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FALSO RECONHECIMENTO DE
FIRMA OU LETRA

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72.1 CONCEITO, OBJETIVIDADE JURÍDICA E SUJEITOS DO


CRIME

O tipo penal está contido no art. 300 do Código Penal: “Reconhecer, como
verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja.” A pena é
reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e de um a três anos e
multa, se o documento é particular.

O bem jurídico protegido é, outra vez, a fé pública, a confiança que as pessoas


depositam no reconhecimento de firma ou letra pelo funcionário público, a quem o
incumbe.

Sujeito ativo é apenas o funcionário público que tem a atribuição de reconhecer


firmas e letras. É o tabelião ou outro servidor a quem seja legalmente deferida essa
atribuição.

Sujeito passivo é o Estado. Se há lesão, o titular do bem atingido também será


sujeito passivo.

72.2 TIPICIDADE

72.2.1 Conduta e elementos do tipo

Firma é a assinatura de uma pessoa, impressa num documento. Letra é seu


manuscrito. Reconhecimento de firma é a declaração, feita pelo tabelião, de sua
veracidade, ou seja, de que aquela assinatura foi aposta no documento pela pessoa
identificada como seu autor.
2 – Direito Penal III – Ney Moura Teles

Reconhecida a firma pelo tabelião, as pessoas a quem o documento que a contém é


apresentado acreditam que a assinatura é a verdadeira da pessoa cujo nome consta como
signatário, porque o reconhecimento, nesse sentido, do tabelião goza, por força de lei, de fé
pública.

O reconhecimento da firma é autêntico, quando a assinatura é aposta no


documento na presença do tabelião. Diz-se semi-autêntico, quando, aposta longe das vistas
do tabelião, o próprio signatário apresenta o documento no qual foi lançada ao tabelião.

O reconhecimento por semelhança é o que é feito, pelo tabelião, após comparar a


assinatura contida no documento com outra arquivada no tabelionato. Reconhecimento
indireto é o que o tabelião faz, à vista da declaração escrita de duas pessoas, que atestam
sua veracidade.

A conduta incriminada é o reconhecimento, como verdadeira, da assinatura ou o do


manuscrito que não o é. O tabelião afirma que é verdadeira a firma que não foi lançada no
documento pela pessoa cujo nome consta, nele, como signatária.

A norma não distingue entre o reconhecimento por autenticidade, semi-


autenticidade, por semelhança ou indireto, podendo, portanto, ser realizado o tipo em
qualquer das hipóteses.

O agente deve estar investido de função pública, podendo cometer o crime ainda
quando, no momento do reconhecimento, não a esteja exercendo.

O crime é doloso. Só incorre na incriminação o agente que tiver consciência de que


a firma é falsa e reconhecer sua veracidade com vontade livre, sem qualquer outra
finalidade especial.

O tabelião não é perito e pode, no reconhecimento por semelhança, diante de uma


assinatura falsificada com maestria, enganar-se no momento da comparação, e, ao
reconhecê-la como verdadeira, não terá cometido o crime, porque o erro é excludente do
dolo, e, no caso em exame, da própria tipicidade, porquanto não há tipo culposo.

Também não responderá na hipótese do reconhecimento por autenticidade quando


a pessoa, munida de cédula de identidade falsa, apõe a própria assinatura falsa na presença
do tabelião. Nesse caso, o tabelião terá sido enganado pelo falsário, que responderá pela
falsificação do documento público.

72.2.2 Consumação e tentativa


Falso Reconhecimento de Firma ou Letra - 3

Consuma-se no instante em que o agente declara, por escrito, no próprio


documento, mediante a aposição de um carimbo ou outra fórmula, o reconhecimento da
firma como verdadeira.

A tentativa é possível se o agente, estando prestes a concluir a declaração de


veracidade da firma falsa, é impedido por ação de terceira pessoa.

72.3 AÇÃO PENAL

A ação penal é de iniciativa pública incondicionada, possível a suspensão


condicional do processo penal.

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