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Capítulo 7 Aula 4
PARTE ESPECIAL DOS
CRIMES CONTRA A PESSOA
Coordenação: Dr. Ivan Agostinho
Aula 4
As lesões corporais podem ser dolosas ou culposas. A lesão corporal dolosa subdivide-se em :
lesões leves;
lesões graves;
lesões gravíssimas;
lesões seguidas de morte.
Equimose é considerada lesão corporal, pois é aquela roxidão decorrente do rompimento de pequenos
vasos sangüíneos sob a pele ou a mucosa.
Hematoma é a equimose com inchaço, e também é considerada lesão corporal, um pouco mais grave.
Perturbações Fisiológicas no organismo da vítima, tais como vômitos, paralisia corporal momentânea.
Perturbações Psicológicas
A autolesão: Não caracteriza o crime de lesões corporais, porque a lei se refere a lesar a integridade de
outrem. Pode configurar outros crimes, como exemplo a fraude para recebimento de seguro (Art. 171, § 2º, V,
CP) ou criar incapacidade para não prestar o serviço militar obrigatório caracteriza o delito do art. 184 do
CPM.
Tentativa: é possível.
Meio de execução: o crime pode ser praticado por ação ou omissão. É um crime de forma livre.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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01
Diferença entre Tentativa de Lesões Corporais e Vias de Fato: Na tentativa de lesões corporais, a pessoa quer
machucar, mas não consegue. Já na vias de fato, a agressão se dá sem a intenção de machucar.
Elemento subjetivo nas lesões dolosas o dolo direto ou eventual e nas culposas a culpa.
Ação Penal: A partir do advento da Lei 9.099/95, a ação penal para as lesões corporais dolosas leves e
lesões corporais culposas passou a depender de representação (artigo 88) são infrações de menor potencial
ofensivo artigo 61 da Lei 9.099/95 e art. 2º § único da Lei 10.259/01 .
Violência desportiva: a lesão é uma conseqüência natural da prática esportiva, não há crime de lesões
corporais também em face do exercício regular de direito, desde que sejam estritamente observadas as
regras do esporte ( boxe, artes marciais, futebol, etc. ).
Lesões Dolosas
Lesão Leve: o conceito é dado por exclusão, pois lesão leve é toda lesão que não é grave e que não é
seguida de morte. Pena: detenção de 3 meses a 1 ano.
Ação Penal: é Pública Condicionada à representação, alteração dada pela Lei 9.099/95.
Regra: se o agente, ao praticar um crime mais grave, empregar violência e desta resultarem lesões leves,
estas ficam absorvidas pelo crime mais grave. Ex. Roubo praticado com violência, que resulta lesão corporal
de natureza leve.
Exceções: quando a própria parte especial ressalvar aplicação autônoma de pena correspondente ao
emprego da violência o agente responderá pelos dois crimes e as penas serão somadas. Ex.: injúria real ( art.
140 § 2º ), resistência ( artigo 329 § 2º ), exercício arbitrário das próprias razões ( artigo 345 ).
Prova da materialidade: deve ser feita através de exame de corpo de delito. Nas lesões leves este é
dispensado, podendo ser substituído por boletim médico ou prova equivalente (ficha clínica, de atendimento
ambulatorial, etc.), na forma do que dispõe o artigo 77 § 1º da Lei 9.099/95.
- Inciso I - se resulta incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias.
Atenção - não confundir trata-se de incapacidade para as ocupações habituais e não para o trabalho.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Laudo: O CPP ( artigo 168 § 2º ) exige a realização de um exame complementar após o 30º dia.
Perigo de vida - é a possibilidade grave e imediata de morte. Deve ser um perigo efetivo, concreto,
comprovado por perícia médica, onde os médicos devem especificar em que consistiu o perigo de vida.
Crime preterdoloso: só é aplicável quando o agente não queria a morte da vítima. O perigo de vida que a lei
se refere é aquele decorrente da gravidade das lesões provocadas e não do fato em si.
Comparação com o Inciso III do § 2º: Perda ou Inutilidade do Membro, sentido ou função
Perda - a perda que caracteriza a lesão gravíssima pode ter ocorrido por mutilação (agente) ou por
amputação (feita por médico).
Inutilização- o membro continua ligado ao corpo mas totalmente inapto para suas atividades próprias.
Cirurgia transexual - entende-se não haver crime, se ficar demonstrado que a pessoa tinha as características
físicas do sexo feminino e a cirurgia lhe trouxe benefícios físicos e psicológicos.
O Código Penal não utiliza esta denominação, a qual, no entanto, é pacífica na doutrina e na jurisprudência.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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Opinião majoritária: é que deve haver uma incapacitação genérica para o trabalho, ou seja, qualquer tipo
de labor, já que a lei se refere a " trabalho" sem qualquer ressalvas.
Opinião minoritária: basta a incapacitação específica, bastando a incapacidade para o trabalho que a
vítima exercia, pois caso contrário o instituto perderia quase totalmente sua aplicação prática.
Conceito: é a alteração permanente da saúde por processo patológico, a transmissão intencional de uma
doença para a qual não existe cura no estágio atual da medicina.
A transmissão da Aids: caracteriza lesão corporal gravíssima, se o agente pratica o ato com a intenção de
transmitir esta doença e a efetivamente transmite, mas se não consegue, não responderá por tentativa, já que
existe crime próprio, ou seja, artigo 131 do Código Penal.
- IV - Deformidade Permanente.
Conceito: é um dano estético, de certa monta, permanente, visível e capaz de provocar impressão vexatória.
Requisitos:
Que o dano estético seja de certa monta, e não de pequena.
Deformidade permanente, irreparável pela própria natureza.
Deformidade deve ser visível.
Que a deformidade seja capaz de provocar impressão vexatória, ou seja, que as pessoas achem aquilo feio.
- V - Aborto.
Conceito: O aborto não pode ter sido intencional, deve ser um aborto culposo. É um espécie de crime
preterdoloso. Necessita-se que o agente saiba que a mulher estava grávida, para que não ocorra a
responsabilidade objetiva.
OBSERVAÇÃO: Nas lesões graves (§ 1º) e gravíssimas ( § 2º ), admite-se que o resultado agravador tenha
sido causado dolosa ou culposamente, exceto no caso de lesões corporais graves pelo perigo de vida (caso
contrário seria tentativa de homicídio) e nas gravíssimas por provocação de aborto (caso contrário seria
crime de aborto), que são exclusivamente preterdolosas.
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violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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Não admite tentativa: por ser um crime preterdoloso não admite a tentativa, já que o resultado não é querido
e nem aceito (teoria do assentimento) pelo agente.
As hipóteses são as mesmas do homicídio privilegiado, assim como as conseqüências, que pode ser uma
redução da pena de 1/6 a 1/3.
De acordo com o Art. 129, § 5º, I, nas hipóteses de privilégio, se as lesões forem leves, o juiz pode aplicar
apenas a pena de multa.
Já de acordo com o Art. 129, § 5º, II, se as lesões forem leves e recíprocas, o juiz também pode aplicar
somente pena de multa.
Regras do Homicídio: Aplicam-se às lesões culposas todas as regras do homicídio culposo contidas na parte
especial. Ex.: Perdão judicial, as causas de aumento de pena, etc.
Gravidade das lesões: Para a tipificação do crime de Lesão Culposa é irrelevante a gravidade das lesões. A
gravidade das lesões tem relevância na fixação da pena base, porque o art. 59 fala a respeito das
conseqüências do crime.
Ação penal: na lesão corporal culposa é pública condicionada à representação. A reparação do dano
implica automaticamente em renúncia ao direito de representação, na forma do artigo 74 p.u. da Lei
9.099/95.
Causa de aumento de pena: o artigo 129 § 7º estabelece que a pena da lesão culposa será aumentada em
um terço quando o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, quando foge para evitar a prisão em
flagrante, quando não procura diminuir as conseqüências do seu ato e, por fim, quando o crime resulta da
inobservância de regra técnica de arte, profissão ou ofício, conforme já estudado, quando da análise do
homicídio culposo.
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Lesões corporais culposas na condução de veículo automotor - são reguladas pela Lei 9.503/97 Código de
Trânsito Brasileiro e dependem de representação.
Art. 129 § 9º: Tratam-se de circunstâncias que determinam uma qualificadora, pois estabelecem uma nova
pena mínima, não havendo alteração na pena máxima, sendo que, ao que tudo indica, deve somente ser
aplicável aos crimes dolosos, já que o parágrafo em questão utiliza a expressão "prevalecendo-se de",
indicativa do dolo e da maior facilidade para a prática do crime ou reprovabilidade da conduta do sujeito.
Este parágrafo se refere ao "caput" do artigo 129, ao passo que o próximo se refere aos §§ 1º, 2º e 3º, lesões
corporais dolosas graves, gravíssimas e seguida de morte.
Não são aplicáveis as circunstâncias agravantes previstas no artigo 61, Inciso II, alíneas "e" e "f", sob pena de
"bis in idem".
Art. 129 § 10: estas circunstâncias, previstas no § 10, funcionam como causas de aumento de pena das
lesões corporais dolosas graves, gravíssimas e seguidas de morte, não sendo aplicáveis às lesões corporais
dolosas leves ou culposas.
Não são aplicáveis as circunstâncias agravantes previstas no artigo 61, Inciso II, alíneas "e" e "f", sob pena de
"bis in idem".
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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