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REINO PROTISTA
O reino Protista é caracterizado por apresentar uma grande variedade de formas vivas que vão desde as
formas microscópicas e unicelulares, como as amibas e as paramécias, até às algas castanhas gigantes, que chegam a
atingir dezenas de metros de comprimento. Por isso mesmo é dos reinos que menos consenso reúne entre os
cientistas.
HABITATS
Os protistas são seres aquáticos. Por isso mesmo encontram-se em todos os locais da Terra onde existe
água. São importantes constituintes do plâncton (comunidade de microorganismos que flutuam passivamente e
constituem a base das cadeias alimentares marinhas). Outros, podem existir em ambientes terrestres onde exista
disponibilidade suficiente de água ou então no interior do corpo dos hospedeiros, no caso dos que são parasitas.
ORGANIZAÇÃO
O reino Protista inclui seres vivos unicelulares (como é o caso da amiba e da paramécia), e outros seres
vivos que, apesar de ser pluricelulares, não apresentam tecidos diferenciados, como é o caso das algas.
Mesmo dentro da sua diversidade, podemos dividir os protistas em três grandes grupos: protistas
semelhantes a animais (ou Protozoários), protistas semelhantes a plantas (Algas) e protistas semelhantes a fungos
(Mixomicetes). Pensa-se que terão sido estes grupos de protozoários a dar origem aos seres vivos que hoje se
incluem no reino Plantae, Animalia e Fungi.
MIXOMICETOS
São constituídos por uma massa citoplasmática, chamada
(Protistas semelhantes Fisária
plasmódio, que contém muitos núcleos.
a fungos)
De seguida serão abordadas as principais características dos seres vivos que constituem cada um destes
grupos.
PROTOZOÁRIOS
O termo Protozoário significa “primeiro animal” (do grego proto=primeiro + zôon= animal). Embora não sejam
animais, os seres vivos deste grupo são unicelulares e heterotróficos por ingestão, modo nutrição semelhante ao dos
animais. As imagens que se seguem mostram a diversidade deste grupo.
Foraminíferos
Radiolário
Vorticella
Amiba Paramécia
Os géneros Amoeba e Paramecium são dos mais conhecidos e mais bem estudados deste grupo.
As amibas movimentam-se e alimentam-se através de pseudópodes – expansões celulares de curta duração
– que envolvem as partículas alimentares. Uma vez no seu interior, o alimento é digerido em vacúolos digestivos e os
produtos da digestão são eliminados para o meio exterior. Possuem ainda um vacúolo contráctil, que tem como
função manter o equilíbrio hídrico da célula.
Cílios
Vacúolo Macronúcleo Micronúcleo
Pseudópode a envolver digestivo
partícula a digerir
Amiba Paramécia
As paramécias são talvez os protozoários com estrutura celular mais complexa e especializada. O seu corpo é
inteiramente revestido por cílios, que permitem a deslocação através da água e provocam também correntes de água
que conduzem partículas alimentares para o sulco oral. O alimento é por isso ingerido, tal como acontece com os
animais.
Existem ainda dois vacúolos contrácteis para manter o equilíbrio hídrico, tal como acontece com as amibas.
Em posição mais ou menos central, é possível observar dois tipos de núcleo, de dimensões diferentes, em que
um é responsável pelo metabolismo da célula, o outro é responsável pelo processo reprodutivo.
ALGAS
As algas são organismos simples, principalmente aquáticos, unicelulares ou pluricelulares com baixo grau de
diferenciação. Como são fotossintéticas, possuem como pigmentos clorofilas e carotenóides, sendo por isso
consideradas semelhantes a plantas.
Algumas algas são verdes, mas na realidade há-as de cores muito variadas, que vão desde o castanho ao
vermelho. Essas diferenças devem-se ao tipo de pigmentos que apresentam. Todas as algas têm clorofila a e
carotenóides, mas diferem noutras características que são utilizadas na sua classificação. O tipo de pigmentos, tipo
de substâncias de reserva e composição da parede celular permitem considerar várias divisões de algas. A tabela
seguinte resume as divisões mais importantes.
DIVISÃO CHLOROPHYTA
O grupo das algas verdes é extremamente variado. A maior parte é aquática, mas podem também viver em
ambientes terrestres húmidos, como troncos de árvores ou no solo.
No que respeita à sua organização, podem ser unicelulares (ex: Chlamydomonas), coloniais (ex: Volvox) ou
pluricelulares (ex: Spirogyra, Ulva).
Importância:
A alga Chlorella tem sido muito investigada como fonte de alimento
humano e de outros animais, pois à excepção da vitamina C, ela contém todas as
vitaminas necessárias à alimentação humana. Além disso, 60% da sua
constituição são proteínas. Por isso mesmo tem sido largamente cultivada e
mesmo comercializada como suplemento alimentar. Tem também sido investigada
como uma potencial fonte de oxigénio em submarinos, além da sua possível
utilização no espaço.
DIVISÃO PHAEOPHYTA
As algas castanhas (do grego phaiós=castanho)são todas
pluricelulares e a maior parte são marinhas. Têm tamanhos variados, desde
formas microscopias a formas que podem atingir os 60m de comprimento,
podendo encontrar-se presas às rochas ou flutuando à superfície dos mares.
Para além das clorofilas a e c, estas algas possuem também
fucoxantina, que é o pigmento que lhes dá a cor castanha. Alguns géneros
mais conhecidos são o Fucus vesiculosus (nome comum: bodelha) e o
Sargassum mutico (nome comum: sargaço).
Importância:
As algas castanhas constituem a base da alimentação de muitos animais marinhos. Algumas são procuradas
para extracção de algina, substância usada na indústria de doces e sorvetes, pois para além de servir para fazer
gelatinas, tem a capacidade de controlar o desenvolvimento de cristais de gelo em alimentos congelados.
DIVISÃO PHAEOPHYTA
A maioria das algas vermelhas vive em águas marinhas, encontrando-se muitas em mares tropicais. Possuem
clorofila a e clorofila d, carotenóides e ficobilinas.
Importância:
As Rodófitas são utilizadas para extracção do ágar, uma substância com grande importância económica. Este
polissacarídeo é utilizado para fazer cápsulas gelatinosas, sendo também utilizado em material dentário. Além disso,
é a base de cosméticos e de vários meios de cultura para o crescimento de células em vários laboratórios e
instituições médicas.
EUGLENAS E DIATOMÁCEAS
Na grande diversidade das algas, há ainda a referir as euglenas e as diatomáceas pelas características
particulares que apresentam.
Euglena sp.
Estes organismos são semelhantes aos fungos pelo seu processo de reprodução, mas também pela sua
estrutura, que é muito particular. Tal como os fungos, podem reproduzir-se por esporos, se no meio existir escassez
de alimento. São constituídos por uma massa citoplasmática que contém muitos núcleos, chamada plasmódio. Além
disso são decompositores.
Contudo, apresentam nutrição por fagocitose, o que
os aproxima dos protistas.
Physarum policephalum
Ideias-Chave
Foi possível analisar alguns aspectos da vida dos Protistas, tornando-se evidente a grande diversidade em
termos de morfologia, estrutura e dimensões que estes organismos apresentam. Como características importantes
deste reino podem referir-se:
• São seres eucariontes, muitos são unicelulares, alguns têm organização colonial e outros são multicelulares.
• Quase todos são aquáticos ou vivem em meios com grande abundância de água. Podem ter vida livre, viver em
simbiose ou como parasitas.
• Os protozoários são considerados semelhantes a animais pois são heterotróficos por ingestão. Essa ingestão
pode ser feita através de pseudópodes, como no caso da amiba, ou por sulco oral, como na paramécia. Alguns
podem ser parasitas.
• As algas são semelhantes a plantas porque realizam a fotossíntese. Os pigmentos que possuem permitem
distinguir três divisões. Destacam-se ainda as euglenas e diatomáceas.
• Os mixomicetos são semelhantes a fungos por causa da sua estrutura e modo de reprodução. Não são
propriamente pluricelulares, são uma massa citoplasmática com muitos núcleos. Reproduzem-se por
esporos.