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ucação e Pssicologia

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O
GOEETH
HEANNÍST
TICA
A
Eliana Leite Prraça1 
Ruth Nattalia Teresaa Turrini2

Os  avanços  tecnológiccos,  embora  facilitem


m  a  comuniicação,  noss  distanciam
m  da 
nosssa essência  e do intercâmbio dass relações  interpessoais. Esta situação gerra um 
vazio
o interior ee, conseqüeentemente, um descon nforto emocional.  

O  homem  precisa 
p ser  compreen ndido  em  suas 
s dimen nsões:  físicca,  emocional  e 
espirritual. Essaa compreen nsão aconteece a partirr da comun nicação interpessoal,  onde 
o  cu
uidado  não o  se  restringe  a  procedimentos  técnicos  relacionados  a  aspectos 
bioló
ógicos.  Ele  transcende,  no  sentido  de  reprresentar  umma  união  eentre  dois  seres 
hummanos,  consstruída  a  partir 
p de  suas 
s experriências  de  vida,  em  que  há  trrocas, 
apreendizado  e  desenvolv vimento  mú útuos,  exiggindo  que  ambos 
a revelem  o  seu u  ser, 
deseejem compaartilhar e reesgatem a h humanidad de existentee em cada u um. 

A  melhoria dda qualidadde do atendimento prrestado pelos profissionais da ssaúde 
está alicerçada na busca dda valorizaçção do ser humano qu ue pode serr obtido atrravés 
do  estudo 
e das  leis  bio
ográficas  que 
q são  apreendidass  através  do  estudo  da 
antrooposofia. D
De acordo ccom a antro oposofia, ciiência espiritual, fund dada por Rudolf 
Stein
ner,  epistemólogo  auustríaco  (1
1861‐1925)),  o  ser  hu umano  é  vvisto  de  fo
orma 
ampliada,  em  sua  constituição  físicca,  emocioonal  e  espiiritual,  aco
olhendo  emm  sua 
orgaanização  o  macrocosmmos.  Rudollf  Steiner  referia‐se 
r à biografiaa  humana  como 
à  c
um  modo  paraa  ampliar  a  consciên ncia  e  proomover  traansformaçõ ões  internaas  no 

1
  Fonoaudióloga,  Membro 
M do  Núcleo 
N de  Forrmação  Biográáfica  do  Centtro  de  Desenvvolvimento  Humano 
Artemmísia e terapeutta floral. 
2
 Enfermeira, Doutoora em Saúde P Pública. Prof. DDept. Enfermagem Médico C Cirúrgica da Esscola de Enferm
magem 
da Universidade de São Paulo. Esp pecialista em ennfermagem emm essências florais. rturrini@ @usp.br 
PRAÇA,  E.  &  Turrini,  R.  (2007)  História  de  vida:  um  caminho  de  observação 
goetheanística.  In,  V.  Trindade,  N.  Trindade  &  A.A.  Candeias  (Orgs.).  A  Unicidade  do 
Conhecimento. Évora: Universidade de Évora. 
 
indivíduo.  A  transformação  decorre  de  uma  postura  de  observação,  porque  a 
natureza do ser se revela por si.  

A vida se desenvolve em ciclos. Da mesma forma, o homem escreve sua história 
de  vida  no  tempo  através  de  seus  pensamentos,  sentimentos  e  ações  de  acordo 
com leis de desenvolvimento inerentes à sua vontade que mudam de ciclo a cada 
sete anos. Cada setênio apresenta‐se sob a forma de um arquétipo.  

A  metodologia  biográfica  oferece  uma  oportunidade  para  o  resgate  de  nossa 


individualidade, para o reconhecimento das mudanças visíveis em nossa vida como 
troca de dentes, puberdade, rugas e aquelas invisíveis percebidas pela psique. Os 
três primeiros são setênios do desenvolvimento físico, a base de toda a biografia e 
se  espelham  de  forma  inconsciente  nos  três  setênios  seguintes,  os  setênios  do 
amadurecimento  emocional.  Os  setênios  de  42  a  63  anos    refletem  de  forma 
consciente  a vontade do homem e representa a fase de maturidade da existência.  
As leis biográficas permitem reconhecer as leis gerais do desenvolvimento humano 
para  cada  fase  da  vida,  pelas  quais  todos  nós  passamos  e  que  trazidas  para 
consciência  desenham  um  grande  panorama  de  toda  nossa  história  e  nos 
possibilitam  rever  nossos  passos  de  maneira  a  trilhar  um  caminho  melhor  no 
futuro.  

O  caminho  de  observação  das  leis  biográficas  proposto  é  complementado  pela 


observação  de  plantas,  como  uma  estratégia  para  o  auto‐conhecimento.  Na 
natureza,  o  ciclo  da  planta  segue  um  ritmo  temporal  de  desenvolvimento.  Sua 
metamorfose se observa no período de tempo entre o nascer, crescer, florescer e 
morrer.  Por  meio  da  observação  da  forma,  cor  e  ciclo  do  desenvolvimento  da 
planta pode‐se identificar sua relação com o modo de pensar, sentir e fazer do ser 
humano e isso facilita a compreensão das vivências e transformações pelas quais 
passamos  bem  como  as  do  outro,  o  que  nos  torna  facilitadores  do  processo  de 
desenvolvimento, conhecimento e cura.  

 O  caminho  de  observação  das  plantas  indicado  por  Goethe,  sistematizado  por 
Rudolf Steiner, é o caminho fenomenológico de observação dos quatro passos onde 
observa‐ se os aspectos físicos da planta, o ritmo da planta, os sentimentos que ela 
inspira e a qualidade essencial que surge no observador. O Goëtheanismo através 
dessa observação possibilita um pensar vivo onde não há a idéia das partes, mas a 
possibilidade  de  penetrar  naquilo  que  mantém  a  coesão  das  partes,  ou  seja,  um 
pensar capaz de reconhecer nas manifestações dos seres vivos a própria vida que 
os anima. Através desse pensar vivo, Goethe penetra na idéia dinâmica do ser vivo. 
A vida, essência inerente ao ser vivo, passou a ser algo possível de ser encontrado 
no  próprio  ser.  Nessa  maneira  de  pensar  há  o  despertar  do  artístico  que  nos 
permite ir além da mera observação estática, tornando‐nos capazes de vivenciar o 
movimento interno.  

Pela observação desenvolve‐se a capacidade imaginativa do pensar, quando se 
ouve  o  outro,  desenvolve‐se  a  capacidade  de  interação  entre  o  eu  e  o  tu  e  a 

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PRAÇA,  E.  &  Turrini,  R.  (2007)  História  de  vida:  um  caminho  de  observação 
goetheanística.  In,  V.  Trindade,  N.  Trindade  &  A.A.  Candeias  (Orgs.).  A  Unicidade  do 
Conhecimento. Évora: Universidade de Évora. 

capacidade  inspirativa  do  sentir,  do  querer;  a  intuição  desenvolve‐se  quando  se 
colocam mudanças a serem feitas para aprimorar a individualidade.  

Este  estudo  teve  por  objetivo  desenvolver  uma  estratégia  para  o 


reconhecimento das leis biográficas através da observação das plantas.  

MATERIAL E MÉTODO
Foi realizado um curso de desenvolvimento humano com duração de 30 horas 
compostos de aulas teóricas sobre as leis biográficas e de atividades lúdicas.  

O referencial utilizado para o desenvolvimento das atividades foi a observação 
do  gestual  da  planta  proposto  por  Goethe.  Goethe  propôs  uma  observação  do 
objeto  em  passos:  tomar  os  objetos  como  são  e  tentar  penetrar  sua  natureza 
abstendo‐se  de  qualquer  opinião  subjetiva;  depois  instaurar  as  condições  sob  as 
quais os objetos se inter‐relacionam e esperar o que daí resulta.  

Para  cada  setênio  arbordado  utilizou‐se  a  observação  de  uma  imagem 


representativa  (simbólica)  desse  setênio.  Feito  isto,  as  pessoas  recebiam  duas 
perguntas com o objetivo de levar o indivíduo a uma reflexão pessoal sobre o seu 
setênio. Nos casos em que a pessoa ainda não havia vivido a experiência do setênio 
pela  própria  idade,  constituíam‐se  grupos  para  discussão  das  características  do 
setênio observadas em pessoas conhecidas, a partir das perguntas norteadoras. Tal 
atividade  foi  seguida  da  observação  individual  de  uma  planta.  Por  meio  da 
contemplação  da  planta,  buscou‐se  a  realidade  do  que  se  expressa  na  geometria 
das  folhas,  flores,  frutos,  raízes  e  caule,  no  seu  processo  de  crescimento,  no 
ambiente onde vive, na sua relação com o meio. Esses dados permitiram fazer uma 
analogia com as características de cada setênio. 

As  plantas  para  o  estudo  de  cada  setênio  foram  escolhidas  dentre  as  flores  de 
Bach,  pelo  fácil  acesso  ao  detalhamento  das  estruturas  e  dos  gestuais  dessas 
plantas, bem com de suas qualidades terapêuticas sobre os estados emocionais do 
indivíduo. A percepção sobre cada passo das observações feitas foi compartilhada 
em  grupos  de  quatro  pessoas,  seguida  de  leitura  sobre  a  botânica  da  planta. 
Concluída  esta  etapa,  realizou‐se  uma  atividade  de  meditação  para  silenciar  a 
mente e permitir que o indivíduo expressasse uma característica particular de seu 
setênio na atividade artística (pintura, aquarela, argila, entre outros).   

RESULTADOS
O uso desta estratégia possibilitou a ampliação da consciência de si mesmo e do 
outro,  pois  o  indivíduo  se  reconheceu  no  gestual  da  planta  e  este  fato  se 
manifestou nas obras resultantes das atividades artísticas.  

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PRAÇA,  E.  &  Turrini,  R.  (2007)  História  de  vida:  um  caminho  de  observação 
goetheanística.  In,  V.  Trindade,  N.  Trindade  &  A.A.  Candeias  (Orgs.).  A  Unicidade  do 
Conhecimento. Évora: Universidade de Évora. 
 
A  seqüência  de  desenhos  obtidos  após  o  estudo  de  cada  setênio,  revelou  a 
biografia  de  cada  participante  construída  de  modo  lúdico  e  com  um  significado 
muito  pessoal.  O  relato  pessoal  das  experiências  artísticas  compartilhadas  com  o 
grupo e a troca de impressões sobre a obra de arte do outro, com o cuidado de não 
emitir qualquer julgamento, também se mostraram reveladoras.   

Na  etapa  final  do  trabalho,  as  pessoas  receberam  informações  de  como 
trabalhar  cada  setênio  a  partir  do  estabelecimento  de  pequenos  objetivos  ou  de 
tarefas  diárias  para  viabilizar  mudanças  e  sugestões  de  práticas  complementares 
em saúde para a salutogênese.  

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O  reconhecimento  dos  ritmos  e  das  leis  que  regem  nossa  vida  nos  torna 
cúmplices de nossos processos e dos processos dos outros, ampliando a interação 
social  entre  os  profissionais  e  entre  profissionais  e  cliente,  flexibilizando  os 
diferentes  poderes,  possibilitando  maior  autonomia  e  criatividade,  bem  como 
maior integração da equipe. Entender a fase da vida em que cada um se encontra, 
constitui  um  suporte  social  que  permite  acolher  a  idéia  de  mudança  como  algo 
possível. Nas trocas de experiências constrói‐se uma história onde cada um afeta o 
outro e somos capazes de criar e re‐ inventar nossa história. 

Percorrer este caminho interior leva o indivíduo ao encontro de seus próprios 
sentimentos e a reconhecer aspectos importantes da própria vida, fortalecendo sua 
individualidade.  Ao  mesmo  tempo,  o  ato  de  perceber‐se  melhor  lhe  oferece  uma 
oportunidade para transformações internas e nas relações interpessoais. 

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Burkhard, Gudrun. Tomar a vida nas próprias mãos. Ed. Antroposófica; 2000. 

Burkhard,  Gudrun.  Bases  antroposóficas  da  metodologia  biográfica:  a  biografia 


diurna. Ed. Antroposófica; 2002.  

Steiner, Rudolf. Arte e estética segundo Goethe. Ed. Antroposófica. 

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