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Palácio das Artes, 2008
As Quatro Estações: Mimeses
Públio Athayde & Will Oliveira
1 Memorial descritivo
2 Projeto expográfico
Os doze paineis (item a) se disporão simetricamente, metade em cada uma das paredes
específicas que se seguirão. Entre eles se intercalarão os sonetos respetivos (itens d e e). Ao
fundo da galeria, em disposição compativel com o espaço, os quatro paineis restantes (item b).
A parede restante, a menor do espaço, fica reservada para os estudos gráficos (item c).
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Os painéis dos trípticos As Quatro Estações delimitam planos, tanto quanto são
superfícies pictóricas, são planos que discursam em sua articulação plana. São planos que
significam pela razão (áurea) de sua dimensão, pela escala (amplitude – grandeza... aqui as
palavras se confundem, mas a referência é ao tamanho dos objetos), são ainda planos que têm
característica bidimensional à primeira vista, mas há aspectos que trazem o Programa para o
universo fronteiriço entre a escultura e a pintura em que se situa grande parte da poesia visual
até estes primórdios de século: um é o fato de que a terceira dimensão é antecedida de duas
espectador possa ver cada tríptico isoladamente e completar o périplo visual entre elas pelo
giro em torno de si, reforçando a noção cíclica do discurso proposto e criando a necessária
aplicados – a programação visual para a exposição dos trabalhos já está prevista, feita a
articulação entre as telas concernentes a cada Concerto, tal como devem ser apresentadas.
tracejada) e, entre si, segundo a sintaxe das imagens e dos campos áureos (linhas pontilhadas),
guardada a distância entre os quadros de cada tríptico entre 60cm e 120cm. Essa disposição é
essencial, pois ela possibilita a leitura entre as telas, para tanto que foram concebidas.
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2.2.1.1 Prim
mavera
2.2.1.2 Verãão
2.2.1.3 Outoono
2.2.1.4 Inveerno
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composição que representa os andamentos dos concertos, sua dinâmica e seu afeto. O
simbólico e icônico; o planejamento de sua posição relativa, cada um em função dos demais,
em cada um dos trípticos, e deles entre si, funciona como rubrica da exposição quase tanto
quanto a própria seqüência das Estações (como música, poesia ou fases do ano) o faz
naturalmente. Todos esses elementos foram articulados com coerência retórica, apresentando-
relações entre os campos dos painéis, determinados pela progressão áurea, pelas espirais
geometria sacra profanado pela leitura e expressão neoconcreta que assumiram nas torções de
Toglie alle membra lasse il Suo riposo Gir forte Sdruzziolar, cader à terra,
Il timore de'Lampi, e tuoni fieri Di nuovo ir Sopra 'l giaccio e correr forte
E de mosche, e mossoni il Stuol furioso! Sin ch'il giaccio Si rompe, e Si disserra;
Ah che pur troppo I Suoi timor Son veri Sentir uscir dalle ferrate porte
Tuona e fulmina il ciel e grandinoso Sirocco, Borea, e tutti i Venti in guerra
Tronca il capo alle Spiche e a'grani alteri. Quest'è 'l verno, mà tal, che gioja apporte
2.2..4 Sonetoos de minh
ha autoriia
um
m deles insppirado em um
u dos movvimentos do
os concertoss do ciclo A
As Quatro Estações
E
Assim
m, aos alleegros, correespondem versos octoossílabos, aos largos, versos
doodecassílaboos (alexanddrinos, em
m alguns caasos); aos adágios vversos decaassílabos
(hheróicos); os
o prestos, versos
v hexaassílabos; o allegro noon molto fooi representtado por
veerso eneassíílabo.
Primavera Verão
o Outono Inve
erno
•Allegro: •Alleg
gro: •Presto: •Alleegro non
octossílabos. octasssílabos. exassílabos. moolto:
•Largo: •Adaggio: •Alegro: eneeassílabo.
dodecassílaboss. decasssílabos. octossílabos.. •Larrgo:
•Alegro: •Prestto: •Adagio: doddecassílabo.
octossílabos hexasssílabos. decassílabos. •Alleegro:
octtossílabo.
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Meu sonho de musas que me fazem cativo Eu, para mim, tudo que almejo
Deste amor platônico somente cantado, É segurança e a luz que existe,
O grande suplício por eu ser recatado. Clareia trevas e vida triste.
Já fico contente sem ter bem um motivo, Sei bem quem sou, sei meu desejo,
Pois será logo em breve que tal desidério, Que desta vida terei tudo
Deixará para mim de ser grande mistério. Estou tranqüilo, não me iludo.
De saber novo nem sempre se alcança Vale a carne pelo seu gosto,
Toda beleza que, é certo, se espera, Supre a vontade de ter sexo,
Conta-se então com o que o tempo opera: Não mais se suspira em amplexo,
Perfeição plena ao conhecer que avança. Põe-se a gemer, e mostra o rosto.
Aí, dou-me conta de tudo que valho, Eis-me, que agora agindo assim,
Cobro da vida por meu desempenho, Quase me completo sozinho,
Que sorte minha, boa paga que eu tenho. Mesmo acompanhado no ninho.
Glosa o destino num soneto Nada mais resta, para esta vida malsã,
Com uma quadra benfazeja, Que morte inglória daquele que tudo sabe,
Outra muito dura que seja, Mesmo que não há Deus, e nenhum apelo cabe,
Mas puro azar cada terceto. Morre feliz, na alegre certeza pagã.
Cansado de ser explorado, Qual de certeza, tédio este que eu nunca quis,
Volto cedo a vida privada, Tal de dúvida, último prazer sempre incerto,
Impeço à musa que ela evada. Esta alegria, novidade que está mais perto.
Engodo de certezas que sou eu, Ainda bem! Era o meu desejo.
Clama pela dúvida qualquer O desejo também morreu,
Que minore o sofrer se puder. E não sei nem se sou mesmo eu.
concertos em volume denominado Opera Ottava (Opus 8). Esse conjunto concertístico
para os músicos e para a platéia. O tema das Quatro Estações é simples, popular, dado
que se refere à nossa Terra e a todos os habitantes, mas ao mesmo tempo, amplia-se
simbolicamente de maneira rica e complexa, pois que está ligado a tudo que se refere ao
destes concertos grossos de Vivaldi fizeram deles uma das obras de música erudita mais
gravadas: 475 registros, contra 275 da Quinta Sinfonia de Beethoven, por exemplo.
Os trípticos e sonetos
Estudos gráficos
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3 Curricula
Wilerson Jorge de Oliveira, residente à rua Alvarenga, 550, Ouro Preto, telefone
(31)9272-9110, email wilerson86@yahoo.com.br . Nascido em Mariana e criado em
Ouro Preto, desde sempre gostou de arte; estudou desenho, pintura e teatro, mas a opção
pelas tintas e pinceis tem se manifestado.
ATHAYDE, Públio. Primavera I – Allegro. 2007. Óleo sobre tela de algodão sobre Eucatex, 122cm X194cm.(Inacabada)
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ATHAYDE, Públio. Primavera II – Largo. 2007. Óleo sobre tela de algodão sobre Eucatex, 122cm X194cm.(Inacabada)
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ATHAYDE, Públio. Primavera III – Alegro. 2007. Óleo sobre tela de algodão sobre Eucatex, 122cm X194cm.(Inacabada)
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ATH
HAYDE, Públio. Primavera
P I e II.. 2007. Óleo sobrre tela de algodão
o sobre Eucatex, 122cm X194cm cada.(Perspetiva do
d tríptoco
inaccabado).
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ATHAYDE, Públio. Verão I, II e III. 2007. Óleo sobre tela de linhagem sobre Eucatex, 122cm X194cm cada.(Perspetiva do
tríptoco inacabado).
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ATHAYDE, Públio. Verão II, Adagio. 2007. Óleo sobre tela de linhagem sobre Eucatex . (Detalhe : vista da Ponte da Barra à jusante).
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ATHAYDE, Públio. Verão I, Allegro. 2007. Óleo sobre tela de linhagem sobre Eucatex . (Detalhe : vista da Ponte do Pilar).
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ATHAYDE, Públio. Verão II, Adagio. 2007. Óleo sobre tela de linhagem sobre Eucatex . (Detalhe : vista da Ponte dos
Contosr).
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OLIVEIRA, Will. As Quatro Estações: O Verão. 2007. Óleo sobre tela sobre Eucatex, 96cm X 123cm..(Inacabada).
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OLIV
VEIRA, Will. As Quatro Estações: A Primavera. 20
007. Óleo sobre teela sobre Eucatexx, 96cm X 123cm
m..(Esboço).
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ATHAYDE, Públio. Torre do Rosário. 2007. Óleo sobre tela sobre Eucatex, 96cm X123cm
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