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CAMPO GRANDE
2008
Gestão de Desenvolvimento de Produto (GDP)
1. Considerações Iniciais
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2.1 Pré-desenvolvimento
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2.1.2 Planejamento do Projeto
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2.2 Desenvolvimento
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as restrições de projeto do produto, isto é, contrato, ambiente, legislação, normas, dentre
outros.
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2.2.3 Projeto Detalhado
A fase anterior, projeto conceitual, gerou uma concepção de produto, a qual poderá
na fase seguinte, projeto detalhado, ser transformada em um produto final. Nessa subfase
do desenvolvimento serão realizadas as configurações finais do produto, desenhos finais
com tolerâncias, planos de processo de fabricação, projeto de embalagem, material de
suporte do produto, protótipo funcional, projeto dos recursos e o plano de fim de vida.
O projeto detalhado conta com treze atividades chaves, listadas abaixo:
1. Atualizar o plano de projeto detalhado
2. Criar e detalhar SSCs, documentação e configuração
3. Decidir por fazer ou comprar SSC
4. Desenvolver fornecedores
5. Planejar o processo de fabricação e montagem
6. Projetar recursos de fabricação
7. Avaliar SSCs, configuração e documentação do produto e processo
8. Otimizar produto e processo
9. Criar material de suporte do produto
10. Projetar embalagem
11. Planejar fim de vida do produto
12. Testar e homologar produto
13. Enviar documentação do produto a parceiros
Durante o projeto detalhado serão realizadas muitas atividades direcionadas ao SSCs.
No tocante a este assunto procura-se criar, reutilizar, procurar, codificar, calcular e
desenhar, especificar tolerâncias, integrar os SSCs, bem como finalizar desenhos,
documentos e o BOM. Informações de custos, tempo, capacidade e competências para o
desenvolvimento/fornecimento dos SSCs serão fundamentais nesta subfase, pois se deve
definir entre comprar ou fazer, necessitando, portanto, de orçamentos dos fornecedores.
Caso seja necessário comprar os SSCs, devem-se selecionar os fornecedores, através
do envio das especificações e análise das amostras recebidas. Aprovado o custo e a amostra
o fornecedor é homologado para o processo.
Definidos os processos de obtenção dos SSCs, passa-se ao planejamento do processo
de fabricação e montagem. Nessa atividade deve-se definir e seqüenciar operações,
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especificar máquinas, equipamentos, pessoal, habilidades, inspeção, métodos, ferramental,
dentre outros.
Durante o planejamento detalhado é interessante que se faça a simulação do
processo de fabricação, fins de se identificar possíveis problemas ainda na fase de
planejamento. Nessa oportunidade serão avaliados SSCs, configuração e documentação do
produto e processo, bem como é uma oportunidade de otimização do produto e processo.
Nesta subfase será desenvolvido, além do produto em si, o material de suporte do
produto, que nada mais é do que o manual de operação do produto, material de
treinamento e manual de descontinuidade do produto.
Outra atividade importante do projeto detalhado é o desenvolvimento da
embalagem, onde se deve avaliar a distribuição do produto (transporte e entrega), definir
normas e as sinalizações das embalagens do produto, identificar os elementos críticos,
adequar embalagens aos elementos críticos, projetar a forma propriamente dita da
embalagem, bem como planejar o processo de embalagem.
Como todo produto tende a ter um fim, durante esta subfase planeja-se o fim de vida
do produto, através da elaboração do plano de retirada do mercado, plano de
descontinuidade da produção, plano de descarte e plano de reciclagem.
Feitas todas as outras atividades do projeto detalhado, deve-se testar e homologar o
produto. Nessa atividade serão verificadas as documentações, funcionalidade do produto,
atendimento aos requisitos, atendimento às normas, para, por fim, obter o certificado de
homologação.
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4. Produzir lote piloto
5. Homologar processo
6. Otimizar produção
7. Certificar produto
8. Desenvolver processo de produção
9. Desenvolver processo de manutenção
10. Ensinar pessoal
Na primeira atividade, devem-se desenvolver os recursos não comprados e comprar
os que tiveram fornecedores desenvolvidos. De posse dos mesmos passamos a verificação
da disponibilidade dos equipamentos em uso e a operacionalidade dos recursos novos, fins
de preparar todos os recursos para a produção do lote piloto, o qual será avaliado para que
se possa homologar o processo de fabricação e montagem.
Caso seja necessária alguma alteração no processo de manufatura, deve-se fazer
nesse momento, pois a próxima fase é a certificação do produto, na qual são avaliadas
exigências de regulamentação, o produto é submetido ao cliente para aprovação, bem como
são avaliados os serviços associados ao produto.
Sendo o produto certificado, passa-se a desenvolver o processo de produção, onde
são desenvolvidos processos de planejamento e controle da produção, processos de logística
e relação de entrega dos produtos aos clientes.
Para que todo o processo de manufatura sai a contento, deve-se realizar a
capacitação do pessoal. Para tal devem-se mapear competências necessárias, definir cursos
de treinamento, contratar instrutores, desenvolver cursos, desenvolver instrutores, treinar,
avaliar e certificar pessoal e montar cursos contínuos.
Como o próprio nome desta subfase diz, será nessa oportunidade que o produto será
apresentado ao mercado, necessitando nessa subfase de algumas especificações, tais como
processos de vendas, de distribuição, de assistência técnica e de atendimento ao cliente.
Nove atividades compõem o lançamento do produto:
1. Planejar lançamento
2. Desenvolver processo de vendas
3. Desenvolver processo de distribuição
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4. Desenvolver processo de atendimento ao cliente
5. Desenvolver processo de assistência técnica
6. Promover marketing de lançamento
7. Lançar produto
8. Gerenciar lançamento
9. Atualizar plano de fim de vida
No desenvolvimento de processos de vendas devem-se desenhar os processos de
vendas, adquirir os recursos necessários, preparar a documentação comercial, desenvolver
sistemas de apoio a vendas, contratar ou alocar pessoal e treinar a força de vendas e pessoal
de apoio a vendas.
Para desenvolver o processo de distribuição devem-se desenhar o processo de
distribuição, definir a logística do processo, fechar acordo com fornecedores, adquirir
recursos, desenvolver sistemas de apoio a distribuição e treinar pessoal de apoio a
distribuição.
O desenvolvimento de atendimento ao cliente conta com o desenho do processo de
atendimento ao cliente, a necessidade de comprar recursos, desenvolver documentação e
sistema de apoio ao cliente, a contratação e alocação de pessoal, bem como o treinamento
para o atendimento ao cliente.
A assistência técnica, assim como os outros processos, necessita do desenvolvimento
de algumas atividades, quais sejam: desenhar o processo de assistência técnica, comprar os
recursos necessários, desenvolver documentação e sistema de apoio a assistência técnica,
contratar e alocar pessoal, promover o treinamento do pessoal de assistência técnica.
Para o sucesso do lançamento, uma boa campanha de marketing deve ser realizada.
Além de propagandas deve-se realizar o evento de lançamento. Após o lançamento do
produto, o departamento de marketing verificará os resultados, isto é, mensurar a aceitação
inicial e a satisfação do cliente.
2.3 Pós-desenvolvimento
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2.3.1 Acompanhar Produto e Processo
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2.4 Processos de Apoio
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Fig. 3 – Melhoria no processo de desenvolvimento de produtos
3.1.1 Conceito
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O QFD permite a observância das necessidades do mercado de modo a transformar
desejo em algo tangível. Podemos dizer que o método QFD permite a redução de erros, uma
vez que tenta projetar o produto já na forma desejada pelo consumidor final.
Essa ferramenta contribui para o desenvolvimento do produto, sendo possível
apontar como objetivos e, portanto, conseqüências os seguintes pontos:
Redução do tempo de desenvolvimento de produtos;
Redução do número de alterações nos projetos;
Redução de problemas no início da produção;
Redução dos custos;
Aumento da satisfação dos clientes;
Ampliação da base de conhecimento dos participantes do projeto de QFD.
3.1.2 Metodologia
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5. Lista dos “comos” – como traduzir/entender os desejos dos clientes:
Nessa fase, traduzem-se aquelas necessidades em requisitos técnicos. Os
“comos” devem ser mensuráveis.
6. Direção de melhoria:
Estabelece para cada “como” a sua direção de melhoria, isto é, “para cima”
ou “para baixo”.
7. Matriz de correlação (telhado):
É uma matriz triangular que busca estabelecer a correlação entre os “comos”.
8. Quanto:
Estabelece para cada “como” uma valor-alvo (meta) que deve ser alcançado
de modo a garantir a satisfação do cliente.
9. Avaliação técnica da concorrência:
Similar à avaliação da concorrência feita pelo cliente, a diferença reside no
fato de a comparação se basear em cada “como” e não em cada “que”.
10. Matriz de relações:
É uma forma sistemática de identificar um nível de relação entre uma
característica do bem ou serviço (“ques”) e a maneira de obtê-los (“comos”).
11. Fatores de dificuldade ou probabilidade:
São valores que indicam a maior ou menor dificuldade que a empresa tem
para atender cada um dos itens “como”.
12. Escores absoluto e relativo:
Seleção dos “comos” que deverão passar à próxima fase. Multiplica-se os
graus de intensidade pela ordem de importância fornecida pelo cliente.
Como dito no início, o QFD é constituído de quatro fases, veremos adiante as quatro
fases pormenorizadamente:
Fase 1 – Planejamento do produto:
É a finalidade do produto. Nessa fase, convertem-se as exigências do cliente
em “ques”. A equipe passa a desenvolver a matriz, criando diferentes
maneiras de traduzir os requisitos.
Fase 2 – Desenvolvimento de componentes:
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Nela determinam-se os detalhes e componentes necessários para fabricar o
produto ou prestar o serviço, resultando em ponto que apresentam maior
relação com a satisfação dos requisitos do produto estipulados pelo cliente.
Fase 3 – Planejamento do processo
Esta fase tem como resultado a escolha do processo a ser aplicado para
desenvolver o bem ou sérico que atenderá aos requisitos do cliente.
Fase 4 – Planejamento de produção
Na fase 4 desenvolvem-se os requisitos de fabricação do produto. Os
métodos de produção para atender ao processo estipulado na terceira fase
permitirão à empresa fabricar um produto ou prestar um serviço
inteiramente de acordo com as necessidades do cliente.
Abaixo segue uma imagem das etapas do QFD (fig. 4) e uma Casa da Qualidade já
desdobrada (fig. 5)
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3.2 Análise de Valor
3.2.1 Conceito
3.2.2 Metodologia
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É o bem ou serviço, projeto ou processo de trabalho em estudo.
2. Função:
São as tarefas que os objetos procuram desempenhar. Devem ser descritas
por um verbo acompanhado de um substantivo, como “armazenar conteúdo”
(pote).
a. Funções de uso:
Relacionadas com o valor de uso, como “conduzir energia” (fio).
b. Funções de sétima:
Relacionadas com o valor de estima do produto, em geral não
mensurável, como “criar status” (cadeira).
c. Função principal:
Relacionada com a razão principal da existência do produto, como
“permitir assento” (cadeira)
d. Função secundária:
Relacionada com as funções que têm por objetivo auxiliar ou expandir
o desempenho das funções principais. Podem ser necessárias,
desnecessárias ou acessórias. São exemplos: “suportar peso”
(necessária), “servir de escada” (desnecessária) e “pendurar roupa”
(acessória).
3. Custo:
O custo representa a avaliação dos insumos e processo necessários para a
produção de um bem ou serviço.
4. Valor:
Consiste basicamente em quatro tipos de valor:
a. Valor de uso:
Relacionado com as funções que o objeto deve cumprir.
b. Valor de estima:
Relacionado com o poder que o objeto exerce sobre as pessoas e que
as leva a desejar possuí-lo (associado à atratividade)
c. Valor de custo:
Soma dos custos necessários para a produção do objeto.
d. Valor de troca:
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Soma dos valores de uso e de estima que permite a venda pelo
cliente.
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formada, determina-se o escopo e pode-se, então, planejar as atividades e estipular o
cronograma.
Na fase informativa o objeto é estudado para que se possa classificar o objeto nas
características apresentadas acima (função, custo, valor e objeto).
A etapa crítica é realizada a comparação do custo estimado com o valor sugerido. A
equipe deve conhecer bem o objeto para estipular os custos e ter boa percepção do valor
que o cliente atribui ao objeto.
A quarta etapa é a fase criativa, onde a equipe deve gerar uma gama de idéias, de
modo a identificar materiais ou componentes que poderiam, a custos menores, atender
àquelas funções selecionadas como prioritárias.
A fase seguinte, analítica, cabe o estudo das soluções encontradas, elegendo-se as
melhores, que passam à etapa de implantação.
Por fim, a implantação, requer a solução destacada na fase anterior seja
aperfeiçoada, implementada e reavaliada.
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REFERÊNCIAS
MARSHALL JUNIOR, Isnard et al. Gestão da Qualidade. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
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