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VIOLAÇÃO DE SEPULTURA

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84.1 CONCEITO, OBJETIVIDADE JURÍDICA E SUJEITOS DO


CRIME

É a seguinte a descrição típica do art. 210 do Código Penal: “Violar ou profanar


sepultura ou urna funerária.” A pena: reclusão, de um a três anos, e multa.

O bem jurídico protegido é, uma vez mais, o sentimento de respeito que a todos os
mortos deve ser dedicado.

Sujeito ativo é qualquer pessoa que violar ou profanar sepultura ou urna funerária.
Sujeito passivo é a coletividade, nela incluídos os parentes do morto.

84.2 TIPICIDADE

84.2.1 Conduta e elementos do tipo

Violar é abrir, romper. É devassar. Profanar é ultrajar, vilipendiar, escarnecer,


desprezar. O primeiro é um ataque físico, o segundo, moral, ainda quando realizado por
ação física.

Sepultura é o lugar onde está o corpo enterrado do morto, o cadáver da pessoa.


Sendo uma edificação, o chamado túmulo, considera-se sepultura tudo que a ela está
agregado, como ornamentos, estátuas, fotografias, cruzes, inscrições etc.

Sepultura é também a simples cova onde está o cadáver coberto de terra,


assinalada, muitas vezes, por uma única cruz de madeira.

Urna funerária é o recipiente que guarnece o cadáver, partes dele, os ossos apenas
ou suas cinzas. Inclui, assim, a urna ou caixão, a urna cinerária e a urna ossuária.
2 – Direito Penal II – Ney Moura Teles

A conduta será típica se o agente violar, romper, destruir, danificar, devassar,


estragar, alterar a sepultura ou a urna funerária. Há crime quando houver remoção do
cadáver, assim como quando ele é simplesmente exposto e também quando a violação se
dá apenas em relação às partes componentes da sepultura. Se na sepultura ainda não foi
depositado o cadáver, não há fato típico, porque o crime consiste exatamente em lesionar o
respeito aos mortos, e não existindo cadáver, não se pode falar em morto.

A profanação pode ser feita com violação, isto é, com ação material sobre a
sepultura ou urna, ou simplesmente com o emprego de outros meios que não os atingem
fisicamente, mas moralmente, como a afixação, ao lado, acima ou próximo da sepultura, de
uma placa contendo afirmações ofensivas. Na maior parte das vezes, a profanação se
realiza com ataque material direto à sepultura ou à urna, mas o que a caracteriza é o intuito
de ultrajar o morto.

O crime é doloso. O agente viola ou profana a sepultura conscientemente e com a


vontade livre de realizar a conduta. Na violação, seu desejo é o de alterar o estado da
sepultura ou da urna. Na profanação, há um elemento subjetivo a mais: o fim de
vilipendiar, desprezar, ultrajar.

Se a violação se realizar com a finalidade de subtração de coisa, o crime será o de


furto que, no caso, absorverá a violação da sepultura. Se a violação for realizada para
promover exame cadavérico, o fato é atípico, porque adequado e socialmente aceito. Não se
trata de exclusão de ilicitude por estar o agente no estrito cumprimento do dever legal, mas
de exclusão da própria tipicidade.

84.2.2 Consumação e tentativa

Consuma-se com a realização do primeiro ato de violação ou de profanação,


possível a tentativa.

84.3 AÇÃO PENAL

A ação penal é de iniciativa pública incondicionada, permitida a suspensão


condicional do processo penal de que trata o art. 89 da Lei nº 9.099/95.

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