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Alcenir Oliveira
31 de agosto de 2008
João 15:1-12
Expressões que ficaram famosas como “vinde após mim e eu vos farei
pescadores de homens”. Jesus Cristo estava dialogando com pescadores, portanto a
linguagem deles é relacionada com aquilo que eles mais sabem fazer: pescar.
O trigo por outro lado era de muita importância porque o pão era um alimento
básico da sociedade na Palestina da época de Jesus. Assim Jesus usa mais uma metáfora:
“eu sou o pão da vida”. De certa forma a expressão torna-se até reduntante, pois
dependemos do pão para a viver.
Mas há duas coisas que não podemos fazer nada a respeito: a chuva e o sol – esses
quem os dá é Deus. Exceto por algumas alterações climáticas, eles também acontecem no
tempo certo. A videira, como esses produtos, exige também grande cuidado.
A poda. Quem trabalha com landscape sabe o que é. Além de se observar todos os
momentos da estação para os procedimentos que ela requer, tem que haver a poda. A
poda é considerada a mais importante. A razão é que os ramos que não dão fruto, por
alguma razão – têm ranhuras ou cicatrizes, é debilitado -, também usam os mesmos
nutrientes que vão para os galhos que produzem normalmente. Assim há um desperdício
de nutrientes. Cortando esses galhos a ceiva economizada vai alavancar a produção dos
galhos bons.
Jesus Cristo faz uma declaração muito muito apropriada. Eu sou a videira e vós os ramos.
Aquele que está em mim e não dá fruto é cortado e lançado fora para ser queimada.
Jesus vai mais longe: a videira verdadeira. Qual a razão da afirmação? Israel, o povo
escolhido, é considerado no VT a videira de Deus, como diz Isaías. 5:7 “Pois a vinha do
Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas
delícias; e esperou que exercessem juízo, mas eis aqui derramamento de sangue; justiça,
e eis aqui clamor.”
Aqui Jesus está falando de duas videiras que metaforicamente representam dois
grupos diferentes. Um no VT e outro no NT. No povo de Israel ou videira do Senhor
como diz Isaías não houve ramos que prestassem, não deram frutos ou deram frutos que
diferentes do que se esperava.
Uma nova árvore. Aqui Jesus Cristo aponta para uma nova árvore que surgiu. A
árvore anterior era Jacó ou Israel. Os ramos ou as tribos de Israel desviaram da justiça do
Senhor, não deram bons frutos. Jesus então aponta o dedo para eles os representantes da
igreja velha, da velha videira, e diz vocês são ramos que não deram frutos, portanto serão
cortados e queimados.
Ao mesmo tempo Jesus diz aos seus discípulos que agora está nascendo a nova
videira, a igreja. E prestem bem atenção: os ramos que estão em mim e dão frutos
permanecerão. Aqueles que estão em mim mas não dão frutos esses serão cortados e
queimados. Jesus não se refere apenas ao Israel que o estava rejeitando, e que tinha sido
rejeitado por Deus como mostra Isaías. Ele está falando da igreja.
Por outro lado sua tristeza é grande quando por alguma razão as plantas não cresceram
bem, estão fragilizadas, e mostra claramente que não haverá boa colheita. Em muitos
casos o lavrador arranca essas plantas para abrir espaço para as que vão produzir.
Um recado aos judeus. Aqui Jesus Cristo manda um recado aos Judeus, a igreja
da época, vocês foram cortados, porque agora eu sou a nova videira, a verdadeira. O
lavrador cortou os ramos que não prestavam.
A madeira da árvore da uva. A videira não dá madeira que preste. Não serve
nem para fogo interno, dentro de casa. Os ramos cortados tem que ser queimados porque
não tem mais utilidade. E são queimados em fogueira externa.
A maior punição. Segundo a psicologia a maior punição que alguem pode dar a
uma pessoa é tirar todo o significado que ela tem na vida, a identidade de alguém que é
economicamente ativo, produtivo, que contribui positivamente para a sociedade, é
querido de muitos muitos, amados por outros, que sentem falta dele quando está ausente.
Quando todos esses valores desaparecem, quando sua identidade é perdida é como estar
vivo, mas ao mesmo tempo morto.
Aqui nos Estados Unidos as pessoas que não se envolvem num processo de
qualificação para ser aceito na sociedade, se especializando em alguma área profissional
e, assim, conseguindo gerar uma economia individual e ser reconhecido no meio que
vive, recebe o estereótipo de “loser”, o perdedor.
Esse é o julgamento de Deus para os que optaram pela justiça dos homens. Quem é que
exerce esse julgmento. Vamos para a declaração seguinte: o meu pai é o lavrador.
Deus é o lavrador e Cristo, a igreja, é a videira. Aqueles que permanecem na igreja e não
dão frutos o pai corta e os lança fora, na fogueira.
Mas Deus é justo. Aos ramos que dão frutos ele cuida e os poda para que dê
ainda mais frutos. Nos versos seguintes ele Jesus diz: “Ele já cuidou de vocês, podando-
vos para que tenham mais vigor e utilidade, graças aos ensinamentos que vos dei. Um
ramo não pode dar fruto quando separado da videira. Por isso não poderão dar fruto
afastados de mim. Aquele que viver em mim e eu nele produzirá muito fruto. Pois sem
mim nada podem fazer.”
Atitude estratégica. Essa declaração tem um grande ensino para a igreja. Tem
ensino até para quem é empresário secular. É o que nós chamamos de “atitude
estratégica”. Isso é traduzido na expressão vestir a camisa, vestir a camisa da empresa,
vestir a camisa da igreja. Esse ensino estratégico de Jesus é de que cada um de nós, com
nossas habilidades, talentos, conhecimentos somados aos dons espirituais que nos são
dados estamos cientes dos propósitos da igreja, conhecemos as funções da igreja para
alcançar esses propósitos. Nós assumimos nossa posição de ramos da videira capacitados
para dar frutos. Sendo líderes, mestres, pastores, ministros em geral na igreja temos nosso
papel que é muito importante. Entretanto, tão importante quanto essas funções sãoaqueles
mais humildes crentes servos do Deus Altíssimo, pois cada um tem a sua função no corpo
de Cristo.
Segundo, Jesus diz que se guardarmos os seus mandamentos vamos viver no seu
amor, assim como ele obedeçe ao meu Pai e vive no seu amor. Não há maior grandeza,
maior privilégio do que viver no amor de Deus.
Prática hipócrita da lei. Jesus Cristo na maioria dos seus ensinamentos confronta
a prática hipócrita da lei. Os mestres da lei e toda os religiosos da época observavam tão
rigidamente a lei a ponto de proibir que doentes fossem curados no sábado. No entanto
eram despidos de misericórdia, de hospitalidade, de espírito perdoador, de solidariedade,
de paz. Entretanto, tudo isto é a base da lei. O povo de Israel foi para o cativeiro por
causa da sua hipocrisia. Aplicavam a lei nos mínimos detalhes, em favor dos mais ricos e
os pobres, escravos, estrangeiros, viuvas eram explorados.
Amém