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INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
1. Área de Estudo
2. Diagnóstico
Partindo deste segmento inicial da trilha, que se estende cerca de 310m, desde
o inicio da trilha, encontramos uma paisagem distinta onde a trilha se concentra sobre
as rochas cristalo-metamórficas e a vegetação característica da restinga é mais rala
(Figura 3). Neste segundo segmento, é notável a influência dos processos de erosivos
na formação da paisagem. O aspecto físico encontrado no leito trilha é similar ao
trecho inicial, no entanto percebe-se a ausência de indicação no caminho a ser
seguido durante a visitação, o que vem causando o aumento da erosão em alguns
pontos que não fazem parte do caminho principal da trilha. Considerando ainda este
segundo trecho da trilha, foi observada a presença de pontos vulneráveis a processos
erosivos (Figura 4), fazendo-se necessária a presença de estruturas como degraus,
para que sejam minimizados os efeitos do pisoteio e seja garantido um menor risco de
acidentes.
A partir de 1000m do início da trilha, torna-se possível o avistamento da Casa
do Faroleiro. Neste ponto a trilha se torna mais larga devido a presença de visitação
com automóveis (Figura 5). Neste último trecho da trilha, identifica-se que a paisagem
é similar ao segmento inicial, no entanto, visualiza-se a necessidade de um
ordenamento da trilha destinada à pedestres, para que o acesso da mesma por
veículos não seja estendido às áreas mais rochosas próximas ao litoral, que por
apresentar fatores como declividade e superfícies de rochas mais lisas, pode
ocasionar acidentes. Desta forma, além da sinalização necessária ao tráfego de
pedestres no trecho em questão, faz-se necessário, também, indicações para o
acesso de veículos.
O ROS é uma metodologia de manejo de visitação que foi criada pelo Serviço
Americano Florestal, e propondo que as experiências recreacionais e os benefícios
dela derivados aconteçam dentro de um conjunto particular de eventos que podem ser
vistos a partir de um gradiente, desde o primitivo ao urbano (LECHNER, 2006).
De acordo com o método ROS, e as características apresentadas da trilha
analisada, pode-se classificar a trilha como “natural”, uma vez que, segundo MITRAUD
(2006), a trilha natural deve ser desenvolvida com compactação que suporte um maior
tráfego de pessoas, estimando que haverá encontros entre eles. Desta forma,
sabendo da classificação da trilha, o visitante saberá que terá maior possibilidade de
encontrar outros visitantes. O leito da trilha não deve ultrapassar 1,50m, com
estruturas que visem controlar a erosão. LECHNER (2006) recomenda para trilhas
destinadas a pedestres a largura entre 0,60m e 0,95m. Assim sendo, a trilha em
estudo necessitaria de uma estruturação que aumentasse a área do leito para que,
desta forma, a visitação se concentre no leito da trilha, evitando que com as visitas o
leito seja alargado indevidamente.
A trilha Calhetas – Casa do Faroleiro é uma caminhada relativamente pesada,
devido às características do relevo devendo ser informado ao visitante. A trilha deve
ser realizada em horários de temperatura mais amena, uma vez que fica em área
costeira, onde a vegetação é rasteira, existindo poucas áreas sombrosas. Segundo
ANDRADE (2003, p. 248) “as trilhas de longa distância valorizam a experiência do
visitante que busca deslocar-se por grandes espaços selvagens...”. Desta forma, a
trilha apresenta grande oportunidade de experiências diretas com o ambiente natural e
histórico, que necessita de um bom planejamento para ser bem aproveitada.
É interessante que haja na área lugares para descanso, entretanto, sendo
estes bastante discretos. À entrada da trilha deve haver ainda sinalização mostrando o
percurso a ser feito, características relevantes da trilha, assim como seu grau de
dificuldade e sua classificação. É importante também que haja sinalização nas áreas
de descanso, evitando placas no percurso da trilha, sendo necessário apenas em
alguns lugares, como aqueles onde haja desvio.
Percebe-se a necessidade de manutenção da vegetação existente nos pontos
iniciais da trilha, pois a presença da mesma dificulta o trajeto do visitante e pode
causar acidentes. O monitoramento constante da trilha é algo imprescindível, uma vez
que o histórico da área é fortemente marcado por vossorocamentos.
Esta trilha surgiu de maneira espontânea, utilizada pela comunidade local e por
visitantes de municípios adjacentes. Esta pesquisa sugere então que a trilha seja
implementada oficialmente, de forma que receba atenção pelos administradores, e
seja tida como um atrativo turístico. Pode-se criar material informativo impresso
(folder, mapa-guia), que junto com a sinalização adequada da trilha dará subsídio para
o trabalho de guias e também para o desenvolvimento de trilhas autoguiadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n° 9.985 de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1°, incisos I,
II, III e VI, da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza e dá outras providências. Coletânea de legislação de
direito ambiental e constituição federal. 3ª ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2004.