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Aprender a fazer uma composição

A composição é um exercício de produção escrita,


frequentemente exigido aos alunos mas nem sempre
cumprido com muito agrado.

Refira-se ainda que saber redigir um texto com as


características que normalmente a composição
apresenta não é uma exigência exclusiva da Escola.
Assim, poderá lembrar aos alunos que, mais tarde, no
âmbito profissional ou social, não é rara a necessidade
de recorrer a uma exposição escrita, que poderá
assumir diferentes formas, de acordo com os casos e
as situações que a exigem.

Para ajudar a fazer uma composição, sugere-se um percurso de trabalho do qual fazem
parte as seguintes etapas:

1.º Reflexão sobre o tema

Explicar aos alunos que uma reflexão cuidada sobre o tema que é exigido, e do qual
não deverão nunca afastar-se, é fundamental. Só assim os temas poderão ser devidamente
tratados, com criatividade e também espírito crítico, conseguindo a riqueza de conteúdo que a
composição requer.

Depois da reflexão deverão anotar, numa folha de papel, os factos, as ideias, que, no
fluir do pensamento, por associações espontâneas, vão ocorrendo. Esse registo (naturalmente
ainda incompleto e desorganizado) estimula o enriquecimento dos dados conseguidos e
permite já, de algum modo, visualizar as relações que entre eles se vão desenhando.

2.º Escolha do discurso

Numa segunda fase explicar aos alunos que é importante pensar e definir o tipo de
discurso que organizará o conteúdo (poderão ser dadas algumas indicações sobe as principais
características, por exemplo, de um discurso narrativo, ou descritivo).

3.º Elaboração do plano

Na fase seguinte, e antes de se começar a redigir, deverão ser bem definidos os tópicos
a desenvolver, as ideias a privilegiar, o lugar a conceder a este ou àquele aspecto, enfim, o
próprio encadeamento do texto. São três as áreas que deverão constar em qualquer texto:

a introdução (que apresenta o tema, podendo também indicar a sua importância e


pertinência, e o método utilizado para o abordar);

o desenvolvimento (que, como o nome indica, desenvolve o tema, de acordo com o tipo
de discurso escolhido para o fazer);

a conclusão (que constitui uma espécie de remate do texto e pode apresentar uma
pequena síntese do desenvolvimento ou uma opinião pessoal).

Convém ter presente que essas três partes deverão posteriormente concretizar-se em
texto na seguinte proporção: 1/6, 4/6, 1/6, respectivamente. A extensão de cada uma delas
poderá ser ligeiramente alterada, mas a segunda será sempre a mais extensa.
É inegável que no decurso da escrita surgem sempre aspectos em que não se pensara
antes, ideias novas que obrigam à reformulação do que previamente havia sido planeado. Mas
isso não diminui, de modo algum, a importância do plano. Sem ele, a escrita será mais difícil e
maior o risco de falhar a organização lógica do texto.

4.º Concretização do plano

Trata-se agora de desenvolver por escrito, de organizar em texto os conteúdos


anteriormente previstos. Trata-se, no fundo, de produzir um discurso que, com a correcção
linguística naturalmente exigida, exprima com rigor, clareza e sentido estético as ideias a
transmitir.

Nesta fase poderá ser útil relembrar aos alunos, as características do discurso que vão
utilizar; a importância do encadeamento lógico das ideias, a correcção da ortografia, da sintaxe
e da pontuação, e ainda a riqueza vocabular.

5.º Revisão

Finalmente, a última etapa do trabalho consiste numa revisão atenta do texto que
permita detectar eventuais erros relativos aos diversos aspectos considerados no ponto
anterior. Antes de se dar por concluída a composição, recomenda-se a leitura em voz alta, caso
seja viável. Esta leitura permite detectar algumas deficiências que a leitura silenciosa não
permite observar.

Escrever exige não só o conhecimento das regras da língua escrita, mas também um
método de trabalho adequado. Segundo a opinião de Maria Teresa Serafini, em Como Se Faz
Um Trabalho Escolar, a diferença principal entre um escritor experiente e um principiante é
que o primeiro automatizou muitas das operações necessárias para respeitar as regras. O
escritor experiente não tem, por exemplo, incertezas sobre a ortografia e sobre as convenções
textuais em geral, podendo concentrar-se em outros aspectos do escrever.

Adaptado de Aprender a Dominar a Escrita, de Fernanda Afonso e Esmeralda Lopes, Texto


Editora, 1998 (2.ª edição).

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