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VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA
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Uma corrente entende que não houve revogação, havendo, inclusive, decisão do
Supremo Tribunal Federal nesse sentido1. Outros estudiosos, dentre eles DAMÁSIO e
1 RT 449/504.
2 – Direito Penal III – Ney Moura Teles
MIRABETE, defendem que houve revogação tácita, uma vez que a Lei nº 4.898/65 regulou
integralmente a matéria, até porque tratou de qualquer atentado à incolumidade física do
indivíduo, alcançando, assim, qualquer violência arbitrária.
Essa é, com certeza, a posição correta, acolhida por muitas decisões dos Tribunais
estaduais. O Superior Tribunal de Justiça até o presente não se manifestou expressamente
a respeito. Nada obstante entender que houve revogação tácita, faço, aqui, o exame do tipo
do art. 322.
98.3 TIPICIDADE
O agente deve atuar dolosamente. Com consciência de que exerce função pública ou
pretextando exercê-la, certo da desnecessidade do emprego de violência, atuando, pois,
com vontade livre, sem qualquer outra finalidade específica.
A Lei nº 9.455/97, que definiu os crimes de tortura, contém tipos penais que
podem incidir sobre condutas de funcionários públicos agressivas da integridade corporal,
afastando, caso sejam realizados todos os elementos típicos, a incidência do delito do art.
322.