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RAMOS, Li. ot all ‘Acta Paul Enf, : 13, Nimero.ispecial, Parte, 2009 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO PAuLor UNIVERSIDADE FEDERAL DE Mato Grosso po Sut: CaAMINHANDO PARA O Novo MILENIO Lais Helena Ramos* Maria Angélica Marchetti Barbosa™* Sandra Luicia Arantes*** Maria da Graga da Silva"*** RAMOS, LH. et al. Universidade Federal de S40 Paulo/Universidade Federal de Mato Grosso do Sul: caminhando para 0 novo miénio. Acta Paul Enf, S40 Paulo, v 13, Numero Especial, Parte ll, p.170-174, 2000, INTRODUCAO. 0 Estado de Mato Grosso do Sul abrange uma area de 358,158.70 km?, representando 18% da regiio Centro-Oeste, a qual pertence, e 4% do territorio brasileiro. A populacdo ¢ de 1.922.258 habitantes, segundo dados do IBGE (1996) Compondo o “quadrilatero geoecondmico” do sul da América, o MERCOSUL, em conjunto com Mato Grosso, Bolivia e Paraguai, e situado proximo aos grandes centros urbanos do Pais, além de ser caminho para a regio Norte do Brasil, Mato Grosso do Sul tem importante papel a cumprir no proceso de integracao nacional e latino-americana 0 Estado dispde de imensas potencialidades: 10 milhdes de hectares de terras proprias para a agropecuaria sem qualquer aproveitamento; segundo rebanho bovino do Pais, sendo o primeiro em gado de corte, com um baixissimo indice de utilizagdo; segunda reserva de manganés do mundo e terceira reserva de ferro do Brasil, além de incomensuraveis depésitos de calcario, com quase nenhum aproveitamento; maior area imida interna continua do Planeta, com incalculaveis belezas naturais, propria para o desenvolvimento do turismo ecolégico, em franco progress no mundo; gigantesca bacia hidrografica, vertebrada pela hidrovia Paraguai-Parana, hoje com reduzidissimo indice de navegabilidade, que permite acesso ao Uruguai e Argentina. Pantanal ocupa uma area de 140 mil km? no sudoeste de Mato Grosso e oeste de Mato Grosso do Sul, estendendo-se até o Paraguai; suas terras sio inundadas no vero, época das chuvas, pelas cheias do rio Paraguai A UFMS durante o ano de 1993 desenvolveu um processo de discussdo que culminou na elaboragao do seu Plano Diretor para 1994 a 1997. Uma das mais importantes diretrizes desse plano aquela que aponta para o compromisso de romper 0 seu isolamento, tanto em relagdo a outros centros produtores e difusores do conhecimento, como principalmente em relagdo a sociedade. Entre outros projetos, a Universidade tem desenvolvido programas de extensio, tais como: Programa de Integragdo Social; Programa de Educagaio Continuada; Programa de Integragiio da UFMS com o Ensino Basico; Programa de Apoio * Enlermira, Professora Doutera da UNIFESP/EPM, Coordenadora do Programa de Mestrado Internsitucional em Enfermagem. Enfermeta. Docente do Departamento de Enferm, da UFMS. Mestranda do Programa de Mestrado Inferinsttucional em Enferm. UNIFESP/UFMS. Enfermeira Docente do Departamento de Enfermagem da UFMS. Doutoranda da EERP/USP. Enfermeia. Docente do Departamento de Enferm. da UFMS. Mestre em Enferm, Fundamental pela EERP/USP. 170 Forum Internacional de Enfermagem - Sessio Poster RAMOS, LH. et al Acta Paul Eng, v.13, Ninsro Especial, Pate I, 2000 a Reforma Agraria; Programa contra Fome ¢ a Miséria; Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cidadania Segundo o relatério sobre o desenvolvimento humano divulgado pela ONU e pelo Instituto de Pesquisa Econémica Aplicada (IPEA) (1996), 0 Estado de Mato Grosso do Sul apresenta indicadores de qualidade de vida comparaveis a alguns paises da Europa, Em relacéo ao abastecimento de agua potavel o Estado cobre 90% da populagao das areas urbanas, reduzindo significativamente as doengas infecciosas de origem hidrica. O sistema de esgotamento sanitario reflete a realidade nacional uma vez, que somente 30% da populagao é beneficiada por este servigo. perfil epidemiolégico do Estado do Mato Grosso do Sul, se caracteriza por um momento de transigo epidemiolégica, ou seja, a coexisténcia de doengas tipicas do subdesenvolvimento econdmico e social, com as doengas crénico- degenerativas. Os iltimos dados epidemiolgicos fornecidos pela Secretaria de Estado de Satide do Mato Grosso do Sul/MS/SES/95, indicam como as cinco principais causas de mortalidade proporcional: a causa desconhecida, o infarto agudo do miocardio, les’o por arma de fogo, acidente vascular cerebral e acidente de transito. O coeficiente de Mortalidade Infantil é de 28,26 por 1000 nascidos vivos e, em menores de um ano as causas mais freqientes sdo as afecgdes respiratérias do recém nascido, gastroenterite, membrana hialina, causa desconhecida e prematuridade. Quanto 4 Mortalidade Materna, as causas principais sao: afecgdes clinicas e as causas obstétricas diretas como hemorragia, hipertensao e aborto, As causas de mortalidade geral no Estado demonstram problemas sociais decorrentes do processo de urbanizagao, concentragao de renda e desemprego, Ressalta-se ainda, que no interior do Estado a qualidade da assisténcia a satide € precaria, em fungao da dificuldade em manter profissionais de satide nessas regides, pelas grandes distdncias geograficas e caracteristicas culturais e regionais, A realidade de satide do Estado também, inclui outros fatores causadores de algumas doengas especificas e que vém contribuindo para o aumento do quadro nosol6gico, ligados a: + atividade de carvoejamento, a qual se caracteriza por um processo rudimentar da extragao e queima da madeira do cerrado e do cucalipto, em fornos construidos com tijolos ¢ barro, proximo as areas do macigo florestal. O nimero de criangas envolvidas nesta atividade (em torno de 2 mil) constitui um grande problema social pois a idade varia dos 6 aos 18 anos, Quanto as condigdes de satide, por ndo serem adotadas medidas preventivas e de seguranga, os carvoeiros ficam expostos aos riscos de problemas respiratérios, acidentes de trabalho e doengas gastrointestinais face ao consumo de agua de péssima qualidade; questo agraria, realidade bastante comum a todos os Estados brasileiros que gera a migragao dos trabalhadores rurais para as grandes cidades, onde vivem em situagiio de miséria, aumentando ainda mais os problemas sociais j4 existentes; situagdo precéria vivenciada pelas tribos indigenas no que tange aos aspectos culturais ¢ assistenciais, desencadeando um nimera elevado de suicidios, principalmente entre a populagao jovem. Em decorréncia do processo de descentralizagao desencadeado pela proposta da Reforma Sanitdria, a Secretaria Estadual de Saude passou a coordenar e consolidar 0 Sistema Unico de Saiide (SUS) no Estado. Atualmente dos 77 municipios do Estado, sete esto enquadrados na gestiio semiplena abrangendo em torno de 67% da populagao total do Estado. O atual Plano Estadual de Saude (1996 - 1999) foi idealizado como estratégia para contribuir na resolugao da situagao de satide da populagao sul- mato-grossense, através da oferta de uma infra- estrutura basica para garantir 0 atendimento médico- hospitalar, e implantar as diretrizes do governo para um modelo de sade voltado a promogao e protegao da satide com base nos principios da eqilidade, integralidade e universalidade. A partir da década de 80, os enfermeiros advindos de diversas regides do Pais se concentraram principalmente na capital e nas maiores cidades do Estado, perfazendo um total de 42 profissionais distribuidos nas diferentes Forum Internacional de Enfermagem - Sessio Poster m1 RAMOS, LH, et al. Acta Paul Bnf, v 13, Nimero Bopecial, Parte 2000 instituigdes de satide do Municipio de Campo Grande. Esse grupo se uniu para discutir e refletir sobre a pritica da enfermagem tendo em vista organizar a profissfo no Estado © grupo de oito enfermeiros do Nucleo do Hospital Universitario imbuido da sua responsabilidade por estar atuando em uma instituigao de ensino de importancia no Estado, desenvolveu estratégias para o seu reconhecimento dentro da Universidade, A partir desse ideal, em 1989 foi encaminhado © Projeto de Criag&o do Curso de Graduagéo em Enfermagem, cuja aprovag&o ocorreu em 1990 Neste mesmo ano, com assessoria da Professora Dr* Emilia Campos de Carvalho, da Escola de Enfermagem de Ribeirdo Preto - USP, tragou-se um Plano Diretor para o desenvolvimento deste Curso. ‘A UEMS desenvolve um Plano Plurianual de Capacitagao Docente dentro do Programa de Incentivo ‘a Capacitagao do Docente e Técnico (PICDT). Porem, este Plano nao tem conseguido atrair docentes ¢ promover a capacitagao dos mesmos face aos motivos expostos a seguir: + 0 estatuto da Universidade nao contemnpla a possibilidade de contratagao de professor substituto durante © afastamento do docente para realizar a Pés-Graduagio em outras IES. + preocupagao da Instituigio em promover a capacitagaio de seus docentes em centros mais avangados considerando o risco de evasio apés a titulagao; + a distancia de Campo Grande dos centros de P6s-Graduagao inviabiliza o afastamento integral de docentes de enfermagem que, na sua grande maioria, por questdes familiares tém dificuldades de se fixarem em outras cidades das regides Sudeste ¢ Sul, onde se concentram os cursos de Pos- Graduagao em Enfermagem em niveis de Mestrado ¢ Doutorado; + os salarios vigentes nas Universidades Federais nao tém atraido professores titulados procedentes de outros centros, para atuarem na UFMS. Este fato produz a concentragao de professores sem preparo em nivel de Pés- Graduagao (sensu-strictoy, +a caréncia de professores qualificados em nivel de Pés-Graduagao repercute substan- cialmente, tanto, na qualidade do ensino ¢ na assisténcia prestada, quanto na formagao de grupos de pesquisa visando o aperfeigoamento da formagao e da pratica profissional dos enfermeiros No momento, 0 quadro de docentes efetivos ¢ composto por 24 professores: sete com o titulo de Mestre em Enfermagem, dos quais dois esto cursando © Doutorado em Enfermagem; um professor Doutor ¢ quatorze especialistas nas varias areas do conhecimento da Enfermagem, estando doze destas matriculadas no curso de Mestrado em convénio com a UNIFESP. Conta ainda, com vagas para professor substituto, tendo em vista a deficiéncia numérica do corpo docente ¢ para contemplar a reformulagio curricular que acarretou aumento da carga horéria do Curso de Graduagao Em relago ao corpo discente, o Curso contribuiu para a formagao de 70 profissionais do total dos 316 enfermeiros no Estado e, atualmente, tem um quadro de 170 alunos em processo de formagio. SUSTIFICATIVA Parceria interinstitucional 6, na nossa opinido, inovar no meio académico da Enfermagem, fortalecendo lagos de amizade, companheirismo confianga. Foi assim que, em 1995, dadas as caracteristicas geo- politicas- culturais do Mato Grosso do Sul, iniciou-se uma parceria téenico- cientifica entre os Departamentos de Enfermagem da UNIFESP/EPM e da UMFS. Na ocasifo, fazia- se necessério preparar docentes para o ensino de Enfermagem Obstétrica, disciplina oferecida no curso de graduagio da UFMS, sendo entao realizado o primeiro curso de Especializago em Enfermagem Obstétrica através de médulos - ensino a distancia. A experiéncia foi aprovada e expandiu- se para outras Instituigdes de Ensino Superior (IES) do Pais (Bahia, interior de Sao Paulo), conferindo crédito parceria. A partir da criagao dos primeiros cursos de Pés- Graduagao na UFMS por meio de convénio com outras TES, esta Universidade tem procurado ampliar o leque de possibilidades nesse nivel de ensino. Com base no intercdmbio técnico- 172 ‘Forum Internacional de Enfermagem - Sessio Poster

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