui por célula um cloroplasto helicoidal.
maré baixa nas rochas das nossas praias.

Página 4 ADR – Ficha Informativa n.º 6


As Clorófitas têm especial interesse, porque as suas características indicam que elas devem ter sido
ancestrais das plantas. Tal como as plantas, elas apresentam:
• Clorofilas a e b e carotenóides
• Amido como substância de reserva
• Celulose nas paredes celulares (a maioria).

Importância:
A alga Chlorella tem sido muito investigada como fonte de alimento
humano e de outros animais, pois à excepção da vitamina C, ela contém todas as
vitaminas necessárias à alimentação humana. Além disso, 60% da sua
constituição são proteínas. Por isso mesmo tem sido largamente cultivada e
mesmo comercializada como suplemento alimentar. Tem também sido investigada
como uma potencial fonte de oxigénio em submarinos, além da sua possível
utilização no espaço.

DIVISÃO PHAEOPHYTA
As algas castanhas (do grego phaiós=castanho)são todas
pluricelulares e a maior parte são marinhas. Têm tamanhos variados, desde
formas microscopias a formas que podem atingir os 60m de comprimento,
podendo encontrar-se presas às rochas ou flutuando à superfície dos mares.
Para além das clorofilas a e c, estas algas possuem também
fucoxantina, que é o pigmento que lhes dá a cor castanha. Alguns géneros
mais conhecidos são o Fucus vesiculosus (nome comum: bodelha) e o
Sargassum mutico (nome comum: sargaço).

Fucus vesiculosus (bodelha). Sargassum mutico(sargaço).

Importância:
As algas castanhas constituem a base da alimentação de muitos animais marinhos. Algumas são procuradas
para extracção de algina, substância usada na indústria de doces e sorvetes, pois para além de servir para fazer
gelatinas, tem a capacidade de controlar o desenvolvimento de cristais de gelo em alimentos congelados.

DIVISÃO PHAEOPHYTA
A maioria das algas vermelhas vive em águas marinhas, encontrando-se muitas em mares tropicais. Possuem
clorofila a e clorofila d, carotenóides e ficobilinas.

ADR – Ficha informativa n.º 6 Página 5


A cor vermelha que estas algas apresentam deve-se à ficoeritrina, pigmento que pertence ao grupo das
ficobilinas. Estes pigmentos permitem-lhes viver em profundidades onde não é encontrado nenhum outro organismo
fotossintético. Há espécies de algas vermelhas encontradas recentemente a profundidades superiores a 260m.
As ficobilinas retêm as radiações azuis, que são as radiações que
penetram mais profundamente na água.

Importância:

Corallina oficinalis Chondrus crispus

As Rodófitas são utilizadas para extracção do ágar, uma substância com grande importância económica. Este
polissacarídeo é utilizado para fazer cápsulas gelatinosas, sendo também utilizado em material dentário. Além disso,
é a base de cosméticos e de vários meios de cultura para o crescimento de células em vários laboratórios e
instituições médicas.

EUGLENAS E DIATOMÁCEAS
Na grande diversidade das algas, há ainda a referir as euglenas e as diatomáceas pelas características
particulares que apresentam.

As euglenas são seres unicelulares comuns nas águas


paradas. Possuem algumas características semelhantes aos
animais, outras semelhantes às plantas. Não apresentam parede
celular (como os animais) e cada uma tem um flagelo. Têm
cloroplastos (como as plantas) que usam para fazer a fotossíntese
quando estão em presença de luz. Quando esta não existe podem
viver em locais escuros, alimentando-se heterotroficamente por
fagocitose (como os animais).

Euglena sp.

As diatomáceas são organismos unicelulares fotossintéticos


que abundam no plâncton, seja marinho ou de água doce, constituindo
por isso uma base importante das cadeias alimentares aquáticas. Estas
algas têm a sua parede impregnada com sílica, formando carapaças.
As carapaças de diatomáceas acumuladas nos fundos marinhos
durante centenas de anos originaram camadas sedimentares conhecidas
por diatomitos, utilizado como isolador, em filtração e mesmo como
material de construção.
Diatomácea

Página 6 ADR – Ficha Informativa n.º 6


MIXOMICETOS

Estes organismos são semelhantes aos fungos pelo seu processo de reprodução, mas também pela sua
estrutura, que é muito particular. Tal como os fungos, podem reproduzir-se por esporos, se no meio existir escassez
de alimento. São constituídos por uma massa citoplasmática que contém muitos núcleos, chamada plasmódio. Além
disso são decompositores.
Contudo, apresentam nutrição por fagocitose, o que
os aproxima dos protistas.

Physarum policephalum

Ideias-Chave
Foi possível analisar alguns aspectos da vida dos Protistas, tornando-se evidente a grande diversidade em
termos de morfologia, estrutura e dimensões que estes organismos apresentam. Como características importantes
deste reino podem referir-se:

• São seres eucariontes, muitos são unicelulares, alguns têm organização colonial e outros são multicelulares.

• Uns são autotróficos (fotossíntese), outros são hetereotróficos (absorção e ingestão).

• Quase todos são aquáticos ou vivem em meios com grande abundância de água. Podem ter vida livre, viver em
simbiose ou como parasitas.

• Em termos de características, podem assemelhar-se a plantas, animais ou fungos.

• Os protozoários são considerados semelhantes a animais pois são heterotróficos por ingestão. Essa ingestão
pode ser feita através de pseudópodes, como no caso da amiba, ou por sulco oral, como na paramécia. Alguns
podem ser parasitas.

• As algas são semelhantes a plantas porque realizam a fotossíntese. Os pigmentos que possuem permitem
distinguir três divisões. Destacam-se ainda as euglenas e diatomáceas.

• Os mixomicetos são semelhantes a fungos por causa da sua estrutura e modo de reprodução. Não são
propriamente pluricelulares, são uma massa citoplasmática com muitos núcleos. Reproduzem-se por
esporos.

ADR – Ficha informativa n.º 6 Página 7

Potrebbero piacerti anche