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DUPLICATA SIMULADA

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59.1 CONCEITO, OBJETIVIDADE JURÍDICA E SUJEITOS DO


CRIME

No art. 172, encontra-se o tipo: “emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não
corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço
prestado”. A pena cominada é detenção, de dois a quatro anos, e multa.

O parágrafo único determina que “nas mesmas penas incorrerá aquele que falsificar
ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas”.

O bem jurídico protegido é o patrimônio.

Sujeito ativo é o comerciante que emite fatura, duplicata ou nota de venda fraudulenta
e a pessoa que falsifica ou adultera o livro de registro de duplicatas.

Sujeito passivo é a pessoa que desconta a duplicata e também o sacado que, de boa-fé,
aceita a duplicata fraudulenta ou que recebe a fatura e a nota de venda.

59.2 TIPICIDADE

59.2.1 Conduta

A conduta descrita no caput é a de emitir, no sentido de preencher a duplicata, a


fatura ou a nota de venda e colocá-la em circulação, mediante sua expedição.

No parágrafo único, descreve a norma a conduta de falsificar ou adulterar o livro em


que se registram as duplicatas.

O verbo falsificar é empregado no sentido de escriturar, no livro, um título


2 – Direito Penal II – Ney Moura Teles

inexistente. Adulterar é modificar o conteúdo de duplicata verdadeira. A falsificação será


absorvida pela emissão, se lhe anteceder, e será post factum impunível se posterior.

Por isso, somente será punível a falsificação ou a adulteração do livro de registro se


ela existir simplesmente, sem que tenha sido ou venha a ser realizada a emissão de
duplicata falsa, a não ser quando realizada por pessoa distinta da que emite a duplicata.

59.2.2 Elementos objetivos e normativos

Duplicata é um título de crédito “formal, circulante por meio de endosso,


constituindo um saque fundado sobre o crédito proveniente do contrato de compra e
venda mercantil”.1 Decorre da emissão da fatura, que é o documento representativo de
uma compra e venda mercantil, a qual, segundo determina o § 1º do art. 1º da Lei nº
5.474/68,

“discriminará as mercadorias vendidas ou, quando convier ao vendedor,


indicará somente os números e valores das notas parciais expedidas por ocasião
das vendas, despachos ou entregas das mercadorias”.

A nota de venda é documento equivalente à fatura, pois que, expedida pelo


vendedor, é entregue ao comprador como comprovante da realização da compra e venda
mercantil. É mais simples que a fatura.

Segundo a mesma lei, também os prestadores de serviço poderão emitir faturas e


duplicatas (art. 20).

A nota de venda, a fatura e a duplicata devem, necessariamente, conter dados e


informações que correspondam, fielmente, à compra e venda mercantil ou à prestação de
serviços efetivamente realizadas. O comerciante e o prestador de serviços, por isso, têm o
dever de criar tais documentos em perfeita correspondência e harmonia com o negócio
realizado.

A realização material do tipo se dá quando o agente emite o documento


preenchendo-o com dados inverídicos, total ou parcialmente.

O agente pode criar um documento que não representa uma venda efetivamente
feita ou um serviço que não foi prestado. E pode também, em face de um negócio
realmente celebrado, criar o documento com dados forjados, alterada sua qualidade ou
quantidade.
Duplicata Simulada - 3

Não basta o simples preenchimento com adulteração da verdade acerca da venda


ou serviço, é indispensável que o documento seja colocado em circulação, deixe as mãos do
emitente – o agente, comerciante ou prestador de serviços – e ganhe movimento, isto é,
entre em circulação.

59.2.3 Elementos subjetivos

Trata-se de crime doloso, em que o agente deve agir com consciência de sua
conduta, de apor elementos falsos no documento, e vontade livre de fazê-lo circular.

Resultando a circulação de duplicata falsa de erro no seu preenchimento, não


haverá crime, pois não é possível a punição a título de culpa.

59.2.4 Consumação e tentativa

É crime formal, que se consuma com a efetiva circulação do documento. Não é


necessário que dela resulte algum proveito para o agente, o qual, se ocorrer, será o
exaurimento do crime. Não exige o tipo que o comprador da mercadoria venha a ser lesado
quando a aceita ou paga seu valor, que não corresponde realmente ao negócio celebrado.
Basta que o título circule e o crime estará consumado.

Impossível a tentativa, porquanto no momento em que o título é remetido para a


obtenção do aceite ou com seu endosso, já estará consumado. Se, entretanto, foi apenas
preenchido mas permanece em poder do agente, houve apenas atos preparatórios,
impuníveis.

59.3 AÇÃO PENAL

A ação penal é de iniciativa pública incondicionada. É condicionada à representação


do ofendido que seja o cônjuge judicialmente separado, irmão, tio ou sobrinho com quem o
agente coabita (art. 182, I a III, CP).

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