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Ano IV • Nº 38 • Outubro 2002 • R$ 6,00

Materiais de embalagem
fazem lances para
ganhar espaço dos
concorrentes e
conquistar novos
segmentos

www.embalagemmarca.com.br

PESQUISA: PERFIL DO CONSUMIDOR DE COSMÉTICOS


Conquistaremos nosso espaço
Q uando esta edição
de EMBALAGEM-
MARCA tiver chegado às
Não bastará repetir que “o
Brasil melhorou”, nem in-
vocar direitos democráti-
o país não será inundado
por uma chuva de benesses
sociais e de crescimento de
mãos da totalidade de seus cos conceituais, que não se dois dígitos. Porém, há da-
milhares de leitores, o Bra- realizam em sua plenitude, dos animadores. Para ficar
sil já terá novo governo. quando diminui atrozmen- no campo da embalagem,
Não importa quem tenha te, por exemplo, o espaço de onde não deveríamos
sido eleito, há bons moti- do cidadão para exercitar ter saído, basta lembrar
vos para pessimismo e uma das mais elementares que, a despeito do panora-
também para sermos oti- liberdades da vida em so- ma de tormentas cambiais,
mistas. Desnecessário des- ciedade: caminhar pelas produção industrial quase
crever o enorme quadro de ruas sem preocupar-se. estagnada e juros siderais,
problemas que a nova Quem paga quer saber que no ano passado o setor
equipe enfrentará. Mas, a fará três refeições todos os cresceu 11,75% sobre
justificar o otimismo, tal- dias, até o fim deles. E que 2000 e a projeção para este
vez não seja tão ingênuo, seus filhos terão trabalho e ano é de que crescerá outro
desta feita, acreditar que escola. E que desfrutarão tanto. Na verdade, o setor
temos condições de con- do progresso, sabendo que, não pára. Esta edição mos-
quistar o espaço que nos não tendo hoje, disporão tra um pouco disso.
cabe no mundo. de condições para cons- Até novembro.
Tendo aprendido, na carne, truir e ter.
que encolhe o campo para Claro que, no curto prazo, Wilson Palhares
aventuras e erros, as forças
empenhadas na construção
de um país melhor induzi-
ram os candidatos a discu-
tir programas. A rigor, to-
dos se comprometeram a
fazer o essencial, que é
promover o crescimento
da economia e simultanea-
mente resgatar a dívida so-
cial que coloca o Brasil no
topo do ranking mundial
das sociedades injustas.
Estaremos bem se tais
compromissos – assumi-
dos na crista de uma onda
de programas arquitetados
por equipes competentes –
não forem meros chavões
que mais adiante se pedirá
para esquecer. Do contrá-
Será ótimo se os rio, a cobrança virá não só
compromissos com a multiplicação das
assumidos não mazelas atuais, mas, cedo
ou tarde, com os juros
forem chavões
impostos por quem sempre
que se pedirá paga a conta, isto é, quem
para esquecer produz e trabalha.
outubro 2002
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

6 ENTREVISTA: LUIZ
28 PRÊMIO Reportagem
redacao@embalagemmarca.com.br
ALBERTO MARINHO Vencedores da 3ª Flávio Palhares
Publicitário e professor edição do Prêmio flavio@embalagemmarca.com.br
da USP diz que a Brasileiro de Guilherme Kamio
guma@embalagemmarca.com.br
embalagem se Embalagem de Leandro Haberli
consolidará como uma Papelcartão, promovido leandro@embalagemmarca.com.br
das principais mídias pela Bracelpa Thays Freitas
thays@embalagemmarca.com.br
na estratégia de
divulgação de produtos Colaboradores
Josué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de Arte

12 CAPA: MATERIAIS
Cresce a batalha entre
materiais pelo mercado
Carlos Gustavo Curado

Administração
Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
de embalagem, e não Eunice Fruet (Diretora Financeira)
há sinais de apazigua-
Departamento Comercial
mento futuro no front comercial@embalagemmarca.com.br
Wagner Ferreira

Circulação e Assinaturas

30 CONGRESSO
Cobertura dos temas
mais importantes
Marcella de Freitas Monteiro
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Assinatura anual (11 exemplares): R$ 60,00
debatidos no 10º
Congresso Brasileiro Público-Alvo
de Embalagem, EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
organizado pela Abre e supervisão em empresas fornecedoras, con-
vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
materiais de limpeza e home service, bem

40 MAKING OF
Dupla serta-
neja lança
como prestadores de serviços relacionados
com a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição

22 FEIRA
Novidades de embala-
gem apresentadas
perfume
popular
que veste
7 500 exemplares
Filiada ao

na Cosmoprof roupa de
Cosmética 2002 socialite

18 Pesquisa 40 Painel gráfico


Impressa em papel
Image Art 145 g/m2 (capa) e
Image Mate 115 g/m2 (capa)
Estudo revela perfil do mercado Novidades do setor, da criação da Ripasa
de cosméticos no Brasil ao acabamento de embalagens Impressão: Congraf

32 Design 44 Panorama EMBALAGEMMARCA é uma publicação


mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
AmBev reformula visual de Movimentação na indústria de
FOTO DE CAPA: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo


sua marca-xodó em refrigerantes embalagens e seus lançamentos Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP
Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
37 Águas 46 Display
www.embalagemmarca.com.br
Ciente do crescimento do setor, Lançamentos e novidades – e O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
Sadia lança água mineral seus sistemas de embalagem resguardado por direitos autorais. Não é permi-
tida a reprodução de matérias editoriais publi-
38 Vidro 50 Almanaque cadas nesta revista sem autorização da Bloco
de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
Cisper investe para atender os Fatos e curiosidades do mundo matérias assinadas não refletem necessaria-
fabricantes de medicamentos das marcas e das embalagens mente a opinião da revista.
entrevista

“Embalagem é mídia” publicidade tradicional está

A
enfrentando uma crise discur-
siva que confere ao ponto-de-
venda e à embalagem mais
presença na distribuição das
verbas de comunicação de um
produto. Engana-se quem deduzir que
este raciocínio brotou de uma mente ex-
cessivamente entusiasmada com o po-
tencial da embalagem, ou que tenha me-
ramente em vista centralizar todo o bra-
seiro sob sua egoísta sardinha. Profes-
sor do respeitado Programa de Adminis-
tração de Varejo (Provar), ligado à Fun-
dação Instituto de Administração (FIA)
da Universidade de São Paulo, Luiz Al-
berto Marinho, publicitário por forma-
ção, tem uma longa lista de argumentos
para justificar a idéia em questão.
Com passagens por agências como J.W.
Thompson, DPZ e Almap/BBDO, Mari-
nho sustenta que muitos de seus colegas
de profissão não vêm conseguindo pôr
DIVULGAÇÃO

em prática o discurso das marcas que


divulgam. Tal lapso, em sua visão,
pode, ainda que indiretamente, aumen-
LUIZ ALBERTO MARINHO, tar a força do ponto-de-venda no bolo
publicitário, às vezes em desfavor até
publicitário e professor do de campanhas de rádio, TV e outdoors.
Também colunista do site de notícias
Programa de Adminis- BlueBus, ele diz que as empresas estão
percebendo que a experiência interativa
tração de Varejo (Provar) que o consumidor quer ter com a marca
não vem se efetivando no campo da pu-
da Universidade de São blicidade. “Por outro lado, a embalagem
e o ponto-de-venda são mídias que per-
Paulo, diz que a embal- mitem um contato único e indispensável
entre marca e consumidor”, compara.
agem e o ponto-de-venda Carioca já habituado com o tráfego len-
to que teima em se opor à pressa paulis-
ganharão cada vez mais tana, este ex-diretor da Associação Bra-
sileira de Anunciantes (ABA) emprega
relevância nas verbas de em sua argumentação pró-ponto-de-
venda muitos conceitos do chamado ge-
comunicação de um renciamento de marcas, ou branding.
Segundo ele, trata-se de uma concepção
produto e na partilha do que diverge de teorias do marketing tra-
dicional em pontos fundamentais. De-
bolo publicitário nominações à parte, Marinho discorre

6 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


com fluência sobre os mais diversos as- mente, do ponto-de-venda e da embala-
pectos da venda de produtos no varejo, gem. O design da embalagem, por
e explica porque boas estratégias de ge- exemplo, deve traduzir o discurso da
renciamento de marcas podem dar mui- marca. E o ponto-de-venda é cada vez
to mais resultado do que a simples pre- mais importante porque as pessoas es-
gação da necessidade de “atender aos colhem marcas como escolhem amigos:
desejos” do consumidor – máxima mar- por afinidade. As características exter-
queteira tão em voga nestes tempos nas, como jeito de se vestir e de falar,
eleitorais. são muito importantes nessa escolha. A
embalagem é o jeito de a marca se ves-
O que o senhor acha dos críticos da pu- tir. Você pode usar uma roupa mais fun-
blicidade que dizem que as agências cional, ou mais de vanguarda, ou mais
estão mais centradas em fazer arte do sofisticada. Mas o que é visível é que a
que em vender produtos? embalagem eficiente é aquela que fala
Pode-se dizer que muitos publicitários sobre a marca. A boa embalagem tem
agem como aquele arquiteto que que ter significado, traduzir para
faz sempre o mesmo projeto, o consumidor os valores mais im-
pois não está preocupado com o O branding portantes do produto.
gosto do dono da casa, mas sim difere do marketing
com seu próprio gosto. Seja por pois não parte do Por que o senhor afirma que em
falta de uma definição clara do muitos casos é mais eficaz aplicar
anunciante, ou por um problema pressuposto de criar conceitos de branding do que de
interno, as agências de propagan- produtos para um marketing?
da estão deixando de veicular o determinado tipo de Há um excesso de produtos com
discurso das marcas, para veicu- preços e características semelhan-
lar seus próprios discursos. Ou
consumidor. O tes e o consumidor não percebe
então usando a criatividade para princípio é inverso: diferença significativa entre eles.
ganhar prêmios e reconhecimen- criar um discurso Essa paridade em parte se deve à
to. A propaganda e a publicidade utilização de conceitos tradicio-
para a marca e con-
serão muito mais importantes se nais de marketing, como a conhe-
conseguirem transmitir o discur- quistar o consumidor cida idéia de atender às necessida-
so da marca. Não é possível des- que se identifique des e desejos do consumidor. O
crever uma pessoa da mesma branding é diferente, pois não se
com ele
maneira que outra já foi descrita. parte do pressuposto de criar pro-
Quem fizer isso estará apenas dutos para o consumidor. O prin-
exercitando um recurso de oratória e cípio é o de conquistar o consumidor
estilo. É preciso não apenas fugir da para o conceito da marca. No passado,
mesmice, como mergulhar em profun- as marcas eram avalistas de qualidade e
didade para entender e resgatar o dis- procedência. Essa noção se mantém,
curso da marca. mas as marcas vêm se tornando tam-
bém elementos de conexão entre pes-
Diante dessa dificuldade da publicida- soas com valores, crenças e estilos se-
de, o senhor diria que a embalagem melhantes. Nesse sentido, para ter
pode ganhar mais importância na dis- sucesso, as marcas precisarão ter uma
tribuição das verbas de comunicação proposta quase que filosófica. E é a
de um produto? identificação com esse conceito que vai
Sim, pois ainda que queira ouvir o dis- estabelecer a preferência do consumi-
curso da marca, o consumidor quer ir dor por determinada marca.
além. Ele quer ter uma experiência com
a marca. Essa experiência não se dá no Em seus artigos, o senhor comenta al-
âmbito da publicidade, e sim da intera- gumas ações de branding que se torna-
ção com a marca, através, principal- ram casos de estudo sobre o que não

out 2002 • EMBALAGEMMARCA – 7


deve ser feito numa estratégia de ge- consumidores, contestando os que pre-
renciamento de marca. Por que alguns viram o fim das chamadas lojas de tijo-
deslizes específicos se tornam clássi- los e cimentos. Daqui para a frente, as
cos? pessoas vão querer ir cada vez mais às
Citando um exemplo, acredito que o lojas, aos supermercados e aos shop-
fracassado lançamento da New Coke pings para interagir com seus produtos
foi muito interessante para desmistifi- preferidos.
car o poder da pesquisa de mercado e
questionar a transferência de toda a res- Mas permanecem as previsões sobre o
ponsabilidade de uma decisão de mar- progressivo enclausuramento a que nos
keting para o consumidor, coisa que o submeteremos, favorecido também pela
branding refuta. Baseada apenas em popularização da internet...
pesquisas, a Coca-Cola desconsiderou As pessoas de fato tendem a se enclau-
o poder do intangível, da ligação emo- surar, mas, como disse, nos próprios
cional que tinha estabelecido ao longo shopping centers e hipermercados, não
de tantos anos entre sua marca e apenas em suas casas. A interati-
seus consumidores. Estes se sen- vidade proporcionada pelo conta-
tiram traídos quando seu refrige- O maior to direto entre consumidores e
rante preferido mudou para tentar patrimônio da Coca- marcas, através do ponto-de-ven-
aproximar seu sabor ao do seu da dos produtos, da embalagem e
concorrente. Diante disso, a Pep- Cola não é sua de todo o universo de determina-
si-Cola, a concorrente em ques- fórmula nem seu da marca continuarão sendo im-
tão, tratou de divulgar que a Coca sabor. O segredo da portantes. O ponto-de-venda con-
teve um gesto de fraqueza. Esse tinuará o templo das marcas por
exemplo mostra que a relação de
maior fabricante de muito tempo.
fidelidade entre marca e consu- refrigerantes do
midores tem que ser recíproca, e mundo é a conexão Como o senhor avalia a percep-
para isso as empresas precisam ção das empresas à já clássica
emocional que, ao
ser coerentes. A Coca-Cola per- teoria do marketing de relaciona-
cebeu ali que seu maior patrimô- longo de décadas, mento?
nio não estava ancorado no sabor, sua marca estabele- Muitas empresas nos dias de hoje
e sim na conexão emocional que parecem não ter compreendido a
ceu com a família
ela tinha estabelecido com a fa- mensagem do grande guru Regis
mília americana. americana McKeena, que em 1991 lançou
seu profético livro “Marketing de
Por sua função comunicativa, a Relacionamento”. Lá ele chama-
embalagem pode ser definida como va a atenção para a importância cres-
pioneira no conceito de mídia interati- cente dos fatores intangíveis no proces-
va, hoje na ordem do dia graças à revo- so de diferenciação das marcas, e tam-
lução da tecnologia da informação? bém preconizava a transformação do
É verdade, até porque o ponto-de-ven- monólogo da comunicação em diálogo
da é a tradução exata desse conceito. É com os consumidores. Por fim, defen-
nas gôndolas que as marcas se comuni- dia a formação de uma rede de relações
cam e interagem com seus consumido- estratégicas da marca. Mais de dez anos
res. Essa idéia vem sendo reforçada depois, algumas empresas parecem não
com o surgimento de tecnologias de saber que marketing nada mais é do que
embalagem que permitem uma interati- sinônimo de relacionamento.
vidade tátil e olfativa entre produtos e
consumidores, como preconiza a teoria A idéia da marca como grande diferen-
do marketing dos sentidos. Por isso, cial dos produtos é repetida com tal in-
não tenho dúvidas de que o ponto-de- tensidade que às vezes soa vazia. A
venda continuará sendo o principal lo- marca, sozinha, é mesmo tão valiosa,
cal de interatividade entre marcas e ou existe um certo exagero nisso?

8 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


A marca, por definição, não é algo so- como o Wall-Mart vendem produtos
zinho. Na verdade, ela é a soma dos com sua própria marca que têm vida,
atributos físicos, emocionais e filosófi- um conceito, um discurso. No passado,
cos agregados a um serviço, produto ou marca própria não tinha preocupação
empresa. A marca nunca está sozinha, com embalagem, com logotipo. Hoje
pois se trata de um conceito associado a mesmo as marcas B têm preocupação
um produto, a um ponto-de-venda, a com conceito: o consumidor não com-
uma embalagem, a uma estratégia de pra apenas a commodity, ele quer saber
comunicação, aos valores intangíveis e sobre aquela empresa e sobre a marca
até à história do produto e da empresa. que está levando para sua casa.
O que vem ocorrendo é uma evolução
da importância do intangível sobre o Mas no Brasil isso não estaria um pou-
tangível na consolidação do discurso co distante ainda? Parece que o que
das marcas, pois os produtos são todos conta no lançamento de um produto
muitos semelhantes, com tecnologias com marca própria ainda é o preço...
que agregam qualidade parelha e Não, pois muitos setores do vare-
aceitável à maior parte deles. jo não pensam mais assim. Lojas
Existe muito a discussão sobre Independente de departamento, por exemplo, já
se o consumidor escolhe sua de sua classe vêem as marcas próprias como
marca no ponto-de-venda, ou se elemento de diferenciação. Su-
já vai para lá com essa marca na
social, o consumi- permercados como o Pão de Açú-
cabeça. Defendo que o consumi- dor tem um car, também. A tendência é as
dor possui um repertório de mar- repertório de marcas próprias explorarem não
cas, e no ponto-de-venda ele apenas elementos racionais,
marcas. No ponto-
olha dentro deste repertório, em como qualidade e preço, mas
busca do produto que apresente de-venda, ele busca conceitos. A marca própria como
alguma vantagem atraente em dentro desse elenco um pacote de valores tangíveis é
relação ao concorrente. os produtos que bem menos valiosa do que se for
agregada a argumentos emocio-
O que dizer da relação peso da apresentem alguma nais.
marca x classe social na decisão vantagem atraente
de compra? em relação ao Falando sobre promoções, o se-
Por opção, não há dúvidas de nhor acha que ações do tipo
que mesmo as classes mais bai-
concorrente “leve três e pague dois” podem
xas vão escolher de acordo com fazer o consumidor esquecer o
a marca. É claro que as pessoas prefe- valor intangível da marca que ele habi-
rem marcas conhecidas. E isso ocorre tualmente leva?
por vários motivos, dentre eles porque Acredito que isso só irá ocorrer se a
confiam mais em marcas conhecidas. marca que tiver lançado mão dessa es-
Mas também porque se sentem melhor tratégia promocional constar no elenco
comprando um produto que ostenta das marcas preferidas desse consumi-
uma marca forte em sua embalagem. É dor. Caso contrário, isso pode, even-
interessante notar que as marcas que tualmente, gerar uma experimentação.
usamos expressam muito sobre quem Mas quando a promoção cessar, cessa
nós somos. Obviamente, em alguns também esta compra experimental. Aí
segmentos, não é possível que o consu- entra a discussão da guerra de preços,
midor escolha a marca que ele quer: por para mim é fruto da falta de diferencia-
questão de preço, ele vai para as mar- ção entre as marcas. Para uma marca,
cas B. Mas hoje, mesmo estas marcas não se diferenciar de suas concorrentes
têm uma preocupação nítida em criar é um caminho muito perigoso, já que a
uma imagem, um conceito. Aí entra a todo tempo será preciso reprisar pro-
questão das marcas próprias das redes moções para alcançar comportamentos
varejistas. Lá fora, supermercados de compra satisfatórios.

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reportagem de capa

Disputas sem fim


Guerras por espaço continuam com tudo, apesar das turbulências
Por Guilherme Kamio
despeito do atual cenário um dado positivo se comparado às oscila-

A econômico turbulento, no
qual tudo leva a crer que o
empresariado esteja investin-
do com grande cautela – e apenas frente a
ções econômicas do Brasil”, analisa Gra-
ham Wallis, diretor da consultoria Data-
mark, especializada em acompanhar o
movimento do setor.
oportunidades muito latentes ou a situa- Na verdade, o panorama de apreensão
ções drásticas, como perda de participa- tende a levar os pegas por espaço entre os
ção de seus produtos, – a concorrência materiais e sistemas de acondicionamento
entre os elos da cadeia de embalagem não a ganharem maior relevância, no compas-
arrefece. so em que minguam as injeções de capital
Por mais que o ritmo industrial pareça em lançamentos de produtos, em atualiza-
claudicar e não apresente o mesmo viço ção de chão industrial e, mais ainda, em
dos últimos anos, disputas silenciosas por migrações de sistema de embalagem.
espaço continuam a pleno vapor por trás Dentro desse jogo de toma lá, dá cá, para
das gôndolas. “O mercado de embalagem conseguir aumentar a carteira de clientes
vem crescendo em média 3,3% ao ano, ou, pelo menos em primeira instância,
em volume, nos últimos cinco exercícios, manter fiéis os já existentes, cada segmen-
to de embalagem busca novas fronteiras e
se movimenta para que candidatos de opo-
sição não lhe passem rasteiras.

Plásticos crescem
Na área dos plásticos, que têm ampliado
FOTOS: STUDIO AG

sua participação no mercado de embala-


gens (ver quadro), Merheg Cachum, presi-
dente da Associação Brasileira da Indús-
tria do Plástico (Abiplast), vê com bons
olhos a tomada crescente de mercados

12 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


DIVULGAÇÃO
PET, alternativa
como o de medicamentos e o de cosméti- crescente ao vidro
cos, no qual os frascos de PET e os basea- para medicamentos
dos em outras resinas, mormente de valor e cosméticos
agregado, vêm abocanhando fatias antes
restritas ao vidro. “Pelos investimentos
em tecnologia, a tendência é vermos so-
luções mais e mais sofisticadas em emba-
lagens plásticas”, ele diz.
Já na seara das embalagens plásticas
flexíveis, uma grande esperança se depo-
sita numa maior participação dos stand-
up pouches em mercados como os de ali-
mentos e de limpeza doméstica. São ni-
chos nos quais os saquinhos que ficam
em pé teriam condições de tomar bons es-
paços de embalagens rígidas, segundo
Sergio Haberfeld, presidente da Associa-
ção Brasileira das Indústrias de Embala-
gens Plásticas Flexíveis (ABIEF).
Diz o executivo que, apesar de cres-
cente, a presença dos stand-up pouches
ainda é tímida em segmentos potenciais
como maionese, detergentes líqüidos,
snacks, doces, preparados para bolos ou
refeições semiprontas. Uma recente pes-
quisa encomendada pela ABIEF ao insti-
tuto de pesquisas Datamark detectou um
potencial de 2,8 bilhões de unidades para
os SUPs no país, índice contrastante com
as 70 milhões de unidades fabricadas em
2001, número aferido pelo mesmo insti-
tuto. “O stand-up pouch é o que tem cres-
cido em flexíveis no mundo inteiro”, diz
Haberfeld, “mas o processo tem sido va-
garoso no Brasil pela instabilidade eco-
nômica, que reprime as trocas de maqui-
nário, dispendiosas para atender um mer-
cado interno tão grande”.
Para Haberfeld, a situação instável
também pode frear a chegada de de-
senvolvimentos que estão contribuindo
para elevar a percepção de qualidade
das flexíveis plásticas em outros países,
como filmes “inteligentes”, com proprie-
dades ativas para aumentar a shelf life de
produtos. Nichos que teriam bom poten-
cial a ser explorado por essas soluções se-
riam o de frutas, legumes e verduras, que
cada vez mais passam a se valer de outras
soluções que não sacos de ráfia, como
forma de ganhar valor, o de carnes e o de Esperança das
flexíveis plásticas é
produtos que necessitam de barreiras so- mercado de alimentos com espaço para
depositada nos
fisticadas. stand-up pouches maior presença dos cartuchos, como mas-
sas, biscoitos, farináceos, snacks e açúcar
Migrar complica e sal, entre outros, principalmente em va-
A dificuldade em substituir bens de capi- riáveis com apelo premium – tendência
tal também vem sendo o gargalo para que já começa a evoluir. “Uma necessida-
alastrar o papel cartão, material que con- de premente é quebrar o estigma de que,
corre com as flexíveis em diversos seg- por conferir uma percepção diferenciada,
mentos, em novos mercados. Todavia, a embalagem de cartão significa obriga-
diz José Soares, coordenador da Campa- toriamente maiores custos de produção e
nha Papelcartão para Embalagens, da As- grande repasse ao preço de gôndola”, ele
sociação Brasileira de Celulose e Papel diz, pegando carona no caso do mercado
(Bracelpa), as empresas do setor não es- de massas, em que itens similares emba-
tão pessimistas e direcionam esforços lados em cartuchos e em flexíveis têm
para “vender mais uma questão de con- praticamente o mesmo preço.
ceito do que propriamente de matéria-pri- Falando ainda em soluções em cartão,
ma”. Nessa abordagem, são ressaltados, mas no caso das cartonadas assépticas,
por exemplo, os apelos ambientalmente cuja composição ainda leva plástico e
amigáveis do material. alumínio, merece destaque a entrada das
Soares diz que a campanha da Bracel- embalagens da Tetra Pak na área de ali-
pa tem identificado alguns nichos do mentos, fato já aguardado desde o ano
passado. Snacks e confeitos da Dori Ali-
mentos recentemente sucumbiram aos
apelos das caixinhas. Registro de igual
Snacks, biscoitos e
interesse é a presença das embalagens
massas, cada vez longa vida em polpas de fruta conge-
mais em cartuchos ladas, numa concorrência com embala-
gens flexíveis de plástico.

Velhos e novos usos


Por sua vez, o setor de embalagens de aço
comemora o crescimento do uso de
seus recipientes em itens de valor
agregado, como no mercado de con-
fecções e de bebidas finas (como
embalagem secundária), no segmento
promocional e no envase de bebidas iso-

14 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


tônicas e energéticas – produtos que estão

DIVULGAÇÃO
colocando em evidência as latas de aço
slim, tanto que a Prada, uma das maiores
fabricantes de embalagens de aço no país,
abriu linhas de produção dessas latinhas,
para confrontar as similares importadas e
cujo preço varia ao sabor do dólar.
“Também cremos numa retomada dos
Cartonadas
segmentos de cerveja e de refrigerantes, assépticas já
lica (Prolata). Maiores aspirações do aço
pois a lata de aço ainda pode demonstrar marcam presença para a área de embalagem tendem a ser
grandes evoluções tecnológicas no emba- em alimentos conhecidas após as consecuções das
te com o alumínio”, afirma Roberto Pin- uniões entre Corus, CSN e Metalic –
to, assessor do Programa de Valorização maior produtora de lata de aço de duas
e Incentivo ao Uso da Embalagem Metá- peças para bebidas no país e cuja compra,
pela CSN, foi aprovada recentemente.
Latas de aço agregam valor No balcão rival do alumínio, que do-
às ações promocionais
mina os mercados de bebidas em lata que
o aço quer recuperar, espera-se um
crescimento em cervejas,
principalmente no vácuo do
crescimento de canais de dis-
tribuição como bares, restau-
rantes e lojas de conveniên-
cia. “Ainda é possível crescer
no confronto com os vasilha-
mes de vidro, que ainda de-
têm 65% de share em cerve-
jas”, aponta Rinaldo Lopes,
presidente da Crown Cork Embala-
gens e coordenador do Grupo Setorial

Sem grandes oscilações na divisão do bolo


Apesar do momento instável, a indústria de embalagem 4% em 2001, com destaque para o crescimento de
deve fechar 2002 retomando o crescimento de anos an- 2,1% em volume de comercialização de polietileno de
teriores. É o que diz Graham Wallis, diretor da consul- baixa densidade (montante de 589 milhões de dóla-
toria Datamark, baseado no recém-divulgado estudo res), seguindo uma tendência de alta verificada em
anual Brazil Pack 2001, de sua empresa. O levantamen- análises anteriores. Já o mercado de polietileno de
to constata que, no ano passado, a indústria de emba- alta densidade, em crescimento nos últimos seis anos
lagem obteve pequeno aumento de volume (0,2%) e ele- (66,7%), caiu 4% em 2001. Também cresceram os volu-
vação do faturamento em 11,4% em reais, porém com mes de vendas de polipropileno, em 8,5%; PET, 9,7%;
decréscimo de 15,2% se medido em dólar. papel para saquinhos, 4,2%; papel cartão, 4,3%, papel
O escrutínio abrange dezoito tipos de matérias-primas multicamada, 9,2%; e, alumínio, 11,6%. Esses segmen-
empregadas em embalagens, incluindo plásticos em tos, somados, movimentaram em torno de 4,28 bi-
geral (sete segmentos), papel, papelão, flexíveis, alumí- lhões de dólares em 2001.
nio, folha de flandres, aço e vidro. Em 2001 as vendas Entre as quedas significativas entre os períodos
totais do setor movimentaram 9,1 bilhões de dólares, 2001/2000, estão poliestireno (-9,7%), papel kraft para
contra 10,7 bilhões de dólares em 2000. No quesito vo- sacaria (-7,5%), e vidro (-7,3%). Caixas de papelão e
lume, foram comercializadas 5,75 milhões de toneladas folhas de flandres também oscilaram para baixo, com
de insumos, ante 5,74 milhões de toneladas do período índices pouco representativos: -0,4% e -1,4%, respec-
anterior. Para este ano, a Datamark estima elevação de tivamente. O segmento de PVC mostrou-se estável,
3,6% em volume e de 2,9% em faturamento. com volume comercializado na casa dos 32 milhões
Segundo o Brazil Pack, o consumo de plásticos saltou de toneladas.

16 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


para refrigerantes, movimento que aten-
deria a um desejo dos grandes fabricantes
para combater o desabamento dos preços
e a “tubainização” do segmento, que
ocorreram nos últimos anos no rastro do
crescimento das garrafas de PET.

Retomada do one way?


Além da questão ambiental, pelas alega-
das vantagens das embalagens retorná-
veis e recicláveis, como no caso do vasi-
lhame que vai e volta, outra questão a fa-
vor dessa tendência seria o custo, sobre-
Chás e sucos tudo em economias em crise. Na Argenti-
de Latas da Associação Brasileira do Alu- abrem novas na, o refrigerante havia ido todo para o
oportunidades para
mínio (ABAL). Segundo ele, um cresci- PET, e agora está voltando ao vidro.
a lata de alumínio
mento de 3% a 4% na participação da lata “Para o consumidor a embalagem mais
de alumínio nesse mercado nos próximos barata é o vidro retornável”, defende Ale-
exercícios é plenamente factível. xandre Marchezini, diretor comercial da
Se as oportunidades em refrigerantes Cisper.
não são tão sorridentes, pela agressivida- Também anima o setor vidreiro o seg-
de do PET, Lopes aponta que uma meni- mento de bebidas ice, categoria nova de
ABAL
na dos olhos é o mercado de sucos pron- www.abal.org.br produto, com menos de dois anos no país,
tos para beber, “um nicho que vem se de- mas já com mais de vinte marcas no mer-
ABIEF
senvolvendo junto ao crescimento da pre- (11) 3032-4092
cado. “A imagem do produto é altamente
ferência dos consumidores por produtos www.abief.com.br vinculada ao vidro”, aponta Marchezini,
saudáveis e que estão cada vez mais pre- lembrando que o mercado está em expan-
Abiplast
sentes em canais onde o recipiente one- (11) 3060-9688 são, com a entrada de novas marcas e
way tem força, como lojas de conveniên- www.abiplast.org.br segmentação de sabores e composição al-
cia e postos de venda em lo- coólica – depois da vodca, o uísque, o co-
DIVULGAÇÃO

Abividro
cais de entretenimento, (11) 3255-3033 nhaque e outras destiladas. Vale observar
como parques”. www.abividro.org.br que as ice têm a seu favor o preço de ven-
Também merece lem- da com boa margem, se comparado com
Alcan
brança a iminente estréia no www.alcan.com.br as cervejas, que já enxergam no segmen-
mercado das latas de alumí- to uma concorrente emergente.
Bracelpa
nio para alimentos, que cer- Outra oportunidade que parece pro-
(11) 3885-1845
tamente irão provocar rebu- www.bracelpa.org.br missora para o vidro é em sucos prontos,
liço em mais um confronto segmento que vem crescendo a margens
Datamark
com o aço. Sabe-se que a Al- (11) 3038-1790
de dois dígitos ao ano e no qual, segundo
can já está em fase final de www.datamark.com.br Marchezini, o vidro traz uma vantagem
testes das folhas adequadas a sobre a lata e a cartonada asséptica: a
Prolata
esse uso e prospectando a (11) 289-2856
possibilidade de desenvolvimento de em-
novidade junto a usuários. www.prolata.com.br balagens com design próprio, com shapes
Pela expectativa da empresa, diferenciados – algumas empresas já es-
Tetra Pak
a novidade deve estrear no www.tetrapak.com.br tão desenvolvendo suas garrafas single
mercado no início de 2003. serve, como Tial, Maraú e Superbom.
Para o vidro, causa ex- No meio desse intrincado mosaico de
pectativa uma possível reto- xadrez, cheio de xeques e contra-xeques,
mada de garrafas retornáveis reina a sensação de que as jogadas estão
cada vez mais ousadas e pensadas. Em
contrapartida, o match do varejo exige
Ices, em crescimento, se
identificam com o vidro lances cada vez mais rápidos.

out 2002 • EMBALAGEMMARCA – 17


pesquisa

Raio X da beleza
Pesquisa revela perfil do mercado brasileiro de cosméticos
m dos mais célebres ditames pesquisa não se valeu apenas de entrevistas

U da venda de bens de consumo


no varejo relaciona o êxito co-
mercial de um produto à recor-
rente necessidade de satisfazer os desejos
com pequenos grupos representativos de
potenciais compradores. Os resultados na
verdade refletem hábitos reais de compra:
todas as perguntas foram respondidas ins-
do consumidor. Não é preciso ser um espe- tantes depois da passagem do consumidor
cialista em marketing para deduzir que o pelos caixas dos supermercados. Ademais,
contentamento e o deleite em questão de- cada questionário é acompanhado do com-
Supergiro
pendem do grau de conhecimento do públi- provante de compra, com a discriminação (11) 3675-1311
co que se pretende atingir: quanto mais in- dos produtos adquiridos, feita por leitores supergiro@editorasupergiro.com.br
formações sobre o perfil dos consumidores- ópticos.Trata-se, sem dúvida, de detalhe que
alvo, maiores as chances de “satisfazê-los”, provê acuidade ao perfil do consumidor e
ou melhor, de viabilizar boas vendas. do mercado de cosméticos.
Pensando nisso, e também em oferecer
um complemento à cobertura da feira Cos- Perfil dos consumidores
moprof Cosmética 2002 (ver página 22), A primeira constatação é sobre o gênero dos
EMBALAGEMMARCA publica nesta edição consumidores de produtos de beleza e hi-
uma abrangente pesquisa sobre o perfil do giene pessoal no Brasil. A grande maioria, Gráfico 1
Posição na família
consumidor e do mercado brasileiro de pro- 73,6%, é composta por mulheres, e o restan-
dutos de higiene pessoal, perfumaria e bele- te, 26,4%, por homens. Esmiuçando essa di- Mãe/dona de casa - 49,4%
za. Parte do levantamento Consumer Check visão, descobre-se que, entre as mulheres, Pai/chefe - 23%
2001 – Brasil Total, feito pela revista Super- 64,3% são mães. Neste grupo, 49,4% são Mãe/chefe - 14,9%
giro a pesquisa foi originalmente apresenta- donas de casa, enquanto as mães que traba-
Filho (a) - 10,8%
da na edição de setembro último daquela lham fora somam 14,9% das mulheres en-
Outros - 1,9%
publicação voltada ao setor supermercadis- trevistadas. Já entre os homens consumido-
ta, que autorizou o uso editorial dos resulta- res de cosméticos, 87,1% são chefes de fa-
dos nestas páginas. mília (gráfico 1). O restante do público Gráfico 2
Além de abranger em profundidade masculino é composto basicamente por Faixa etária
questões como sexo, faixa de renda e idade adultos solteiros, mas também há adoles- 30-49 anos - 53%
dos consumidores, o levantamento abarca centes entre esses consumidores.
50-59 anos - 15,6%
outros temas de interesse para empresas en- De maneira geral, os resultados sobre
25-29 anos - 10,9%
volvidas com o desenvolvimento e a venda gênero do público de cosméticos refletem
18-24 anos - 10,3%
de produtos de beleza e higiene pessoal. En- em grande medida o perfil do consumidor
tre eles, participação, taxas de lucratividade de supermercados no Brasil: a maior parce- 60 anos ou mais - 9,1%

e perspectivas de crescimento das diversas la das compras é feita por donas de casa e Adolescentes - 1,2%
categorias que compõem o setor de cosmé- chefes de família. Tal impressão é reforçada
ticos no Brasil. Para tanto, a pesquisa Con- pelos resultados sobre a faixa etária dos Gráfico 5
sumer Check contou com a participação de consumidores. Mais da metade deles (53%) Categoria produtos
5 391 consumidores. tem entre 30 e 49 anos. A seguir estão pes- para cabelo

soas com idade entre 50 e 59 anos (15,6%), Xampus - 49,69%


Metodologia diferenciada 25 e 29 anos (10,9%) e 18 e 24 anos Condicionadores - 27,48%
Ainda que restrito às compras feitas em su- (10,3%). Pessoas com 60 anos ou mais so- Cremes para tratamento
permercados, o estudo tem a seu favor, mam 9,1% dos consumidores de cosméti-
e pentear - 10,97%
além do amplo universo de consumidores cos, e os adolescentes, 1,2% (gráfico 2).
Outros - 11,86%
ouvidos, uma metodologia diferenciada. A Contabilizando a lista de compras de to-

18 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


dos os consumidores pesquisados, chega- ras continuam líderes, com 84% do merca-
se a 151 297 produtos. Deste total, 7,14% do. Mas produtos de maior valor agregado
são itens de higiene pessoal e beleza, rela- vêm puxando a rentabilidade do segmento.
ção que dá idéia da participação do merca- Basta dizer que na Europa o mercado de sa-
do de cosméticos no varejo brasileiro. De bonetes é hoje dominado pelas versões lí-
todos os consumidores entrevistados, qüidas, que têm 90% de participação, para
31,74% adquiriram pelo menos um produ- antever o que pode ocorrer em futuro pró-
to do setor. A percepção de eqüidade entre ximo no Brasil.
o perfil de consumidores de cosméticos e o A segunda maior categoria do mercado
público geral dos supermercados perde um de cosméticos é a de higiene oral, com
pouco de força quando se analisam catego- 23,05% de participação. Sem surpreender, o
rias específicas do setor de beleza e higie- produto líder aí é o creme dental, com
ne pessoal. 84,79% do segmento (gráfico 4). A terceira
maior categoria é a de produtos para cabe-
Divisão do mercado los, que detém participação de 10,54% do
A categoria de banhos é a líder em vendas mercado de cosméticos. Como não poderia
de produtos cosméticos, com 53,03% de deixar de ser, o líder dessa categoria é o
participação (gráfico 3). Dentro dela, o pro- xampu, com 49,69% de participação, segui-
duto mais vendido é o sabonete, com do pelos condicionadores, que amealham
83,60% de participação. Sabonetes em bar- 27,48% das vendas da categoria (gráfico 5).

Renda não é tudo


De maneira geral, a análise
dos números não determina
com rigidez em qual setor es-
tão as melhores oportunidades
Gráfico 3 de negócio. O que fica claro é
Categoria banho que existe mercado tanto para
produtos sofisticados quanto
para populares. Obviamente,
há uma relação direta entre ní-
vel de renda e freqüência de
consumo em muitas catego-
rias. Mas é válido lembrar
que, não importa a classe so-
cial a que pertencem, as pes-
soas precisam consumir itens
de higiene pessoal quase
como necessitam de alimento.
Portanto, como na maioria dos
mercados, o segredo do êxito
comercial no setor de cosméti-
cos parece ser adequar a estra-
tégia de atuação aos resultados
que se espera obter.

Gráfico 4
Categoria higiene oral

Cremes - 84,79%
Escovas - 10,92%
Fio ou fita dental - 2,25%
Enxaguatórios - 2,05%

out 2002 • EMBALAGEMMARCA – 19


A qualidade Cong
Cartuchos Finos para Cosméticos
Hot Stamping

Facas Especiais

Corte e Vinco

Rótulos Setor Farmacêutico Setor Alimentício


raf ao seu alcance
Revolução em busca
da evolução... Esse é o
Impressão jeito de ser da Congraf.
em Lamina udo começou quando, em
do
T 1972, o amor pela profissão
gráfica tornou-se um empreendi-
mento. Da busca, na Alemanha,
por equipamentos gráficos de pon-
Relevo Seco ta à implantação da pré-impressão
dentro da gráfica, inovar sempre
foi a vocação da Congraf, que ago-
ra revoluciona mais uma vez, com
o Computer To Plate (CTP), que
elimina o fotolito, aumenta a veloci-
dade e a qualidade final dos traba-
lhos. Não interessa quem chegou
primeiro. Revolucionar para a Con-
graf é a busca constante pela evo-
lução das artes gráficas, revelando
uma inquietação criativa e a busca
constante por mudanças.
O resultado desta revolução está lo-
calizado na zona sul de São Paulo,
num parque gráfico de 4 mil m2 de
área contruída. São os últimos avan-
ços em equipamentos de pré-im-
pressão, impressão e acabamento
tornando realidade os maiores desa-
fios em projetos gráficos.

Tecnologia,
Criatividade,
eserva
Verniz UV com R Qualidade,
Atendimento Pers
Personal Care Promocionais onalizado,
Bo ns P re ços
feira

Nova configuração
Cosmoprof amplia espaço dos fornecedores da indústria cosmética
m suas últimas cinco edições, marcadas grar um espaço realmente propício ao fechamento de

E pela parceria com a homônima feira italia-


na de produtos de higiene pessoal, perfu-
maria e beleza, pode-se dizer que a brasi-
leira Cosmoprof Cosmética nunca havia passado por
negócios entre os profissionais do setor”. Pelo que se
ouviu de boa parte dos fornecedores de insumos e maté-
rias-primas para a indústria cosmética, a perda de foco
foi mesmo minimizada. Prova dessa percepção foi o
uma mudança tão relevante quanto a vista no evento bom número de expositores que ocuparam os 25 000
deste ano, feito entre os dias 13 e 16 de setembro, no metros quadrados restritos aos profissionais do setor:
Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, em São 350, superando a marca da Cosmética Shop & Show,
Paulo. Com vistas a facilitar aos fornecedores que contou com 250 empresas, distribuídas em
da indústria cosmética a exposição de suas 9 000 metros quadrados. No total, o número
novidades a quem de fato interessa- de visitantes saltou para 85 000, aumen-
va, a feira foi dividida em duas: Cos- to de mais de 30% em relação à edição do
moprof Cosmética Profissional e ano passado.
Cosmética Shop & Show. A nova configuração também foi
A medida não impediu o aces- avaliada de forma positiva pela As-
so do grande público aos lança- sociação Brasileira da Indústria de
mentos, e brindes, das empresas Higiene Pessoal, Perfumaria e Cos-
do mercado de beleza e higiene méticos (Abihpec), que viu na mu-
pessoal. No entanto, ficou claro que os organizadores dança um alento ao esforço de exportação da indústria
da Cosmoprof tinham em mente eliminar a perda de cosmética brasileira. “Nesta Cosmoprof pudemos sentir
foco que nas últimas edições inspirou críticas quanto ao de maneira mais acurada a valorização das matérias-pri-
perfil de visitação da feira. Para muitos, a abertura ao mas nacionais no exterior, há muito o grande diferencial
grande público e o forte apelo de visitação da Cosmo- para a meta de exportação do setor no Brasil”, declarou
prof atraíam aos estandes visitantes “pára-quedistas” – João Carlos Basílio, presidente da entidade, que organi-
aqueles com pouco ou nenhum potencial de compra de zou um pavilhão exclusivo para estimular a produção
produtos como bens duráveis e insumos industriais. nacional e a exportação de cosméticos.
Para Jair Saponari, diretor da Cosmoprof, “a seg- A seguir, EMBALAGEMMARCA destaca algumas das
mentação representou um avanço significativo, ao lo- novidades apresentadas na feira.

Case de integração
A Perfumaria Labate, empresa paulistana fundada em 1930, que hoje concentra boa parte de
seus negócios no mercado nordestino de cosméticos, aproveitou a feira para expor sua nova
linha de produtos infantis, a Halley Baby. Os rótulos dos produtos foram fornecidos pela Pra-
kolar, que utilizou substratos auto-adesivos da Fasson Avery Denison. Eles substituíram os an-
tigos rótulos de papel que a Perfumaria Labate utilizava em suas linhas de colônias, lavandas
e xampus infantis. Além do material, o método de aplicação foi alterado: an-
tes manual, a rotulagem passou a ser feita em equipamentos da Epacking.
“Embalagens modernas e preços atraentes têm sido fundamentais para
nos mantermos competitivos ao longo destes 70 anos”, resumiu Bruno
Gasparotto, diretor executivo da Perfumaria Labate.

E-packing: www.epackinggroup.com • (11) 3501-2852


Prakolar: www.prakolar.com.br • (11) 291-6033
Fasson: www.solution.fasson.com • 0800 701 7660

22 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


Oportunidade vertical
A partir de investimentos de mais de 1 milhão de dólares em seu parque fabril, a Yamá Cosmé-
ticos, que conta com cerca 150 itens em seu portfólio, adquiriu nos últimos dois anos novas li-
nhas de sopradoras plásticas, visando tornar-se auto-suficiente em embalagens. “Verticalizar a
produção tem sido uma medida estratégica para sermos mais competitivos”, disse Ricardo Ya-
mamora, diretor industrial da empresa. Na Cosmética 2002, a Yamá apresentou a Linha Yama-
vit, cujas embalagens tiveram tampas, cores e design desenvolvidos internamente. Para isso,
a empresa também investiu em injetoras para tampas aplicadoras e potes, além de máquinas
de serigrafia e rotuladeiras, neste último caso, da Bauch & Campos. O investimento na vertica-
lização das embalagens,
acrescenta Yamamora, tam-
bém tem em vista o forneci-
mento de embalagens para
outras empresas de cosmé-
ticos.

Yamá Cosméticos
(11) 3105-8004

Cartuchos finos
Além de mostrar um pouco de seu portfólio de embalagens celulósicas para cosméticos, a Congraf apro-
veitou a Cosmoprof para divulgar a aquisição de seu mais novo equipamento, a impressora Speedmaster
CD 74, da Heidelberg. Segundo Sidney Anversa Victor, presidente da empresa, esse investimento acele-
rou a implantação do sistema CtP (computer- to-plate) pela gráfica. Ele também lembrou que a Congraf re-
cebeu um prêmio da Avon do Brasil pela produção dos cartuchos da linha Renew. “O reconhecimento de
uma das maiores empresas de cosméticos do Brasil foi resultado deste e de outros investimentos que fi-
zemos recentemente”, disse o presidente da Congraf, citando como exemplo novos equipamentos de cor-
te, vinco e relevo seco automático para impressão e acabamento de cartuchos finos.

Congraf: www.congraf.com.br • (11) 5563-3466

Marca ampliada
Como em outros anos, o lançamento de produtos com marcas licenciadas de celebri-
dades foi uma das características marcantes da Cosmoprof 2002. Além da entrada da
Anantha no mercado, com o perfume Amor Selvagem, da dupla Zezé di Camargo &
Luciano (ver página 24), as atenções na área de licenciamento se voltaram para a co-
lônia Dez by Xuxa, lançada pela Impala e produzida pelo Laboratório Avamiller. Na em-
balagem, um dos destaques é a tampa, feita pela Incom Packing (ex-TME). O item foi
desenhado pelo designer Marcos Vega, que concebeu um sistema interessante para
destacar a letra X, impressa em alto relevo na válvula do produto, fornecida pela Tech
Sprayer: quem olha para a válvula através da tampa tem a impressão óptica de am-
pliação do logo impresso no atuador. O efeito visual se deve à utilização de uma resi-
na especial, a Surlyn, da DuPont. Já o frasco da colônia foi fornecido pela vidraria
Wheaton, a maior do mercado brasileiro de perfumes.
Incon Packing: www.incom.com.br • (11) 4174-3200
Tech Sprayer: www.techsprayer.com.br • (11) 6601-0888
Wheaton: www.wheatonbrasil.com.br • (11) 4355-1800

24 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


prêmio

Criatividade em 1º lugar
Boas idéias no 3º Prêmio Brasileiro de Embalagem de Papelcartão
oucas iniciativas de incentivo a

P um determinado material ou
mercado podem surtir tanto
efeito quanto concursos re-
cheados de atrativos e recompensas aos
profissionais que labutam no setor que se
tem em vista estimular. Essa parece ser uma
das convicções dos criadores da Campanha
Papelcartão, que, em parceria com o Centro
de Design de Moda da Universidade
Anhembi Morumbi, realizaram a terceira
edição do Prêmio Brasileiro de Embalagem
Papelcartão.
Promovido pela Bracelpa – Associação
Brasileira de Celulose e Papel, através exa- Embalagem para
tamente das empresas que lideram a Cam- prato pronto congelado
panha Papelcartão (Suzano, Ripasa, Papi-
rus, Miguel Forte, Klabin, Ibema Nobrecel 1º Lugar – Categoria Pós-graduação
e Riverwood), o concurso teve sua soleni- Rosane Jasluk Busz e
dade de premiação feita no dia 1º de outu- Thelma Goulart Souza
PUC-PR e IMT-SP
bro, no Campus Morumbi da Universidade
Anhembi Morumbi. Destinada a estudantes de graduação e pós-graduação inscritos em
cursos relacionados ao desenvolvimento de
1º Lugar – Categoria Graduação embalagens em todo o país, a premiação foi
André Alves Zatti e 3º PRÊMIO BRASILEIRO DE
seguida pela abertura de uma exposição,
Juscélia Maria Rodrigues EMBALAGEM PAPELCARTÃO
Universidade Anhembi Morumbi com acesso aberto ao público, dos trabalhos
selecionados.

Leque amplo
Nesta terceira edição do Prêmio Brasileiro
Embalagem para de Embalagem Papelcartão, os projetos con-
temperos e condimentos correntes foram inscritos de acordo com seis
segmentos de mercado: gêneros alimentí-
cios, cosméticos, higiene e limpeza, vestuá-
rio e calçados, utilidades domésticas e mul-
tipack. Em relação às edições anteriores, foi
possível notar este ano maior abertura no
universo de inscritos, com a participação de
estudantes de 31 cidades do país. Além do
prestígio e das oportunidades, os concor-
rentes estavam de olho nos computadores
FOTOS: DIVULGAÇÃO

iMac distribuídos aos ganhadores.


A dupla André Alves Zatti e Juscélia Ma-
ria Rodrigues, da Universidade Anhembi
Morumbi, de São Paulo, conquistou o pri-

28 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


meiro lugar na categoria Estudante de Gra-
Embalagem para
duação, com uma embalagem para tempe-
bandeja de iogurte
ros e condimentos. Pensado para estratégias
promocionais, o projeto tem paredes vaza-
das recobertas com janelas de PVC, que
chamam atenção pelo formato de gota
d’água estilizada.
O segundo lugar ficou para um agrupa-
dor multipack, especial para bandejas de io-
gurtes e outros lácteos, desenvolvido pelo
estudante Leandro de Paula Alves, da Fa-
culdade de Tecnologia de Birigui. Além do
apelo da praticidade ligado à embalagem
múltipla, o projeto encerra uma boa dose de
conveniência: a estrutura celulósica foi pro-
jetada tendo ao centro uma alça, que facili-
ta a tarefa do consumidor de transportar o
produto da gôndola para o carrinho de su-
permercado. 2º Lugar – Categoria Graduação
Leandro de Paula Alves
Novos nichos Faculdade de Tecnologia de Birigui
Explorando a ainda tímida, mas crescente
onde o disco está encaixado e a parede
busca por alternativas às cases plásticas
frontal da embalagem.
para produtos como CDs e DVDs, o estu-
Na Categoria Estudante de Pós-Gradua-
dante Ernesto Yiuki Doi, da Universidade
Bracelpa
ção, Rosane Jasluk Busz, da Pontifícia Uni-
Federal do Paraná, abocanhou a terceira co-
www.bracelpa.org.br versidade Católica do Paraná, e Thelma
locação no Prêmio destinado a estimular a (11) 3885-1845 Goulart Souza, do Instituto Mauá de Tecno-
produção de embalagens de papel cartão no
logia, de São Paulo, se sagraram vencedo-
Brasil. A estrutura do envelope foi pensada
ras apresentando uma prática embalagem
de tal maneira que, quando aberto, a mídia
para pratos prontos e comida congelada.
nele acondicionada ganha destaque, graças
Dotada de uma abertura lateral e de uma
a um mecanismo de ligação entre a base
tampa que pode ser destacada, ela vira uma
bandeja para ser levada ao forno ou direta-
3º Lugar – Categoria Graduação
mente à mesa. Ademais, a embalagem con-
Ernesto Yiuki Doi
Universidade Federal do Paraná ta com alças que podem ser usadas para
pendurar o produto na gôndola, e também
para segura-la na hora de servir.
Embalagem O número progressivo de projetos que
para CD vem recebendo a cada ano tem ajudado o
Prêmio Brasileiro de Embalagem de Pa-
pelcartão a reforçar as vantagens do mate-
rial, reconhecido por ser biodegradável,
reciclável e proveniente de um recurso na-
tural renovável. A iniciativa também tem
alcançado êxito na tarefa de estímulo e in-
cremento ao mercado de embalagens de
papel cartão, além de ampliação do campo
de trabalho para profissionais do setor.
Basta dizer que, nesta última edição, o
Prêmio Brasileiro de Embalagens Papel-
cartão recebeu 222 inscrições, número
75% maior que no ano passado.

out 2002 • EMBALAGEMMARCA – 29


evento

Ponto de encontro
10º Congresso Brasileiro de Embalagem aconteceu em setembro
ovidades, tendências e nais puderam aprofundar seu conheci-

N muito networ-
king foram as pa-
lavras-chave no 10º
Congresso Brasileiro de
mento sobre as tecnologias que estão
sendo disponibilizadas no mer-
cado pelos supridores de di-
ferentes materiais e com-
Embalagem, realizado nos plementos de embalagens,
dias 18 e 19 de setembro últi- bem como de serviços direcio-
mo em São Paulo com o tema nados tanto à indústria for-
“A embalagem faz a diferença”. O necedora quanto a usuá-
evento, organizado pela Abre – Asso- rios (end users).
ciação Brasileira de Embalagem, foi di-
vidido em dez palestras de mercado e oito Temas variados
Abre
palestras técnicas (veja a relação das (11) 3082-9722 Os temas discutidos variaram desde pers-
apresentações no quadro abaixo). www.abre.org.br pectivas para setores distintos como o de
Nas primeiras, o intuito era mostrar cosméticos e o de bebidas à importância
como algumas empresas utilizaram – e da embalagem para a fruticultura, o que
utilizam – a embalagem e a marca para não faltou foi interesse dos mais de 400
melhorar o seu desempenho no mercado, participantes do evento: os auditórios
enfatizando as oportunidades que a con- mantiveram-se lotados, e o público contri-
tínua sofisticação dos consumidores cria buiu com perguntas para os debates que se
para o setor. Nas demais, os profissio- seguiram às apresentações. Durante os in-

A OPINIÃO DE QUEM FOI “O evento estava muito bem estruturado e as palestras foram
muito interessantes, não somente no contexto de ‘profissio-
“O Congresso apresentou um excelente nível no conteúdo das
nais de embalagem’, mas principalmente como um instrumen-
palestras e na organização do evento. Foi uma agradável opor-
to de divulgação junto aos end-users, que muitas vezes vêem
tunidade para reencontrar o setor de embalagem todo reunido.
a embalagem como um ‘mal necessário’. Iniciativas como esta
Vários foram os temas, assuntos e questões debatidos que
ajudam o crescimento do setor como um todo.” Carlos Zardo
ecoarão ainda por algum tempo na consciência dos que estive-
• Riverwood
ram presentes.” Assunta Camilo • Gerente de desenvolvimento de
produto e mercado, div. gráfica – cél. embalagem – Ripasa “‘Liderança é antecipar tendências’. Congressos como o da
Abre são ferramentas imprescindíveis para alcançar essa vi-
“Os temas das palestras foram muito bem abordados. O Con-
são.” Eduardo Trevisan • Procurement Packaging – Cargill
gresso trouxe informações diversas sobre a embalagem, um
elemento importante de proteção do conteúdo e diferenciação “Foi uma boa oportunidade para conhecermos novas embala-
do produto no ponto-de-venda e permitiu troca de experiências gens, ações e procedimentos que são adotados pelas empre-
entre os muitos participantes” Cleusa Carvalho • Coordenadora de sas, mas que fogem totalmente do trivial; ou seja, soluções
Comunicação – Tetra Pak criativas e inovadoras que realmente tornam a embalagem um
diferencial competitivo.” Paulo E. Pereira • Pesquisa e desen-
“Foi uma ocasião única para receber tanta informação de quali-
volvimento de embalagem – Johnson & Johnson
dade. Tanto nos casos complexos quanto nos mais simples, vi-
mos a força de embalagens apropriadas. Percebi que uma em- “Achei o Congresso muito interessante, confirmando as ex-
balagem pode mudar um segmento de produtos por completo, e pectativas de que o consumidor está cada vez mais exigente
vi como mudanças na sociedade podem e são refletidas nas em- e que grande parte das decisões de compras são realizadas
balagens.” Francisco Lopes • Ciba Especialidades Químicas no PDV. Por isso, a comunicação feita através da embalagem
é de suma importância” Walkiria Castro • Gerente de marketing
“O Congresso é sempre uma ótima oportunidade para saber
– Novelprint
mais sobre as mais recentes novidades e tendências do merca-
do. Um dos melhores aspectos é poder conhecer ou expor de “Este evento proporcionou disseminar tecnologias, posicio-
forma mais detalhada ao setor importantes cases de desenvol- nar marcas e prover informações aos usuários da cadeia de
vimento de embalagem.” Marcelo Marini • Marketing – Rigesa embalagens” Rosa Muniz • Marketing – Prodesmaq

30 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


tervalos, as pessoas presentes puderam
estreitar seus vínculos com fornecedores,
clientes, parceiros e colegas.
Nestes dois últimos aspectos – o dos
debates e o do estreitamento de vínculos
– talvez esteja, se não o mais importante,
sem dúvida um aspecto muito significati-
vo do. De fato, para os profissionais do
setor, os benefícios de um encontro do Palestras de Mercado
(1) Novos paradigmas do mercado mundial de
porte do 10º Congresso Brasileiro de Em- embalagens • Cristopher Nunes, managing direc-
balagem não estão latentes apenas no tor da Cornerstone Strategic Branding, Inc. (2) En-
eventual aporte de conhecimentos técni- tendendo o consumidor do futuro • Vera Marta
cos ou mercadológicos que os palestran- Junqueira, diretora de estudos e pesquisa da Fun-
dação Procon (3) A competitividade na linha de
tes podem ofertar. produtos de limpeza • Wilson Nunes, diretor co-
Num mundo em que, paradoxalmente, mercial da Bombril S/A (4) Embalagens inteligen-
a globalização da produção impõe cres- tes: auto-resfriamento e auto-aquecimento •
centemente a individualização do relacio- Dennis Brown, chief financial officer da Internatio-
nal Thermal Packaging, Inc. (5) Exprotando o
namento, encontrar as pessoas certas Brasil através da embalagem • Luiz Fernando
pode ser o maior dos benefícios para as Furlan, presidente do conselho da Sadia S/A (6) A
empresas e para os profissionais. Nesse indústria cosmética encantando o consumidor •
sentido, levando em conta a qualificação Andréa Salgueiro, gerente de marketing personal
care da Unilever Brasil (7) A embalagem alavan-
dos participantes e a oportunidade de dia-
cando o market share • Washington Dias, conse-
logarem num espaço convidativo como o lheiro do Instituto Brasileiro de Frutas (8) Lata ex-
do Hotel Renaissance, em São Paulo, pandida: uma grande novidade para o mercado
pode-se afirmar que o 10º Congresso de óleos comestíveis • Enrique Eiras Mayo, dire-
tor industrial da Bertol S/A (9) A transformação
Brasileiro de Embalagem foi um sucesso,
do papel da embalagem no ponto-de-venda • Ri-
como se pode comprovar pelos depoi- cardo Gonçalves, presidente da Parmalat do Bra-
mentos dados a EMBALAGEMMARCA por sil (10) O potencial mercadológico das bebidas
alguns deles (veja quadro). diferenciadas • Timothy Altaffer, presidente da Ba-
cardi-Martini do Brasil
“O Congresso é um dos eventos mais importantes do segmen- Palestras Técnicas
to de embalagens e por isso foi muito importante apresentar a (1) Como as regulamentações para embalagens
tecnologia auto-adesiva como ferramenta de decoração e inova- de alimentos influenciam o desenvolvimento de
ção de embalagens.” Isabela Monteiro • Avery Dennison adesivos para laminações • Eddy Taal, gerente
de suporte técnico da Henkel KGaA (2) BACOS –
“Tivemos a oportunidade de receber inputs da indústria sobre a
sistema de formulação e correção instrumental
importância da embalagem e algumas tendências, o que certa-
• Ney Bordignon, gerente de negócios da Basf
mente será analisado e discutido na empresa.” Sergio Iunis • CSN
Ltda. (3) O vidro como solução de embalagem •
“É um evento de expressão para os que trabalham e atuam no Mauro Marquezano, diretor comercial da Nadif
setor de embalagem, e uma de suas maiores vantagens é a qual- Figueiredo S/A, e Alexandre Marchezini, Diretor
idade e a quantidade de informações que são transmitidas de Comercial de Embalagem da Cisper S/A (4) Auto-
maneira dinâmica, agradável e descontraída em um curto adesivo: tecnologia e inovação de embalagem •
espaço de tempo. É importante porque mostra o contínuo Isabella Monteiro Galli, gerente de desenvolvimen-
empenho das empresas e de seus profissionais.” Erik Cantinho • to de mercado materiais Brasil da Avery Dennison
Sup. Des. de Mercado e Produto – Polo Industrial (5) Adesivos com teores extremamente baixos e
monômeros livres (ELM – Extremely Low
“É uma grande oportunidade para a indústria demonstrar aos Monomer) • Theo Verweerden, gerente global de
seus clientes, usuários de embalagem, as novidades no merca- desenvolvimento de mercado, embalagens e con-
do e as tendências no Brasil e no mundo, permitindo uma me- versão da Rohm and Haas Ltda. (6) Embalagens
lhor avaliação da embalagem mais adequada, sob o ponto de cartonadas para alimentos • Marcelo Emílio
vista mercadológico e industrial.” Alexandre Marchezini – Cisper Prado, gerente de desenvolvimento gráfico e pré-
impressão, e Katy Nagib Martins, coordenadora de
“De modo geral eventos como este são bastante proveitosos.
design da Tetra Pak (7) Resinas PET – Voridian…
Especialmente as palestras que enfocam cases de mercado,
Transformando sua visão em embalagens úteis
como a da Unilever, são extremamente enriquecedoras. Como
• Juan Antonio Moncada Andres, gerente de mer-
dica para os próximos, sugeriria que a triagem de palestras com
cado para a América Latina da Voridian Ltda. (8)
enfoque comercial/promocional fosse mais rigorosa.” Petra
Atributos e benefícios da embalagem de aço •
Klöcker • Gerente de martketing – SIG Combibloc
Sergio Iunis, gerente de marketing da CSN

out 2002 • EMBALAGEMMARCA – 31


design

Velho, porém jovem


Guaraná Antarctica quer unir tradição e irreverência com novo visual
lustre exemplar das inven- concêntrico, e que transmite jovialidade”,

I ções tupiniquins para o vare-


jo que vingam e se tornam
emblemáticas, o já octogená-
rio Guaraná Antarctica ganhou um bud-
argumenta o designer.

Mais limpo
Destaque maior, porém, foi a reformula-
get expressivo para fortalecimento de ção do logotipo da bebida, que ficou mais
marca neste ano. Essa injeção da Am- limpo, com informações mais organiza-
Bev em sua marca-xodó em refrige- das. Nesse ponto, as pesquisas foram im-
rantes está mostrando uma faceta, portantes para cruzar as opiniões do pú-
talvez a de maior impacto, agora. blico com aquilo que os designers e o
Trata-se do novo visual, “mais mo- cliente consideravam mais importante
derno e irreverente”, como prega o nesse elemento. Foi detectado, por exem-
fabricante, cujos principais canais plo, que a moldura do logotipo e o ‘g’ da
de comunicação, obviamente, serão palavra guaraná marcavam a percepção
os invólucros da bebida. dos consumidores e, portanto, o bisturi te-
Até a aprovação final, o proces- ria de ser usado com cautela nesses ele-
so de reformulação durou um ano, e mentos.
envolveu intensas pesquisas junto a Também foi assimilado o grande recall
consumidores de todo o país. Mes- da frutinha de guaraná, presente no rótulo
mo com tais subsídios, o trabalho do produto desde o seu lançamento, em
não foi nada fácil. “Transformar a 1921. Por isso, ela se tornou definitiva-
cara de uma instituição nacional é mente um ícone do produto, ganhando um
algo delicado”, conta Mário Narita, novo desenho e destaque na composição
diretor da Narita Design, agência do rótulo. O slogan “Original do Brasil”
que tocou o projeto. “A dificuldade é ganhou um artigo “o” no início, para re-
verificar até que ponto é possível me- forçar a unicidade da marca. Nas laterais
xer no que já está solidificado.” das latas e dos rótulos, fica agora estam-
Nova lata Segundo ele, a equipe de sua agência pada a frase “seja o que for, seja original”,
destaca procurou dar maior movimento e visibili- conceito da atual campanha publicitária
textura
dade às embalagens. Exemplo: a textura da bebida.
“turbilhão”
(acima); de fundo das latas, que anteriormente re- A família de embalagens que ganhará
abaixo, metia às cavidades de uma garrafa de vi- a nova identidade compreende latas de
evolução dro, foi substituída por uma espécie de 350 mililitros e garrafas de PET de 600
do visual
do produto turbilhão, “que remete ao líquido, ao mililitros, 1 litro e 2 litros. Para transpor o
novo visual para os variados tipos de
Narita Design
(11) 3167-0911
substrato, houve colaboração intensa dos
fornecedores. Foi o caso, entre outros, da
Latasa Latasa. “Acredito que houve uma inova-
www.latasa.com.br
ção em litografia, com a dimensionalida-
de proporcionada pelo turbilhão”, diz Na-
rita. “No fim, tudo colaborou para que pu-
déssemos imprimir ao trabalho a idéia
principal, que era desenhar um rótulo que
dirigisse o olhar para os pontos que são
realmente relevantes”, arremata.
32 – EMBALAGEMMARCA • out 2002
INFORME PUBLICITÁRIO

ADESIVOS
SEM SOLVENTES
PARA LAMINAÇÃO
O uso de adesivos sem solventes está cau-
sando uma verdadeira revolução na indús-
tria de embalagens.

Como vem acontecendo no mundo inteiro,


cada vez mais esse tema estará presente no
Brasil.

O assunto é tão importante que a Liofol, lí-


der absoluta nesse mercado, sente-se na
obrigação de compartilhar um pouco de
seu conhecimento sobre ele com o as em-
presas e profissionais da cadeia brasileira
Média-alta performance Alta performance
de embalagem.

Por isso oferece, nas próximas páginas, a


íntegra de recente palestra de seu Diretor
Técnico de Desenvolvimento de Mercado e
Serviços Técnicos, dr. Hans-Georg Kinzel-
mann, sobre o tema.

Ao cumprir o compromisso que assumiu


consigo mesma de sempre informar seus
clientes sobre o que existe de mais avança-
do na área de adesivos, a Liofol também
Performance standard
descreve um pouco do que está por trás de Média performance
sua liderança: inovação tecnológica, alta
qualidade, experiência e versatilidade.

Henkel Ltda. • Av. das Nações Unidas, 10 989 • 2º andar • 04578-000 • São Paulo, SP
Tel.: (11) 3848-2442 • Fax: (11) 3848-2444 • www.henkel.com.br
INFORME PUBLICITÁRIO

ADESIVOS PARA LAMINAÇÃO


DE EMBALAGENS
DE ALIMENTOS SEGURAS
Henkel KGaA
Dr. Hans-Georg Kinzelmann
Diretor Técnico Liofol
Desenvolvimento de Mercado e Serviços Técnicos
Consumidores, especialmente em todos os países industria- Assim como o §175.300 do FDA regulamenta materiais em
lizados, estão cada vez mais preocupados com a potencial contato direto com alimentos, a Diretiva Européia 90/128 e
contaminação química e microbiológica de alimentos. No emendas definem monomeros e matérias-primas para a fa-
que diz respeito a embalagens flexíveis, existem regulamen- bricação de plásticos para embalagens em contato direto
tações para a Europa e os Estados Unidos com foco nos com alimentos. Adesivos, assim como tintas de impressão,
adesivos de laminação empregados. vernizes, filmes de alumínio e papel estão excluídos da
Em muitos países, regulamentações para embalagens para 90/128, mas desde que não existe regulamentação alguma
alimentos seguras têm em comum requisitos tais como os para adesivos de laminação tal como a FDA §175.105 para
formulados no “Framework Directive 89/109/ECC”, que em contato indireto com alimentos, ainda faz sentido conside-
seu Artigo 2 determina: rar a lista de matérias primas da 90/128/EEC para formula-
“Materiais de embalagem têm que ser fabricados de tal for- ções de adesivos. A lista de matérias primas inclui muitos
ma que, sob as condições de uso, nenhum componente diisocianatos, como os usados para adesivos de laminação
será transferido para o alimento, o qual... poliuretânicos. O regulamento especifica para todos os dii-
...seja um risco potencial para a saúde humana, socianatos um limite específico de 1mg NCO/Kg no plástico
...mude a composição do alimento, [QM(T)] e a Norma Européia 13130-8 descreve um método
...influencie as propriedades organolépticas.” de teste para a determinação de NCO em plásticos.
Hoje, a 89/109/ECC está inserida nas regulamentações na-
cionais de todos os países da Comunidade Européia. Quão apropriado é o QM(T) = 1mgNCO/Kg de plástico
Outras diretivas da ECC estão incorporando a estrutura de para prevenir a contaminação potencial do alimento?
diretivas, como segue:
82/711/EEC e 97/48/EEC descrevem as regras básicas para a É bem conhecido que isocianatos reagem com água –
investigação da migração de produtos desde os materiais oriunda de muitos alimentos - para formar aminas. Aminas
plásticos (da embalagem) até os alimentos. Dependendo devem ser consideradas como produtos da decomposição
das condições de uso, as condições de teste (quais simula- de isocianatos como regulamentado na 90/128/EEC. São es-
dores de alimentos, tempo de contato e temperatura) são pecialmente interessantes as aminas aromáticas provenien-
definidas. tes de isocianatos aromáticos com um limite de migração
Testes de migração são efetuados com simuladores de ali- específica em alimentos definido como não detectável. O
mentos dependendo do tipo de alimento, como descrito na Comitê Científico Europeu para Alimentos (SCF) estabeleceu
85/572/EEC. recentemente para aminas aromáticas um limite de detec-
Em geral, são empregados os seguintes simuladores: ção em alimentos de DL = 20 ppb (partes por bilhão), tole-
• Alimentos ácidos " 3% de ácido acético rância analítica incluída, o qual foi editado na 6a emenda
• Alimentos aquosos " água para 90/128/EEC. Sem nenhum método de teste em especial
• Alimentos com mais de 5% de etanol " 10% de etanol em mente, a EEC considera uma tolerância analítica de
• alimentos gordurosos " azeite de oliva ou substitutos 100%. Assim sendo, o limite prático real para aminas aro-
como isooctano (5-60ºC), etanol a 95% ou Polyphenyleno- máticas é de 10 ppb.
xid (Tenax, 100-175ºC). Vamos assumir que uma embalagem flexível de plástico
Antes do teste deve ser considerada a possibilidade de uma contenha o limite máximo tolerável de 1mg NCO/Kg. Sob
reação química do simulador de alimento com o produto condições típicas de uso, uma bolsa de PET-12/PE-60 de
potencialmente extraível, o que poderia desqualificar o si- 400 cm3 pesa 3g e é envasada com 100ml de alimento. Con-
mulador de alimento dependendo das condições de teste e siderando o pior caso, todo isocianato seria transferido
do método de detecção. para o alimento, formando aminas. Para o MDI, isocianato
Definições similares podem ser encontradas no “Code of comumente utilizado, 90 ppb de amina em forma de MDA
Federal Regulations of the Food and Drug Administration”, seriam geradas. Tal quantidade fazer parte do alimento não
no parágrafo 176.170. é considerada segura e é questionável se o limite de 1mg
NCO/Kg numa embalagem flexível provê em todos os casos a 89/109/EEC e as exigências de barreira funcional da FDA
segurança para embalagens de alimentos requerida na es- §175.105.
trutura diretiva 89/109/EEC. Em adição precisamos conside-
rar que a limitação QM(T) para NCO foi dirigida a plásticos Como determinar se um adesivo está totalmente curado?
com uma distribuição homogênea de isocianatos e não
para duas ou mais camadas de uma estrutura combinada O controle de qualidade num convertedor típico checa as
de plásticos com uma fina camada de adesivo poliuretâni- propriedades físicas de um laminado para provar sua fun-
co. Entrementes as autoridades da EEC identificaram o pro- cionalidade para processamento seguinte. A performance
blema, e em futuras emendas da diretiva 90/128/EEC será de um laminado mesmo para os mais altos requisitos não
definido um limite para isocianatos relacionado com a área é uma indicação de um adesivo curado e sem impurezas de
da superfície de 6dm2. baixo peso molecular, fonte potencial para contaminação
do alimento. Somente um teste adicional de migração sob
Em lugar da determinação de isocianatos em plásticos, a as condições de uso detectando contaminantes em poten-
regulamentação alemã para alimentos já em 1984 fornecia cial num simulador de alimento responderá à questão da
um método de teste para a detecção específica de aminas cura total.
aromáticas em simuladores de alimentos aquosos. Devido
à reação de 95% etanol com isocianatos ou azeite de oliva Os adesivos para laminação de embalagens flexíveis de ali-
com aminas, estes simuladores são inadequados para a mentos mais comuns no mundo todo estão baseados na
detecção específica de aminas aromáticas. A recomendação química dos poliuretanos na forma de sistemas de um e
28a para poliuretanos da regulamentação alemã requer dois componentes. A parte isocianato do adesivo sempre
que a quantidade de amina aromática esteja abaixo do li- contém mais ou menos isocianato monomérico livre, o
mite de detecção do melhor método disponível. A regula- qual no caso de adesi-
mentação faz referência a um método de teste com limite vos bi-componentes
de detecção de 27,5ppb. Uma melhoria recente devido a são combinados com
uma etapa de concentração reduziu este limite para 2ppb. um endurecedor termi-
O código de regulamentação federal FDA §175.105 regula- nado em hidroxila fun-
menta especificamente adesivos em contato indireto com cional previamente ao
alimentos. É de responsabilidade do fabricante do adesivo processo de conversão.
formular adesivos a partir de matérias-primas menciona- A cura do adesivo
das na lista positiva. Em adição a regulamentação requer combinando dois subs-
que o adesivo esteja separado do alimento via uma barrei- tratos flexíveis aconte-
ra funcional, que é de responsabilidade do convertedor. ce no rolo. O poliureta-
Uma taxa de risco baseada na dose virtualmente segura no totalmente curado é
para aminas aromáticas considerando um fator de consu- inofensivo em contato Full-service: a Henkel oferece ampla
mo de 5% para alimento de uma embalagem flexível de- indireto com alimento variedade de adesivos para fins específicos
monstra que o método de teste alemão com limite de de- e o laminado está pronto para o uso.
tecção de 2ppb é uma ferramenta excelente para determi-
nar as propriedades funcionais de barreira de um filme se- O que pode acontecer se adesivos poliuretânicos não total-
parando o adesivo e o alimento, com respeito a aminas mente curados ainda contêm isocianatos monoméricos li-
aromáticas geradas desde isocianatos aromáticos livres vres e entram em contato direto com o alimento?
provenientes do adesivo poliuretânico não totalmente reti-
culado. Se não considerarmos o fator de segurança de 1/10 Isocianatos monoméricos livres provenientes de um adesi-
na taxa de risco, teremos o DL Europeu = 20ppb. vo não totalmente curado podem migrar para o alimento,
formar aminas a partir da reação com a água fornecida
Muitas fontes potenciais para a contaminação química de pelo alimento, as quais no caso de aminas aromáticas são
alimentos em contato com embalagens flexíveis devem ser consideradas um perigo potencial à saúde humana.
consideradas. Fontes óbvias no contato direto com alimen- Migração de aminas aromáticas de um adesivo PUR não
to são filmes selantes e vernizes selantes a frio ou quente totalmente curado é uma preocupação para embalagens
(“Heat Seal Coating” e “Cold Seal Coating”). Em adição, com- envasadas com alimentos gordurosos ou úmidos tais
ponentes da camada externa dos filmes, vernizes, tintas de como classificados na diretiva Européia 85/572/EEC e FDA
impressão e adesivos de laminação em contato indireto §176.170. É opinião da FDA (alimento tipo VIII) e da EC que
com alimentos podem da mesma forma serem transferidos. testes de migração não são exigidos para laminados enva-
No caso de adesivos de laminação, em geral pode aconte- sados com alimentos secos assim como definidos nas re-
cer migração através da camada selante até o alimento gulamentações mencionadas acima. Isto significa que ali-
desde que estejam presentes componentes de baixo peso mento seco está seguro em relação à migração? A resposta
molecular na camada do adesivo. Para sistema reativos, o é não, devido a recentes achados mostrando que especial-
adesivo totalmente reticulado ou curado não mais repre- mente voláteis numa embalagem podem ser transferidos
senta uma fonte de produtos químicos perigosos e está em sobre o alimento seco. Portanto devem ser esperadas mu-
total concordância com as exigências da estrutura diretiva danças na futura emenda 85/572/EEC.
INFORME PUBLICITÁRIO

Em geral temos que considerar que filmes selantes não for- free com tempos de cura mais curtos para segurança no
necem uma barreira funcional para aminas migratórias, contato indireto com alimentos. Já está com produção local
mesmo filmes não coextrudados contendo EVOH. Em adi- na América do Sul o adesivo Henkel Liofol 9526/9727, um
ção a migração deve ser considerada em todas as tempera- típico adesivo de baixa viscosidade com comportamento
turas, até mesmo à temperatura ambiente e abaixo. migratório de um adesivo solventfree universal superando
em performance todos os sistemas de segunda geração
No caso de adesivos para laminação poliuretânicos, quais concorrentes com respeito à segurança. Hoje, somente a
são os fatores que influenciam o tempo de cura de um la- Henkel pode oferecer uma linha completa de adesivos po-
minado até que ele esteja seguro para o contato indireto liuretânicos solventfree para laminação de terceira geração,
com alimentos? quarta geração e universal modificados base isocianato
aromático para estruturas filme/filme e filme/folha de alu-
A concentração de isocianato monomérico livre parece ser mínio de baixa, média e até alta performance, os quais
um fator óbvio, mas o mecanismo de cura é realmente de combinam tempos de cura comercialmente aceitáveis com
maior influência. O mecanismo de cura somente trabalha relação à performance física e segurança ao alimento. A ex-
adequadamente em combinação com a proporção de mis- celente performance dos poliuretanos em combinação com
tura recomendada. Outros fatores são, por exemplo, a umi- os métodos de teste estabelecidos são fatores importantes
dade especialmente sob as condições de laminação, a tem- para a funcionalidade de uma embalagem flexível em con-
peratura sob a qual a bobina recém laminada é estocada, formidade com a estrutura diretiva 89/109/EEC, que exige
as propriedades de barreira do filme selante e até mesmo que nenhum componente que possa trazer perigo para a
do tipo de camada externa do filme. saúde humana seja transferido para o alimento.
Para a cura de um adesivo numa situação ideal a perfor- Alternativas são os sistemas de adesivos mistos
mance do laminado e a segurança para contato indireto de isocianatos alifático/aromático ou
com alimentos são alcançadas ao mesmo tempo. puro isocianato alifático. Corrente-
mente em desenvolvimento estão
Existem diferenças entre adesivos para laminação poliure- os sistemas de adesivos não ba-
tânicos? seados em isocianatos, assim
como os sistemas com cura por
Para estruturas de baixa e média performance filme/filme e feixe de elétrons (electron-beam)
filme/folha de alumínio laminados com adesivos isentos de e por cura UV. Como mencio-
solvente (“solventfree”) de primeira e segunda geração a re- nado anteriormente, também
sistência física do laminado é quase sempre atingida antes para sistemas alternativos com-
que o adesivo esteja livre de aminas migratórias potenciais. ponentes migratórios devem ser
Já quinze anos atrás a Henkel introduziu a terceira geração considerados e determinados pre-
de adesivos solventfree, o que reduziu dramaticamente o viamente ao contato do la-
tempo de cura com relação a aminas migratórias poten- minado com alimento. Em
ciais. Melhoria de igual porte é representada nos anos re- adição à introdução destes
centes pelos adesivos da quarta geração, baseada na redu- sistemas no mercado, méto-
ção nas quantidades de isocianato monomérico livre em dos de teste práticos e vali-
relação aos sistemas da terceira geração. Ambos sistemas dados para impurezas de
são aplicados a 70-80ºC e requerem pré-aquecimento da baixo peso molecular são Visão em microscópio infra-
porção-NCO prévio ao uso na operação de conversão. necessários. vermelho e aplicação sem solvente
Se olharmos para as necessidades globais de mercado para
adesivos solventfree para embalagens flexíveis, os converte- Não devemos esquecer de mencionar que as mesmas con-
dores estão principalmente interessados em sistemas de siderações com relação à cura e à segurança dos alimentos
ampla gama de aplicação, fáceis de manusear, com bom aplicam-se igualmente para sistemas de adesivos PUR con-
desempenho em máquina e cura rápida com respeito à tendo solventes (solventbased), mas sistemas baseados na
performance física e segurança para o alimento. Os esfor- mesma química como os adesivos solventfree de laminação
ços sustentáveis de pesquisa e desen- de segunda geração não existem.
volvimento da Henkel resultaram na Como descrito para adesivos sol-
introdução no mercado de adesivos ventfree, hoje existem disponíveis
solventfree para laminação universais, adesivos de dois componentes sol-
que combinam a fácil manipulação da ventbased com mecanismos de
segunda geração de adesivos solvent- cura padrão e modificado.
águas

S de sede (de lucro)


Sadia, gigante em alimentos, entra no mercado de água mineral
inônimo de agroindústria na- operações industriais e comerciais da bebi-

S cional bem-sucedida, que con-


seguiu criar uma marca com
identidade sólida, a Sadia está
entrando com apetite em um negócio que, Alcoa
(11) 4195-3727
da. A marca Ouro Fino não será desconti-
nuada – a Acqua Sadia entrará em mercados
em que a Ouro Fino não tem penetração,
como o fluminense, o paulista e o gaúcho.
num primeiro momento, poderá causar cer- www.alcoa.com.br
to estranhamento aos consumidores. Isso Previsão otimista
porque a tacada em questão não acontece na Bahia Pet A Ouro Fino investiu um milhão de reais no
(71) 392-0470
seara dos alimentos, mas sim na de bebida www.bahiapet.com.br lançamento do produto. Essa conta abarca a
– mais especificamente no segmento de construção dos moldes exclusivos das gar-
água mineral. O investimento nesse campo Engepack rafas e a compra de uma nova sopradora,
(11) 4591-8000
atende pelo nome Acqua Sadia e também www.engepack.com.br que se somará a outras instaladas na linha
marca a estréia da chancela em recipientes de embalagem da empresa, que consome
Tapon Corona
nunca utilizados até então por ela: as garra- preformas da Engepack e da Bahia Pet, en-
(11) 3835-8662
fas de PET. www.tapon-corona.com.br tre outros. “Com isso”, diz Londry Turra,
Fruto de uma parceria entre a Sadia e a diretor de marketing da Ouro Fino, “devere-
Team Créatif
engarrafadora paranaense Ouro Fino, a Ac- +33 1 42 89 90 00
mos dar conta do crescimento, pois espera-
qua Sadia debuta no mercado em outubro mos dobrar nossa produção em dois anos.”
nas versões com e sem gás em garrafas de Segundo Turra, não foi poupado esmero
PET de 350 mililitros, sendo que a variável na criação da garrafa e do rótulo da marca,
sem gás também será comercializada nas feita pela agência francesa Team Créatif – a
garrafas de 510 mililitros, 1,5 litro e 5 litros. mesma que redesenhou recentemente todas
No acordo firmado entre as empresas, as embalagens da Sadia. Os rótulos, de
cabe à Sadia o desenvolvimento e o licen- BOPP, advêm de uma carteira ampla de for-
ciamento da marca em troca de royalties so- necedores, assim como as tampas plásticas,
bre as vendas, assim oriundas de fabricantes tradicionais como
como a coordenação Alcoa e Tapon Corona. E já foi anunciada a
das estratégias de intenção de lançar versões em garrafa de vi-
marketing, en- dro, garrafa fitness e galão de 20 litros.
quanto a Ouro Maior engarrafadora individual (de uma
Fino cuida das fonte só) de água mineral do Brasil, a Ouro
Fino vislumbra que a Acqua Sadia
irá certamente alargar seu market
share, atualmente em torno de
3%. Na Sadia, já há até planos
para exportar o produto para a
Arábia Saudida, África e Cari-
be a partir de 2003. Por
enquanto, a expectativa é ver
como a força de sua marca in-
fluenciará um mercado inóspi-
to, e se a estratégia de entrar
em novas categorias é real-
mente profícua. Se não for,
pode ir por água abaixo.
out 2002 • EMBALAGEMMARCA – 37
vidro

Drogas na mira
Laboratórios farmacêuticos, novo mercado para a Cisper
ara mercados exigentes, quali- para a chamada divisão D&C (Drugs & Che-

P dade de ponta. É sob essa pre-


missa que a Cisper, grande fa-
bricante de embalagens de vi-
dro no Brasil, está entrando de cabeça em
Cisper
(11) 6542-8000
www.cisper.com.br
micals), na planta fluminense da empresa. A
parte fria, ou seja, etapa produtiva posterior à
operação em forno, sofreu modificações, e
uma moderna sala limpa – ambiente hermé-
um novo ramo. A empresa quer angariar tico e asséptico para manipulações livres de
bons negócios junto à indústria farmacêuti- riscos de contaminação – foi construída.
ca, com frascos produzidos em um ambien- Ladeando esse investimento, a empresa
te novo, projetado para atender às minucio- também frisa como virtudes competitivas
sas demandas dos fabricantes de medica- outras engenhocas tecnológicas, como má-
mentos. quinas triple-gob (gota tripla) e equipamen-
De acordo com Alexandre Marchezini, tos automáticos de inspeção de qualidade. A
diretor comercial da Cisper, foram investi- nova divisão já está operando, dando vazão a
dos cerca de 1,5 milhão de dólares na ade- uma variedade de frascos que vai de volu-
quação de uma linha de produção de frascos mes de 100 mililitros a 1100 mililitros.
making of

Requinte de massa
Perfume de dupla sertaneja investe em sofisticação de embalagem
idéia de que produtos com al- dos mercados de massa. Nas mais distin-

A gum tipo de apelo popular


não precisam recorrer a dife-
renciação ou apuração visual
no ponto-de-venda parece estar em curva
tas categorias fica visível que, como seus
similares sofisticados, produtos de menor
valor não podem abrir mão de elementos
de reforço de imagem como a embalagem,
cada vez mais descendente. Antes asso- caso queiram sobreviver à inevitável pele-
ciada a lançamentos dirigidos a consumi- ja das gôndolas.
dores sem poder aquisitivo para levar
para casa marcas mais assíduas em seu Fugindo da commoditização
imaginário de consumo, a falta de zelo no Um novo caso a reforçar a necessidade de
acabamento é algo que se distancia no bem vestir os produtos, não importando o
tempo. posicionamento deles nas prateleiras, é o
Essa prática vem dando lugar a aspec- do perfume da dupla Zezé di Camargo &
tos como elegância, perfeição e requinte Luciano, lançado no final do último mês
nas embalagens de um número cada vez de agosto pela Anantha, empresa de perfu-
maior de produtos destinados aos chama- mes e cosméticos especializada em licen-
ciamento de marcas. Batizado de Amor
Selvagem, por ocasião de uma pesquisa de
mercado que apontou o nome de uma das
canções da dupla como o preferido das
potenciais consumidoras do novo produto,
o perfume lança mão de um conceito de
embalagem radicalmente distante da com-
moditização que usualmente se observa
nas prateleiras de colônias e fragrâncias
populares.
Perceptível em todo o conjunto visual,
tal diferenciação inicialmente salta à vista
no cartucho celulósico. Feito de papel car-
tão Triplex, da Suzano, com gramatura de
300g/m2, a caixa do novo perfume da du-
pla sertaneja parece ter sido pensada tendo
em vista os preceitos da chamada teoria
do marketing dos sentidos.
FOTOS: DIVULGAÇÃO

Com formato Impresso em seis cores com offset, o


de coração, substrato recebeu na etapa de acabamento
tampa foi uma laminação fosca, para explorar as
feita pela
Incom.
possibilidades táteis na interação entre a
Cartucho é embalagem e os consumidores. Explican-
da Sografe, e do melhor, Tobias Meyer, gerente de pro-
tem textura
dução da Sografe, gráfica encarregada da
aveludada
impressão do cartucho, diz que, com essa
laminação, o papel adquiriu uma textura
aveludada. “A idéia é fazer com que a

40 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


consumidora sinta a maciez do cartucho
apenas tocando a embalagem no ponto-
de-venda”, ele explica.
Aberto o cartucho, irrompem outras
características da embalagem que tiram a
fragrância Amor Selvagem da vala co-
mum onde às vezes repousam alguns per-
fumes populares que disputam o mercado
brasileiro. No conjunto do frasco transpa-
rece de imediato uma característica extre-
mamente chamativa e refinada: a tampa
em formato de coração assimétrico estili-
zado. Fornecido pela Incom Packing (ex-
TME), o fechamento é produzido a partir
da resina Surlyn, fornecida pela DuPont.
Segundo Silvia Fukuda, responsável pelo Frascos de vidro são alemães, mas impressão é da Mega Plast
marketing da Incom, o formato da tampa
foi desenvolvido visando a “simbolizar o desta vez não só pelo material e pelo for-
sentimento e a essência dos potenciais mato, mas principalmente pelo acaba-
consumidores do produto”. Os designers mento e pela procedência. Eles foram
também se preocuparam em utilizar for- criados com exclusividade pela tradicio-
mas que facilitassem a colocação de uma nal vidraria alemã Heinz Glas, empresa
gargaleira metálica no ombro da tampa, com forte presença no mercado europeu
onde aparece a assinatura da dupla serta- de embalagens finas para perfumaria e
neja. beleza.

Itens de alta perfumaria Coloração terceirizada


Ainda no sistema de fechamento, outro Os frascos saíram da fábrica alemã ainda
item da embalagem sinaliza que o produ- incolores, uma vez que apenas grandes ti-
to quer distância da briga de foice nor- ragens justificam a coloração já na linha
malmente vista no mercado de perfumes de produção. Nesse sentido, a pintura dos
de massa. Trata-se de uma válvula híbri- frascos, que segue o padrão cromático
da, feita de plástico e alumínio, fornecida a10 design dos demais itens da embalagem (verme-
(11) 3845-3503
pela Emsar. Chamada de 31MS, a válvu- www.a10design.com.br lho), ficou a cargo da Mega Plast. Como
la, segundo Ernani Guimarães Filho, ge- no caso do cartucho, a idéia foi imprimir
rente da empresa, está entre as mais sofis- Anantha ao frasco uma textura aveludada, chama-
(11) 3079-9795
ticadas do portfólio da Emsar, com cerca www.anantha.com.br da de efeito soft touch. O logotipo do per-
de 70% de seus itens importados. “É uma fume, por sua vez, foi impresso no vidro
Emsar
válvula de última geração, desenvolvida em tom dourado, utilizando tampografia.
(11) 4195 5566
para atender à tendência de frascos cada A nova marca de perfumes da Anan-
vez mais compactos, vista especialmente Gráfica Sografe tha teve sua concepção visual a cargo da
(11) 5522-4655
na alta perfumaria”, descreve o gerente www.sografe.com.br
agência a10 Design. Sobre a fragrância,
da Emsar. Na fase de desenvolvimento, a curiosidade é que ela foi criada com
Guimarães lembra que o atuador, peça da Heinz-glas exclusividade por um especialista fran-
www.heinzglas.com
válvula que o consumidor pressiona para cês, Thierry Bessard, que afirma ter uti-
que o produto saia da embalagem, preci- Incom Packing lizado “flores raras, frutas vermelhas,
sou ser trocado por um mais baixo, para (11) 4174 3210 madeiras nobres e bálsamos exóticos”.
www.incom.com.br
se encaixar à tampa fornecida pela Incom Mais uma prova de que, não obstante o
Packing. Lipson público-alvo, uma boa embalagem e
Numa singela olhada no frasco do (XX) certa dose de requinte são essenciais
perfume Amor Selvagem, a sofisticação Mega Plast para um perfume alcançar “selvagens”
da embalagem vem novamente à tona, (11) 7840-2526 taxas de venda.

out 2002 • EMBALAGEMMARCA – 41


Velocidade em rótulos
Atuando no mercado de impressoras MA830 (para etiquetas de automa- nology, negócio que lhe valeu a in-
de conversão flexográfica, a Mark ção), a Scout (focada no mercado serção de um sistema de UV a frio,
Andy Comco apresentou seus mais de pequenas gráficas), a MA2200 apto para impressão de filmes sem
recentes produtos durante a Label- (para convertedores de médio porte, suporte em qualquer máquina modu-
expo Américas, realizada entre 10 e com impressão combinada) e a lar, em seu portfólio.
12 de setembro, em Chicago, Esta- Comco Proglide MSP (para impres- www.markandy.com
dos Unidos. Na área de embala- são de filmes laminados, incluindo
gens, um dos destaques foi o mode- rótulos sleeve). A Mark Andy tam-
lo ProGlide MSP, próprio para filmes bém aproveitou o evento
flexíveis e papel cartão. Já a linha para divulgar a recente
LP Series, em que carro-chefe é o aquisição da UVTech-
modelo 3000, foi apresentada com
destaque para a rapidez de setups,
especialmente para impressão de
etiquetas. Outro diferencial brandido
foi o poder de secagem, ampliado
em cada estação de impressão. Na
média, a performance da linha LP
Series é de até 210 metros por mi-
nuto. Outras impressoras apresenta-
das pela Mark Andy Comco foram a

Conhecimento para empreendedores


Dentro de seus programas de atualização para profissio- Micro e Pequena Empresa Gráfica. Neste caso, além de
nais da área gráfica, a ABTG (Associação Brasileira de fundamentos gerenciais, o foco será no cálculo do preço
Tecnologia Gráfica) oferecerá, durante os meses de outu- de venda de produtos gráficos. No total serão formadas
bro e novembro, o curso Gestão da Micro e Pequena Em- turmas em dois períodos: 14 a 18 de outubro e 18 a 22
presa Gráfica. Segundo a entidade, o conteúdo abordado de novembro. As aulas são gratuitas e as inscrições po-
visa prover ao participante “uma visão global da adminis- dem ser feitas no site da ABTG.
tração mercadológica e financeira de uma gráfica”. Con- www.abtg.org.br
comitantemente, a ABTG realizará o seminário Gestão da (11) 6693-9535

Celulose de luxo
A VSP Papéis Especiais anunciou dois
lançamentos voltados ao mercado de
design gráfico. Com gramatura de
300g/m2, a linha Touch, que conta com
as marcas Milk e Whipped Cream, apre-
senta textura suave, desenvolvida para
explorar o apelo tátil, inclusive de em-
balagens. Mais fina, a linha Translucent
conta com os chamados pontos furta-
cor. Em duas de suas marcas (Papaya e
Kiwi), o diferencial é um acabamento
com revestimento metálico. A empresa
oferece os produtos em folhas inteiras
(70x100cm). Mas também avalia e aten-
de necessidades em menores formatos.
VSP Papéis Especiais: (11) 3071-0005

42 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


Impressão digital em alta
A aquisição da fabricante de impressoras turalmente com que a impressão digital se
digitais Indigo, concluída pela HP em mar- alastre, mostrando suas vantagens em re-
ço, no valor de um bilhão de dólares, foi lação ao offset”.
oficializada no mercado brasileiro em even- A linha de impressoras digitais Indigo –
to feito na última semana de setembro, composta pelos modelos Press 1000,
em São Paulo. Agora como parte do gru- Press w3200, Press ws2000 (antes Indigo
po de imagem e impressão da HP (IPG), a Omnius WebStream) e a nova ws 4000 –
divisão Indigo tem o objetivo de criar novas atende às necessidades de três setores do
oportunidades de negócios por meio de mercado de impressão: comercial, indus-
uma infra-estrutura digital colaborativa. trial e fotográfico. As máquinas permitem
“Queremos ampliar a consciência dos HP Indigo impressão em até sete cores, com qualida-
consumidores da marca, que são as gráfi- Press 1000 de offset e compatibilidade com uma am-
cas e os convertedores, e também dos pla gama de materiais, desde papéis de
usuários finais, as empresas, das vanta- baixa gramatura a folhas plásticas para
gens da impressão digital”, confecção de produtos especializados.
resumiu Richard de Bois- Lançamento mundial, a HP Indigo Press
sezon, diretor mundial ws4000 imprime a sete cores, à velocida-
de marketing para ca- de de até 16 metros por mi-
nais de distribuição HP, nuto para etiquetas
divisão Indigo. totalmente coloridas,
Pensando em benefícios e 32 metros por mi-
como a possibilidade de pequenas tira- HP Indigo Press W3200 nuto para etiquetas a
gens com custo amigável e de impressões duas cores. A máquina é compatível com
sob demanda e com dados variáveis, a vários processos de acabamento, desde
HP espera instalar trinta equipamentos da corte a laser e verniz UV localizado, até
divisão Indigo no Brasil até o fim do exer- cold foil stamping.
cício de 2003. Segundo levantamen- A comercialização dos produtos HP Indigo
tos da empresa, apenas 4% das im- no Brasil será feita pela Gutenberg,
pressões feitas nos Estados Unidos que já atuava com os equipamentos
são originários de equipamentos di- da marca antes de sua aquisição
gitais, que dispensam produção de pela HP. Os equipamentos remode-
fotolitos e chapas. lados, assim como os novos, pode-
Para Jack Strimber, diretor de vendas rão ser vistos em funcionamento no
FOTOS: DIVULGAÇÃO

para América Latina e Caribe da divisão show room da Gutenberg (rua Con-
Indigo da HP, “o menor desperdício e a ra- HP Indigo selheiro Nébias, 1131 - São Paulo).
pidez para trabalhos personalizados, uma Press WS2000 www.gutenberg.com.br
exigência crescente no mercado, farão na- (11) 3225-4372
Em expansão Metalúrgica Prada tem novo controlador
Comemorando 75 anos, a Frugis, Tradicional fabricante de embala- valor do negócio não foi divulgado.
forte atuante do setor de emba- gens de aço e maior consumidora Com mais de 2 000 funcionários e
lagens de papelão ondulado, ob- nacional de folhas de flandres, a livre de dívidas, a metalúrgica tem
teve em agosto o certificado ISO Companhia Metalúrgica Prada tem faturamento anual de 330 milhões
9001, versão 2000. Também re- novo proprietário. A empresa, que de reais.
centemente, a empresa recebeu estava nas mãos da família Prada, (11) 5682-1000 • www.prada.com.br
sua nova impressora de três co- passa a ser controlada pelo en-
res (rotativa/sloter), que permiti- genheiro metalurgista Jaime
rá aumentar sua produção em Schreier. Segundo comunicado
400 toneladas/mês. Informações: oficial, o Grupo Prada resol-
frugis@uol.com.br veu, por estratégia de negócios,
afastar-se da área industrial. O
Mais de 500
A parceria mundial entre a Tetra
Pak e Domino, para o fornecimen- TME agora é Incom Packing
to conjunto de soluções em codi- Especializada em embalagens para cosméticos, a TME está mudando
ficação desta última aos siste- sua marca. A empresa passa a se chamar Incom Packing. Silvia Fukuda,
mas de embalagem da companhia do departamento de marketing da empresa, diz que a metodologia de
sueca, atingiu a marca de 500 im- trabalho não muda, a despeito da estréia do novo nome. Tendo na resina
pressoras vendidas. No Brasil, a Surlyn, da DuPont, uma de suas principais matérias-primas, a empresa
Domino é representada pela continuará investindo no mercado de produtos sofisticados. “Continua-
Sunnyvale, que dá a assistência remos a dar prioridade para materiais e acabamentos de alta qualidade”,
técnica aos seus equipamentos. adianta Silvia. A Incom desenvolverá projetos exclusivos, além de man-
ter a diversificada linha standard de tampas para perfumes, estojos de
Integração... maquiagem e potes para creme da antiga TME.
A compra da Kisters, grande pro- (11) 4174-3221 • www.incom.com.br
vedora de sistemas de embala-
gem wrap-around (shrinks), pela
KHS, uma das maiores fabricantes Adesivo camaleão
mundiais de envasadoras e rotu- Uma nova solução auto-adesiva pro- indicador, pode ser aplicada em pro-
ladoras, prevê o início de opera- mete ajudar os consumidores saber se dutos que precisam ser refrigerados
ções conjuntas em janeiro de produtos estão na temperatura ideal ou aquecidos”, explica Osvaldo Luis
2003. para consumo. São as etiquetas ter- Belintani, superintendente de tecnolo-
mocromáticas da Novelprint, basea- gia da Novelprint. Outra possibilida-
...das grandes das em tintas reativas importadas, de é usar o sistema em ações promo-
Com vendas anuais de ¤ 100 mi- que mudam de cor quando submeti- cionais, nas quais a etiqueta mudaria
lhões, a Kisters conta com 600 das a determinadas temperaturas – de cor para avisar uma premiação.
funcionários. Já a KHS tem 2 600 que podem variar entre -15O e +45O (11) 3768-4111
funcionários e faturamento mun- C. “A solução, que funciona como um www.novelprint.com.br
dial de ¤ 550 milhões. Ambas as
empresas possuem braços brasi-
leiros.

Sopa de letras
A divisão Surface Technologies da
Henkel, localizada em Diadema
(SP), conquistou a certificação in-
ternacional BSI OHSAS 18001, que
visa atingir um índice zero de
acidentes e doenças ocupacio-
nais.

44 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


Para o engarrafador moderno Enchimento à francesa
A Krones destacou durante a Tecnobebida 2002 os
equipamentos Linaroll e Linatronic 712. A Linaroll é
uma rotuladora linear para aplicação de rótulos de
BOPP a partir de bobina e adesão por cola quente.
Totalmente automática, ela possui a grande vantagem
de poder trabalhar com grande variedade de veloci-
dades – de 3 500 garrafas/hora até 28 000 garra-
fas/hora – e também oferece controle automático de
temperatura para unidade de cola quente, evitando
que a cola se esfrie ou aqueça demais.
Por sua vez, o Linatronic 712 é um inspetor eletrôni-
co linear de garrafas vazias, de dimensões compac-
tas, que incorpora a última geração de sistemas de
Parte da divisão de Saú- total controle da dosa-
inspeção, chamada IRIS, com câmeras de alta
de e Beleza da francesa gem, otimizando os co-
definição. É apropriado para produções de até
Sidel, a Kalix está apre- mandos de aspiração e
60 000 garrafas/hora.
(11) 4075-9500 sentando ao mercado a enchimento e a distribui-
www.krones.com.br enchedora/fechadora de ção dos opérculos injeta-
embalagens KJ 60. Com dos. A máquina é indica-
estrutura robusta, a má- da para embalagens de
quina tem console geral produtos cosméticos e
de comandos em painel farmacêuticos em tubos,
tátil, reduzida necessida- potes, frascos e
de de regulagens e traba- dosadores.
lha num ritmo de 60 em- +33 1 69 19 81
balagens por minuto. Há jean.maicon@kalix.fr
opcionais que garantem o (Sr. Jean Mainçon)

Racionalização de estoques
A Central de Impressão ou Etiquetagem para Caixas
de Papelão CIE 1200 Manual, da Maddza Máquinas

Linatronic 712 Especiais, visa atender as empresas que desejam


minimizar os estoques de
caixas, personalizando-as
momentos antes de seu
uso por intermédio de im-
pressoras ink jet, carimba-
dores rotativos ou etique-
tadoras. Construída em
alumínio e aço inox e com
motorização de 1/2 CV, ela
pode trabalhar em veloci-
dades variáveis pelo in-
versor de freqüência. Tem
dimensões reduzidas,
com 1,6m de comprimen-
to, 0,5m de largura e
Linaroll 1,35m de altura.

out 2002 • EMBALAGEMMARCA – 45


Seda lança kit para coloração
A Seda colocou nos mercados pa de polipropileno. O frasco
do Norte e Nordeste a linha de do creme revelador é de polie-
tinturas permanentes Seda tileno, também com tampa de
Pro-Color, com 14 cores dife- polipropileno. A solução colo-
rentes. O kit Seda Pro-Color rante vem em frasco de PVC
vem num cartucho oval de car- com duas etiquetas de papel e
tolina, com tampa de poliestire- tampa de polipropileno com
no termoformado, com duas proteção de polexan na área
etiquetas de polietileno trans- interna. Um par de luvas de
parente. A bisnaga do creme PVC acompanha o kit. A Unile-
Limin-E, para tratamento inten- ver não informou os fornecedo-
sivo, é de polietileno, com tam- res das embalagens.

Embalagens para crianças Kraft Foods padroniza embalagens


A Kraft Foods, detentora das marcas de bebidas em pó
Tang e Clight, padronizou o layout das embalagens de Tang
nos 90 países em que a marca é vendida. Clight também
fica igual em toda a América Latina. A mudança, iniciada
em janeiro na República Tcheca, é gradativa e a conclusão
está prevista para o fim do ano.
Desenvolvida pela agência inglesa Siebert Head, a nova
cara de Tang facilita a visualização dos sabores com a fruta
em destaque e evidencia a presença de vitamina C. Coloca-
das lado a lado, as embalagens promovem o efeito de uma
onda nas prateleiras dos supermercados. Já Clight traz a
imagem da fruta estampada no canto superior direito do
produto, tornando a identificação do sabor mais fácil para o
consumidor e a imagem de um copo com o suco pronto em
Para comemorar o Dia da to ganharam desenhos ins- movimento, reforçando a idéia de refrescância de Clight.
Criança, o óleo de soja pirados no clássico “Pe-
Soya, da Bunge Alimen- queno Príncipe”. Com co-
tos, lançou embalagens res alegres, o layout desta-
especiais, criadas pela M ca a figura de um menino
Design. Os rótulos das ajoelhado regando uma
garrafas de PET do produ- flor sorridente.

KELLOGG´S TEM NOVA MARCA


A linha de cereais matinais da Kellogg´s, composta por Müs-
lix Tradicional, Müslix Chocolate, Müslix Banana, Granola
Tradicional e Granola Amêndoas & Canela,
ganhou uma nova marca: Kellness.
Como muitas empresas utilizam nomes
criados pela Kellogg´s, como Granola e
Müslix, para definir os tipos de cereais, a
companhia norte-americana
resolveu criar a nova marca
para evitar confusões. Nas
embalagens, aparecem com
destaque a marca Kellness e
a assinatura Kellogg´s.

46 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


INFORME PUBLICITÁRIO

Está chegando a hora


Tudo pronto para o Emballage 2002, que acontece em novembro, em Paris

T
erceira maior feira de negócios Outra atração será o “Club Espace De"
da França – atrás apenas da luxe”! área específica para o mercado de
SIAL! gigante da área alimentí" produtos finos e sofisticados! que acolhe"
cia; e da Maison & Objet! tradi" rá mais de %+* expositores( A expectativa
cional exposição de móveis e decora" em torno da Label Village! espaço desti"
ção –! o salão Emballage! que também nado ao setor de rotulagem! que estará
acumula o título de segundo evento mais localizado bem no meio da enorme área
importante no mundo das embalagens! em que se concentrarão as empresas de
só perdendo para a alemã Interpack! está marcação! codificação e impressão! tam"
com tudo pronto para sua #$a edição! bém é grande( A “aldeia” espera a presen"
que acontecerá na capital francesa entre ça de cinqüenta empresas expositoras(
os dias %& e '' de novembro( Como se tudo isso não bastasse! o
O palco do evento! o parque de expo" evento manterá a intenção de permitir
sições de Paris"Nord Villepinte! já está com ' )&* vagas que seus participantes conheçam a fundo mercados re"
para expositores negociadas! e a expectativa de público gionais específicos( Depois de realizar exposições sobre a
supera a casa de %)* *** visitantes! num universo em cena da embalagem no Brasil e na Índia! em %--& e '***!
que mais de +*, serão não"franceses( Grandes para os respectivamente! Emballage '**' contará com um am"
padrões brasileiros! estas são! na verdade! cifras com" plo espaço de exposição próprio para o mercado cana"
preensíveis! considerando que o mercado de embalagem dense de embalagem( Mais um motivo para visitar o
representa hoje o oitavo maior setor industrial da Fran" evento! sem mencionar a sempre estimulante oportuni"
ça! com uma movimentação anual estimada em '* bi" dade de curtir um pouco do clima da eterna cidade"luz(
lhões de dólares(
As empresas fornecedoras de embalagens deverão Serviço:
ocupar metade do espaço destinado a expositores! segui" Para receber seu crachá de entrada e consultar
das pelos fabricantes de máquinas e equipamentos de a lista de expositores! conecte"se ao site
embalagem (ver gráfico)( Preocupado em oferecer uma www(emballage'**'(com! ou entre em contato
visão ampla do mercado francês! o salão Emballage des" com a agência Promosalons! no Brasil
te ano consagrará a parceria iniciada dois anos atrás com (tel(:%%"#*&%"%'$$; e"mail:brazil@promosalons(com)
a conhecida feira de processamento alimentício IPA(

PERFIL DOS EXPOSITORES


35º Salão
9% Embalagens
Internacional
da Embalagem

41% Paris-Nord Villepinte


Máquinas
(França)
50%

Outros 18 a 22 de
novembro de 2002
EMBALAGEM INOVADORA PARA DANONE
A originalidade marca o mais que envolve o conjunto de
novo produto da Danone para o seis garrafinhas.
mercado de produtos lácteos. Segundo a MN Design, agência
Trata-se do leite fermentado responsável pela criação da
Paulista em garrafinhas de 65g. embalagem, o fato de o persona-
O conceito da campanha gira em gem estar presente em todo ciclo
torno de um personagem, um de comunicação – frascos,
“tourinho”, e dos adjetivos de for- rótulos, embalagem de papel
ça e saúde a ele atribuídos. cartão e cartazes – fortalece
A face do tourinho em terceira a identificação do produto junto
dimensão impressa no frasco é ao consumidor.
reforçada com os rótulos e com As embalagens são de polietile- Lipton Ice Tea
sua ilustração no papel cartão no, fabricadas pela Logoplast. sabor manga
A AmBev e a Unilever lançaram no
início de outubro no Brasil o sa-
bor manga de Lipton Ice Tea –
líder no mercado brasileiro no
segmento de chá gelado, com
43,3% de participação (ACNielsen
junho/julho 2002). O sabor manga
já é comercializado em Portugal,
Bélgica e França.
Lipton Ice Tea manga será comer-
cializado, inicialmente, na versão
lata 340ml, com exclusividade no
Rio de Janeiro, o maior mercado
de chás gelados do Brasil. O Lip-
ton Ice Tea manga será distribuído
pela rede AmBev, empresa que é
parceira da Unilever desde 1997.

Johnson´s Baby de cara nova


A Johnson & Johnson prepara tração de carneirinhos
novidades na sua linha de pulando cerca, elementos
produtos Johnson´s Baby que que fazem parte do
vão agradar as mamães e imaginário infantil.
deixar os bebês cheirosos por A Lavanda Johnson´s Baby
mais tempo. também está de cara nova,
A Colônia Johnson´s Baby com embalagem ainda mais
chegará ao mercado com transparente, que ressalta a
uma nova fórmula, que irá pureza do produto.
garantir uma ação mais pro- As embalagens foram desen-
longada. A embalagem está volvidas pela Degoes. Os
mais divertida e agora, além frascos são da Globalpack e
de ser lilás, conta com a ilus- os rótulos da Prodesmaq.

48 – EMBALAGEMMARCA • out 2002


Visão em profundidade
Informação atualizada sobre os principais acontecimentos, tendências e novidades
na cadeia de embalagem – do fornecedor ao usuário final.
Enfoque do ponto-de-vista das empresas e dos profissionais do ramo.

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Almanaque
Vitória dos saquinhos
O primeiro saquinho de chá, feito de musselina, foi criado em
San Francisco, EUA, em 1919, por Joseph Kreiger, com fins de
amostragem para confeitarias e casas de chá. Em meados dos
anos 30 do século passado, a novidade começou a ser difundida
para consumo doméstico e a ser exportada para a Inglaterra.
Mas os ingleses, extremamente conservadores quanto à forma
de fazer chá (uma colher por xícara e “uma para a chalei-
ra”, em água fervente por 5 minutos), resistiram muito a
adotar os sachés. Estes só começaram a entrar em quanti-
dades expressivas no país pouco antes da II Guerra Mun-
dial. Em 1952, uma empresa britânica passou a produzi-
los localmente. Nos anos 90 os saquinhos já respondiam
por 75% do total comercializado na Inglaterra.

História de Jimmi Seria verdade?


Como ocorre com produtos
Tudo começou em 1945, quan- zir o molho indiano. A receita
de consumo, a roupa,
do a marca Jimmi foi lançada criada pelos ingleses, com varia-
considerada a “embala-
pela empresa McCormick do dos condimentos e temperos
gem” das pessoas, pode
Brasil. A marca ficou conhecida aromatizantes, ficou conhecida
enganar. Veja-se o caso
principalmente pelo tradicional em todo o mundo como Worces-
da palavra candidato.
“Molho Inglês”, primeiro sabor tershire Sauce. O molho ganhou
Ela surgiu na Roma anti-
lançado no mercado brasileiro, o nome da cidade de origem –
ga, onde assim eram cha-
há 57 anos, que se Worcester – de
mados os homens públicos
tornou sinônimo da Sandys (Shire sig-
que pleiteavam cargos
categoria. O molho nifica condado/dis-
eletivos e vestiam bran-
inglês é a versão trito). No início do
co para apresentar-se ao
brasileira do molho século XX, várias
povo no Campo de Marte,
worcestershire, que, marcas surgiram
área de manifestações
por sua vez, foi re- naquela região (tais
políticas na cidade. O
produzido de um como a Stretton’s,
branco era sinal de pu-
molho típico da Ín- cujo rótulo é repro-
reza, de modo que quem o
dia, colônia inglesa até 1947. O duzido aqui) empenhadas em
vestisse era “cândido”,
chamado Molho Inglês foi leva- produzir o famoso ‘sauce’. Não
isto é, alvo, imaculado.
do da Índia para a Inglaterra por demorou muito e o molho se
Talvez os candidatos o
Marcus Sandys, que encarregou tornou popular nas cozinhas do
fossem, naqueles tempos.
uma firma britânica de reprodu- mundo inteiro.

100% amigas da natureza


Pouca gente atenta para o fato de obter precisão absoluta nas dosa-
que as cápsulas de medicamento, gens e, do ponto de vista ambien-
acondicionadas em frascos, latas tal, pode-se dizer que são 100%
ou blisters, e depois disso coloca- da natureza e do consumidor:
das em estojos de papel cartão, além de serem absorvidas pelo or-
são elas próprias embalagens. Rí- ganismo têm a função de propor-
gidas ou gelatinosas, permitem cionar-lhe saúde e bem-estar.
50 – EMBALAGEMMARCA • out 2002

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