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MOÇÃO DE CENSURA

A presente moção de censura, subscrita pelo Conselheiro do Distrito


do Porto, José Eduardo Lemos, justifica-se pelo entendimento de que a
acção Institucional do Presidente do Conselho das Escolas, Conselheiro
Álvaro Santos, tem enfermado de ilegalidades e de deslealdade para com o
Plenário do Conselho das Escolas.

Com efeito,
A Sra. Ministra da Educação participou na reunião do Conselho das
Escolas de 17/11/2008 e, como é do conhecimento dos membros do
Conselho das Escolas presentes nessa reunião, a Sra. Ministra, de viva
voz, solicitou ao Conselho se pronunciasse sobre o modelo de avaliação
docente e apresentasse propostas para facilitar a sua aplicação, uma vez
que receberia o Presidente do Conselho, no dia seguinte, para uma audição
formal sobre a matéria.
Já depois da Sra. Ministra se ter ausentado da reunião, o Presidente
do Conselho abriu um período de debate no seio do Plenário e, reforçando
o pedido da Sra. Ministra, solicitou expressamente se aprovasse um
conjunto de propostas para apresentar na audiência que teria no dia
seguinte.
O Plenário do Conselho das Escolas, após várias intervenções de
vários membros, aprovou, por maioria, uma moção na qual se solicitava à
Sra. Ministra da Educação (sic):
“ A suspensão imediata do actual modelo de avaliação de
desempenho do pessoal docente até que seja substituído
por um modelo competente, compreendido e aceite pela
maioria daqueles a quem se dirige”

O mandato do Presidente do Conselho das Escolas era claro e


inequívoco: na audiência que teria com a Ministra da Educação, no dia
18/11/2008, deveria dar-lhe conhecimento da moção aprovada pelo
Conselho no dia anterior.

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No mesmo dia 18/11/2008, o Presidente enviou por correio electrónico
a todos os conselheiros a seguinte mensagem (sic):
Caros colegas
Uma vez que uma das deliberações do Conselho das Escolas foi
anunciada, em directo, por elementos exteriores a este
Conselho, violando os mais elementares preceitos éticos,
considerei que se tornou desnecessária a comunicação formal à
Sr.ª Ministra daquilo que já era público.
Com os melhores cumprimentos
Álvaro A. Santos

Ou seja, por decisão pessoal, o Presidente não executou uma


deliberação do órgão a que preside, tomada na forma legal, como
legalmente se exigia e como impunham os mais elementares preceitos
éticos.
A decisão do Presidente, totalmente arbitrária, violou as disposições
legais, nomeadamente, a parte final da alínea c) do art º 10º do Decreto-
Regulamentar nº 32/2007 de 29 de Março.
Para além dessa situação já de si gravíssima esta decisão do
Presidente traduziu-se numa deslealdade para com o Plenário do Conselho
das Escolas e constitui-se, também, como uma profunda falta de respeito
para com o Órgão a que preside e para com os seus membros, quer os que
votaram favoravelmente a moção, quer os que a reprovaram
O Presidente do Conselho da Escolas, com esta sua decisão, quebrou
a relação de confiança que deveria existir entre este órgão colegial e aquele
que o preside.
O Presidente do Conselho da Escolas ao não transmitir, rigorosa e
fielmente, à Sra. Ministra da Educação, a deliberação do Órgão a que
preside e para o qual estava expressamente mandatado, defraudou as
legítimas expectativas do Conselho das Escolas; silenciou a sua voz junto
da tutela, junto das escolas e da população em geral.
O Presidente do Conselho da Escolas não esteve à altura das
responsabilidades inerentes ao exercício do cargo, tendo a sua acção,
deliberada, causado prejuízos não só à imagem pública do Conselho das
Escolas como aos interesses que este representa: as Escolas Públicas.

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Assim sendo e considerando:
1. Que o Presidente do Conselho das Escolas violou os preceitos legais
no exercício das suas funções, nomeadamente a alínea c) do art º
10º do Decreto-Regulamentar nº 32/2007 de 29 de Março;
2. Que o Presidente do Conselho das Escolas foi desleal para com este
órgão;
3. Que o Presidente do Conselho das Escolas abusou da confiança que
o órgão lhe outorgou;
4. Que o Presidente do Conselho das Escolas causou sérios prejuízos à
imagem pública e aos interesses que este órgão representa;
5. Que se quebrou, irremediavelmente, a confiança entre o Plenário e o
Presidente do Conselho das Escolas;
6. Que se torna necessária uma firme condenação, extraindo-se daí as
normais e necessárias consequências, de uma acção em tudo
contrária aos deveres e obrigações devidos ao órgão Conselho das
Escolas e às suas legítimas determinações.

Apresenta-se, para ser submetida a votação por escrutínio secreto do


Plenário, a presente Moção de Censura ao Presidente do Conselho das
Escolas.

Póvoa de Varzim, 30 de Janeiro de 2009

José Eduardo Lemos,


Conselheiro do Distrito do Porto

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