Sei sulla pagina 1di 20

13 Boletim dos Professores

ISSN 1646-0219
Plano Nacional de Leitura na vida das escolas
www.min-edu.pt
Janeiro 2009 Modernização dos estabelecimentos do ensino secundário

Prémio Nacional de Professores


distingue cinco docentes
O Plano Nacional de Leitura na vida das escolas

Os resultados da introdução do Plano Nacional de Leitura (PNL), há dois anos,


já são visíveis nas escolas portuguesas, nas quais se está a gerar um autêntico
02 movimento leitor, que abrange os alunos dos diversos níveis de ensino.

Sempre gostei de ir a escolas. Basta-me captar as vozes


das crianças, mesmo antes de chegar ao portão, basta-
-me entrar nos átrios, percorrer corredores e espreitar
salas, para compreender o que ali se vive. As escolas são
o meu ambiente natural.

Com o PNL, o prazer redobrou. Os colegas acolhem-me


com uma simpatia ainda mais calorosa, as crianças
olham-me com sorrisinhos, ou sorrisos de conspiração
positiva, conforme a idade. E, sem querer ser juíza
em causa própria, é inegável que se gerou (ou reforçou)
um movimento leitor.
Janeiro 2009

Num esforço para identificar os aspectos mais visíveis


do movimento, enumero cinco pontos fortes:

1. A leitura entrou nas aulas como uma actividade – as listas de obras recomendadas para cada ano
Boletim dos Professores

natural, indispensável. de escolaridade;


Todos a encaram como genuinamente útil e, ainda – o apoio financeiro aos agrupamentos e escolas
por cima, dá prazer a alunos e a professores. para aquisição de livros, com financiamento
2. A biblioteca escolar e a biblioteca pública conjunto do Ministério da Educação,
são motores essenciais do movimento. Contribuem das autarquias, de mecenas e de parceiros;
para aproximar as escolas de cada agrupamento – a selecção e a aquisição dos livros
em torno de objectivos e recursos comuns, têm da responsabilidade de educadores e professores;
um papel central e a sua influência é visível – a sugestão para que adquirissem 12 exemplares
nos espaços colectivos das escolas. de cada título escolhido, um livro para cada
3. As crianças e os jovens desejam os momentos dois alunos, e que organizassem uma rotação
de leitura na aula, são presença constante e têm dos conjuntos, de turma para turma e de escola
relação próxima com a biblioteca, requisitam livros para escola;
para ler em casa, têm orgulho em informar que – o lançamento do Clube de Leituras e de vários
já leram e gostam de ler. concursos, comemorações e iniciativas;
4. Alunos, professores, pais e outras pessoas – a recepção e divulgação constante da acção
da comunidade estão disponíveis para actividades das escolas na promoção da leitura, nos sítios
que celebrem o prazer de ler, como o Concurso da RBE e do PNL.
Nacional de Leitura ou as que são preparadas
e realizadas com entusiasmo na Semana da Leitura. Quando agora vou a uma escola, sinto que a leitura está
5. A leitura orientada na sala de aula tornou-se viável, presente e se instala, cada vez mais, no meu ambiente
graças a algumas decisões, e algum apoio do PNL e natural.
da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), que as escolas
acolheram, transformaram e integraram na sua prática: Isabel Alçada
Coordenadora do PNL
Avaliação externa do 2.º ano do PNL revela aumento
do interesse dos alunos pela leitura Jardim-de-Infância de Silves:
Já há crianças que pedem livros ao Pai Natal
A avaliação externa do 2.º ano do PNL revela um
aumento do interesse ou gosto dos alunos do pré-escolar 03
e dos 1.º e 2.º ciclos pela leitura, de acordo com A habitual carta ao Pai Natal, recheada de pedidos
um inquérito feito em linha a todos os agrupamentos de brinquedos, de PlayStations, de jogos, de carros
de escolas e escolas não agrupadas. e de bonecas, este ano já é diferente na sala
da educadora Teresa Durand, conhecida por Tila.
O inquérito apresenta como resultados e impactos No Jardim-de-Infância de Silves, com apenas 5 anos,
do PNL um crescimento do interesse ou gosto dos alunos já há quem troque brinquedos por livros.
pela leitura, bem como o desenvolvimento e a melhoria
de competências e resultados dos alunos e o reforço A educadora revela o segredo para cativar os alunos:
das actividades de promoção da leitura nos “Insistindo, trabalhando, falando no livro. É uma
agrupamentos de escolas e nas escolas não agrupadas. brincadeira com rigor”, afirma, considerando que os seus
alunos têm uma relação afectiva com o livro.
As respostas das escolas demonstram uma intensificação

Boletim dos Professores


das práticas de leitura dos alunos, em diversos contextos, Desde os 3 anos que é dada a possibilidade de escolha
bem como um aumento da frequência da utilização dos livros às crianças. O jardim-de-infância requisita-os
de bibliotecas pelos alunos. à biblioteca municipal, mas quem os escolhe são
os alunos, exibindo o respectivo cartão de leitor. Dentro
A quase totalidade dos agrupamentos e das escolas do livro, está uma ficha de leitura que os alunos devem
desenvolveu leitura orientada em sala de aula preencher em casa com a ajuda dos pais.

Janeiro 2009
no pré-escolar (82,4 por cento), no 1.º ciclo (98,3
por cento), no 2.º ciclo (98,4 por cento) e no 3.º ciclo O projecto curricular da escola, cujo tema é O livro
(83,3 por cento). e a família na construção do sucesso, colocando a leitura
no centro da actividade, casa bem com o projecto
O segundo ano do PNL ficou também marcado pela Sempre a Ler, no âmbito da iniciativa A Ler +, do PNL.
inovação ao nível das actividades, nomeadamente através
da distribuição de um livro a todos os alunos que Este projecto, que começou no passado ano lectivo,
entraram no 1.º ano de escolaridade em 2008/2009. assenta em três grandes níveis de intervenção: todos
Para mais informações, consultar www.min-edu.pt os jardins-de-infância do Agrupamento Vertical
Dr. Garcia Domingos, a interacção entre os alunos
dos diferentes estabelecimentos de ensino do
agrupamento, e a comunidade, por meio da biblioteca
municipal e dos pais.

A adesão à requisição dos livros parece ser cada vez


maior. Maria Madalena Santos, coordenadora local
da Rede de Bibliotecas Escolares do agrupamento,
conta um episódio que revela o crescente interesse
dos alunos pela leitura. Numa deslocação à biblioteca
municipal, comentou com a responsável: “Estão aqui
os meus clientes.” Ao que a responsável reagiu: ”Cada
vez mais.”

Os alunos têm o hábito de ir à biblioteca municipal


requisitar livros e filmes com a educadora e, por vezes,
ouvir contos através das “noites de contos” que se
realizam por regra em cada período lectivo ou através
das “noites de poesia”.
As tarefas para casa também envolvem frequentemente Abraço de Leitura – assim se intitula o projecto A Ler +,
os pais, sensibilizados pelo jardim-de-infância para do PNL, que entusiasma os alunos desta escola, sentados
a importância da leitura e para o projecto Sempre a Ler, em círculo no meio da sala de aula. “Surpresa!” –
seja através da escolha de uma poesia de Natal, seja a professora retira do centro da roda um pano que, como
04 partilhando com as crianças o que elas retiveram na aula por magia, traz consigo um conjunto de livros arrancando
sobre um determinado texto. um enorme sorriso e alegria nos seus alunos.

Resultados de tudo isto? Ainda que os efeitos só a longo Nesta iniciativa, sempre em articulação com a biblioteca
prazo sejam visíveis, pelo menos os alunos da educadora escolar e com a área de projecto do 1.º ano Ler é
Tila já dizem que “Ler é bom e faz crescer”. Divertido, há um trabalho conjunto da comunidade,
dos funcionários, dos alunos, da família, da câmara
e da biblioteca municipais. A coordenadora do projecto,
Escola EB1 de Alvalade: Antónia Lança, afirma mesmo que na prova de aferição de
A escola onde os alunos abraçam os livros Língua Portuguesa foi visível uma melhoria dos resultados.

Em cada matéria nova, há sempre uma história para contar


e a leitura está presente nas mais diversas áreas do saber…
até na Matemática. No 2.º ano, os alunos trabalharam a
centena através de um jogral e utilizando um poema (A
Janeiro 2009

Centena) que aproveitaram para fazer leitura dramatizada.

Variando um pouco, a professora exibe uma revista com


uma abóbora. Uma abóbora porquê? Os alunos depressa
Boletim dos Professores

se recordam do Dia da Alimentação, em que fizeram doce


de abóbora e uma sangria especial de xarope de groselha,
sumo e fruta. A última tarefa destes alunos na sala de aula
consiste em abraçar os livros, e todos sem excepção o fazem
bem- dispostos. Com este ritual, os meninos e as meninas
do 1.º ano parecem ouvir, cada vez mais, o pedido dos
livros que Antónia Lança não se cansa de repetir: “Eles estão
sempre a dizer venham ter connosco, leva-me contigo.”

Escola EB 2,3 Delfim Santos:


Uma escola leitora
Ler é divertido porque…“podes imaginar que és uma
princesa poderosa ou um dinossauro assustador”, porque
“podes fazer um novo amigo” e até “podes sonhar”, O convite para integrar o projecto A Ler +, no âmbito do
explica a professora Vera Lourenço aos alunos do 1.º ano PNL, além de funcionar como uma forma de reconhecimento
da Escola Básica de Alvalade do Sado, que, entretidos e de divulgação do trabalho desenvolvido na Escola EB 2,3
com as ilustrações e as letras do livro, vão adivinhando Delfim Santos, em Lisboa, permitiu também dotar o
os porquês de abraçar a leitura. estabelecimento de ensino dos meios financeiros necessários
para dar continuidade ao trabalho desenvolvido, desde
Noah, que já sabe ler, não só com imagens, mas 2005, no âmbito da promoção da leitura.
com letras de verdade, apressa-se a responder
com entusiasmo a tudo antes de a professora virar Bernardette Capelo Pereira é o rosto visível do projecto
a página, e o reparo ao seu comportamento é este: A Escola a Ler que, desde há três anos, procura levar
“Temos de respeitar os outros colegas que estão os alunos, os professores, os funcionários e os pais
a aprender.” Noah vive num monte, mas todas as sextas a desenvolverem o gosto pela leitura, de modo
à tarde precisa de ir para Lisboa, por isso a professora a transformar o estabelecimento de ensino numa
empresta-lhe semanalmente um livro para ler em casa. autêntica comunidade de leitores.
Sugestões para desenvolver um ambiente integral 05
de leitura na escola

Quando assumiu a coordenação da biblioteca da escola, O projecto A Ler +, que decorre em 33 escolas, neste
esta professora de Língua Portuguesa decidiu, ano lectivo, visa o desenvolvimento de uma cultura
de imediato, que não desejava dedicar-se a tarefas integrada de leitura, através da acção conjugada dos
burocráticas, apostando na delineação de actividades estabelecimentos de ensino e das bibliotecas escolares,
de carácter pedagógico, de tipo permanente e pontual, em estreita parceria com as bibliotecas públicas
que estimulassem o gosto pela leitura em toda a escola. e com a comunidade.

Entre as actividades de carácter permanente, contam-se o Lançada pelo PNL, pela Rede de Bibliotecas Escolares
convite personalizado aos alunos para visitarem a biblioteca, e pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas,
a realização de exposições bibliográficas sobre um tema ou esta iniciativa divulga diversas sugestões, de carácter

Boletim dos Professores


um escritor, os encontros com autores ou a divulgação das prático, para desenvolver um ambiente integral
actividades desenvolvidas através de brochuras informativas. de leitura na escola.

O Livro Peregrino, uma das actividades que mais Dar grande visibilidade à leitura: Tornar a leitura
entusiasma os alunos, consiste em colocar livros a circular visível, colocando painéis criativos sobre leitura em toda
livremente na escola, que podem ser lidos pelos estudantes a escola, incluindo, por exemplo, um painel com imagens

Janeiro 2009
que o desejarem e, a seguir, são novamente deixados noutro de professores, alunos ou membros da comunidade local
local para que possam ser encontrados por outros colegas. “apanhados a ler”.

A Semana e a Maratona da Leitura são actividades Entrada com leitura: Colocar prospectos sobre
que têm como objectivo a intensificação da leitura a escola, livros, revistas e jornais para os visitantes
em toda a escola, no primeiro caso durante uma semana do estabelecimento de ensino lerem, pedindo-lhes
inteira, e no segundo ao longo de um dia, durante sugestões de leitura e tirando-lhes fotografias com
o qual o desafio é ler ininterruptamente. os livros que andam a ler para afixar nos painéis.

A Comunidade de Leitores implica a leitura de um livro Tornar a leitura inevitável: Colocar livros em todos
por todos os inscritos, sejam alunos ou professores, os locais da escola e não apenas na biblioteca.
que depois se reúnem na biblioteca para debaterem
a obra lida e realizarem actividades alusivas à mesma. Reuniões de leitura: Organizar reuniões em que
os professores, os funcionários, os alunos e pessoas
A Festa da Poesia e os Ateliers de Poesia são outros dos da comunidade falem das suas leituras preferidas.
pontos altos da programação, contando com actividades
apelativas como fazer poemas voar presos a balões, Novas tecnologias: Utilizar as novas tecnologias
colocar poesia em árvores, escrever poemas no chão para difundir mensagens sobre leituras recomendadas
da escola ou, ainda, realizar actividades surpreendentes e divulgar informações aos pais.
que conduzam à construção de novos poemas a partir de
versos de poetas consagrados. Histórias à hora do almoço: Pedir a um professor,
a um familiar, a um funcionário ou a um aluno mais
Contando agora com o enquadramento e o apoio velho para fazer uma sessão de leitura à hora do almoço.
do PNL, a intenção é lançar propostas de motivação
para a leitura, acolhendo sempre as sugestões vindas Jornal da escola: Incluir no jornal da escola referências
de todos os intervenientes no projecto, desenvolvido às leituras dos professores quando eram crianças
com o objectivo central de fazer do acto de ler uma e na actualidade. Abordar, também, as leituras preferidas
forma de abertura ao outro e ao mundo. dos alunos.
Ensino especializado da Música
regista evolução positiva
O ensino especializado da Música regista, neste ano
lectivo, uma evolução significativa, traduzida no
aumento do número de alunos, em mais investimento,
06 em mais escolas e em melhores instalações.

Os indicadores disponibilizados pela Agência Nacional


para a Qualificação demonstram que, no ano lectivo
de 2008/2009, o total de alunos aumentou 47 por cento
relativamente ao ano lectivo anterior, ascendendo a 25 443.

Este acréscimo, em mais de 8000 alunos, resulta Se, por regime de frequência, o aumento do número
do aumento em 83 por cento dos inscritos de alunos se deve aos cursos de iniciação e aos ensinos
articulado e integrado, já por tipo de estabelecimento
no regime de iniciação, e de 72 por cento
o principal contributo vem das escolas particulares
nos regimes articulado e integrado. e cooperativas, que, ao aumentarem as inscrições em
62 por cento, permitiram o acesso a mais 7800 alunos.
Enquanto no primeiro caso o número de alunos aumenta
de 4958 para 9071, no segundo caso sobe de 5840 A existência de 96 escolas do ensino regular com aulas
Janeiro 2009

para 10 064. de iniciação, que são frequentadas por 3454 alunos,


é outros dos factores a relevar.
Estes números superam as metas estabelecidas para
este ano lectivo, que apontavam para o aumento das É de salientar que o financiamento público, para
Boletim dos Professores

inscrições nos cursos de iniciação musical entre 50 e 100 este ano lectivo, ascendeu a 55 milhões de euros, o que
por cento e nos regimes articulado e integrado em 30 por representa um crescimento de 57 por cento relativamente
cento, elevando o número de alunos para mais de 25 mil. ao ano lectivo anterior.

Testemunho da Academia de Música e Dança do Fundão A celebração de protocolos entre escolas, a constituição
de turmas dedicadas, a construção de horários comuns
O ano lectivo de 2008/2009 representa, para o ensino e a partilha de instalações são actos da maior importância
especializado da Música, o início de um percurso que, para o êxito destes alunos.
se for levado até ao fim, poderá mudar de forma profunda
este subsistema de ensino. Assim, pela primeira vez, foi possível constituir turmas
dedicadas no 5.º ano de escolaridade nos quatro
A aposta no regime integrado, como sendo o modelo ideal, agrupamentos com os quais estabelecemos parcerias.
é óbvia: basta perceber as dificuldades em conciliar E agora, que estamos próximo do final do primeiro período,
os horários nas escolas de ensino regular e artístico, a somar é possível fazer um primeiro balanço:
às constantes deslocações que os alunos tinham necessidade
de fazer, com todo o desgaste físico inerente. – O número de alunos que usufruem do ensino especializado
da Música aumentou significativamente;
A criação de condições de articulação entre as escolas do – A organização dos horários permite uma maior
ensino regular e artístico para o desenvolvimento do modelo disponibilidade para a frequência do currículo e de tempo
de regime articulado é talvez a medida de maior relevância. disponível para estudar;
– A deslocação e a leccionação das disciplinas artísticas
Uma vez que a maior parte das escolas do ensino artístico não na escola de ensino regular possibilita uma maior percepção
possui condições físicas para proporcionar o regime integrado, por parte da comunidade escolar do trabalho, da disciplina
esta opção é aquela que claramente irá abranger um maior e da exigência com que estes alunos são confrontados;
número de alunos. – A solicitação para a participação em actividades
interdisciplinares e no desenvolvimento de projectos no âmbito
da turma ou da própria escola aumentou significativamente.
Prémio Nacional de Professores
distingue cinco docentes
Na segunda edição do Prémio Nacional de Professores, que decorreu
em 2008, foram premiados cinco docentes, um na categoria Prémio Nacional
de Professores e os restantes nas quatro categorias de mérito: Carreira,
Inovação, Liderança e Integração. 07

Boletim dos Professores


Janeiro 2009
A cerimónia de atribuição e de divulgação dos prémios O Prémio de Mérito Inovação foi atribuído
realizou-se no dia 24 de Novembro, às 10h00, na Casa a Carlos Pinheiro, coordenador do Centro de Recursos
da Música, no Porto. Educativos na Escola Básica 2, 3 Padre Alberto Neto,
em Rio de Mouro.
O Prémio Nacional de Professores foi atribuído a Jacinta
Moreira, professora de Biologia e Geologia na Escola Este prémio coloca em evidência professores que introduzam
Secundária Carolina Michaëlis, no Porto. métodos inovadores de ensino na sua prática educativa.

O objectivo deste prémio é reconhecer e galardoar O Prémio de Mérito Liderança foi atribuído a João Paulo
os docentes que contribuam de forma excepcional Mineiro, presidente do Conselho Executivo da Escola
para a qualidade do sistema de ensino, quer no exercício Secundária com 3.º Ciclo Quinta das Palmeiras, na
da actividade docente, em contacto directo com alunos, Covilhã.
quer na defesa de boas práticas com impacto
na valorização da escola. Este prémio reconhece professores que revelem um
desempenho excepcional nas actividades de coordenação
O Prémio de Mérito Carreira foi atribuído a Afonso Rema, e dinamização ou de gestão da escola.
professor de Português e de Francês na Escola Secundária
Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, em Valadares. O Prémio de Mérito Integração foi atribuído a José Alves
Rocheta, professor de Educação Tecnológica na Escola
Este prémio distingue professores que revelem, ao longo Básica 2, 3 com Ensino Secundário Dr. Azevedo Neves.
da carreira, a adopção de boas práticas e capacidade
de lidar com as dificuldades, tornando-se uma referência Este prémio destaca professores que dêem particular
para os seus pares e para os seus alunos, bem como atenção às necessidades educativas dos alunos com ritmos
para a restante comunidade educativa. e estilos diversos de aprendizagem ou de diferentes culturas.

Prémio Nacional de Professores distingue cinco docentes


Jacinta Moreira:
Uma professora que faz por melhorar as suas práticas
Acção, reflexão e relação são os três vértices do triângulo que enquadram
a actividade profissional de Jacinta Moreira, professora de Biologia e Geologia,
na Escola Secundária Carolina Michaëlis, no Porto, que foi distinguida
08 com o Prémio Nacional de Professores, na edição de 2008.

“As boas práticas não nascem do nada” – quem o diz Fazendo justiça à percentagem dos 10 por cento
é Jacinta Moreira, professora de Biologia e de Geologia de inspiração e 90 por cento de transpiração,
que, ao longo de 20 anos de docência, tem tomado as actividades que realiza envolvem a planificação
nas mãos a responsabilidade de fazer com que as suas pormenorizada das diferentes etapas, a construção
práticas contribuam, de uma forma cada vez mais eficaz, de livros de campo, a preparação de protocolos
para a aprendizagem dos alunos. experimentais, o desenvolvimento de guiões
de exploração, bem como a disponibilização
Como acredita que “um bom professor se faz”, se juntar de instrumentos de recolha de dados.
às qualidades que já possui um trabalho sério
e uma reflexão consistente, apostou em fazer-se melhor A estes dois vértices de acção e reflexão junta
professora, investindo no conhecimento científico o vértice relação, sem o qual, na sua opinião,
e didáctico específico da sua área de docência.
um professor, por mais conhecimentos
Janeiro 2009

Consciente de que a formação inicial não lhe tinha que possua, não consegue fazer passar
ensinado tudo quanto era necessário saber para lidar a mensagem aos estudantes.
com os alunos num mundo em mudança, em que o acto
de fazer aprender parecia cada vez mais complexo “Vê-se que gosta de nós”, reconhecem os alunos,
Boletim dosProfessores

de concretizar, há cerca de 10 anos confrontou-se com a afirmando que a professora permite a aproximação
necessidade de procurar respostas para as suas perguntas. e a cumplicidade, sem nunca deixar de impor o respeito
e de negociar as regras. “É uma 'stora' alegre que está
O desenvolvimento do ensino experimental, sempre bem-disposta”, acrescentam outros, para quem
nomeadamente de trabalho de campo, foi a resposta estas qualidades são determinantes para apreciarem
encontrada para promover o sucesso dos alunos as aulas. “Faz a sua parte do trabalho: prepara bem
e a melhoria das suas aprendizagens, através as aulas e procura fazer actividades diferentes”, apreciam
de um aprender em acção, sempre cuidadosamente alguns, conscientes da importância da preparação
preparado, sistematizado e avaliado. do trabalho docente.

Além da aposta no trabalho com os alunos na escola,


Jacinta Moreira procurou tornar o seu conhecimento
científico e didáctico cada vez mais sólido, através
da realização do mestrado no âmbito da Geologia,
em 2001, e do doutoramento no ramo das Ciências
da Educação, em 2007.

Esteve requisitada na Faculdade de Ciências


da Universidade do Porto, em 2001/2002, a leccionar
a disciplina de Didáctica da Geologia, mas optou
por voltar para a Escola Secundária Carolina Michaëlis,
onde lecciona desde 1996.

Prémio Nacional de Professores distingue cinco docentes


09

O contacto com a universidade mantém-se Percurso académico


através da orientação de estágios pedagógicos,
– Licenciatura em Geologia, Ramo Educacional,
que assumiu, de forma continuada, desde 1999.
na Faculdade de Ciências da Universidade
do Porto (1989)
Depois da reflexão sobre o acto de fazer aprender, – Mestrado em Geologia para o Ensino, na Faculdade
integra na sua vocação contribuir para outros de Ciências da Universidade do Porto (2001)
aprenderem a ensinar. – Doutoramento no ramo de conhecimento
em Ciências da Educação, na Faculdade

Boletim dos Professores


Os alunos que estagiaram com a professora no ano de Psicologia e Ciências da Educação
lectivo anterior testemunham a seriedade com que da Universidade do Porto (2007)
prepara o trabalho e o apoio que lhes prestou
na planificação das suas aulas, salientando ainda a sua Percurso profissional
disponibilidade para aceitar sugestões de actividades
novas, numa postura de abertura à mudança – Início da actividade docente (1989)
e à inovação, desde que bem pensada e estruturada. – Professora na Escola Secundária com 3.º Ciclo

Janeiro 2009
Carolina Michaëlis (desde 1996)
A elaboração de manuais escolares para as disciplinas
de Ciências da Natureza, do ensino básico, e de Geologia, Outras experiências profissionais
do ensino secundário, foi outra das experiências
profissionais significativas, de sistematização e de partilha – Autora de manuais escolares para as disciplinas
do saber acerca da didáctica da sua área de docência. de Ciências da Natureza, do ensino básico,
e de Geologia, do ensino secundário (entre 1993
Em todas estas actividades tem sido uma constante e 1999)
a interrogação, o estudo e a experimentação, essenciais – Orientadora de estágios pedagógicos (desde 1999)
para o desenvolvimento profissional e para – Professora requisitada na Faculdade de Ciências
o aperfeiçoamento do ensino. da Universidade do Porto a leccionar a disciplina
de Didáctica da Geologia (2001/2002)
– Formadora de professores certificada pelo Conselho
Científico-Pedagógico da Formação Contínua
– Investigadora do Centro de Investigação
e Intervenção Educativas, da Faculdade
de Psicologia e Ciências da Educação
da Universidade do Porto
– Membro da Comissão Técnico-Pedagógica
da Casa das Ciências – Portal Gulbenkian
para os professores de ciências
– Orientadora de teses de mestrado

Prémio Nacional de Professores distingue cinco docentes


Afonso Rema:
O convite para entrar nas obras
de referência da literatura portuguesa
Afonso Rema, professor de Português e de Francês durante mais de três décadas, foi distinguido
com o Prémio de Mérito Carreira, pelo muito que fez ao cativar gerações de alunos para
a literatura portuguesa, com repercussões nos resultados escolares dos estudantes da Escola
10 Secundária Dr. Joaquim Ferreira Alves, que se distinguiram a nível nacional.

Entra dentro de um livro e transforma-se numa O segredo talvez seja muito simples, tal como admite
das personagens principais. Depois, já de dentro da obra Afonso Rema. Talvez até nem haja mistério algum. E, se
literária, chama os alunos e convida-os a entrar. Não há o há, reside certamente no gosto que o próprio professor
como recusar um convite destes, para habitar dentro tem pela leitura, nomeadamente pela literatura portuguesa.
de um livro, povoando-o de personagens.
Só se pode transmitir um gosto que efectivamente
E os alunos entram, quase sem darem por isso,
se tem. E este professor gosta de ler não só
nos volumes de leitura obrigatória, na disciplina
de Português do ensino secundário, pela mão as obras dos escritores como também livros sobre
do professor Afonso Rema, que conclui, neste ano lectivo, os homens que havia por detrás dos escritores.
uma carreira de mais de três décadas, ao longo das quais
viajou com os estudantes, não só nas páginas dos livros, Este gosto pela leitura das obras traduzia-se nos
mas também nos cenários onde se moviam os escritores. resultados escolares dos alunos, tanto na avaliação
Janeiro 2009

interna quanto na externa. De tal forma, que, em 2004,


Da Escola Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, os seus 28 alunos de Português A obtiveram a mais
em Valadares, partia com os estudantes, em visitas elevada média da disciplina, mais exactamente 15,8,
de estudo, rumo aos locais que tinham servido entre escolas públicas e privadas.
Boletim dosProfessores

de cenário à elaboração das obras a estudar.


Na opinião do professor, para esses bons resultados teve
Essas viagens pelos cenários das histórias, que fascinavam grande peso o facto de ter acompanhado esses alunos
os alunos, funcionavam como verdadeiras facilitadoras durante três anos seguidos, do 10.º ao 12.º ano,
da leitura, contribuindo para o virar das páginas das obras o que considera uma oportunidade privilegiada
de leitura obrigatória que começavam por parecer pouco para desenvolver um trabalho consistente.
apelativos. Começavam, é bem verdade, mas depois,
contagiados com o entusiasmo do professor, o que Mas, segundo garantem os estudantes, não se trata
é certo é que os estudantes acabavam por entrar nos livros apenas de uma questão de trabalho, mas também
e por os ler do princípio ao fim. de relação e de exemplo. Ao nível do relacionamento,
consideram este professor como um amigo, que permite
a proximidade sem nunca deixar de impor o respeito.

O respeito, a admiração e o afecto que os jovens têm pelo


professor estão estreitamente relacionados com o exemplo
que constitui para os alunos. Com um comportamento
eticamente irrepreensível, dá-se como modelo a seguir.

Foi por tudo aquilo que ensinou, mas também pelas


qualidades humanas e pelos valores transmitidos, que
Afonso Rema marcou as gerações de estudantes que lhe
passaram pelas mãos, até ao ano lectivo de 2007/2008.
São os alunos que o dizem. E são unânimes.

Prémio Nacional de Professores distingue cinco docentes


Carlos Pinheiro:
O encontro com os alunos de forma inovadora
Professor de História durante 18 anos, coordenador do centro de recursos educativos (CRE) da Escola
Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Padre Alberto Neto, formador de professores, impulsionador da biblioteca
digital, Carlos Pinheiro, vencedor do Prémio Mérito Inovação, encara as novas tecnologias de informação
e comunicação (TIC) como um desafio e tenta encontrar todos os dias novas estratégias que convidam
os alunos a ler e a ocupar os tempos livres de forma original. 11

Nesta escola, a biblioteca é um espaço inovador onde os Sempre envolvido em projectos relacionados com as TIC,
alunos vão ao encontro não apenas de histórias mas de lançou também a página Ler para crer, com o objectivo de
experiências novas e, sobretudo, onde começam a sentir apoiar e divulgar as actividades realizadas nas escolas do
que o ensino está mais próximo dos seus interesses. Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro Padre Alberto
Neto, no âmbito Plano Nacional de Leitura. Este projecto
Daniela, 13 anos, já sabe o que quer ser quando for proporciona aos alunos o acesso a fichas e guias de
grande: fotógrafa. A convicção nasceu na escola, através leitura, bem como a trabalhos realizados pelos estudantes.
de uma das várias iniciativas do professor Carlos,
a exposição Apanhados a ler. Com o objectivo
de desenvolver o gosto pela leitura, os alunos,

Boletim dos Professores


apanhados a ler e fotografados pelos colegas, chegaram
à conclusão de que “ler é fixe”.

Carlos Pinheiro tenta cativar o gosto dos alunos


pela leitura e pelo conhecimento através das mais
variadas formas.

Janeiro 2009
É que, se o aluno não vai à biblioteca, o professor faz
com que a biblioteca vá ter com ele. O CRE da escola
tem um perfil no Hi5 onde permanentemente são
sugeridos livros. “A ideia é aproveitar a presença maciça Ainda da sua autoria, o blogue Ler para crer, já
dos jovens no Hi5 levando a biblioteca ao sítio onde eles reconhecido internacionalmente por países como Espanha
estão”, refere. e Bélgica, é outra das ferramentas ao dispor de alunos
e professores de todas as escolas e além-fronteiras.
A leitura recreativa e a escrita são incentivadas pelo
professor através do livro do mês, proporcionando Desenvolveu o ensino em diferentes plataformas on-line
aos alunos o contacto com os autores e realizando e em blend-learning permitindo um ensino diferenciado,
as olimpíadas da leitura. respeitando diferentes ritmos de aprendizagem.

A biblioteca digital da escola, da sua inteira As suas práticas são partilhadas a nível regional, com
responsabilidade, permite que alunos e professores, a participação em encontros de docentes e educadores
através do CRE, tenham acesso a um conjunto do concelho de Sintra; a nível nacional, através
de materiais digitais, tais como jornais, fichas da colaboração com o Gabinete da Rede de Bibliotecas
de avaliação e de trabalho, fotografias das actividades Escolares e com os coordenadores interconcelhios
desenvolvidas na escola e 300 livros em formato digital. na difusão dos seus projectos; e a nível internacional,
através do acesso directo on-line.
Criou um portal de recursos electrónicos com materiais
pedagógicos, recursos seleccionados na Internet, O interesse pelas TIC é transmitido a outros professores
disponíveis para todos, denominado byblos.malha.net. que com ele trabalham através de acções de formação.
Nas palavras do presidente do conselho executivo,
“Carlos Pinheiro é um agente modificador das pessoas
e, através delas, particularmente da escola”.

Prémio Nacional de Professores distingue cinco docentes


João Paulo Mineiro:
O líder que aceita as dificuldades como desafios
Em criança, amigos e familiares delegavam-lhe a organização das brincadeiras. Já nessa altura
gostava de se assumir como “professor”, planeava, dirigia as actividades, criava e distribuía
materiais, fichas e avaliava. João Paulo Mineiro, vencedor do Prémio Liderança, é visto pelos
12 alunos como “o pilar” da Escola Secundária com 3.º Ciclo Quinta das Palmeiras, na Covilhã.

A campainha da escola toca para intervalo. A aparente Mas nem sempre foi assim. Quando começou
calma e o silêncio dão lugar a uma multidão entretida a leccionar, na então Escola n.º 3 da Covilhã, desafiou-o
com as actividades das listas concorrentes à associação o facto de ser uma escola que recebia os alunos
de estudantes. “Stor, stor! Fiz aquilo que me disse de povoações de áreas limítrofes da cidade com um
e resultou”, ouve-se um aluno, de passagem baixo nível socioeconómico e cultural e ainda muitos
pelo professor, ladeado de alunos. alunos com problemas variados e necessidades
educativas especiais.
O cargo de presidente do Conselho Executivo não o
impede de estar presente entre os estudantes, seja através
dos clubes e dos vários projectos que coordena e dirige,
seja simplesmente nos intervalos, muitas vezes na sala
dos alunos, onde os jovens o desafiam para uma partida
de matraquilhos, ou até mesmo numa aula
Janeiro 2009

de substituição que faz questão de dar quando é preciso.

Apesar de considerar que numa escola “há sempre


mais e mais para fazer”, João Paulo Mineiro fala
Boletim dos Professores

com satisfação dos projectos que acompanha e dirige,


desde o museu da escola ao projecto democrático
de eleição para a associação de estudantes, passando
pelo laboratório de línguas e pelas diversas parcerias da
escola com universidades, empresas e outras instituições.
O desafio levou-o a criar inúmeros projectos que
Dentro e fora da aula, organiza eventos, funda clubes envolveram e mobilizaram grande número de alunos e de
escolares, aposta na dinamização das actividades a partir professores, abriram a escola à comunidade, motivando e
do envolvimento dos próprios alunos, cria jogos para os proporcionando uma convergência de esforços de
incentivar, concursos para animar a revisão da matéria, autarquias, de empresas e de associações em torno dos
e procura ligar assuntos do quotidiano às aprendizagens. mesmos objectivos.

A maior parte dos colegas atribui-lhe o mérito de Levou a cabo estes projectos com a ajuda de parceiros
que recrutou, desde equipas de técnicos de saúde a
ter contribuído para a construção de uma escola de
colegas, a auxiliares e a psicólogos. Não tardava que o
excelência, onde diariamente decorrem inúmeros reconhecessem como um líder exemplar, mobilizando
projectos nas mais diversas áreas do saber. grande parte da comunidade escolar, que reconhece o
seu empenho e adere com entusiasmo às suas iniciativas.
Nesta escola, todas as salas estão equipadas com quadros
interactivos, onde os alunos assumem a responsabilidade A proposta de escola que defende assenta numa nova
de compor o seu próprio espaço (a sala dos alunos foi visão do currículo que procura proporcionar respostas
pintada por eles), onde não se vê um único papel no chão. adequadas e diferenciadas às diferentes necessidades e
características de cada aluno.

Prémio Nacional de Professores distingue cinco docentes


José Rocheta:
Uma luta permanente para que os alunos
não desistam da escola
Não há impossíveis para José Rocheta quando se trata de lutar para que os alunos permaneçam
na escola e consigam uma qualificação para ingressarem no mundo do trabalho ou prosseguirem
estudos. Professor de Educação Tecnológica na Escola EB 2, 3 com Ensino Secundário
Dr. Azevedo Neves, na Damaia, foi distinguido com o Prémio de Mérito Integração. 13

Para tornar possível o que parecia impossível, este Conforme o problema, assim a solução: o seu papel pode
professor não poupa esforços e, sem perder tempo, consistir em ajudar as famílias nas tarefas necessárias
mete as pernas ao caminho. Quando os alunos não vão para proceder à legalização, em arranjar uma consulta
até à escola, é ele quem vai aos bairros onde habitam no dentista, ou ainda em ir comprar roupa ou sapatos para
bater-lhes à porta. Pode ir uma, duas ou três vezes, os jovens se apresentarem no estágio, chegando a adiantar
as que forem necessárias, para saber qual a razão do seu bolso a quantia necessária para pagar as despesas.
do absentismo e, sobretudo, como se pode resolver.
Sentido prático e generosidade é o que não falta a este
Naquela que é considerada a escola “mais africana” docente para quem, com estes alunos, “não basta ser
da Europa, com uma percentagem de alunos originários apenas um professor”. Nas suas palavras, “tem de ser

Boletim dos Professores


dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) também pai, irmão, tio”, enfim, “um familiar que seja,
que ultrapassa os 75 por cento, a realidade é marcada antes de tudo o mais, capaz de os ouvir e de perceber
por uma elevada taxa de abandono e de insucesso escolar, qual é o problema”.
em grande parte reflexo de dificuldades socioeconómicas.
E, como os problemas não escolhem hora nem dia, é
José Rocheta, a quem, há mais de 10 anos, foi necessário um grande empenho para resolver as questões
quando estas surgem. Tal como reconhecem os colegas,

Janeiro 2009
atribuída a missão de fazer a ponte entre a escola
este professor tem uma “grande disponibilidade”, que inclui
e os bairros onde vivem os alunos, é a face visível “acompanhar os alunos a qualquer hora do dia ou da
dessa aproximação. semana, nomeadamente aos sábados e aos domingos”.

Incansável, contribui com o seu tempo, determinação Mas a resposta para trazer estes alunos de volta
e também teimosia para encontrar soluções para ao sistema de ensino passa também pela própria escola,
os muitos problemas com que se defrontam os jovens. que teve de se reestruturar para ir ao encontro
das expectativas e das necessidades dos jovens.
Os problemas podem ser tantos e tão variados
como falta de documentação, dor de dentes, gravidez A diversificação da oferta educativa, com a aposta
na adolescência, criminalidade, delinquência, falta de no ensino profissionalizante, foi a forma encontrada para
dinheiro para comprar o passe social ou até mesmo não motivar os alunos a permanecerem na escola, concluindo
ter roupa apresentável para ir fazer o estágio profissional. uma formação que lhes conferisse uma certificação
escolar e profissional. Neste âmbito, José Rocheta passou
a leccionar no Curso Profissional de Restauração
e no Curso de Educação e Formação (CEF) de Serviço
de Mesa, que também coordena.

São as soluções encontradas por uma escola com


vocação humanista, onde se tenta encontrar respostas
concretas para os problemas dos alunos. Há 21 anos
a leccionar neste estabelecimento, José Rocheta conta
com o apoio do conselho executivo e de um corpo
docente estável, composto por professores que, apesar
das muitas dificuldades do meio, desejam permanecer
na escola e fazem de cada dia de trabalho uma luta
diária por manter os jovens no sistema de ensino.

Prémio Nacional de Professores distingue cinco docentes


Terceira edição do Prémio Nacional de Professores

A terceira edição do Prémio Nacional de Professores, a decorrer em 2009, é dirigida


14 a todos os educadores de infância e professores dos ensinos básico e secundário.

As candidaturas podem ser submetidas electronicamente O processo de análise e selecção das candidaturas deve
através do Portal da Educação (www.min-edu.pt), estar concluído até 30 de Outubro de 2009, e a
até 31 de Maio, para as categorias previstas cerimónia de atribuição e de divulgação dos prémios
no concurso: Prémio Nacional de Professores, Prémio deve ocorrer até 15 de Dezembro.
de Mérito Carreira, Prémio de Mérito Liderança, Prémio
de Mérito Inovação e Prémio de Mérito Integração. O Ministério da Educação promove a atribuição anual
de um Prémio Nacional de Professores, desde 2007,
Os candidatos podem ser propostos pelos tendo realizado duas edições do concurso.
estabelecimentos de ensino, por associações
Na primeira edição, o Prémio Nacional de Professores
profissionais de docentes ou por um grupo foi atribuído a Arsélio Martins, professor de Matemática
constituído por um mínimo de 50 docentes. na Escola Secundária de José Estêvão, que integrou
o júri da segunda edição do concurso.
Janeiro 2009

As propostas de candidatura ao prémio devem apresentar


professores em exercício efectivo de funções, sendo Ainda nesta edição, o Prémio de Mérito Carreira foi
que cada entidade pode propor apenas um docente, atribuído a Teresa Pinto de Almeida, professora de Inglês
especificando o prémio a que o candidata. na Escola Secundária Carolina Michäelis, o de Liderança
Boletim dos Professores

a Armandina Soares, presidente do conselho executivo


O Prémio Nacional de Professores tem o valor de 25 000 do Agrupamento de Escolas de Vialonga, e o de Inovação
euros. Os restantes prémios são materializados a Paula Canha, docente de Biologia e Geologia na Escola
por Diplomas de Mérito Pedagógico, visitas de estudo Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves.
a instituições de referência europeias ou publicação
de trabalhos dos candidatos. Para mais informações, consultar www.min-edu.pt

A análise das propostas apresentadas e a escolha


dos candidatos vencedores cabe a um júri formado
por oito personalidades de reconhecida competência
e idoneidade.

Prémio Nacional de Professores distingue cinco docentes


Programa Competências TIC prevê a certificação
de 90 por cento dos professores até 2010
O programa Competências TIC, do Plano Tecnológico da Educação (PTE),
concebido para integrar os sistemas de formação contínua dos professores
e do pessoal não docente, prevê certificar as competências TIC de pelo menos
90 por cento dos professores até 2010. 15

No âmbito do eixo da formação do PTE, o programa Encontra-se em fase de preparação a regulamentação


Competências TIC tem como objectivo desenvolver do programa, a criação de um sistema de informação
e implantar um sistema de formação e de certificação de suporte, a formação de formadores e a divulgação
de competências TIC modular, sequencial do programa junto das comunidades educativas. Para
e disciplinarmente orientado. o desenvolvimento do programa, o Ministério
da Educação conta ainda com o apoio das grandes
O programa visa a valorização dos recursos humanos empresas tecnológicas com trabalho reconhecido
das escolas, a difusão de práticas inovadoras no ensino em matéria de formação de professores.
e a melhoria dos resultados escolares dos alunos. Para
certificar as competências TIC de pelo menos 90 Prevê-se que o programa esteja em pleno funcionamento

Boletim dos Professores


por cento dos professores, o programa prevê três níveis no primeiro trimestre de 2009.
de formação e de certificação.
Para mais informações, consultar o programa Competências TIC
em www.escola.gov.pt
O primeiro nível destina-se à aquisição e à certificação
de competências digitais e visa a utilização instrumental
das TIC e o domínio de ferramentas de escrita, de cálculo Grandes empresas tecnológicas vão acolher
e de comunicação em formato digital. No caso centenas de alunos do ensino profissional

Janeiro 2009
dos docentes, o segundo nível abrange a formação
e a certificação de competências pedagógicas com TIC O programa de Estágios TIC visa a valorização do ensino
e tem em vista a integração destas tecnologias profissional nas áreas das TIC, promovendo a integração
nos processos de ensino e de aprendizagem. dos alunos em formação em contexto de trabalho
nas grandes empresas da economia do conhecimento.
O terceiro nível tem por objectivo a aquisição e a certificação
de competências pedagógicas avançadas, procurando que Este programa de estágios em grandes empresas
sejam os próprios professores a criar soluções de utilização tecnológicas resulta de um protocolo de parceria para
da tecnologia e de conteúdos de forma inovadora. a valorização do ensino profissional, celebrado entre
o Ministério da Educação e 30 grandes empresas
O estudo de implantação do programa Competências nacionais e multinacionais.
TIC resulta do trabalho colaborativo de um conjunto
de investigadores da Universidade de Lisboa, São elegíveis as candidaturas dos alunos que,
da Universidade de Évora e da Universidade do Minho, cumulativamente, estejam a frequentar ou tenham
sob a coordenação de Fernando Albuquerque Costa, concluído a parte escolar de um dos cursos abrangidos
tendo contado com a participação activa de professores pelo programa de Estágios TIC, tenham realizado todos
e de alunos, de directores de centros de formação os módulos com conclusão prevista até à data da
e de centros de competência, de responsáveis pela candidatura, conforme a calendarização estabelecida pela
educação em empresas de referência e de outros peritos. respectiva escola, e correspondam ao perfil de candidato
definido pela empresa que cria o lugar do estágio.

Os procedimentos de selecção realizam-se obrigatoriamente


através de plataforma electrónica do programa de Estágios
TIC, sendo da responsabilidade da escola a inscrição, bem
como a candidatura aos lugares de estágio para os quais
o aluno tenha manifestado o seu interesse.

Para mais informações, consultar o Despacho n.º 27 545/2008,


publicado no Diário da República, ou www.estagiostic.gov.pt
Programa de Modernização
das Escolas do Ensino Secundário:
resultado das intervenções-piloto

O Programa de Modernização das Escolas do Ensino Secundário teve início com


quatro intervenções-piloto, nas escolas D. Dinis e Pólo de Educação e Formação D. João
16 de Castro, em Lisboa, e Rodrigues de Freitas e Artística Soares dos Reis, no Porto.

O Programa de Modernização das Escolas do Ensino Escola Básica e Secundária Rodrigues de Freitas (Porto)
Secundário, da responsabilidade da Parque Escolar, EPE,
arrancou em Março de 2007, com o desafio O projecto de modernização assentou na renovação
de requalificar 330 escolas, até 2015. e na modernização do edifício existente, com base
na permanência da Escola Básica e Secundária Rodrigues
Para este programa foram delineados três grandes objectivos: de Freitas e na instalação do Conservatório de Música
– Requalificar e modernizar os edifícios das escolas, do Porto, que se encontrava sediado no antigo palacete
repondo a eficácia física e funcional, numa perspectiva da família Pinto Leite, em situação de precariedade.
de criar condições para a prática de um ensino Assim, a escola ocupa a ala nascente do edifício,
moderno, adaptado aos conteúdos programáticos enquanto para o conservatório é destinada a ala poente.
e às novas tecnologias de informação e comunicação;
– Criar condições para uma efectiva abertura da escola O projecto contemplou a construção de novos edifícios,
à comunidade, recentrando a escola no meio social articulados com o existente, nomeadamente do auditório
Janeiro 2009

e cultural envolvente, permitindo que os edifícios do Conservatório de Música e de um pavilhão


possam ser utilizados pela comunidade, em actividades gimnodesportivo polivalente. Neste conjunto de novas
associadas à formação pós-laboral, aos eventos instalações, está ainda incluída uma escola do 1.º ciclo
culturais e sociais, ao desporto e ao lazer; com ensino integrado vocacionado para a música.
Boletim dos Professores

– Criar um novo modelo de gestão das instalações,


garantindo uma optimização de recursos instalados
e uma correcta gestão da conservação e manutenção
dos edifícios após a intervenção.

A metodologia de concretização assenta num grande


envolvimento e responsabilização das escolas, que se inicia
na definição do plano estratégico e se desenvolve na
apreciação do projecto e do plano de reequipamento, na
definição do faseamento construtivo e normas de segurança,
bem como do acompanhamento circunstanciado das obras.
1

Em Setembro de 2008, foram concluídas as quatro 2 3


escolas da fase-piloto: no Porto, a Escola Secundária
Rodrigues de Freitas, que passou a integrar
o Conservatório de Música do Porto, e a Escola Artística
Soares dos Reis; e em Lisboa, a Escola D. Dinis e o Pólo
de Educação e Formação D. João de Castro.

Neste momento, estão em curso intervenções em 26


escolas e em projecto 75 escolas, cujas obras terão início
no segundo semestre de 2009. Até ao final do primeiro
trimestre do próximo ano, estarão seleccionadas
as escolas que integrarão a próxima fase de intervenção, 1. Pátio interior da Escola Básica e Secundária Rodrigues de Freitas
para as quais se prevê o início da obra em 2010. 2. Sala de música com piano do Conservatório de Música do Porto,
que passou a integrar as instalações da Escola Rodrigues de Freitas
3. Laboratório de ciências
João Sintra Nunes
Presidente da Parque Escolar, EPE
17

Escola Secundária D. Dinis (Lisboa)


Escola Artística Soares dos Reis (Porto)
A intervenção de modernização contemplou, a par
O projecto de modernização corresponde a uma da correcção de programas construtivos, a melhoria
intervenção que decorre da passagem da escola para as das condições de conforto ambiental, de segurança,
instalações da antiga Escola Secundária Oliveira Martins, de acessibilidade e de arranjo dos espaços exteriores,

Boletim dos Professores


actualmente desactivada. bem como a reorganização e ampliação dos espaços
lectivos e não lectivos.
Esta passagem tomou por base as definições
programáticas estabelecidas pela Escola Artística Soares Para tal, foi construído um novo edifício, que garante a
dos Reis, procedendo ao ajustamento dos espaços ligação entre os diferentes pavilhões existentes, albergando
e ao dimensionamento das instalações de acordo a biblioteca, a sala polivalente, áreas de trabalho para
com o funcionamento pedagógico pretendido. docentes, salas de directores de turma e salas de estudo.

Janeiro 2009
1 2 1 2

3 3

1. Fachada da Escola Artística de Soares dos Reis 1. Fachada da Escola Secundária D. Dinis.
2. Sala para ensino das artes visuais 2. Laboratório de ciências
3. Laboratório de ciências 3. Novo auditório, com capacidade para 217 lugares, que funciona
como sala polivalente
Notícias
Normas orientadoras para a Concurso “A minha escola Ano Internacional da Astronomia
constituição de territórios educativos e a prevenção da infecção VIH/sida” 2009 comemorado nas escolas
de intervenção prioritária portuguesas
de segunda geração O Ministério da Educação
18 e o Ministério da Saúde promovem O Ano Internacional da Astronomia
A definição de normas orientadoras o concurso “A minha escola 2009, uma iniciativa a nível mundial,
para a constituição de territórios e a prevenção da infecção VIH/sida”, organizada em Portugal pela
educativos de intervenção prioritária dirigido às escolas dos 2.º e 3.º ciclos Sociedade Portuguesa de Astronomia,
de segunda geração (TEIP 2) pretende e do secundário, com o objectivo propõe actividades para as escolas
contribuir para a criação de condições de premiar acções desenvolvidas nas que incluem concursos, sessões
de promoção do sucesso escolar escolas que privilegiem a informação de observação e oficinas, destinadas
dos alunos integrados em comunidades ou a formação na área da prevenção a alunos e a professores.
educativas atingidas por problemas da infecção VIH/sida promovendo
sociais e económicos. o diálogo e a cooperação entre A comissão nacional, responsável pela
os diferentes destinatários. elaboração do plano de actividades,
Esta medida abrange as escolas ou prestará o apoio necessário às escolas
os agrupamentos com elevado número No âmbito da Promoção e Educação para a realização das actividades
de alunos em risco de exclusão social para a Saúde, pretende-se estimular previstas ou de outras propostas por
e escolar identificados a partir a realização de projectos e divulgar parte dos estabelecimentos de ensino.
Janeiro 2009

da análise de indicadores de resultados boas práticas na área da prevenção


do sistema educativo e de indicadores da infecção VIH/sida que as escolas Esta iniciativa conta com o apoio da
sociais dos territórios em que vêm desenvolvendo. Fundação para a Ciência e a Tecnologia,
as escolas se inserem, bem como da Agência Nacional Ciência Viva
Boletim dos Professores

os estabelecimentos de ensino já Para além dos três prémios atribuídos e da Fundação Calouste Gulbenkian.
incluídos no primeiro programa TEIP. aos projectos vencedores, o primeiro Para mais informações,
de 10 000 €, o segundo de 7500 € consultar www.astronomia2009.org
As escolas que reúnam as condições e o terceiro de 5000 €, são também
para integrar o programa TEIP 2 devem distribuídos prémios de mérito para Cartaz comemorativo
orientar a elaboração dos respectivos os projectos que se destaquem por do 35.º aniversário do 25 de Abril
projectos educativos de modo a incluir impacto na comunidade (2500 €),
um conjunto diversificado de medidas e inovação (2500 €) e coordenação A Associação 25 de Abril promove,
de acções que favoreçam a promoção do projecto (2500 €). em parceria com a Direcção-Geral
do sucesso escolar, a transição para a de Inovação e de Desenvolvimento
vida activa e a integração comunitária. As propostas deverão ser apresentadas Curricular (DGIDC), um concurso que
até ao dia 28 de Fevereiro, através do visa seleccionar e premiar um projecto
O projecto educativo elaborado pelas preenchimento da ficha de inscrição, de cartaz original, a adoptar enquanto
escolas constitui a base de negociação disponível na página www.sida.pt, cartaz comemorativo do 35.º
do contrato-programa a assinar com e enviadas pelo correio. aniversário do 25 de Abril de 1974.
o ME, através da direcção regional
de educação respectiva. Estes Os projectos vencedores serão O concurso, de âmbito nacional, dirige-
contratos-programa devem privilegiar divulgados em Setembro de 2009, -se aos alunos do ensino secundário que
mecanismos de diferenciação positiva, nas páginas da Direcção-Geral frequentam, no presente ano lectivo, os
por parte das escolas, relativamente aos de Inovação e de Desenvolvimento cursos seguintes: científico-humanístico
recursos e aos meios disponibilizados Curricular e da Coordenação Nacional de Artes Visuais; tecnológicos
pelo sistema de ensino. da Infecção do VIH/Sida. de Multimédia e de Design de
Para mais informações, Para mais informações, consultar www.sida.pt Equipamento; do Ensino Artístico
consultar o Despacho Normativo n.º 55/2008. Especializado no domínio das Artes
Visuais e dos Audiovisuais; e profissionais
das áreas de formação de Audiovisuais
e Produção dos Media; de Design;
e de Marketing e Publicidade.
Notícias
A candidatura, realizada on-line, nas deslocações dos seus filhos para a O programa Parlamento dos Jovens
e os projectos apresentados a concurso escola, ao mesmo tempo que pretende tem como objectivo promover
são avaliados por um júri composto incentivar, desde a infância, a utilização a educação para a cidadania e
por representantes da Associação 25 regular dos transportes colectivos como o interesse dos jovens pelo debate
de Abril e da DGIDC, bem como por alternativa aos transportes individuais. de temas da actualidade. 19
individualidades de reconhecido mérito
na área do design e das artes plásticas. Abrangendo um universo potencial de Traduz-se na realização de duas
1,6 milhões de estudantes, este passe sessões nacionais, preparadas ao longo
O prémio destinado ao autor do cartaz destina-se às crianças e aos jovens do ano lectivo, com a participação
vencedor, no valor de 1000 €, dos 4 aos 18 anos, inclusive, que não de deputados, designadamente
é entregue em sessão pública, em data beneficiem de transporte escolar da Comissão de Educação e Ciência,
e local a anunciar posteriormente. da competência dos municípios. órgão parlamentar responsável
Para mais informações, pela orientação do programa.
consultar www.dgidc.min-edu.pt O passe 4_18@escola.tp poderá ser Para mais informações, consultar
adquirido nos 12 meses do ano app.parlamento.pt/webjovem2009/index.html
Festa das Escolas de Música no CCB com um desconto de 50 por cento,
relativamente aos passes de tarifa Futurália

Boletim dos Professores


A segunda edição da Festa das Escolas inteira correspondentes, mediante
de Música, organizada pelo Ministério da a apresentação do respectivo cartão A Futurália, um evento dedicado à
Educação, com a colaboração do Centro nos operadores de transporte. juventude, à educação, à qualificação
Cultural de Belém (CCB), decorreu e ao emprego, decorreu na Feira
no dia 28 de Setembro, no CCB. Este passe abrange todos Internacional de Lisboa (FIL), entre
os transportes públicos colectivos 10 e 13 de Dezembro.

Janeiro 2009
Esta festa, designada 1001 Músicos, de passageiros, nomeadamente os
juntou, pelo segundo ano consecutivo, rodoviários, os ferroviários e os fluviais, O objectivo deste certame consistiu em
num mesmo palco, os alunos e os a nível nacional, e ainda os transportes disponibilizar informação e contactos
professores das escolas do ensino artístico urbanos dos municípios que vierem que incentivem o desenvolvimento
especializado de Música, desenrolando- a aderir a esta iniciativa. humano e permitam o encontro de
-se ao longo de um dia inteiro. Para mais informações, consultar a página soluções de qualificação e de emprego,
electrónica do Passe escolar 4_18@escola.tp. em torno das seguintes áreas temáticas:
A abertura foi protagonizada pelos
Pequenos Cantores do Instituto Parlamento dos Jovens – Oferta da formação/educação
Gregoriano de Lisboa, pelo Coro secundária e pós-secundária;
dos Pequenos Cantores da Academia O programa Parlamento dos Jovens,
dos Amadores de Música e pelo Grupo promovido pela Assembleia da – Oferta de qualificação avançada
de Percussão da Escola Profissional República, em colaboração com o para activos, designadamente,
de Música de Espinho. Ministério da Educação e com o Instituto pós-graduações, mestrados,
Português da Juventude, seleccionou doutoramentos e formação
O encerramento esteve a cargo dois temas para este ano lectivo. especializada para quadros
da Orquestra Aproarte e da OJ.COM superiores;
Orquestra de Jovens dos Conservatórios Para os alunos do ensino básico,
Oficiais de Música. o tema a abordar é a Alimentação – Oferta de novas oportunidades
e a Saúde. A sessão nacional terá lugar de reconhecimento, validação
Passe escolar permite desconto nos dias 20 e 21 de Abril de 2009. e certificação de competências;
de 50 por cento para estudantes
dos 4 aos 18 anos Quanto aos estudantes do ensino – Inserção na vida activa, emprego
secundário, o tema seleccionado é a e empreendedorismo;
O passe escolar 4_18@escola.tp, uma Participação Cívica dos Jovens, estando
medida destinada aos estudantes dos 4 a sessão nacional agendada para – Serviços e equipamentos de apoio
aos 18 anos que permite um desconto os dias 25 e 26 de Maio. à formação/educação.
de 50 por cento na aquisição do
passe, visa o apoio social às famílias
13
Um encontro para Novas Oportunidades:
um “movimento social” a favor da qualificação

O 2.º encontro nacional de Centros Novas Oportunidades foi um momento ISSN 1646-0219
www.min-edu.pt
de balanço da iniciativa Novas Oportunidades, funcionando como um
Janeiro 2009
tempo de reflexão para Novas Oportunidades presentes e futuras.

Propriedade
A educação e a formação de adultos, – A concepção e a regulamentação dos Cursos Secretaria-Geral
nomeadamente o sistema nacional de Educação e Formação de Adultos (EFA) do Ministério da Educação
Av. 5 de Outubro, n.º 107
de Reconhecimento, Validação e Certificação de nível secundário e das formações 1069-018 Lisboa

de Competências (RVCC), consolidaram-se modulares certificadas; Director


João S. Batista
em Portugal, oito anos depois da criação – A disponibilização de um novo quadro
Projecto gráfico
dos primeiros Centros RVCC. de financiamento através do Programa Filipe Pinto
Operacional do Potencial Humano (POPH); Paginação
Esta consolidação evidencia-se através da adesão – O aumento progressivo dos jovens estudantes Filipe Pinto

totalmente surpreendente da população adulta do ensino secundário em vias profissionalizantes. Fotografia


José Manuel Vasconcelos
portuguesa à iniciativa Novas Oportunidades: (capa e destacável)
Henrique Bento
são já perto de 650 mil os que se envolveram em Evolução do número de Centros Novas (páginas 2 e 15)
modalidades de educação e formação de adultos Oportunidades em funcionamento Jorge Padeiro / Agência Zero
(páginas 3 e 4)
(cerca de 20 por cento dos trabalhadores que não Pedro Zenkl / Agência Zero
(páginas 5)
completaram o ensino secundário), promovidas 459
Academia de Música do Fundão
(páginas 6)
através dos 456 Centros Novas Oportunidades By Comunicação e Francisco Piqueiro
(páginas 16 e 17)
ou de outras entidades formadoras, públicas
N.º de Centros Novas Oportunidades

ou privadas (escolas públicas, centros de formação 270 269


Revisão
Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
profissional, autarquias, empresas de formação,
Impressão e Distribuição
entre outras). Editorial do Ministério da Educação
Estrada de Mem Martins, 4 – S. Carlos
Apartado 113
em funcionamento

2726 Mem Martins


No 2.º encontro nacional de Centros Novas
98
Oportunidades, que decorreu no dia 2 de 56
72 Tiragem
150 000 exemplares
42
Dezembro de 2008, no Centro de Congressos 6
28
Periodicidade Bimestral
de Lisboa, foram mais de 1300 os participantes 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Depósito legal
que ilustraram a dimensão da iniciativa Fonte: Agência Nacional para a Qualificação, 30 de Novembro de 2008
ISSN
Novas Oportunidades. 1646-0219
Actualmente, presenciamos tempos muito Esta publicação
Após três anos de execução, esta iniciativa diferentes dos que se viveram no pós-25 de Abril é de distribuição gratuita.

conta já com alguns resultados muito e nos movimentos de educação popular de luta www.min-edu.pt

expressivos, quer no eixo jovens quer no eixo contra o analfabetismo, dos de desenvolvimento
adultos, o que evidencia as principais etapas do ensino recorrente enquanto oferta educativa
do caminho percorrido. para adultos, mas também dos que se viveram
no início da intervenção da ANEFA
Entre estas etapas conta-se: e dos primeiros Centros RVCC.

– O lançamento do Referencial de Competências- Estes são tempos de multiplicação,


-Chave para a Educação e Formação de massificação e de generalização para todos
da Adultos Nível Secundário e, posteriormente, os que decidiram participar neste “movimento
do Catálogo Nacional de Qualificações, social” a favor da qualificação, transformando-o
que conta já com mais de 200 qualificações numa verdadeira nova oportunidade
com os referencias para o reconhecimento de aprendizagem, de realização individual e,
de competências e para a formação; sobretudo, de aumento de qualificações.
– Os sucessivos alargamentos e reorganização da
rede nacional de Centros Novas Oportunidades; Maria do Carmo Gomes
Vice-presidente da Agência Nacional para a Qualificação

Potrebbero piacerti anche