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Incubi e Succubi
A crença na possibilidade da relação sexual entre um ser espiritual e um homem ou mulher
mortais é muito antiga e conhecida no mundo todo.

Na mitologia grega, tais amores estranhos geralmente eram chamados de semideuses. Com a
chegada do Cristianismo, porém, o assunto acabou ganhando um aspecto muito mais sombrio,
especialmente pelo fato de a Igreja Católica dar tanta ênfase ao pecado cometido pelos
mortais e às suas punições. O incubus e o succubus eram ambos considerados demônios,
então.

A palavra incubus vem do latim e significa "aquele que está acima". A palavra succubus
também é latina e significa "aquele que está embaixo". Os incubi eram considerados demônios
que infestavam as mulheres, enquanto que os succubi corrompiam os homens. Vale notar a
intervenção patriarcal em tais significados.

Muitos sacerdotes discutiam sobre a natureza dos incubi e dos succubi e do pecado envolvido
em um possível acasalamento com eles. Muitos afirmavam que o demônio (muitas vezes
chamado de assexuado) ora se transformava em um, ora em outro, para assolar tanto homens
quanto mulheres.

De fato, o argumento utilizado por sacerdotes cristãos era o de que o demônio era muito
perspicaz e depravado sexualmente, e que desta forma poderia receber o sêmen de um
homem (agindo como um succubus) e, na mesma noite, transmití-lo a uma mulher (agindo
como incubus).

No entanto, outros sacerdotes diziam que era impossível a geração de frutos a partir dessas
uniões, e declaravam que seu único propósito era o de fazer homens e mulheres desfrutarem
do sexo, para sua condenação.

Havia também a teoria de que o demônio poderia sim, gerar filhos, e a própria história do
"anticristo" é a de que ele teria sido gerado por um demõnio com uma bruxa. O filme 'O Bebê
de Rosemary' é um bom exemplo contemporâneo desta afirmação.

A idéia da amante do demônio chamou a atenção de muitos escritores, um dos quais, Joris-
Karl Huysmans, tratou-o com um discernimento mais amplo do que a maioria, em sua
brilhante a assustadora visão, 'La-Bas'. Huysmans começou nesse livro a dar uma figura do
satanismo praticado na cidade de Paris de seus dias, na década de 1890. A maior parte do que
ele escreve é baseada em fatos.

Seu herói é seduzido e acaba tendo um caso amoroso com uma jovem mulher casada, que é
uma satanista secreta. Ela se vangloria, diante dele, de um estranho poder que ela possui. Se
existe um homem que ela deseja, tudo o que ela tem que fazer é pensar nele fixamente antes
de dormir, para conseguir desfrutar da relação sexual com ele em seus sonhos.

Segunda ela, esse poder foi-lhe dado pelo Mestre Satanista, um padre destituído. Mais tarde,
ela leva seu amante a uma Missa Negra realizada pelo ex-padre mas, enojado, ele se prepara
da má influência dela.
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O que é interessante neste relato de copulação com os incubi é que ele ecoa uma outra
explicação muito mais antiga, e parece ser improvável que Huysmans soubesse dos fatos, já
que ela vem da Inglaterra.

Na antiga peça de Thomas Middleton, The Witch, da qual Skakespeare cita a canção "Black
Spirits", usada em 'Macbeth', uma das bruxas é forçada a dizer:

Que homem jovem podemos desejar nos dar prazer,

Mas de quem desfrutamos em um incubus?

A maior parte da doutrina das bruxas de Middleton foi tirada do livro 'Discoverie Of
Witchcraft', de Reginald Scot, no qual ele descreve os efeitos dos ungüentos das bruxas:
"Dessa forma em uma noite de luar elas parecem ser levadas pelos ares, em festa, cantos,
danças, beijos, carícias e outros atos de relação sexual, com jovens que elas tanto desejam e
amam".

Não há menção do ungüento das bruxas no 'La-Bas', mas a possibilidade dessas experiências
por meio da pura auto-sugestão não parece de forma alguma difícil demais de ser feita.
Algumas bruxas americanas fazem uso de um ungüento chamado toloachi e dizem que as
mulheres que o usam "não têm necessidade de homens". Sua composição é secreta e
aparentemente alucinógena, mas um ingrediente principal é a Datura Tatula, uma planta
parente do estramônio.

Esse específico tipo de alucinógeno, ou experiência em sonho, parece ser a verdadeira base de
todas as histórias sobre os incubi e os succubi, sem precisar de nenhum recurso de diabos ou
demônios.

O tema da relação sexual com o demônio, ou com uma amante do demônio, geralmente
acontece nas confissões extorquidas das bruxas e lidas durante seus julgamentos em tempos
antigos. É claro que muitas das "confissões" eram forçadas, e em muitos casos as pessoas
eram torturadas para confessar aquilo que seus acusadores exigiam.

Em muitos dos antigos relatos de relações sexuais entre os incubi e os succubi e os seres
humanos, a ênfase é colocada no intenso prazer advindo desss abraços. Depois de 1470,
porém, os relatos compilados por caçadores de bruxas começaram a mudar sua atitude e
história horríveis e nojentas passaram a ser contadas, sobre como a relação com o demônio
era repulsiva e agonizante.

Assim, exigia-se que as bruxas acusadas sob tortura concordassem em afirmar que todos os
aspectos sexuais eram repulsivos, fazendo com que as imaginações causadas pelas idéias de
um sexo afrodisíaco não pudessem jamais acontecer.

Os autores do 'Malleus Malleficarum' estavam interessados nos detalhes de tais relações


sexuais, é claro. Esse livro foi publicado pela primeira vez em 1486 e durante muitos anos foi o
manual oficial da perseguição das bruxas. Seus autores sacerdotais nos dão uma descrição
menos desagradável de tais copulações, o que mostra a possível natureza auto-sugestiva de
tais relatos.
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Eles dizem que em todos os casos dos quais eles tiveram conhecimento, o demõnio sempre
apareceu de forma visível a uma bruxa. "Mas com relação a qualquer espectador, as próprias
bruxas sempre foram vistas deitadas de costas nos campos ou nas florestas, nuas até o
umbigo, e parece estar claro a partir da disposição do tronco e dos demais membros que
fazem parte do ato venéreo e do orgasmo, assim como também da agitação de suas pernas e
das coxas, que, embora totalmente invisível aos espectadores, elas estavam copulando com os
demônios incubi, apesar de que, às vezes, isso fosse raro, mas no final do ato um vapor muito
escuro, com a altura aproximada de um homem, aparecia suspenso no ar levantando-se do
corpo da bruxa".

Considerando-se a atmosfera da Idade Média, quando o prazer sexual era equacionado com o
pecado e a ignorância, a superstição e a regressão, controlando as mentes das pessoas, cenas
como essas eram totalmente compreensíveis sem a intervenção de quaisquer "demônios",
exceto aqueles que existiam nas mentes dos participantes, tanto das mulheres como dos
"espectadores" escondidos.

Relatos das relações de homens com os succubi são menos freqüentes e, quando aconteciam,
muitas vezes seguiam padrões das histórias dos incubi. O succubus toma a forma de uma linda
mulher, mas sua vagina é fria como gelo e, às vezes, seu amante vê suas pernas terminando
em uma forma de patas partidas.

Mais uma vez, os relatos mais antigos dos succubi os apresentam como demônias bonitas e
apaixonadamente atraentes, que apareciam para sacerdotes ou eremitas sagrados com o
objetivo de tentá-los - uma aventura que na maioria das vezes era bem-sucedida.

Os relatos do corpo frio como o gelo do succubus parecem ser meramente imitados daqueles
contos semelhantes dos incubi, pois a maioria das histórias dos succubi representa-os como
sendo diabolicamente sedutores e atraentes, tomando a forma de cortesãs de prostitutas para
tentarem os homens. Os relatos nunca falavam do momento da chegada desses demônios
porque as pessoas só se davam conta de sua presença quando o ato sexual já estava em
andamento.

O Lamiae e o Empusae da lenda pagã eram seres parecidos, e a origem da maioria dessas
histórias parece estar presente nos sonhos eróticos que vêm para os homens à noite sem
vontade consciente. Em sua maior parte, esses sonhos são prazerosos, mas se sentimentos de
culpa e o terror do pecado faziam-se presentes, os fantasmas assumiam uma forma mais
sombria, e o sonhador entrava nos reinos dos pesadelos.

Ao analisarmos todos esses fatos, o que podemos dizer é que aquela era uma época
autoritária, de poderio máximo da Igreja, onde pecadores eram severamente punidos e
humilhados. Assim, sentir desejo sexual ou mesmo ter orgasmos espontâneos durante os
sonhos era considerado repulsivo na época. Desta forma, alegar que um ser do demônio tenha
lhe visitado à noite era muito mais digno de compaixão que de condenação.

Da mesma forma, relatos de sacerdotes cristãos que se diziam tentados por belas mulheres,
chamadas de demônios, ao nosso ver nada mais eram do que uma maneira de tentar safar-se
da situação. Era muita mais fácil dizer que o demônio tinha atacado à noite do que dizer "uma
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mulher entrou aqui, fez sexo comigo e eu gostei". Eles não podiam dizer isso e acabou
tornando-se um pacto silencioso a crença em tais seres diabólicos.

Torna-se clara tal afirmação ao analisarmos alguns relatos da época, especialmente marcados
pelo teor de uma sociedade patriarcal. O incubus, demônio masculino, tomava as mulheres
porque elas eram bruxas, porque elas iam às florestas... Os succubi, por sua vez, pegavam o
homem desprevinido, puro e inocente, e lhe tentavam. Naquela época, uma visão como essa
tinha muito crédito, mas hoje em dia é engraçado e até absurdo ainda encontrarmos pessoas
que defendam tais teses.

Incubi e succubi tornam-se, então, meras desculpas para justificar o comportamento humano
natural de sentir prazer durante o ato sexual e de desejar outras pessoas, mesmo enquanto
estamos dormindo, em sonhos. Tornam-se um bode expiatório da Igreja para condenar todos
aqueles que possuem tais sentimentos, condenando-os como pecadores e acusando-os de
manter relações com o próprio demônio.

Tornam-se uma desculpa de sacerdotes cristãos que desejavam outras mulheres mas não
podiam, devido ao celibato. Tornam-se uma desculpa para justificar uma mulher grávida sem
ao menos ser casada, especialmente se esta mulher fosse filha de alguém importante na época
e que temia perder seu status social. Tornam-se desculpas para justificar um filho que não
fosse parecido com o marido da mulher (transferência de sêmen através de tais seres?).

Enfim, as utilidades dos incubi e succubi eram diversas na época e até hoje tais crenças ficam
incorporadas às mentes de algumas pessoas, relacionando sonhos sexuais a presença de
espíritos ou mesmo em filmes aparentemente inconscientes como 'O Bebê de Rosemary'.

Quando pensamos em crenças medievais, pensamos que se tratam de algo muito antigo e
ultrapassado. Mero engano. Tais crenças ainda estão presentes em nossa sociedade, devido ao
preconceito e à velha história de que "as pessoas não gostam de ler". Apenas estudando,
conhecendo e vivendo, aprenderemos
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Nome do ficheiro: Incubi e Succubi


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l.dotm
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Assunto:
Autor: Sissy
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Data de criação: 15-01-2009 13:10:00
Número da alteração: 1
Guardado pela última vez em: 15-01-2009 13:10:00
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