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Cárdio-Respiratório I
Problema:
Asma e Exercício
Fisioterapia
1º ano - Turno 4
Asma e o Exercício
Índice
Índice de Ilustrações....................................................................................................3
Introdução....................................................................................................................4
1. Anatomofisiologia Cárdio-Respiratória....................................................................5
2. Adaptações ao exercício..........................................................................................16
1.1. Adaptações agudas ao exercício.......................................................................18
1.2. Adaptações crónicas ao exercício....................................................................20
3. Outras adaptações ao exercício...............................................................................22
1.3. A nível muscular..............................................................................................22
1.4. A nível energético............................................................................................22
4. Adaptações provocadas por diferentes tipos de exercícios.....................................23
5. Asma.......................................................................................................................26
1.5. Patologia..........................................................................................................26
1.6. Epidemiologia..................................................................................................27
1.7. Causas da Asma...............................................................................................27
1.8. Diagnóstico......................................................................................................28
1.9. Tipos de Asma..................................................................................................29
1.10. Tratamento.....................................................................................................31
1.11. Qualidade de vida e asma...............................................................................32
Conclusão...................................................................................................................34
Bibliografia................................................................................................................35
ANEXOS...................................................................................................................39
Mapa Conceptual...................................................................................................40
Anexo I...................................................................................................................42
Anexo II.................................................................................................................43
Anexo III................................................................................................................44
a. Anexo IV.............................................................................................................45
Anexo V.................................................................................................................46
Glossário................................................................................................................47
Actas.......................................................................................................................48
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Asma e o Exercício
Índice de Ilustrações
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Asma e o Exercício
Introdução
O facto de vivermos numa era em que a industrialização atinge níveis altíssimos propicia o
aparecimento de um maior número de casos devido a factores como a poluição, exposição a
diversos agentes que são induzidores de sintomas. Conhecida como uma inflamação crónica das
vias aéreas, a asma, produz no indivíduo sintomas como apneia, dispneia, broncoespasmo, pieira
entre outros o que leva ao desencadeamento de diversos mecanismos. Todo o processo que é
desencadeado desde a altura em que a inflamação ocorre, até ao retorno a um estado de vida
saudável compreende inúmeros fenómenos, os quais englobam o processo de entrada do ar no
organismo e todo o seu percurso estruturalmente o que acontece durante o fenómeno respiratório e
quais as implicações a nível funcional e estrutural que uma doença crónica como a asma induz no
indivíduo. Sabendo que existem diferentes tipos de asma e que esta pode ser causada por factores
diferentes é compreensível que esta seja uma doença cujo tratamento não é padrão. Neste caso, o
sistema cardio-respiratório e a forma como todo o processo se desenvolve, desde o processo
inflamatório até ao retorno à vida normal por parte do indivíduo, assim como as respostas do
organismo, as alterações tanto a nível funcional como estrutural, a medicação adequada aos tipos de
asma e finalmente quais os processos que visam adaptar e melhorar o estilo de vida à doença, como
é especificamente o caso a prática desportiva. A asma trata-se de uma das doenças crónicas mais
frequentes na criança e no jovem. A sua incidência e prevalência têm vindo a crescer ao longo dos
anos, pelo que representa um problema para a Saúde Pública.
Actualmente existem novos métodos para diagnosticar, tratar e controlar a asma e sabe-se
que os custos da doença a nível individual e social podem, hoje, ser minimizados. A educação e
capacitação do doente asmático contribuem de forma decisiva para o sucesso da terapêutica. Deste
modo, o profissional de saúde deve ter em conta este aspecto uma vez que é um dos pilares
fundamentais em que se baseiam os programas de prevenção e promoção da saúde.
Constitui também uma importante causa de internamento hospitalar assim como motivo de
sofrimento a vários níveis, por vezes diário e repetido, tanto para o próprio doente como para a sua
família e pessoas envolventes, afectando a sua participação em actividades sociais (como a prática
de exercício físico) e, consequentemente, a qualidade de vida.
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1. Anatomofisiologia Cárdio-Respiratória
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atmosférica. Na inspiração forçada auxiliam este processo aos músculos inspiratórios acessórios
(esternocleudomastoideu e escalenos). A difusão dos gases processa-se de acordo com o gradiente
de concentrações/pressões e das características da barreira de separação.
A expiração é, por outro lado, um processo predominantemente passivo pois depende das
forças de retracção elástica que consiste, na prática, à saída do ar dos pulmões após se terem
realizado as trocas gasosas nos alvéolos pulmonares. Esta ocorre quando há um relaxamento do
diafragma (atingindo a cúpula direita do diafragma a 5ª costela, enquanto que a cúpula esquerda
ascende até ao 5º espaço intercostal) e dos músculos intercostais. Quando ocorre uma expiração
forçada utilizam-se músculos expiratórios acessórios, como os intercostais internos e abdominais
anteriores.
De entre todos os músculos envolvidos no processo respiratório (Ilustração 2), pode-se dizer
então que o diafragma é o principal músculo da respiração e assenta nas costelas, esterno e
vértebras lombares, apresenta forma de cúpula, cuja base muscular se insere na porção interior do
limite inferior da cavidade torácica. O seu topo é constituído por uma zona plana de tecido
conjuntivo e denomina-se por centro frénico. Separa as cavidades torácica e abdominal e aquando
da sua contracção o volume torácico aumenta tanto verticalmente como transversalmente. Além
disso, a inervação do diafragma é feita pelos nervos frénicos, que passam pelas vértebras cervicais
de C3 a C5. Durante a respiração em repouso, o diafragma contrai-se, o que provoca a descida do
centro frénico, sem se notar qualquer alteração na forma da cúpula. Este movimento do centro
frénico ocorre graças ao relaxamento dos músculos da parede abdominal, o que afasta as vísceras
abdominais do diafragma. A resistência que as vísceras abdominais fazem à descida do centro
frénico aumentam à medida que a profundidade da inspiração aumenta. A contracção contínua do
diafragma provoca a elevação das costelas inferiores e o seu achatamento. À medida que se elevam
as costelas, as cartilagens costais permitem-lhes movimentos laterais, o que causa a expansão lateral
da cavidade torácica. As costelas inclinam-se inferiormente (das vértebras para o esterno) e a sua
elevação aumenta o diâmetro antero-posterior da cavidade torácica pelo que durante a inspiração,
todos os diâmetros torácicos aumentam. A expiração ocorre quando o diafragma e os músculos
intercostais externos se relaxam e as propriedades elásticas do tórax e dos pulmões, provocam uma
diminuição passiva do volume torácico. A contracção dos músculos abdominais ajuda à subida dos
órgãos abdominais e do diafragma. Na expiração o diâmetro torácico diminui.
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contráctil do coração. A superfície interna é o endocárdio, uma fina camada de epitélio pavimentoso
simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. O coração é constituído por quatro cavidades: duas
aurículas (paredes finas, formam as partes superior e posterior do coração) e dois ventrículos
(paredes espessas, formam as porções anterior e inferior). As aurículas recebem o sangue das veias
pulmonares e cava superior e inferior e bombeiam-no respectivamente para o ventrículo esquerdo e
direito. O esquerdo bombeia o sangue para todo o corpo (circulação sistémica) e o ventrículo direito
para os pulmões onde o sangue é oxigenado.
O sangue é transportado para o coração através de veias de grande calibre (veia cava
superior e inferior) de todas as partes do corpo para a aurícula direita, enquanto que quatro veias
pulmonares transportam o sangue dos pulmões para a aurícula esquerda. A saída do sangue do
coração é feita através da aorta e artéria pulmonar. A aorta transporta o sangue do ventrículo
esquerdo para todo o corpo e a artéria pulmonar transporta o sangue do ventrículo direito para os
pulmões.
Já dentro do sistema respiratório, pode-se dizer que a organização anatómica deste se divide
em porção cefálica (fossas nasais, seios perinasais, nasofaringe e orofaringe), porção cervical
(laringe e traqueia) e porção torácica (traqueia, brônquios extra pulmonares, pulmões e pleuras) ou
então, dividir em vias aéreas superiores, das quais fazem parte o nariz, a boca, a laringe a faringe e a
parte superior da traqueia (parte que se encontra até ao manubrio), as vias aéras inferiores
proximais, que compreendem a parte inferior da traqueia, as vias aéreas inferiores distais, das quais
fazem parte os brônquios e brônquiolos e ainda as vias aéreas periféricas, representadas pelos
alvéolos.
O nariz é composto pela pirâmide nasal e fossas nasais. A primeira é a estrutura visível e
proeminente na face (constituída essencialmente por lâminas cartilagíneas). Ao espaço situado entre
as narinas e as coanas dá-se o nome de fossas nasais. Os orifícios nasais externos são as narinas e os
posteriores são as coanas (estas comunicam com a faringe). O vestíbulo é a porção anterior da
cavidade nasal.. Este é revestido por epitélio pavimentoso estratificado. O pavimento nasal é
constituído pelo palato duro (lâmina óssea que separa a cavidade nasal da oral). O septo nasal
divide as fossas nasais em direita e esquerda, sendo a sua porção anterior cartilagínea e a posterior
constituída pelos ossos: vómer e lâmina perpendicular do etmóide. A faringe é, por sua vez, comum
aos aparelhos respiratório e digestivo, pelo que se divide em três regiões: nasofaringe, orofaringe e
laringofaringe. A nasofaringe é a parte superior da faringe que se estende das coanas até ao palato
mole (septo de tecido muscular que separa a nasofaringe da orofaringe). Neste local existe a úvula
(projecção de tecido mole que prolonga o bordo posterior do palato mole) que evita o contacto das
substâncias deglutidas com as fossas nasais e nasofaringe. Esta é revestida por uma mucosa
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constituída por um epitélio cilíndrico. Na sua face posterior encontra-se a amígdala que actua na
defesa do organismo contra infecções. A sua hipertrofia pode interferir com a respiração e com a
consequente passagem do ar pelas Trompas de Eustáquio (as quais se estendem do ouvido médio
até à nasofaringe). A orofaringe prolonga-se da úvula à epiglote e está revestida por um epitélio
pavimentoso estratificado que protege contra a abrasão. Por fim, a laringofaringe estende-se desde o
topo da epiglote até ao esófago (posteriormente à laringe).
A laringe é constituída por nove cartilagens (cartilagem tiroideia, cricoideia; par de
cartilagens aritnoideias, corniculadas e cuneiformes) interligadas por músculos e ligamentos.
Desempenha três funções importantes: as cartilagens tiroideia e cricoideia constituem um canal
permeável ao ar; a epiglote e as pregas vestibulares (ligamentos que ligam a face anterior das
cartilagens aritnoideias e a face posterior da cartilagem tiroideia) evitam que as substâncias
deglutidas entrem na laringe; e a produção de som aquando da vibração das cordas vocais devido à
passagem de ar pelas mesmas.
Por sua vez a traqueia é um tubo membranoso e,
por isso, flexível, constituído por tecido conjuntivo, que
apresenta 15 a 20 cartilagens em forma de “C” que
formam as paredes laterais e anteriores (com cerca de 10
a 11 cm), sendo a parte posterior constituída por uma
parede membranosa e por músculo liso. De referir
também os ligamentos anulares que conectam os anéis
expandem ou contraem durante a expiração e inspiração
respectivamente.
A traqueia (Ilustração 3) divide-se em dois
brônquios principais, sendo o brônquio principal direito
o de maior calibre, mais curto e mais vertical, entrando directamente no Ilustração 5 -
Traqueia
hilo do pulmão; enquanto que o brônquio principal esquerdo direcciona-
se infero-lateralmente, abaixo do arco da aorta e anterior ao esófago e à aorta torácica para chegar
ao hilo do pulmão. A Árvore Traqueobrônquica engloba todas as vias aéreas a partir da bifurcação
da traqueia. É também na divisão da traqueia que surge a carina, estrutura responsável pelo
aparecimento da tosse espontânea.
Existem cerca de vinte e três ramificações nas vias respiratórias, sendo as 16 primeiras vias
de condução e as últimas sete transicionais e de troca. As vias mais centrais, condutoras, não
participam nas trocas. As vias aéreas possuem pêlos (no nariz) que são, posteriormente, substituídos
por cílios (à medida que se desce das vias superiores para as inferiores). Cada célula epitelial ciliada
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contém cerca de 275 cílios e estas estruturas agitam-se rapidamente de maneira coordenada e
unidireccional, proporcionando a mobilização do muco do trato respiratório inferior até à faringe
onde é expectorado, por esse motivo a sua principal função passa por filtrar o ar, retendo as
impurezas. As vias aéreas de condução têm como função conduzir o ar e remover as suas
impurezas, encaminhando-as para o exterior. Representam o espaço morto anatómico que constitui
cerca de 30% da ventilação. Nestas, encontram-se vias de maior calibre envolvidas por tecido
cartilaginoso, que impede o seu colapso, e vias de menor calibre com um forte componente
muscular, que lhes permite uma dilatação e constrição independente do volume pulmonar (os
brônquios).
Os pulmões, principais órgãos da respiração, têm uma forma cónica de base inferior apoiada
no diafragma e vértice ou ápex superior situado, aproximadamente, 2,5 cm da clavícula. Estão
contidos na cavidade torácica e cada pulmão está envolvido por uma cavidade pleural formada pelas
membranas serosas pleurais, podendo-se dizer também que o pulmão direito é dividido em Lobo
Superior, Lobo Médio e Lobo Inferior enquanto que o pulmão esquerdo só apresenta Lobo Superior
e Lobo Inferior. A pleura parietal cobre a parede da caixa torácica interna, a face superior do
diafragma e o mediastino. No hilo, a pleura parietal continua-se com a pleura visceral que reveste a
superfície do pulmão. A cavidade pleural está preenchida com fluído pleural que é produzido pelas
membranas pleurais. Este fluído actua como lubrificante permitindo que as membranas deslizem à
medida que os pulmões e o tórax modificam a sua forma durante a respiração.
Os brônquios principais (dentro do respectivo pulmão) dividem-se em brônquios lobares (ou
de 2ª ordem). Estes são revestidos por epitélio cilíndrico ‘pseudoestratificado’ ciliado. Existem,
desta forma, dois brônquios lobares no pulmão esquerdo e três no direito. Por sua vez, estes
dividem-se em brônquios segmentares, ou de 3ª ordem, que dão origem aos bronquíolos (vias de
calibre reduzido que deixam de ter cartilagem) ao se ramificarem. Estes, subdividem-se, formando
os bronquíolos terminais. Os bronquíolos respiratórios resultam da ramificação dos bronquíolos
terminais e correspondem às aberturas dos alvéolos, sendo por isso designados por ductos
alveolares. São revestidos por um epitélio fino e simples e constituído por pneumócitos (tipo I e II).
O seu tecido ocupa uma fracção mínima do volume total do pulmão, deixando uma grande fracção
para a rede capilar. Como resultado, a distância entre o gás contido nos alvéolos e a hemoglobina no
sangue é bastante reduzida o que torna eficientes as trocas.
De modo a facilitar a expansão dos pulmões surge uma mistura que contém lipoproteínas
como a dipalmitoilfosfatidilcolina, o surfactante. Este é composto por moléculas que interrompem
as forças coesivas entre as moléculas de água. As moléculas do surfactante formam uma camada
monomolecular à superfície do fluido alveolar, reduzindo a tensao superficial e impede que os
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alvéolos menores colapsem. De acordo com a lei de La Place se dois alvéolos possuem a mesma
tensão superficial o alvéolo menor terá uma pressão maior e o seu ar irá fluir para dentro do alvéolo
maior.
O volume de ar para os pulmões e para fora destes resulta das modificações do volume
torácico e das pressões a que o ar está sujeito. Exterior ao corpo, o ar está sujeito à pressão
atmosférica. Uma vez que, segunda a Lei Geral dos Gases, o ar flui de áreas de maior pressão para
aquelas onde a pressão é menor, o ar entra para os pulmões quando o volume alveolar aumenta (o
que diminui a pressão intrapulmonar, ficando os valores desta abaixo dos da pressão atmosférica). A
pressão intrapleural é a pressão existente na cavidade pleural e quando esta é menor do que a
pressão alveolar, os alvéolos tendem a expandir-se (aumentando, assim, o volume alveolar).
Normalmente os alvéolos expandem-se devido à existência de uma pressão intrapleural negativa,
que é inferior à pressão alveolar (isto ocorre devido a um “efeito de sucção” exercido pela retracção
elástica dos pulmões). Quando os pulmões se retraem, as pleuras parietal e visceral tendem a
separar-se o que faz com que diminua a pressão na cavidade pleural. À medida que o ar entra nos
pulmões, a pressão alveolar aumenta e iguala a pressão atmosférica, no final da inspiração. Durante
a expiração, por sua vez, a pressão intrapleural aumenta devido à diminuição do volume torácico e à
diminuição da retracção pulmonar. Enquanto aumenta a pressão intrapelural, diminui o volume
alveolar pelo que a sua pressão atinge valores superiores aos da pressão atmosférica fazendo com
que o ar saia dos pulmões, provocando o aumento da pressão intrapulmonar (valores superiores aos
da pressão atmosférica). Os movimentos respiratórios dependem, também, da compliance (ou
distensibilidade pulmonar – facilidade com que os pulmões e o tórax se expandem, relacionando as
variações de volume com as variações da pressão pulmonar) uma vez que quanto maior esta for,
mais facilmente qualquer alteração na pressão pode provocar a expansão dos pulmões e do tórax.
Ao entrar nas vias respiratórias, o ar é aquecido e humidificado. Esta humidificação é um
dos factores que permite a difusão dos gases do ar inspirado através dos líquidos, permitindo assim
a sua passagem para o sangue. O coeficiente de solubilidade, contido na Lei de Henry, mede a
facilidade com que o gás se dissolve no líquido. Na água, o coeficiente de solubilidade para o
oxigénio é 0,024 e para o dióxido de carbono é 0,57, ou seja, o dióxido de carbono é cerca de 24
vezes mais solúvel na água do que o oxigénio. Estes dados são importantes uma vez que os factores
que influenciam o débito da difusão de um gás através da membrana respiratória são: a espessura da
membrana; o coeficiente de difusão do gás na membrana (que é aproximadamente igual ao da
água); a superfície funcional da membrana e o gradiente de pressão parcial do gás entre os dois
lados da membrana. Em condições de ventilação e fluxo sanguíneo (perfusão) normais, a difusão de
oxigénio e de dióxido de carbono, através da membrana respiratória, é eficaz. Após a difusão do
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oxigénio, através da membrana respiratória para o sangue, a sua maioria, combina-se, de forma
reversível, com a hemoglobina e uma pequena parte dissolve-se no plasma. A hemoglobina
transporta o oxigénio dos capilares alveolares, para os capilares tecidulares, onde é libertado. O
oxigénio difunde-se do sangue para as células dos tecidos que o utilizam no metabolismo aeróbio.
As células produzem dióxido de carbono durante o metabolismo aeróbio e este difunde-se para os
capilares tecidulares. Após entrar no sangue, o dióxido de carbono é transportado para o coração
(que o bombeia posteriormente para os pulmões onde é expelido para fora do organismo durante a
expiração) dissolvido no plasma, combinado com a hemoglobina e sob a forma de iões bicarbonato.
À medida que se gasta energia a pressão de dióxido de carbono nas células aumenta o que provoca a
sua difusão para o sangue (através de gradientes de pressão) e, consequentemente, a dissociação do
oxigénio da hemoglobina.
Durante o exercício físico, as trocas gasosas mantém-se devido ao aumento da ventilação e
do débito cardíaco. A relação entre a ventilação e a perfusão pode ser afectada de duas formas:
quando a ventilação excede a capacidade do sangue para captar oxigénio, o que pode acontecer por
baixo débito cardíaco; e quando a ventilação é insuficiente para fornecer o oxigénio necessário à
oxigenação do sangue que circula nos capilares alveolares. Por exemplo, a broncoconstrição que
ocorre na asma, pode diminuir o fluxo de ar para os alvéolos. O débito cardíaco e a ventilação
aumentam durante o exercício, o aumento do débito cardíaco faz com que a pressão sanguínea
pulmonar aumente, o que vai aumentar o fluxo sanguíneo. Assim a eficácia das trocas gasosas
aumenta devido ao aumento da perfusão sanguínea.
Para além da concentração de dióxido de carbono existem outros factores capazes de
influenciar a dissociação do oxigénio da hemoglobina: concentração de H+ (variação dos valores de
pH); 2,3-bifosfoglicerato e a temperatura corporal. À medida que o pH sanguíneo baixa, a
quantidade de oxigénio ligado à hemoglobina também baixa. Isto acontece, uma vez que o pH baixo
é consequência do aumento de iões hidrogénio (combinam-se com a fracção proteica da molécula
de hemoglobina e alteram a sua estrutura tridimencional, provocando uma diminuição da afinidade
para se ligar ao oxigénio). Pelo contrário, um aumento do pH sanguíneo provoca um aumento da
afinidade da hemoglobina ao oxigénio. A este fenómeno dá-se o nome de efeito de Bohr (uma vez
que foi descoberto por Christian Bohr). A elevação da temperatura corporal diminui a tendência do
oxigénio para permanecer ligado à hemoglobina pelo que um aumento de temperatura resultante de
um aumento do metabolismo faz com que a quantidade de oxigénio libertado, pela hemoglobina,
para os tecidos seja maior. A substância 2,3 –bifosfoglicerato é produzida pelos eritrócitos à medida
que estes desdobram a glicose para obter energia. Quando este se liga á hemoglobina diminui a sua
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2. Adaptações ao exercício
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Como já referido acima as exposições repetidas ao mesmo exercício, tais como exercício
físico regular, vão levar a um estado de adaptação, ou seja, uma situação morfo-funcional nova que
vai permitir um menor exacerbamento dos parâmetros biológicos quando houver uma menor
exposição (por exemplo, menor aumento da pressão arterial).
Observando este gráfico, podemos constatar que durante a primeira exposição vai existir
uma resposta aguda, entrando o indivíduo em fadiga. Este estado é harmonizado durante o repouso.
Se novos estímulos ocorrerem cria-se a adaptação, que pode regredir se não se continuar com os
estímulos. Assim, em relação a isto, o papel do fisioterapeuta é aconselhar ao paciente a prática de
exercício físico apropriada e, seguindo os princípios de treino (Anexo III), certificar-se de que esta
nova situação é benéfica e regular para assegurar o bem-estar do paciente e que esta nova situação
benéfica seja mantida. A função do sistema cardio-respiratório é conduzir o oxigénio, nutrientes e
hormonas até aos tecidos periféricos, retirando os produtos resultantes do metabolismo. Durante a
prática de um exercício devido ao aumento do ritmo metabólico do tecido muscular, este sistema
acompanha esse aumento de função. A adaptação de forma crónica do sistema muscular leva à
evolução do sistema de forma a poder suprir exigências crescentes.
sistema simpático e por outro de reflexos com origem em quimiorreceptores, que são receptores que
respondem á produção local de metabolitos musculares, e mecanorreceptores, que são receptores
sensíveis á tensão e estiramento, periféricos ao nível dos músculos envolvidos.
Alterações neurais determinam o aumento da frequência cardíaca, aumento da
contractilidade cardíaca e vasoconstrição generalizada, proporcionalmente à intensidade e duração
do exercício e quantidade de massa muscular envolvida. A nível cutâneo inicialmente e pelos
mesmos mecanismos dá-se vasoconstrição. Esta é invertida devido a mecanismos compensadores
do aumento de temperatura inerente á actividade muscular, tais como a sudação. Em exercícios
muito intensos o desvio do fluxo para o tecido muscular pode originar vasoconstrição cutânea
tardia.
O débito cardíaco depende de duas componentes: a frequência cardíaca e o volume de
ejecção. Em situações de esforço o débito aumenta em quantidade variável mas proporcional às
necessidades, ao nível de treino do indivíduo e sobretudo à custa do aumento da frequência
cardíaca, em indivíduos não treinados. Em indivíduos treinados o volume de ejecção sistólico é
preponderante em situações de esforço. Paralelamente, devido às contracções sucessivas dos
músculos activos existe um aumento da propulsão do sangue das veias para o lado direito do
coração, facilitando o retorno venoso. O aumento da amplitude dos movimentos inspiratórios,
reduz a pressão intratorácica e facilita o enchimento cardíaco. O aumento do débito cardíaco parece
ser o principal responsável pelo aumento da pressão arterial que se observa durante o exercício. Este
aumento é proporcional à intensidade do exercício e à resistência aplicada.
À medida que a magnitude do exercício de resistência aumenta, o consumo de oxigénio
aumenta proporcionalmente até ao ponto em que não se eleva mais apesar do aumento na carga de
trabalho, este é o consumo máximo de oxigénio – VO2 máx. O coração também atinge um débito
cardíaco máximo, a partir do qual não é possível aumentar. Se esse débito não permite satisfazer as
necessidades musculares de oxigénio, verifica-se rapidamente uma acumulação local de metabólitos
acompanhada de um desconforto e mesmo dor. À medida que as fibras musculares
insuficientemente nutridas se fatigam vão sendo recrutadas outras fibras que normalmente não
estariam em funcionamento para aquela carga. Por fim, são recrutadas fibras de contracção rápida,
que rapidamente se fatigam, pelo que a via anaeróbia assume um papel progressivamente maior na
produção muscular de energia. Esta preponderância da via anaeróbia acontece perto do débito
cardíaco máximo. Quando esta via temporária se esgota o indivíduo tem, no mínimo de reduzir a
intensidade do exercício.
Um dos produtos da via anaeróbia é o ácido láctico, que altera o pH do sangue. O ponto em
que o pH do sangue diminui tanto que este entra em acidose metabólica é o limiar anaeróbio. Após
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este limiar observa-se uma resposta ao exercício com taquicardia, taquipneia e polipneia marcadas.
Como resposta, os níveis arteriais de O2 sofrem um aumento, assim como o volume de CO2 no ar
expirado. Apesar da queda de CO2 a respiração não é suficientemente efectiva para um desequilíbrio
metabólico, pelo que se atinge rapidamente á fadiga.
No decorrer do exercício são recrutados capilares pulmonares cuja circulação sanguínea é
quase nula em repouso, pelo que a sua significância também o é, o que leva ao aumento da área
disponível para trocas gasosas e uma relação ventilação/perfusão mais favorável.
Durante o exercício, especialmente no início e quando é atingido o débito cardíaco máximo
e o VO2máx, o oxigénio que aporta aos músculos é insuficiente, criando uma “dívida” de oxigénio.
Este emparelhamento deficiente no início do exercício leva ao início da via anaeróbia, que também
rapidamente se esgota. Assim, no final do exercício é necessário repor esta “dívida” de oxigénio,
pelo que no final do exercício o ritmo cardíaco e respiratório mantêm-se elevados durante um
período de tempo para repor os níveis energéticos e de oxigénio.
Quando o exercício acaba, a frequência cardíaca baixa rapidamente, pois cessa a activação
neural. Apesar disso, não regressa no entanto imediatamente aos valores basais. A pressão arterial
sofre uma mudança no mesmo sentido mas estabiliza em valores inferiores aos normais durante um
breve período, devido à vasodilatação dos músculos previamente activos, pois ainda permanecem
neles os factores locais que os activavam.
O VO2 máximo de uma pessoa não possui um valor fixo, podendo ser alterado pelo nível
habitual de actividade física. O repouso prolongado, no leito, pode reduzir o VO 2 máx entre 15 e 25%,
enquanto que durante treino físico intenso pode aumentá-lo de forma similar. Mas para este treino
ser efectivo há a necessidade de ser de resistência e deve incluir certos tipos mínimos de duração,
frequência e intensidade.
Na VO2 máx., ou seja quando o indivíduo se encontra a respirar o máximo de oxigénio que
lhe é possível, quando comparado com os valores pré-treino, existe uma diminuição da frequência
cardíaca. Este deve-se ao aumento do volume de ejecção máximo que, por sua vez, se deve aos
efeitos que o exercício tem sobre o coração como atrás referido. (ver Anexo II)
Além da actividade física é necessário observar que entre os pulmões e as mitocôndrias
musculares existem inúmeros sistemas que podem limitar a quantidade de oxigénio que é possível
transportar num dado intervalo de tempo. Apesar de a nível pulmonar existe uma barreira física das
paredes dos alvéolos e dos capilares o efeito desta barreira é diminuído durante o exercício devido
há melhoria da relação perfusão/ventilação e devido ao aumento da diferença entre o gradiente de
oxigénio entre o sangue venoso e o ar capilar (devido ao aumento da necessidade de oxigénio das
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células a quantidade de oxigénio no sangue venoso vai ser menor). O que ocorre em indivíduos
altamente treinados é que, como o débito cardíaco é muito elevado, o sangue venoso passa muito
depressa pelos capilares pulmonares, o que resulta numa diminuição da saturação de oxigénio,
limitando parcialmente o VO2máximo. De seguida, encontramos o sistema da bomba cardíaca, cuja
função é bombear o sangue para todo o organismo e adequar o aporte ao consumo de oxigénio, que
apresenta uma verdadeira limitação ao VO2máximo. De facto, apesar de poder aumentar o débito
cardíaco á custa da frequência e do volume de ejecção o sistema ventricular estabiliza num valor a
partir do qual não é possível bombear mais sangue por unidade de tempo.
Também são importantes as adaptações periféricas e musculares. Existe um aumento da
concentração de densidade de enzimas oxidativas e de mitocôndrias nos músculos exercitados e
também aumento da capacidade de recrutar mais fibras musculares para o mesmo movimento. Estas
alterações aumentam a velocidade e a eficiência de reacções metabólicas nos músculos e permitem
aumentos de 200 a 300 por cento na resistência do exercício, sem aumentar o VO2máx.
Cronicamente dão-se diversas alterações estruturais cardíacas que se vão reflectir no
aumento do débito cardíaco. Estas são o aumento da complacência dos ventrículos e da diminuição
das resistências periféricas. Apesar destas alterações serem mais ou menos uniformes diferentes
tipos de treinos vão resultar em diferentes efeitos também no sistema cardiovascular.
Assim, treinos que sujeitam o coração a elevados volumes de enchimento, de ejecção e
débitos cardíacos conduzem ao aumento ventricular, sem aumento da espessura das paredes. A
diferença deste aumento ventricular entre indivíduos treinados e não treinados não exceder os 10%,
no entanto isso reflecte-se num aumento de volume de 33%. Em algumas semanas, o músculo
cardíaco adapta-se ao aumento da sua carga de trabalho, através da manutenção, de forma
constante, da tensão sobre a parede de acordo com a lei de LaPlace, através da dilatação global das
câmaras cardíacas. Os exercícios de resistência causam o aumento progressivo e proporcional da
intensidade do trabalho cardíaco, determinando um maior consumo de oxigénio pelo miocárdio.
Para conseguir responder a estas exigências o fluxo coronário acompanha quer crónica quer
agudamente a evolução do trabalho, sofrendo modificações tais como angiogénese na rede vascular
coronária, quer nos vasos de maior e de menor calibra. Estas alterações vão levar a um aumento da
densidade capilar cardíaca e a uma maior acomodação do fluxo.
Apesar de o que foi referido nas adaptações agudas ao exercício sugerirem que a frequência
cardíaca nos atletas em esforço é mais elevada tal não acontece. Aliás, para o mesmo esforço um
indivíduo treinado apresenta uma frequência cardíaca menor do que um indivíduo não treinado. Em
repouso é frequente considerar-se que estão em braquicardia. Estas diferenças são devido a
alterações no controlo da actividade cardíaca pelo sistema autónomo, que ainda não estão
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apresenta uma forte relação entre um elevado nível desta componente e a diminuição do risco de
contrair doenças cardio-respiratórias. Ao considerarmos a componente cardio-respiratória, para a
prescrição de exercício, é necessário abordar quatro factores: o modo de exercício, a frequência de
participação, a duração da sessão e a intensidade. A prescrição do exercício assenta principalmente
nestas componentes da carga e são as suas variações que promovem as diferentes adaptações
cardio-respiratórias, bem como o tipo de metabolismo energético predominante no modo de
exercício realizado.
Intensidade do exercício: 60 a 90% da frequência cardíaca máxima
50 a 80% do consumo máximo de oxigénio
Modo do exercício: Utilizar grandes grupos musculares
Deve ser rítmico e aeróbio
Duração do exercício: 20 a 60 minutos do exercício aeróbio contínuo
Exercício de baixa intensidade de longa duração ( 45 a 60 minutos)
Exercício de alta intensidade e curta duração (20 a 30 minutos)
Frequência do exercício: 3 a 5 vezes por semana.
A intensidade do exercício pode quantificar-se pela percentagem da frequência
cardíaca máxima e ainda pela quantidade de carga externa. Dependendo da variável independente
controlada, vamos encontrar diferentes respostas cardio-respiratórias e metabólicas ao exercício,
particularmente quando esta é controlada pela carga externa. Nos dias de hoje, existe um conjunto
de exercícios cardio-respiratório bastante alargado à disposição de quem pretende realizar exercício
físico. O grupo de actividades aconselhadas com o objectivo de provocar estímulos capazes de
aumentar e manter a aptidão cardio-respiratória centram-se nos seguintes: andar, correr, nadar,
pedalar, remar entre outros.
A regularidade de uso do músculo, a duração e a intensidade das actividades afectam as
propriedades do músculo. Se o músculo não é usado por um longo período de tempo atrofia,
conhecida por atrofia por desuso. Se a actividade contráctil do músculo for aumentada, ou se lhe for
aplicada uma carga que representa uma % elevada da força máxima, existe um aumento no tamanho
das fibras musculares e alterações da sua capacidade de produção de ATP, distúrbio conhecido por
hipertrofia. Ocorre este aumento de tamanho porque não é capaz, pelo menos de forma
significativamente, aumentar o número de células que o constitui. Assim, para distribuir a tensão
por uma área maior, ele aumenta o tamanho das fibras, á custa do aumento do conteúdo do músculo
em proteínas contrácteis e do aumento do número de núcleos que o constituem. Isto não ocorre
somente no músculo, mas também no tecido conjuntivo que o constitui, tais como os tendões. A
nível ósseo, cardíaco e na generalidade de tecidos plásticos ocorre este processo.
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O treino de resistência, ou seja, exercício com uma intensidade relativamente baixa e longa
duração (como natação, corrida, …) aumenta o número de mitocôndrias nas fibras recrutadas para
esta actividade. Além disso, há um aumento no número de capilares ao redor destas fibras, o que
não só aumenta a área de trocas gasosas, mas também permitem um aumento do tempo em que
estas se realizam, o que é vantajoso pois, devido ao esforço, a velocidade do sangue encontra-se
muito aumentada. Estas alterações significam um aumento na capacidade de actividade de
resistência com um mínimo de fadiga.
O treino de força, isto é, exercício de grande intensidade e curta duração (levantamento de
peso, …) provoca hipertrofia (aumento de diâmetro) das fibras recrutadas em contracções fortes –
fibras do tipo II. O resultado é uma diminuição da densidade mitocondrial muscular, sem
diminuição da densidade capilar e aumento da concentração de enzimas envolvidas no metabolismo
glicolítico, que permitem um aumento na força do músculo, mas sempre com pouca capacidade de
resistência e rápida fadiga.
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5. Asma
1.5. Patologia
mediadores, secretam ainda mais muco e deixam-no no lúmen brônquico, o que vai obstruir ainda
mais as vias aéreas já edememaciadas. Verifica-se então a diminuição do volume do ar ventilado à
medida que a resistência da via aérea aumenta. Este facto acontece de acordo com a Lei de
Poiseuille, na qual a resistência do ar é proporcional ao raio do tubo elevado à quarta potência. Os
brônquios e a traqueia têm receptores sensoriais que são sensíveis às partículas estranhas e às
substâncias irritantes, como o tabaco, a poluição do ar, aspirina, poeira ou infecções.
Alguns dos mediadores estimulam nervos que favorecem a contracção das células
musculares lisas e a secreção mucosa. A Disfunção neural pode desempenhar um papel importante
alterando a capacidade de resposta das células da mucosa brônquica e musculatura lisa para
estímulos colinérgicos e beta-adrenérgicos.
Numa tentativa de se contrariar estas ocorrências (hiperreactividade, vasoconstrição, …)
verifica-se uma hiperinsuflação com intuito de manter a captação de oxigénio. No entanto, em
termos biomecânicos há uma desvantagem no desempenho muscular o que vai levar a uma
hiperventilação, uma vez que há menor volume de ar corrente. Consequentemente ocorre fadiga
muscular devido ao esforço muscular requerido. Se não houver intervenção terapêutica ou
autocuidados esta fadiga irá conduzir a uma hipoxemia, ou seja, falta de oxigénio no sangue e
portanto a vítima pode morrer.
1.6. Epidemiologia
A asma constitui um importante problema de saúde pública, uma vez que, se trata de uma
das doenças crónicas mais frequentes na criança e no jovem. Este facto é desencadeado à maior
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susceptibilidade por parte destes, uma vez que o seu sistema imunológico e respiratório ainda não
está totalmente desenvolvido.
Sendo a asma uma doença desencadeada por um processo inflamatório, esta pode ter origem
em afecções respiratórias neonatais, em factores ambientais como a poluição atmosférica, industrial
e tabagística ou o modo de vida que se pode caracterizar pela promiscuidade familiar, a
colectividade ou alguns tipos de aquecimento doméstico. Para além destes factores externos é
igualmente indispensável referir factores de base (condição genética) como o historial familiar
caracterizado pela alteração de funções ao nível das vias aéreas.
Apesar da inflamação das vias aéreas ser crónica, as crises asmáticas ou exacerbações têm
carácter episódico, tendo como principais factores desencadeantes: Alergéneos como os ácaros,
pólens, pelos, penas, fungos, fumo de tabaco e baratas; fármacos como anti-inflamatórios não
esteróides, b-bloqueantes (usados no tratamento de hipertensão arterial) e conservantes saturados;
poluição atmosférica onde se destaca o ozono, NO2 e SO2 como gases poluentes; factores
profissionais como a indústria química e plásticos, sais metálicos, poeiras de madeira ou vegetais,
detergentes de lavandaria; exercício; infecções virais; stress emocional; emoções fortes (riso,
choro); alterações de temperatura; alimentos (amendoins, morangos); obesidade; tabagismo; atopia
e o género. Alguns pacientes apresentam um risco elevado de morte por asma e portanto têm de ter
uma especial atenção, educação, monitorização e cuidados de forma a evitar exacerbações mortais.
1.8. Diagnóstico
A asma pode surgir associada a um ou mais de quatro sintomas principais: tosse, pieira,
dispneia, aperto torácico. A intensidade dos sintomas é muito variável de doente para doente e
mesmo em cada doente, já que podem passar-se dias, semanas ou meses sem sintomas ou serem
muito frequentes.
A asma pode ser diagnosticada em qualquer idade, embora nos lactentes e crianças mais
jovens o diagnóstico possa ser inconclusivo durante algum tempo, devido à maior frequência de
quadros asmatiformes (fenómenos de obstrução brônquica semelhantes à asma) por outras causas.
Há numerosas condições malformativas, degenerativas ou disfuncionais que causam sintomas deste
tipo na criança pequena, mas são pouco frequentes. Há, porém, outras situações muito mais comuns
de pieira recorrente, que afectam cerca de um terço de todos os lactentes e, na maioria dos casos,
são transitórias. Destas, só um terço acabam por vir a manifestar-se como asma.
Existem, portanto, afecções respiratórias e certas doenças cardíacas que produzem sintomas
idênticos aos da asma. É possível estabelecerem-se relações entre essas doenças e a frequência com
que os vários sintomas se apresentam. Para que o médico consiga elaborar um diagnóstico, é
essencial que o paciente forneça uma descrição precisa dos sintomas, indique o que os provoca,
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quanto tempo duram, o seu grau de gravidade e se existe um quadro de sintomas específico.
Designa-se por anamnese esta entrevista realizada ao paciente por parte do profissional de saúde
com o objectivo de recolher e registar informação acerca dos sintomas (manifestações sentidas e
referidas pelo paciente) e sinais (manifestações observáveis).
O diagnóstico em doentes respiratórios pressupõe um exame subjectivo e um exame
objectivo. O primeiro inclui a anamnese em que devem constar os seguintes elementos: dados
demográficos, motivo, história clínica, antecedentes pessoais e antecedentes familiares do doente. O
segundo envolve inspecção (com avaliação postural), palpação, verificação dos sinais vitais,
percussão e auscultação do doente. Existem, ainda, determinados exames complementares de
diagnóstico utilizados neste tipo de diagnóstico. São exemplos as provas de função respiratória, a
verificação dos níveis de IgE plasmática (anticorpos responsáveis pelas alergias), os testes cutâneos
com diferentes alergénios, o Rx torácico, entre outros.
Entre as provas funcionais respiratórias são de referir a espirometria, as provas de
broncomotricidade e os métodos de avaliação da inflamação brônquica. A espirometria é um teste
de função pulmonar que avalia o volume de ar inspirado e expirado em função do tempo, o
equipamento utilizado é o espirómetro. Daí ser importante conhecer os vários volumes e
capacidades pulmonares.
Em relação às provas de broncomotricidade, podem considerar-se duas categorias: provas
de broncodilatação (avaliam a eficácia dos broncodilatadores) e provas de broncoprovocação
(determinam a predisposição das vias aéreas para o broncoespasmo). Como métodos de avaliação
da inflamação brônquica há a indução e avaliação da expectoração, tendo por base determinados
marcadores, e a observação do óxido nítrico no ar expirado.
gases tóxicos possam ser causas prováveis. O exercício, stress emocional, infecções respiratórias ou
agentes químicos são factores que levam ao aparecimento dos sintomas.
Podemos ainda referir a asma do tipo mista que conjuga factores extrínsecos e intrínsecos.
Após dividirmos a asma de uma forma mais geral podemos focar-nos nos estímulos que
levam à ocorrência de ataques asmáticos, podendo dividir a asma em:
Atópica ou alérgica – é o tipo de asma mais vulgar, accionada por factores ambientais como
alimentos, pólen, pó ou pêlos de animais. O histórico familiar em termos alérgicos são prováveis e
os ataques são precedidos de outros sintomas como urticária ou eczemas.
Não-atópica – este tipo de asma caracteriza-se por ser accionada por vírus e não por
bactérias como a alérgica. As infecções das vias respiratórias são os provocadores dos ataques, neste
tipo por norma não existe uma história familiar positiva e os testes às reacções alérgicas são regra
geral negativos pelo que a explicação se centra na hiperirritabilidade da árvore brônquica.
Induzida por agentes químicos – existem alguns produtos farmacológicos que provocam a
asma, como é o caso da aspirina que a provoca em indivíduos com rinite recorrente e pólipos basais,
e que mesmo tomada em pequenas quantidades provoca urticária e ataques.
Ocupacional – é o caso de ataques asmáticos decorrentes do contacto com poeiras orgânicas
e químicas, fumaças ou outros agentes químicos cujo contacto repetido mesmo em pequenas doses
proporciona.
Frio, exercício ou o stress emocional provocam espasmos nos brônquios, explicados pelo
facto dos pacientes com asma possuírem diversas células inflamatórias nas paredes bronquiais e os
seus mediadores poderem estar envolvidos nessa hiperirritabilidade dos brônquios.
Podemos também distinguir a asma consoante a gravidade da inflamação, sendo assim
podemos classificar o grau de gravidade consoante quatro degraus. Podemos distinguir então a asma
intermitente leve, este tipo é a mais vulgar apresentando uma função pulmonar normal ou quase
normal, ausência de sintomas frequentes bem como ausência de dificuldade em dormir durante a
noite. Em termos de medicação os indivíduos apenas necessitam de um broncodilatador de acção
intermédia não sendo necessária medicação a longo prazo ou de emergência. A asma persistente
leve tem características semelhantes à anterior contudo os sintomas são ligeiramente mais graves,
ou seja, a sua função pulmonar é normal na maioria das ocasiões, apresentam alguma dificuldade
em dormir e a utilização de medicação contra ataques de asma é mais frequente. Na asma
persistente moderada a função pulmonar é persistentemente anormal, apresentam sintomas
asmáticos várias vezes ao dia, têm dificuldade em dormir quase todas as noites e recorrem a
medicação diversa quer para controlar a doença a curto como a longo prazo. Na asma persistente
grave, e como o próprio nome indica, este tipo de asma é a que inspira mais cuidados. Na sua
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análise podemos referir que comparativamente à persistente moderada os sintomas são idênticos
contudo neste caso a limitação à actividade física é permanente. De referir que a cada degrau
corresponde um tipo de medicação e de tratamento que deverá ser sempre adequado a outros
factores a ter em conta na avaliação do individuo.
1.10. Tratamento
Sendo a asma uma doença crónica, as pessoas portadoras desta patologia têm de adoptar
certas normas, nomeadamente a ingestão de fármacos e a adaptação ao ambiente em que estão
inseridas, de forma a melhorar a sua qualidade de vida. Esta patologia é detectada de acordo com
um diagnóstico baseado em diversos sinais e sintomas que surgem no organismo.
De maneira a atenuar os efeitos da asma no organismo, os portadores desta patologia são
submetidos a diversos tratamentos, sendo de destacar o tratamento de crises e o tratamento
crónico/de manutenção (preventivo). Para cada tipo de tratamento, são prescritos determinados
medicamentos, dos quais fazem parte os corticosteróides (inalação), os broncodilatadores, a
aminofilina entre outros.
Os broncodilatadores são aqueles que tratam a consequência da asma, ou seja, o
estreitamento dos brônquios, actuando ao nível dos músculos desses brônquios e provocando o
relaxamento dos mesmos. Estes fármacos podem ser divididos por três grupos, as aminas
simpaticomimétricas, as xantinas e os anticolinérgicos não selectivos.
Os corticosteróides, também chamados de esteróides, diminuem a inflamação das vias
respiratórias, produzindo no paciente asmático a diminuição do edema dos brônquios, a redução da
produção de muco pelas células que revestem os brônquios, a diminuição da hiper-reactividade das
vias respiratórias e a estabilização da função pulmonar. Por fim, a aminofilina, ou seja, a Teofilina
etilenodiamina, que actua no organismo de forma a relaxar o músculo liso dos brônquios e vasos
sanguíneos pulmonares e estimula o centro respiratório medular.
Para além destes, torna-se também importante a ingestão de anti-inflamatórios,
expectorantes ou antitússicos em alguns dos casos. Os anti-inflamatórios tratam a inflamação dos
brônquios, sendo de destacar os corticóides, as cromonas e os modificadores de leucotrienos. Os
expectorantes, são os fármacos que aumentam a produção e diminuem a viscosidade das secreções e
só actuam na causa da tosse, especificamente onde há acumulação de secreções espessas no tracto
respiratório. Por fim, os antitússicos actuam de forma a inibir a tosse.
Perante um doente com uma crise asmática, é fundamental a avaliação da sua gravidade pois
esta pode condicionar a terapêutica a utilizar. O tratamento inicial do broncospasmo agudo deve ser
feito com aminas simpaticomimétricas selectivas, que podem ser administradas por aerossóis
produzidos em aparelhos de nebulização. Da mesma forma, pode ser utilizado o nebulizador
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Existem estudos que têm por objectivo identificar o grau de "bem estar" e que comprovam a
influência negativa da asma na qualidade de vida do asmático, a nível físico (actividades),
psicológico (emoções), social (restrição) e saúde física (sintomas), sendo este último o mais
significativo. O termo “qualidade de vida”, como vem sendo aplicado na literatura médica, pode ter
outro significado como “condições de saúde” e “funcionamento social”.
A asma causa impacto negativo na qualidade de vida de crianças, adolescentes, idosos mas
também dos seus cuidadores. Os pais de crianças com asma, quando alvo de estudos, indicam que
possuem qualidade de vida entre razoável e boa. Esta perspectiva dependeu, além da doença, idade
e duração da doença, das vezes que tiveram necessidade de recorrer ao centro de saúde e a sua
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Conclusão
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Bibliografia
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ANEXOS
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Mapa Conceptual
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Anexo I
As provas funcionais respiratórias contém vários testes e avaliações que se fazem com o
intuito de avaliar capacidades e resistência dos indivíduos. Das quais, destacam-se para este
problema, a espirometria, as provas de broncomotricidade e os métodos de avaliação da inflamação
brônquica. A espirometria é um teste de função pulmonar que avalia o volume de ar inspirado e
expirado em função do tempo, o equipamento utilizado é o espirómetro. Daí ser importante
conhecer os vários volumes e capacidades pulmonares.
Anexo II
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Anexo III
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a. Anexo IV
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Anexo V
Tipos de Hipertrofias
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Glossário
Angina: é a dor ou desconforto no tórax que ocorre quando uma ou mais artérias coronárias
não provêem oxigénio suficiente ao coração.
Bronquite crónica: patologia crónica dos pulmões que diminui a capacidade para respirar.
Doença aguda: Têm um curso acelerado, por norma inferior a 3 meses. A doença aguda
possui diversas fases que se caracterizam por uma fase inicial onde surgem os sintomas de uma
forma brusca, uma fase seguinte onde se dá uma degradação ate se atingir o ponto máximo de
sintomas e danos. Na fase seguinte os sintomas mantêm-se existindo fases alternadas de melhoria e
retrocesso. Após esta fase surge uma longa recuperação em que os sintomas vão desaparecendo de
forma gradual até chegarmos à fase final ou o chamado período de convalescença em que os
sintomas já não existem mas em que o individuo ainda não esta na plenitude das suas capacidades.
A gripe, pneumonia, meningite são alguns dos exemplos de infecções por vírus e baterias.
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Doença crónica: Ao contrário das doenças agudas esta não é resolvida num curto espaço de
tempo. Este tipo de doenças não põem em risco a vida da pessoa no imediato logo não são tidas
como emergências médicas, contudo a sua importância é enorme uma vez que algumas delas levam
à morte.
A permanência dos sintomas, perda de qualidade de vida e dificuldades nas AVD são
algumas características. A SIDA e o Cancro são alguns exemplos mais nefastos enquanto que as
Asma ou a Varicela são exemplos de doenças que não põem, por si só, a vida do indivíduo em risco.
Enfisema: doença crónica, que se caracteriza pela destruição gradual dos tecidos dos
pulmões, que se vão tornando hiperinsuflados.
Incidência: número ou proporção de novos casos que surgem numa população e num
determinado momento temporal.
Pieira: ruído sibilante e agudo do ar que entra ou sai das vias aéreas estreitadas.
Prevalência: proporção e/ou número total de casos que existem numa determinada
população e num determinado intervalo de tempo.
Actas
------------------------------------------------------Acta nº
13-------------------------------------------------------------
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Aos nove dias do mês de Dezembro de dois mil e oito realizou-se, pelas
oito horas, na sala quarenta e oito da Escola Superior de Tecnologias da Saúde
do Porto a décima terceira sessão tutorial do grupo de trabalho número quatro.
A reunião foi presidida pelo Tutor João Cavaleiro e pela Presidente Adriana
Henriques, estando presentes os estudantes Cátia Roberto, Sara Melissa Silva,
Tânia Velho, Joana Gouveia, Ricardo Miranda, Cristiano Silva, Teresa Calheno,
Patrícia Sardo, Stéphanie Varandas. Faltou a Augusta
Costa.-------------------------------------------------------------------------------------
A sessão iniciou-se com a apresentação dos elementos do grupo uma vez
que começámos novo módulo e problema com um novo Tutor. Foram
nomeados os cargos semanais sendo a presidente Adriana Henriques,
secretária Patrícia Sardo e o escrivão Cristiano Silva. A presidente referiu a
necessidade de dar o e-mail do turno ao tutor e todos concordaram.
-------------------------------------------
Foi distribuída uma folha a cada elemento do grupo que continha o
resumo de um artigo do Diário de Notícias intitulado: “Avaliar a eficácia do
exercício físico contra a asma.”. Adriana destaca alguns conceitos chave que
servem de ponto de partida para a análise do texto. Joana interrompe
perguntando se devemos elaborar um mapa conceptual deste problema ao que
o grupo responde afirmativamente pelo que se começa a realizar com base na
leitura e nos conceitos que surgem. Ricardo intervém dizendo que é importante
começar por definir asma. O grupo refere diferentes temas importantes tais
como: recursos (físicos e humanos) necessários e disponíveis para lidar com a
asma, ou seja, apoios e estratégias; efeitos na qualidade de vida e interacção
social; causa da doença (Melissa refere a causa genética – hereditariedade da
patologia – bem como situações/ comportamentos de risco que despoletam
crises associadas); consequências da mesma; influência e evolução da asma,
uma vez que se achou importante pesquisar as investigações relacionadas com
este tipo de doença crónica. O tutor intervém questionando o grupo acerca do
conceito de doença crónica, pelo que se achou necessário clarificar este
conceito e a sua distinção em relação a doenças não crónicas bem como as
suas fases. Surge o tema anatomofisiologia do sistema respiratório pelo que
Patrícia sugere o termo Anatomofisiopatologia questionando o grupo acerca da
pertinência de se falar em Patologia pelo que o grupo achou relevante. Tendo
em conta todo o texto analisado e a importância do exercício, o grupo resolve
acrescentar o tema “Asma e o Desporto” ao mapa conceptual, de modo a
pesquisar tanto as vantagens como as desvantagens da prática desportiva por
um asmático. Tânia refere a importância de Fisioterapia no “Tratamento” pelo
que se discutiu acerca desta definição uma vez que o conceito de doença
crónica pressupõe a não existência de cura para a doença em si. No entanto
considerou-se necessário abordar as diferentes intervenções que a equipa
multidisciplinar (composta por vários profissionais de saúde) executa com o
intuito de promover a saúde das pessoas. O grupo depara-se com três temas
subjacentes: Diagnóstico, Sinais e Sintomas e Tipos de Asma/Evolução, pelo
que Joana sugere a sua interligação ao que o grupo responde afirmativamente.
Fala-se, também, da importância da distinção de diagnóstico médico e de
fisioterapia. Melissa e Patrícia referem a Associação Portuguesa de Asmáticos
(APA). Sugere-se, também, a existência de um contexto histórico.
--------------------------------
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------------------------------------------------------Acta nº
14-------------------------------------------------------------
Aos doze dias do mês de Dezembro de dois mil e oito realizou-se, pelas
oito horas, na sala quarenta e oito da Escola Superior de Tecnologias da Saúde
do Porto a décima quarta sessão tutorial do grupo de trabalho número quatro.
A reunião foi presidida pelo Tutor João Cavaleiro e pela Presidente Adriana
Henriques, estando presentes os estudantes Cátia Roberto, Sara Melissa Silva,
Tânia Velho, Joana Gouveia, Ricardo Miranda, Cristiano Silva, Teresa Calheno,
Patrícia Sardo, Stéphanie Varandas.É de referir o atraso de Sara Melissa Silva,
Patrícia Sardo e Tânia Velho. -----------------------------------------
Adriana refere as dificuldades em seleccionar o que é necessário e
acessório uma vez que não houve contacto prévio com anatomia, fisiologia,
patologia e outras áreas de estudo. O tutor aconselhou a colocação das
alterações anatómicas devidas ao desporto e os benefícios deste para a asma.
------------
Realizou-se uma exposição da pesquisa e dificuldades encontradas
durante a semana. A qualidade de vida e asma estão completas, falta apenas
juntar as duas partes realizadas separadamente por Augusta e Stephanie. A
intervenção terapêutica na asma está ainda incompleta uma vez que é um
pouco extensa e complexa. Ocorreu, portanto, uma nova divisão de tarefas
com o inuito de ajudar Cátia na sua tarefa, Stéphanie e Augusta prontificaram-
se a ajudar bem como Cristiano que se ofereceu para colaborar com parte da
sua investigação. Cristiano refere que na sua parte do trabalho apenas faltava
colocar, se realmente fosse relevante, as terapêuticas em fisioterapia.
Concluiu-se que deveria estar na parte da Cátia, pelo que a informação será
reencaminhada. Ricardo levanta a questão da inflamação, que é muito extensa
e não sabe se deverá colocar tudo ou se apenas uma parte. ---------------
Surgiu, portanto, a proposta de inclusão de um glossário nos anexos.
Joana propõe a junção de patologia, anatomia e fisiologia em
anatomofisiopatologia. Questiona-se acerca das patologias associadas e como
estas devem ser apresentadas. O tutor intervém dizendo que se deve focar
mais nos factores de risco. Teresa questiona sobre o que se entende por
recursos. O grupo esclarece nomeando: apoio financeiro, subsídios, Associação
Portuguesa de Asmáticos (que apenas providenciam descontos em
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O Secretário________________________________________
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-----------------------------------------------------Acta nº
15--------------------------------------------------------------
Aos quinze dias do mês de Dezembro de dois mil e oito realizou-se, pelas
oito horas, na sala quarenta e oito da Escola Superior de Tecnologias da Saúde
do Porto a décima quinta sessão tutorial do grupo de trabalho número quatro.
A reunião foi presidida pelo Tutor João Cavaleiro e pela Presidente Augusta
Costa, estando presentes os estudantes Cátia Roberto, Sara Melissa Silva, Tânia
Velho, Joana Gouveia, Ricardo Miranda, Cristiano Silva, Teresa Calheno, Patrícia
Sardo, Stéphanie Varandas, Adriana Henriques.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
Augusta iniciou a sessão tutorial sugerindo a Stephanie que fizesse a
leitura da acta referente à sessão anterior. Realizou-se uma breve
apresentação em Powerpoint sobre Anatomia e fisiologia, a qual foi exposta
pela Patrícia. Esta apresentação incidia sobre os seguintes pontos: circulação
sistémica e pulmonar (transporte do sangue venoso e arterial); cavidade
torácica (importância na respiração); estrutura base do coração; cavidades
nasais; percurso do oxigénio; constituintes do sangue (efeito de Bohr). Patrícia
achou ainda importante a clarificação do conceito hemoglobina uma vez que
será algo a abordar brevemente. Realizou-se uma exposição da pesquisa e
dificuldades sentidas durante o tempo de trabalho. Desta forma, em
seguimento do tema Anatomia explorado pela Patrícia, Tânia intervém
abordando a patologia. Definiu asma como sendo uma inflamação sob a qual o
organismo vai reagir, através de sinais e sintomas. Stephanie refere que
Patrícia, durante a exposição oral, disse que o aconselhável é respirar pelo
nariz e não pela boca, acrescentando que o nosso organismo possui também
cílios na garganta mas em menor quantidade. Patrícia esclarece que, apesar de
a garganta possuir cílios, esta não é uma zona tão protegida, sendo a tosse um
acto reflexo de protecção. ------------
O tutor sugeriu a abertura do mapa conceptual de forma a ter uma visão
geral do trabalho e focar todos os temas durante a sessão. De seguida, o tutor
questiona quais as consequências da prática de exercício físico numa pessoa
asmática. Cristiano tenta responder à questão, e Augusta e Melissa intervêm
de forma a ajudá-lo.
-------------------------------------------------------------------------------------------
O tutor auxilia Cristiano na organização de ideias e sugere que sejam
esclarecidos os conceitos: adaptações a curto e longo prazo; e respostas
agudas e crónicas. ------------------------------------------------
Joana propõe que se divida o mapa conceptual por categorias. Tânia
realça importância de inserir na parte referente ao exercício físico, os conceitos
de resposta crónica e resposta aguda. O tutor lança uma pergunta ao grupo
acerca da incidência da doença nas faixas etárias. Adriana voluntariou-se para
responder, a qual levou ao surgimento de novos termos ligados à asma, tais
como epidemiologia e prevalência/incidência. Patrícia disponibilizou-se para
estabelecer a diferença entre estes dois últimos termos. Joana sugere que
estes conceitos sejam colocados no glossário, e posteriormente relacioná-los
com epidemiologia. Surge o problema de onde inserir o exercício físico, uma
vez que este está ligado a outros grandes temas. Melissa dá a sua opinião
referindo que o exercício físico não devia estar isolado dos outros temas e sim
ser referido em todos eles uma vez que tem uma certa especificidade em cada
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Asma e o Exercício
O Secretário______________________________________________
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Asma e o Exercício
-------------------------------------------------------Acta nº
16---------------------------------------------------
Aos dezanove dias do mês de Dezembro de dois mil e oito realizou-se,
pelas oito horas, na sala quarenta e oito da Escola Superior de Tecnologias da
Saúde do Porto a décima quinta sessão tutorial do grupo de trabalho número
quatro. A reunião foi presidida pelo Tutor João Cavaleiro e pela Presidente
Augusta Costa, estando presentes os estudantes Cátia Roberto, Sara Melissa
Silva, Tânia Velho, Ricardo Miranda, Cristiano Silva, Teresa Calheno, Patrícia
Sardo, Stéphanie Varandas, Adriana Henriques. -------
Augusta inicia a sessão tutorial referindo que a leitura da acta não
poderia ser realizada uma vez que a mesma não estava disponível na sessão.
Augusta sugere ainda que seja feita uma recapitulação do trabalho realizado
até ao momento durante as suas semanas de trabalho.
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Teresa e Adriana argumentam acerca do seu tema referindo aspectos que
se decidiu acrescentar. Tânia toma a palavra abordando a inflamação na asma.
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Cristiano fala sobre o seu tema, asma no desporto, focando novos pontos
tais como, fisioterapia na asma. Teresa propõe que uma parte referida na
síntese do Cristiano seja retirada, uma vez que é referida em outros temas
chave. ---------------------------------------------------------------------------
Tutor pergunta quem ficou de pesquisar acerca do débito cardíaco e a
sua influência a nível do músculo. Augusta responde, pois foi o tema pelo qual
incumbida. O tutor volta a questionar qual a vantagem do desporto para a vida
de um asmático, referindo que um pessoa portadora de asma necessita de
inalar maiores quantidades de oxigénio de forma a repô-lo nos pulmões. De
seguida questiona o grupo de qual a principal dificuldade de um asmático.
Adriana responde e esclarece alguns aspectos que considerou importantes.
Teresa e Ricardo auxiliam Adriana na sua resposta. Teresa refere ainda que há
várias terapias respiratórias. O tutor remete de imediato para o tratamento do
fisioterapeuta.
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Cátia toma a palavra referindo que acerca do tratamento do
fisioterapeuta na asma, muito pouco se sabe, mas depois da aula prática
acerca deste assunto, muitos aspectos foram esclarecidos, desta forma, as
técnicas usadas pelos fisioterapeutas iriam ser incluídas na síntese final sobre
a intervenção. ------------
Melissa refere que a sua síntese não estava terminada uma vez que a
informação da aula prática sobre aerossóis ainda não estava disponível no
moodle da escola. -----------------------------------------------
Adriana esclarece o tutor sobre quais as técnicas de tratamento do
fisioterapeuta que tinham sido referidos numa aula prática. Cátia intervém de
forma a explicar algumas dessas técnicas. Stephanie participa dando a
conhecer ao grupo assuntos que achou conveniente acrescentar na sua
síntese. --------
Tânia pede uma sugestão ao tutor acerca da organização do
trabalho/portefólio. O tutor sugere então que talvez seja importante falar
inicialmente da asma e só depois abordar os seguintes pontos. Ricardo refere
que uma possível organização seria, anatomofisiologia, desporto, asma e de
seguida os restantes temas. Melissa pede que todas as bibliografias sejam
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Asma e o Exercício
O Presidente ______________________________________
O Secretário_______________________________________
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