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ASPECTOS FÍSICOS E GEOGRÁFICOS

DA CIDADE DE RIO GRANDE

Rio Grande é uma planície costeira que apresenta um solo arenoso com
solo com lençol freático baixo e com muitos banhados.
O Município do Rio Grande localiza-se na planície costeira sul do Estado do
Rio Grande do Sul tendo como limites ao Norte o Município de Pelotas e
Laguna dos Patos; Leste - Oceano Atlântico e Canal do Rio Grande; Oeste -
municípios de Capão do Leão e Arroio Grande, e a Lagoa Mirim; Sul -
Município de Santa Vitória do Palmar.
Sua extensão é de 3.338,35 km². A sede municipal, esta situada a
32º01’40” de latitude sul e de 52º05’40” de longitude oeste, distante cerca de
313 Km de Porto Alegre, sendo servida pela rodovia asfaltada BR-392 e pela
BR-471 que permite sua ligação com a República Oriental do Uruguai.
RELEVO

O município apresenta uma topografia plana. A cidade de Rio Grande está


localizada na Planície Costeira do Rio Grande do Sul.

Mapa Geomorfológico do Rio Grande do Sul


Fonte: Atlas Socioeconômica do Rio Grande do Sul - 1998

A Planície Costeira, que caracteriza a cidade de Rio Grande é banhada


pelo complexo Lagunar Patos-Mirim (a Laguna dos Patos tem uma superfície
aproximada de 10 mil km² que se inicia na Lagoa do Casamento no município
de Porto Alegre e deságua no Canal da Barra do Rio Grande ligando-se com o
Oceano Atlântico. A Laguna é importante porque drena 2/3 da água do Rio
Grande do sul e recebe águas do Rio Guaíba, Camaquã e Jacuí, ao Sul recebe
água da Lagoa Mirim através do Canal São Gonçalo.
A água doce da Laguna recebe a água salgada do Oceano Atlântico
formando um estuário em torno de 970 Km², nesse local, o ambiente formado
proporciona um canal natural que se presta a navegação, pois o mesmo tem 20
km de comprimento e até 3 Km de largura, uma profundidade que permite a
navegação de grandes embarcações que representam uma importante fonte de
renda para o município.
Circundando a cidade existem várias enseadas rasas formadas por águas
da Laguna, denominadas Sacos, a saber:
 Saco da Mangueira;
 Saco do Justino;
 Saco do Silveira;
 Saco do Arraial.

Também a presença de ilhas:


 Ilha dos Marinheiros (de formação arenosa com grandes dunas
centrais, e no seu entorno um solo rico que tem grande utilização
em produção de hortaliças, que já foi considerada o celeiro do Rio
Grande do Sul).
 A Ilha da Torotama é caracterizada por imensos banhados e uma
ligação tênue entre a ilha e o continente tendo como atividade
econômica a pesca.
E várias outras ilhas de pequeno porte como:
 Ilha da Pólvora;
 Ilha do Machadinho;
 Ilha dos Cavalos.
A zona Costeira do município de Rio Grande situa-se a praia do Cassino,
que vai do Molho Oeste e se estende até o Chuí, sendo um ambiente de areias
finas com declive suave, limitada por dunas de areias que constantemente são
carregadas por fortes ventos dos mares gelados do Sul.
O vento é um fator de grande importância nas feições das praias do Rio
Grande, principalmente os três tipos que sopram com mais intensidade: o
nordeste, originário do anticiclone atlântico; o sudeste ou carpinteiro da costa e
o vento sul resultante do anticiclone móvel polar. O vento nordeste responde por
cerca de 22%, o sudeste por 10% e o sul por 7%, na relação tempo/vento.
Na atual fase de regressão marinha, a linha de praia vem se deslocando
continuamente, interiorizando antigas zonas de plataforma continental. O recuo
da linha de praia corresponde na atualidade a continua deposição de novos
sedimentos, num ritmo que pode ser considerado alto. A velocidade de
crescimento do litoral superior ou o recuo da linha de praia não é uniforme em
todo o trecho litorâneo.
A presença do molhe oeste e as concavidades da praia até o Farol de
Sarita favorecem uma maior deposição sedimentar, em níveis diferentes. Do
molhe oeste até cerca de 10 km sul do Cassino o crescimento médio é de dois
metros; no restante da linha de praia, até o Farol do Sarita, é de 5m. A laguna
dos Patos lança uma massa de sedimentos continentais pela barra do Rio
Grande.
Uma das características importantes da praia do Cassino é a
trafegabilidade proporcionada por sua largura e uma extensão de mais ou menos
240 km sem barreiras. Atrás das dunas percebemos um ambiente formado por
grandes banhados que cortam os campos e formam arroios e pequenos riachos
que deságuam na Laguna como;
 Arroio Bolaxa;
 Arroio Senandes;
 Arroio Vieira.
CLIMA

Mapa Classificação Climática de Koppen


Fonte: http://coralx.ufsm.br/ifcrs/area.htm

A cidade de Rio Grande esta localizada na Planície Costeira do Rio


Grande do Sul, e se encontram sob a influência de ambientes climáticos típicos.
Por se situar no paralelo 32º Sul, a cidade do Rio Grande apresenta as quatro
estações do ano bem definidas. A latitude é representativa de condição climática
intrínseca. A cidade de Rio Grande encontra-se na faixa de transição entre
condições tropicais e temperadas de clima.
O clima da região é considerado como sendo sub-tropical úmido com
chuvas regularmente distribuídas durante o ano. Segundo a classificação
climática de Koppen, Rio Grande estaria inserido no tipo de clima Mesotérmico
úmido e Sub-úmido (Cfa – sempre úmido e verão quente) como mostra o mapa.
Durante o inverno a cidade de Rio Grande recebe os ventos gelados das
massas de ar vindas do Pólo Sul e da Argentina que faz com que a temperatura
chegue a 4ºC; porém, o vento dá uma sensação térmica inferior.
No verão também há mudanças de temperatura, toda vez que uma massa
de ar polar se desloca nesta direção fazendo com que a temperatura caia, sendo
que a temperatura média no verão fica em torno de 25ºC. Como a cidade é
rodeada por água o clima se mantém muito úmido durante todo o ano.

Aspectos Pluviométricos
Em Rio Grande a precipitação média anual é de 1.317 mm.

Mapa Distribuição de Chuvas


Fonte: http://coralx.ufsm.br/ifcrs/area.htm

Aspectos Térmicos
A distribuição de temperatura no Rio Grande do Sul está estreitamente
condicionada à latitude, maritimidade (posição) e, principalmente, ao relevo
(fator Geográfico, por excelência).
A temperatura média anual em Rio Grande é de 18,8ºC. A média do mês
mais quente (janeiro) é de 24,4° C e do mais frio (julho) é de 13,5°C. Os valores
extremos registrados são de 40,9°C e 2,6°C, respectivamente em janeiro e
junho.

Mapa Distribuição de Temperatura


Fonte: http://coralx.ufsm.br/ifcrs/area.htm

Ventos
Os ventos predominantes são de nordeste, seguidos de sudeste a sudoeste.
Tomazelli (1993) revela que o vento dominante provém de NE e, embora sopre
ao longo de todos os anos, é mais ativo nos meses de primavera e verão. O vento
de Oeste e Sudoeste, secundário, é mais eficaz nos esses de inverno.

FAUNA DA CIDADE DO RIO GRANDE


O litoral gaúcho abrange uma planície arenosa, onde encontramos banhados,
lagoas, praias e dunas. É lugar de abrigo, alimentação e reprodução de muitas
espécies nativas, residentes e migratórias. É um dos criadouros de maior significado
ecológico no Sul do Brasil.
O Município de Rio Grande apresenta uma vasta área, entre banhados,
pântanos salgados, arroios, ilhas estuarinas, sacos protegidos, faixas de praia e
dunas costeiras e interiores. Algumas áreas afastadas da zona urbana,
principalmente as ilhas e sacos protegidos, tem sua fauna e flora com uma enorme
diversidade de seres vivos, mas que vem sendo ameaçados pela instalação de
núcleos habitacionais e industriais, assim como o lançamento de esgotos, aterros e
a poluição por agrotóxicos e resíduos industriais. Dentre as áreas citadas, que estão
no perímetro urbano e fazem parte do estuário da Laguna dos Patos, estão a
Lagoa Verde e os arroios Bolaxa e Senandes, que representam a última área de
banhados e arroios preservados na zona urbana de Rio Grande. Também podemos
citar a Praia do cassino, maior praia do mundo em extensão.

LAGOA VERDE , ARROIOS SENANDES E BOLAXA

A Lagoa Verde, circundados por antigas dunas, banhados e matas de


restinga, têm comunicação direta com o Saco da Mangueira importantes áreas de
marismas e águas estuarinas rasas. Encontra-se com a Lagoa verde, os arroios
Bolaxa e Senandes. O Arroio Bolaxa , principal arroio em tamanho e volume de
água, abriga em torno de 27 espécies de peixes, dentre elas os acarás, traíras e
jundiás , já nas matas de suas margens encontramos diversas espécies de aves.
Estes ambientes, constituem um criadouro natural de várias espécies, destacando-
se pela presença de aves , répteis, mamíferos, anfíbios, crustáceos e outros
vulneráveis a extinção.

Vejamos as espécies encontradas na Lagoa verde:


TABELA 1: AVES
Marreca
piadeira

Maçarico

Biguá

Quero-quero

TABELA 2 : MAMÍFEROS
Ratão –do- banhado

Graxaim –do - mato

Lontra

Capivara

Mão- pelada

TABELA 3 : RÉPTEIS
CÁGADO

Cobra -jararaca

Cobra - cruzeira

Lagarto

Jacaré -do - papo


amarelo

Lagartixa
TABELA 4: ANFÍBIOS

Perereca

Sapo – da – terra

TABELA 5 : PEIXES

Jundiá

Lambari

Barrigudinh
o

Traíra
Antes de ser despejada no oceano, enorme quantidade de águas pluviais
provenientes das bacias de parte do Rio Grande do Sul e Uruguai passam pelo
Estuário da Laguna dos Patos, formando um grande berçário para o
desenvolvimento de diversas espécies de crustáceos, moluscos e peixes como a
corvina, bagre, tainha que servirão de alimento à outras espécies migratórias (boto,
leão-marinho), e residentes ( gaivotas, garças). Dentre os crustáceos, o camarão -
rosa, abrigando também uma comunidade silvestre bastante variada incluindo
espécies em perigo de extinção como a lontra, o jacaré – de –papo –amarelo e o
cisne de pescoço – preto.

Cisne do pescoço preto

LAGUNA DOS PATOS


Mesmo sendo conhecida como Lagoa dos patos , na verdade ela é uma
Laguna , pois tem comunicação com o oceano. , São ambientes protegidos com
pouca profundidade, onde ocorre a mistura de águas marinhas e águas doces. O
estuário da Laguna dos Patos é um local de refúgio e reprodução de inúmeras
espécies de peixes, crustáceos e moluscos. A dinâmica das águas da Laguna dos
Patos é controlada pela ação dos ventos e intensidade das chuvas . Por suas águas
entram e saem ovos, larvas e juvenis de animais como o camarão- rosa e peixes
como linguado, bagre, peixe-rei, corvina e tainha.
O encontro da Laguna dos patos com o Oceano Atlântico, foi um grande
desafio aos navegadores no século passado, que motivou a fixação da Barra da
lagoa através de construção dos molhes leste e oeste com cerca de 4km de
extensão cada, permitindo a entrada de embarcações de grande calado e o
desenvolvimento da cidade do Rio Grande.

TABELA 6: Peixes e crustáceos da Laguna dos Patos

Tainha

Bagre

anchova

Peixe –rei
Linguado

Camarão-
rosa

PRAIA DO CASSINO

Consta no Guiness Book ( Livro dos Recordes ) como a maior Praia do


Mundo, com uma extensão de 245 Km de comprimento, indo da cidade do Rio
Grande ao Chuí. Formado por uma imensidão quase sem fim de praia de águas e
areias claras, paralelo ao mar encontram-se dunas, que ajudam na preservação
nativa, que sofreu com o desenvolvimento e o crescimento do balneário, mas graças
à ação de alguns grupos, estas puderam ser recuperadas e hoje consideradas áreas
de preservação ambiental. As dunas da Praia do cassino abrigam diversas espécies
de animais como: tuco-tuco, formigas e besouros. Já na zona costeira da Praia,
encontramos diversas espécies de peixes, aves, mamíferos, crustáceos e moluscos,
sendo algumas destas visitantes que fazem deste ambiente um paradouro para
descanso, procriação e alimentação.

TABELA 7 : Praia do Cassino


Tuco-tuco

Siri

Leão -marinho

Biguá

Lobo- marinho

Barata - da -
praia
Vegetação

A maior parte do município é composta por campos, com vegetação


rasteira e herbácea. Também há pequenos bosques com árvores plantadas
(eucaliptos e pinhos) Dunas de areia são encontradas em toda a costa litorânea,
com uma infinidade de plantas.
Outras vegetações podem aparecer em meio aos campos, como capões de mato
e matas galerias. Temos também uma variedade de plantas aquáticas como as
algas, um grupo extremamente diversificado de organismos, que constituem a
fico flora dos ecossistemas aquáticos continentais. Compreendem seres
microscópicos unicelulares, que são a base energética das cadeias alimentares
nos ambientes aquáticos.
O sul da planície costeira é caracterizado por sua amplidão, onde os
banhados, lagoas e áreas úmidas associadas constituem a paisagem dominante
com a presença de flores de banhado, juncos, capim macega, água pés que
servem de área de descanso e procriação de várias espécies de aves. Nas
enseadas observa-se uma gramínea que formam as marismas alagadas,
formando um berçário para várias espécies de peixes e crustáceos como
camarão que ali se instalam para se desenvolverem.
Outros ecossistemas naturais da planície costeira são as dunas, as matas
de restinga, os campos secos e os fragmentos da mata atlântica. Estes
ecossistemas, em sua maioria. Ocorrem associados. Os campos litorâneos
compõem um mosaico com os banhados e matas de restinga, sendo formados
por gramíneas.
No extremo sul, a ação antrópica que mais contribui para a degradação
dos banhados e das lagoas de água doce é o cultivo CE arroz irrigado, com a
drenagem de áreas, uso de agrotóxicos e fertilizantes, retirada de água para as
lavouras e o retorno dessas águas com os resíduos para os sistemas naturais.
As regiões de dunas e campos nativos sofrem o impacto do plantio de
florestas de espécies exóticas de pinus e eucalyptos. O pinus, além de destruir os
ambientes nativos na área onde foi plantado, constitui uma perigosa
contaminação biológica que está se expandindo naturalmente, e com bastante
rapidez pelos ecossistemas abertos, como as dunas, os campos e até as áreas
úmidas.
Espécies ameaçadas de extinção são as figueiras e as corticeiras que são
protegidas por lei, conforme o código florestal do Rio Grande do Sul.

Mapa da Praia do Cassino , Arroios Bolaxa, Senandes, Lagoa Verde


e Saco da mangueira
BIBLIOGRAFIA
Crivellaro, Carla Valeria Leonini. Ondas que te quero mar: educação
ambiental para comunidades costeiras . Porto Alegre, Gestal/NEMA.2001
Seeliger, U. Odebrecht, C& Casttelo, J.P Os ecossistemas costeiros e
marinhos do extremo sul do Brasil. Rio Grande; Editora Ecoscientia, 1998,
341pg.
Seeligr, U.Cardozzo, C. Barcellos, Lauro Areias do Albardão. Rio Grande;
Editora Ecoscientia, 2004, 96 pg
Folder Fundação Zoobotânica do RS, 2000 Biodiversidade do litoral, os
Habitantes dos Praias Arenosas, editoração Núcleo do comunicação social FZB
Vieira F.E. Planície Costeira do Rio Grande do Sul. Ed. Sagra. Porto
Alegre-RS 1988
Becker G. F., Ramos R.A. E Moura L.A. Biodiversidade – Regiões da
Lagoa do Casamento e dos Butiazais de Tapes, Planície Costeira do Rio Grande
do Sul, Ministério do Meio Ambiente e Fundação Zoobotânica do Rio Grande
do Sul, Brasília – DF, 2007.

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