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#8 2007
GLOB A L S OLUTI ON S FOR L OC AL C U S T O M ERS – EVERY W H ERE
ESAB apóia o
crescimento do
agronegócio
OUTUBRO Nº 8 2007 3
Editorial #8 2007
índice
Feimafe 2007
Em tempos de retomada dos
investimentos industriais, ESAB
enfatiza a automatização e os
processos de corte
página 8
página 8
Navalshore 2007
página 10
página 11
O agronegócio no Brasil
página 18
página 11
A diluição e o seu controle em
soldas de revestimento
página 26
Cidades da Solda é o
principal projeto social apoiado
pela empresa
página 32 página 27
6 OUTUBRO Nº 8 2007
T E M
I
AQ U
A B
ES
OUTUBRO
Nº
8
2007
7
Ao lado do cliente
Feimafe 2007
Em tempos de retomada dos
investimentos industriais, ESAB enfatiza a
automatização e os processos de corte
“
Neste momento em que a in- nas linhas de transformadores, retifica-
dústria brasileira vem crescen- dores, conjuntos de soldagem MIG e
do consideravelmente e precisa TIG, colunas e viradores.
melhorar muito a automatiza- A Alcântara Machado, promotora e
ção de seus processos de soldagem, organizadora da Feimafe, informa que
para ampliar a produtividade e adquirir 65 mil visitantes e compradores parti-
maior competitividade, estrategicamen- ciparam desta edição da feira, e avalia
te, decidimos que seria importante en- que o evento, com 1.250 expositores,
fatizar nossos equipamentos e nossa foi marcado pela retomada de investi-
tecnologia nesse campo, e realçar tam- mentos da indústria nacional. Newton
bém todo o segmento de corte, incluin- Andrade e Silva ressalta a importância
do os processos a plasma, a laser e o da Feimafe, considerada a maior feira de
oxicorte”. A análise é do diretor de Ven- máquinas-ferramenta da América Latina.
das e Marketing, Newton de Andrade e “É uma feira bienal, tradicional e muito
Silva, e se refere à presença da ESAB importante para diferentes segmen-
na 11ª Feira de Máquinas-Ferramenta tos industriais, razão pela qual a ESAB
e Sistemas Integrados de Manufatura tem estado presente em suas edições.”
(Feimafe), realizada de 21 a 26 de maio Quanto à realização de negócios, o dire-
de 2007, no Parque de Exposições do tor informou que o resultado foi positivo,
Anhembi, em São Paulo. A empresa sem falar em valores. Ele assinala ser
apresentou no evento diversos lança- uma característica de feiras como esta
mentos, incluindo consumíveis para permitir a abertura de negociações que
manutenção ferroviária, equipamentos serão concluídas muito tempo depois.
OUTUBRO Nº 8 2007 9
Ao lado do cliente
O peso da
informação
Segundo o gerente geral da Filial
São Paulo, Pedro Rossetti Neto, um
aspecto chamou a atenção nesta edi-
ção da Feimafe: em comparação com
edições anteriores, havia um número
menor de visitantes, porém era possível
perceber uma quantidade proporcio-
nalmente maior de diretores e execu-
tivos com poder de decisão. Uma das
explicações possíveis passa pelo bom
momento da economia. Com muitas
encomendas em carteira, as indústrias
precisam reforçar seu parque produtivo,
mandando seus dirigentes às compras
e, ao mesmo tempo, não podem libe-
rar encarregados e operadores diretos.
“Em outros anos, ao contrário do que
vimos neste, era possível reconhecer
uma presença muito maior de profis-
sionais como soldadores, montadores
entre outros”, assinalou o gerente.
Pedro Rossetti acentua que a ESAB
atribui muita importância às feiras téc-
nicas de que participa. Um aspecto
relevante desse entendimento é a pre-
servação da familiaridade na relação
com os clientes. “Desenvolvemos uma
sistemática própria de participação em
feiras: trazemos profissionais de todas
as filiais para receber nossos clientes
de forma customizada e regionalizada”,
diz. Ele explica que, antes de participar
de uma exposição, é realizado um es-
tudo a respeito de tudo o que a ESAB
tem a oferecer naquele momento, con-
siderando o público que participará do
evento. A idéia é sempre expor equipa-
mentos, produtos e serviços de uma tal
maneira que as informações cheguem
de forma clara e efetiva para os clien-
tes, pois elas são fundamentais para os
negócios. “Nossa experiência mostra
que, muita vezes, a informação preci-
sa, exata, é capaz de gerar um novo
negócio. A edição 2007 da Feimafe foi
um exemplo muito claro disso: fecha-
mos diversos negócios significativos na
área de automatização de processos
de soldagem devido à qualidade das
informações apresentadas aos poten- O estande da ESAB na Feimafe 2007, com design arrojado e
ciais clientes durante o evento.” demonstrações ao vivo, atraiu a atenção dos visitantes
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Ao lado do cliente
ESAB se destaca na
Navalshore 2007
Esta logomarca foi criada pela ESAB
especialmente para o segmento
P
ara promover o intercâm- produtos, que atendem a todas as suas
bio entre fornecedores e necessidades”, explica.
compradores de produtos Cláudio afirma que a Navalshore
e serviços da indústria na- está crescendo a cada ano, e a mu-
val, aconteceu entre os dias 29 e 31 de dança da localização da feira é um dos
agosto, no Rio de Janeiro, a Navalshore sinais da expansão. Realizado em 2006
2007. O evento contou com a partici- no Armazém 6 do Porto, o evento este
pação de grandes empresas do merca- ano aconteceu no Rio Cidade Nova
do offshore e naval, com destaque para Convention Center, um novo centro de
a ESAB, que é a maior fornecedora de convenções da cidade. “Sem dúvida, a
máquinas e consumíveis de soldagem e estrutura de 2007 foi bem melhor. Tam-
corte para o segmento. bém dá para perceber que a caracterís-
Neste ano, 120 estandes foram tica regional do evento está desapare-
montados em mais de 6 mil m2 de área cendo, com o aumento da participação
de exposição. Participante do evento de expositores do Brasil e do mundo”,
há vários anos, a ESAB marcou pre- comenta.
sença novamente na feira, e aprovei- O estande da ESAB, que teve des-
tou a oportunidade para lançar seu taque no espaço da exposição, expôs
novo catálogo específico para o setor os produtos de acordo com as linhas,
de construção naval, além da logomar- para mostrar a variedade de oferta de
ca que representará a nova identidade máquinas e consumíveis da empresa.
visual do Segmento Naval & Offshore. Cláudio explica que a feira atualmente
Para Cláudio Turani, consultor técnico tem um caráter mais institucional, com
da ESAB, a Navalshore foi uma opor- o objetivo de fazer contatos e divulgar
O estande da ESAB, que teve desta- tunidade de consolidar o trabalho da marcas, mas que isso está mudando.
que no espaço da exposição, expôs
empresa no setor. “Queremos mostrar “Acredito que a tendência é que a Na-
os produtos de acordo com as linhas,
para mostrar a variedade de oferta de aos nossos clientes que possuímos valshore se torne mesmo uma feira de
máquinas e consumíveis da empresa uma linha completa e diversificada de negócios”, afirma.
Guinada no setor
A indústria naval no Brasil pas- tação para embarcações de apoio demanda por equipamentos e con-
sou por uma forte crise nos anos marítimo construídos em estaleiros sumíveis de soldagem com altos ín-
90, com falta de investimentos e nacionais. dices de produção aumentou, abrin-
perda de mercado internacional. A A ESAB participou dessa mu- do espaço para que a empresa se
retomada aconteceu no início desta dança, fornecendo seus produtos consolidasse como a maior fornece-
década, especialmente depois da de alta qualidade para as indústrias dora desses itens para os estaleiros
decisão da Petrobras de abrir lici- de construção naval e offshore. A brasileiros.
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Agronegócio
SIAMIG
Reportagem e redação
Alexandre Asquini
O
s sinais de crescimento do Administração e Sociologia, da Escola
setor sucroalcooleiro vêm de Superior de Agronomia Luiz de Queiroz,
algum tempo. No primeiro da USP – tradicional centro de ensino e
semestre de 2006, em en- pesquisa localizada em Piracicaba-SP
trevista para esta revista Solução, o vice- – considera lógicas essas duas interpre-
presidente da Dedini Indústria de Base tações e analisa uma perspectiva aberta
S/A, José Luiz Olivério, avaliava que, em para esse setor nos últimos meses, em
razão do crescimento da demanda, seria razão da disseminação do uso do etanol.
preciso implantar 70 novas usinas até a Ela diz que o setor centrará esforços na
safra 2010/2011, significando ampliação consolidação do mercado internacional
de 20% no parque instalado, com vistas desse insumo. “O presidente da União da
a produzir, para o mercado interno e para Agroindústria Canavieira de São Paulo, a
exportação, 31,7 milhões de toneladas Única, Marcos Jank, anunciou em recente
de açúcar (contra 26,5 milhões de tone- entrevista coletiva a intenção de montar
ladas na safra 2004/2005) e 27,3 bilhões escritórios de representação do setor su-
de litros de álcool (contra 17,4 bilhões de croalcooleiro brasileiro nos Estados Uni-
litros do combustível, igualmente na safra dos, Europa e Ásia, visando apressar esse
2004/2005). processo.”
Aquela análise mostra-se coerente com A professora acrescenta que, atual-
a previsão recentemente divulgada pela mente, se reconhece que o uso de bio-
Agência Internacional de Energia (AIE): se- combustíveis pode mitigar o aquecimento
gundo este organismo, a produção diária global – fenômeno tornado incontestável
de biocombustíveis no Brasil deverá cres- pelos relatórios da ONU sobre o tema, di-
cer de 293 mil barris em 2006 para 421 mil vulgados no primeiro semestre de 2007.
barris em 2009 e 528 mil barris em 2012. “Sendo assim, as perspectivas de aumen-
Mirian Rumenos Piedade Bacchi, pro- to das exportações do etanol brasileiro
fessora do Departamento de Economia, são bastante boas. O custo de produção
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Agronegócio
Agronegócio
SIAMIG
Apresentando dados do seu setor, o lares”, disse.
presidente da Associação Nacional dos O diretor da ESAB acrescenta que a
Fabricantes de Veículos Automotores aplicação de arames tubulares no setor
(Anfavea), Rogelio Golfarb, exemplifica sucroalcooleiro cresce consideravelmen-
o que disse a professora. Recentemen- te porque as indústrias necessitam de
te, ao comentar no site de sua organiza- processos automatizados, mas efetivos e
ção a vertiginosa ascensão no mercado mais rápidos. “Hoje as paradas de ma-
dos automóveis tipo “flex”, que alternam nutenção precisam ser cada vez meno-
o uso de gasolina e álcool – as vendas res; existe a tendência de eles pararem
acumuladas evoluíram de 48,2 mil uni- cada vez menos a produção nas fábricas.
dades em 2003 para 376,6 mil em 2004 Essa velocidade é muito importante. Os
e para 1,2 milhão em 2005, chegando, arames tubulares ajudam muito nisso, e
SIAMIG
agora, a 2 milhões de veículos –, esse os equipamentos também”, diz, acres-
dirigente assinalou que tal desempenho centando que a maior fábrica de arame
favorece uma extensa cadeia econômica, tubular da América Latina é a da ESAB e
que inclui a base agrícola de produção está implantada no Brasil. “Aqui se pro-
de cana-de-açúcar, a produção de álco- duz todo tipo de arame, dos mais finos
SIAMIG
ol combustível, o setor de equipamentos aos mais grossos; tanto arames comuns
para usinas e chega aos revendores de como especiais, para união e para reves-
veículos, sem que se possa esquecer os timento.”
ganhos ambientais.
Já a Associação Brasileira da In-
dústria de Máquinas e Equipamentos Percepção e movimento
(Abimaq), reportando-se a um balanço das empresas
divulgado pela Anfavea, deu destaque
ao crescimento de 11% no número de Atuam diretamente ou contribuem
emprego no setor automotivo em julho com o segmento de agronegócios mui-
de 2007 em comparação com o mesmo tas empresas com as quais a ESAB man-
Segmento sucroalcooleiro é
mês de 2006, atribuindo esse resultado tém sólidas parcerias. Fundada no início locomotiva do agronegócio
à crescente demanda por máquinas agrí- de 1959 para fabricar componentes hi- brasileiro nos últimos tempos
colas para os setores de cana-de-açúcar, dráulicos, a Motocana S/A, localizada
café e fruticultura, e à volta da compra de em Piracicaba-SP, está acostumada a
colheitadeiras pelos produtores de grãos. perceber oportunidades no setor su-
De acordo com o balanço da Anfavea, croalcooleiro. Já nos primeiros tempos,
entre janeiro e julho de 2007, em compa- projetou e fabricou a primeira carrega-
ração com igual período do ano passa- dora de cana-de-açúcar do país. A partir
do, a produção de máquinas aumentou do sucesso desse equipamento pionei-
26,8%, alcançando 35.210 unidades; a ro, foi desenvolvendo tecnologias e no-
produção de tratores cresceu 32,2%, ati- vos produtos para o setor e, atualmente,
gindo 27.732 unidades, e o número de produz soluções para movimentação e
colheitadeiras registrou incremento de transporte de cargas para os segmen-
59,5%, para 2.492 unidades. tos canavieiro, florestal, industrial e ro-
Newton de Andrade e Silva assina- doviário, comercializadas no mercado
la que, como resultado de uma postura interno e exportadas para outros países
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Agronegócio
(CNH), Milton Rego, explica que, quanto logia, gestão e soluções de engenharia
aos grãos, o mercado agrícola vem de para o mercado.
dois anos de depressão, mas se recupera. Hoje, a empresa utiliza tecnologia
“A crise foi causada pela rápida valoriza- própria e de terceiros para fornecer so-
ção do real frente ao dólar, o que fez com luções compatíveis às necessidades
que os preços das principais commodities de cada cliente, tendo forte atuação no
– soja e milho – caíssem. Hoje, o merca- mercado de óleos vegetais e derivados,
do está em fase de recuperação.” A Case subprodutos de abatedouros, fábricas de
New Holland nasceu em 1999, da fusão ração/moagem, indústria fumageira, in-
entre as empresas Case e New Holland. dústrias química e petroquímica, produ-
Sua área de atuação é a de máquinas tos especiais, tanques de armazenagem,
agrícolas e de máquinas e equipamentos terminais portuários, navegação, instala-
para a construção. ções elétricas, quadros elétricos, monta-
As fábricas estão localizadas em gens industriais e suas respectivas peças
Curitiba-PR, Contagem-MG e Piracica- de reposição e outros projetos especiais
ba-SP, havendo ainda uma unidade de sob encomenda.
distribuição em Itu-SP. As máquinas são Além da sede em Erechim, a Intecnial
distribuídas por meio dos cerca de 301 possui uma filial em Itajaí-SC, estabele-
concessionários espalhados pela Améri- cida em 2006, com foco na produção
ca Latina. A linha de máquinas agríco- naval, e escritórios de apoio comercial e
las fabricada no Brasil é composta por logístico em São Paulo-SP, Curitiba-PR
tratores, colheitadeiras de grãos, colhe- e Porto Alegre-RS. O otimismo da Intec-
doras de cana-de-açúcar, colhedoras nial é traduzido em ações práticas, com
de café, pulverizadores auto-propelidos. investimentos na ampliação da sua área
Calculando um aumento de 28,5% no fabril. Esses investimentos estão voltados
volume de vendas neste ano em rela- para aumentar a capacidade produtiva,
ção a 2006, a companhia preparou, para qualificar profissionais e para novas tec-
2007, o lançamento de produtos na área nologias de produção e montagem.
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Agronegócio
SIAMIG
Compreender o que experiência no segmento sucroalcooleiro,
acontece no mercado e Jair Silva foi designado para coordenar esse
conhecer as necessidades estudo. Foi um trabalho exaustivo e meticu-
dos clientes tem sido um loso: “Primeiramente, fizemos uma ampla
diferencial da ESAB radiografia de todo o setor e estruturamos o
fluxograma de sua cadeia produtiva, identifi-
Neste momento de expansão vivido pela cando as necessidades em cada elo dessa
cadeia produtiva de diferentes segmentos do corrente: as usinas, as empresas que mon-
setor agrícola, a ESAB tem feito valer dois tam as usinas, os fornecedores de máquinas
aspectos essenciais de sua estratégia de e equipamentos e assim por diante”, expli-
atuação: compreender o que acontece no cou.
mercado e estar sempre muito próximo dos Com isso, a ESAB passou a atender não
clientes, a ponto de conhecer com detalhes somente a parte de consumíveis, mas tam-
as suas necessidades. bém a parte de equipamentos onde foram
Pedro Rossetti Neto, gerente geral da desenvolvidos produtos para a execução de
unidade da ESAB em São Paulo, explica revestimentos com controle CNC. Por outro
como isso aconteceu na prática no que diz lado, fez-se um levantamento de tudo o que
respeito ao setor sucroalcooleiro. “Há alguns a ESAB – considerando as fábricas brasilei-
anos – entre 2002 e 2003 –, começamos a ras e as unidades instaladas em outros paí-
perceber sinais de que o segmento de açú- ses – poderia oferecer ao setor. “Por causa
car e álcool, que andava em banho-maria, desse levantamento, acabamos trazendo
tendia a ter um crescimento significativo. Por determinados equipamentos produzidos em
se tratar de uma área muito importante no outros países para podermos atender nos-
Brasil, sugerimos à direção que o inserisse sos clientes no Brasil”, contou Jair Silva.
como parte dos planos globais da compa- Pedro Rossetti sublinha ser muito im-
nhia e que nos autorizasse a desenvolver um portante para a ESAB dispor de uma equi-
trabalho específico para conhecê-lo melhor. pe preparada para atender o segmento de
E tivemos autorização para isso.” açúcar e álcool e compreender extamente o
Profissional de significativa vivência e que cada um dos representantes dos clien-
CNH
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Agronegócio
tes está falando. “A equipe de vendas vive Pedro sublinha que, com esse esforço,
intensamente as necessidades do cliente toda a rede de revendedores passou a ter
e principalmente o que pode acontecer no mais informação sobre o desenvolvimento
mercado de açúcar e álcool. Não é só a do mercado e a entender a necessária divi-
venda atual, mas o que mais nós podemos são entre venda direta e abastecimento por
oferecer ao mercado no futuro.” Ele acres- meio de revenda e, sobretudo, a compreen-
centa que a equipe conhece muito bem o der que o mercado é suficientemente gran-
que a ESAB possui e o que é capaz de res- de para todos. E deve crescer ainda mais.
ponder melhor e mais rapidamente ao que
os clientes expressam como suas necessi-
dades. Para clientes, estratégia
O diretor de Vendas e Marketing da de atendimento é
ESAB, Newton de Andrade, acrescenta: muito eficiente
“Muitas vezes, é o contrário disso, também.
Entendendo melhor o cliente, o segmento “O atendimento da ESAB é excelente,
em que opera e tudo o que necessita, nós devido ao comprometimento das pessoas
preparamos alguns equipamentos, direcio- que nos dão suporte, facilitando o desen-
namos os produtos”. volvimento de novos produtos, como recen-
Um outro aspecto a ser valorizado nesse temente aconteceu no desenvolvimento de
processo, segundo Pedro Rossetti, é a rede um arame MC 110, que alcançou a resistên-
de revendedores. “A ESAB é a maior empre- cia de solda que atendia às especificações
sa no Brasil no ramo de solda e nós temos dos nossos produtos”, diz Sérgio Soares,
uma cadeia de revendedores em condição diretor Industrial da CNH. Ele acrescen-
de atender rapidamente todos os nossos ta a CNH recebe, dos técnicos da ESAB,
clientes”, diz, acrescentando que esse é um acompanhamento que qualifica como
um diferencial importante para quem não “ótimo”. “Eles nos prestam assistência de
tem tempo a perder. O gerente destaca o primeira linha em relação aos consumíveis
trabalho de Jair Silva e sua equipe na cons- e máquinas de solda MIG, também auxilian-
cientização dos revendedores sobre o papel do na parte de desenvolvimento de novos
que podem e devem exercer em termos de equipamentos com a avançada tecnologia
abastecimento dos clientes, garantindo o existente no mercado. Isso facilita a especi-
prazo e as quantidades necessárias. ficação de compra de um equipamento de
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Agronegócio
solda, tornando excelente a parceria entre mais diferentes segmentos, como foi mencio-
CNH e ESAB.” nado anteriormente. Toda a matéria-prima, de
Conforme explicou o diretor, o processo aço inox ou carbono, utilizada na empresa,
de fabricação dos equipamentos agrícolas passa pelo processo de corte a plasma (maior
CNH utiliza grande quantidade de equipa- percentual), oxiacetilênico e/ou GLP, havendo
mentos de corte e soldagem para sua produ- ainda o processo de corte mecânico, com
ção. Toda a parte estrutural das colheitadeiras guilhotinas, serras e prensas. Quanto à solda-
de grãos e cana, além de todo o acabamento gem – um processo crítico, validado somen-
e fechamento destes equipamentos e tam- te após ensaios não-destrutivos –, integram
bém dos tratores é feito em chaparia traba- o conhecimento da empresa procedimentos
lhada por corte a laser, plasma e solda nos em arco submerso, arame tubular, MIG MAG,
processos MIG e, principalmente, utilizando TIG e eletrodo revestido.
653 CVCC
equipamentos de última geração para a ob-
tenção dos parâmetros de qualidade, entrega Presteza – “Temos na ESAB um parceiro
e custos exigidos pelos clientes. sempre presente e pronto para nos auxiliar em
Atualmente, a CNH conta internamente nossas necessidades. Seus representantes
com oito máquinas de corte a laser e uma má- nos fazem visitas freqüentes e, o mais impor-
quina de corte plasma para corte de chapas tante: essas visitas não se limitam ao nosso
de várias espessuras e tamanhos de blank. Departamento de Suprimentos, estendendo-
E dispõe de aproximadamente 145 máquinas se a todos os setores onde se aplicam produ-
de solda MIG e 35 máquinas de solda ponto, tos ESAB. Eles conversam com soldadores,
com um quadro de 85 soldadores em dois operadores de máquina, programadores e
turnos de trabalho. Em termos de participa- engenheiros de processo”, assinala Ruben
ção, a ESAB hoje é responsável por 65% do Fanjul, diretor Industrial da Motocana.
parque de máquinas de solda e 100% dos Ele acrescenta que a empresa vem há al- OrigoArc 150
consumíveis utilizados pela empresa. guns anos padronizando todo o equipamen-
to de corte e solda e optando pela marca
Participação no desenvolvimento – A ESAB, pela qualidade, robustez e tecnologia
ESAB tem participação no desenvolvimento aplicada. “Tanto em equipamentos quanto
de algumas soluções técnicas no âmbito da em consumíveis, a qualidade está sempre
soldagem implementadas pela Intecnial nos presente. Desde o início da idéia de adquisi-
seus processos de fabricação. O gerente In- ção de um produto ESAB, temos o acompa-
dustrial Emerson Zeizer explica que a ESAB nhamento e o assessoramento técnico em
procura disponibilizar sua estrutura em Porto todas as etapas. Eles nos indicam que pro-
Alegre para atender a Intecnial, principal- duto se adapta mais à nossa aplicação, dão
mente para capacitação de profissionais da apoio com treinamentos, pós-venda e uma
soldagem, bem como atendimento rápido, eficiente assitência técnica”.
reposição de materiais, apoio técnico dos Fanjul explica que, como em toda em-
equipamentos e processos de soldagem. presa metalúrgica, as primeiras operações
Ele acrescenta que a relação entre a In- têm vital importância no desevolvimento da
tecnial e a ESAB caminha para uma parceria fabricação. “Um equipamento de corte que
AristoMig 500
cada vez mais consolidada: “O ‘ganha-ga- nos forneça qualidade e confiabilidade é fun-
nha’ é o desejo de todas as empresas. Es- damental.”
tamos muito fortalecidos nesse processo e a Quanto à solda, considera que é um dos
ampliação desta parceria faz com que nossas processos mais técnicos e de maior respon-
empresas possam estar em crescimento con- sabilidade da área. Se há um componente
tinuado. A ESAB é uma empresa que oferece, montado em forma deficiente, uma simples
por meio de seus equipamentos, materiais e inspeção visual ou dimensional pode denun-
profissionais, um atendimento que possibilita ciar falha. No caso da solda, as falhas podem
à Intecnial continuar a busca pela excelência ficar ocultas e somente ser detectadas com
da satisfação de nosso cliente”, afirma Zeizer. inspeções mais rigorosas, a serem feitas em
O processo produtivo da Intecnial está todo o processo, o que seria impraticável.
voltado para a transformação de chapas de “Por esse motivo, tanto o treinamento do
aço em equipamentos para os clientes. Os soldador como a precisão da máquina são Consumíveis ESAB
produtos são bens de capitais voltados aos fundamentais”, conclui.
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Agronegócio
O agronegócio no Brasil
M
Júlio César Raupp oderno, eficiente e com- agronegócio. A adoção de programas
Consultor Técnico ESAB Brasil petitivo, o agronegócio de sanidade animal e vegetal, garantin-
brasileiro é uma ativida- do a produção de alimentos saudáveis,
de próspera, segura e também ajudou o país a alcançar essa
rentável. Com um clima diversificado, condição. O retorno vem em números,
chuvas regulares, energia solar abun- por exemplo: com a modernização da
dante e quase 13% de toda a água agricultura, foi possível, com uma pe-
doce disponível no planeta, o Brasil tem quena expansão da área agrícola – de
388 milhões de hectares de terras agri- 37,9 milhões de hectares em 1990 para
cultáveis férteis e de alta produtividade, 45,6 milhões em 2007 –, passar de
dos quais 90 milhões foram explorados. uma produção de cerca de 58 milhões
Esses fatores fazem do país um lugar de de toneladas para 127,6 milhões, a sa-
vocação natural para a agropecuária e fra recorde que o Brasil irá colher este
todos os negócios relacionados a suas ano. Esse quadro de conquistas levou
cadeias produtivas. O país é um dos o país a ser considerado o detentor da
poucos do mundo onde é possível plan- agricultura mais moderna e produtiva do
tar e criar animais em áreas temperadas mundo. Tais indicadores mostram que é
e tropicais. Favorecida pela natureza, a apenas uma questão de tempo, orga-
agricultura brasileira pode obter até duas nização e estratégia de mercado para
safras anuais de grãos, enquanto a pe- que o Brasil se torne celeiro do mundo
cuária se estende dos campos do Sul – mundo esse que, cada vez mais, vai
ao Pantanal de Mato Grosso – a maior precisar de comida para alimentar seus
planície inundável do planeta. habitantes. Em 2030, estima-se que a
Outro ponto que tem de ser conside- população mundial seja de 8,5 bilhões
rado é que o Brasil investiu pesado em de pessoas. Países populosos como a
pesquisa e tecnologia nas duas últimas China e a Índia, mesmo sendo grandes
décadas e agora está colhendo os fru- produtores agrícolas, terão dificuldades
tos. O desenvolvimento científico-tecno- de atender às demandas, devido ao
lógico e a modernização da atividade ru- esgotamento de áreas agricultáveis. Ao
ral, obtidos por intermédio de pesquisas lado, temos um gráfico que aponta os
e da expansão da indústria de máquinas principais países com áreas agricultá-
e implementos, contribuíram igualmente veis, relacionando as áreas disponíveis e
para transformar o país numa das mais as ocupadas (em 1000 ha).
respeitáveis plataformas mundiais do Entre 2002 e 2006, as vendas ex-
OUTUBRO Nº 8 2007 19
ternas do agronegócio brasileiro cresceram armazenagem no país irá atender a este cres-
99%. Subiram de US$ 24,8 bilhões para US$ cimento e, mais ainda, com a qualidade que
49,4 bilhões, segundo dados do Ministério da o mercado exige. Os equipamentos de arma-
Agricultura. A escalada de crescimento con- zenagem inseridos na unidade armazenado-
tinua em 2007. Só nos primeiros quatro me- ra de grãos são um dos itens essenciais para
ses, as vendas externas do setor somaram a garantia da qualidade demandada para sua
US$ 16,5 bilhões – o valor é 24,7% maior do comercialização. Com uma previsão de safra
que o exportado no mesmo período do ano recorde, o IBGE alerta para a necessidade de
passado. investimentos em infra-estrutura para armaze-
O agronegócio é hoje a principal locomo- namento. A produção armazenada brasileira
tiva da economia brasileira e responde por um média é de apenas 10%, um valor considera-
em cada três reais gerados no país. É respon- do baixo diante dos países desenvolvidos. Na
sável por 33% do Produto Interno Bruto (PIB) e mesma linha seguirão os investimentos em
por 37% dos empregos brasileiros. No período equipamentos agrícolas, máquinas agrícolas,
de 2000-2005, a taxa anual de crescimento da setores voltados também para uma agricultu-
agricultura foi de 5,99%, mais que o dobro do ra de precisão, contendo toda uma necessária
crescimento do PIB. eletrônica embarcada. São os novos tempos
E, se tudo isso não bastasse, a virada do do agronegócio. Depois, para escoar toda essa
século trouxe consigo uma nova visão sobre a safra, temos os implementos rodoviários e os
atividade agrícola mundial, que começou a mi- produtos ferroviários em que a participação das
grar de uma agricultura extrativa para uma agri- ferroviárias na matriz de transporte nacional já
cultura energética. Só para termos idéia desta migrou dos 20% em 1996 para 26% em 2006,
pressão mundial pelo uso de fontes renováveis podendo chegar a 30% em 2009. Isso sem
de energia, podemos destacar que, em 2020, falar nos fabricantes das usinas de álcool e de
20% da matriz americana será de energia reno- biodiesel, cujos investimentos não param de ser
vável. Já de olho neste mercado, a previsão da contabilizados.
área plantada de cana de açúcar no Brasil para Mas o Brasil é um país de contrastes, o
2016 é 110% maior que a de 2005. que reforça as necessidades de investimentos
Quanto ao biodiesel brasileiro, políticas de que esse mercado necessita. Para que pos-
governamentais obrigam a sua utilização na samos melhor entender o potencial do nosso
composição do diesel. A partir de 2008, 2% mercado, seguem mais alguns números: se
do consumo de diesel será de biodisel e, a compararmos a área arável por trator ou a área
partir de 2013, serão 5%. Em 2006, o país a ser colhida por colheitadeira entre diversos
foi apenas o 14º produtor de biodiesel, mas países, veremos que a agricultura brasileira é
poderá ser o 2º ou 3º ainda em 2007, e talvez muito menos mecanizada que a dos de países
o 1º a partir de 2010. europeus e da América do Norte. Com relação
Pegando carona neste desenvolvimento do à área colhida por colheitadeira, o país está em
agronegócio e até mesmo na onda do petró- situação inferior à da Argentina, por exemplo.
leo verde, os desdobramentos de atividades e Assim, o crescimento sustentado, buscando
o número de setores envolvidos chegam a ser crescentes ganhos de produtividade e crédito
espantosos. Com o aumento da produção de suficiente a taxas razoáveis, é o caminho ao
grãos a cada ano no Brasil, a capacidade de pleno desenvolvimento.
UNIDADES Ha COLHIDO/
UNITS ÁREA CULTIVADA Ha ARÁVEL/TRATOR COLHEITADEIRA
CULTIVATED AREA ARABLE AREA AREA HARVESTED
TRATORES DE RODAS COLHEITADEIRAS 1.000 ha PER TRACTOR (ha) PER COMBINE (ha)
WHEEL TRACTORS COMBINES
Mundo/World 27.625.095 4.253.163 1.402.317 50,8 329,7
Continente/Continent
África/Africa 537.928 36.449 199.405 370,7 5.470,8
América do Norte e Central/ 5.942.513 814.613 255.177 42,9 313,2
North and Central America
América do Sul/South America 1.318.502 126.241 107.105 81,2 848,4
Ásia/Asia 8.591.512 2.229.878 506.858 59,0 227,3
Europa/Europe 10.833.905 985.884 284.095 26,2 288,2
Oceania/Oceania 400.735 60.098 49.677 124,0 826,6
País/Country
BRASIL/BRAZIL 336.589 43.425 57.445 170,7 1.322,9
Argentina/Argentina 299.620 50.000 27.900 93,1 558,0
Canadá/Canada 732.600 115.800 45.660 62,3 394,3
Estados Unidos/United States 4.760.000 662.000 173.450 36,4 262,0
França/France 1.264.000 91.000 18.451 14,6 202,8
Reino Unido/United Kingdom 500.000 47.000 5.660 11,3 120,4
A ESAB está preparada para esses novos Abaixo, a ilustração mostra a estabilidade do
tempos e seus novos desafios. Trabalhando ASC ao longo do contato deslizante do bico
estrategicamente há alguns anos, hoje a ESAB de contato e o arame.
coloca no mercado uma série de equipamentos
com suas tecnologias a serviço desse setor. • A tecnologia ASC melhora a resistência à
Nos últimos anos, a procura por robotiza- corrosão.
ção e mecanização vem crescendo exponen- • A resistência à corrosão é igual ou melhor
cialmente, bem como o uso de equipamentos do que os arames cobreados.
de solda com maior tecnologia embarcada. Esta tecnologia vai permitir que as automa-
Nova máquina de corte: LPH 37 Essa nova tendência é resultado de um mer- tizações tenham menores tempos de parada.
cado globalizado, onde as empresas, para
se tornarem competitivas, precisam explorar Possuímos também a linha mais comple-
detalhes de seus projetos. Com isso, novas ta de consumíveis para a soldagem dos aços
técnicas de produção, aliadas a novos mate- de alta resistência, que são uma realidade
riais e menores espessuras, requerem máqui- na indústria de guindastes e que começam
nas que permitam um melhor controle sobre a tomar forma na indústria de equipamentos
a soldagem. Toda essa tecnologia é utilizada agrícolas e implementos rodoviários. Eles au-
para tirar a subjetividade da soldagem e esta- mentam a capacidade de carga em função
belecer a repetibilidade como uma nova for- da redução do peso do equipamento ou im-
ma de condução dos trabalhos. plemento construído.
Com o futuro já presente no nosso dia-a-
dia, a ESAB apresenta as mais diversas solu- Equipamentos de solda e corte standard.
ções em solda e em corte, que vêm colaborar A ESAB, líder no mercado nacional de equi-
com esse novo posicionamento do mercado. pamentos, vem ampliando constantemente
a sua linha de produtos, seja desenvolvendo
Consumíveis. Atualmente, a ESAB está in- produtos nacionais com tecnologias já do-
troduzindo no mercado o OK AristoRodTM, minadas localmente, como a convencional,
AristoPower 460 / arame sólido com propriedades superiores que pode ser traduzida por robustez e con-
AristoFeed 30-4W MA6 em soldagem automatizada e com robô, que fiabilidade, ou a tiristorizada, sinônimo de
é fabricado pela ESAB com tecnologia ASC robustez, parâmetros de solda constantes
mesmo com as oscilações da rede elétrica,
• Arco estável em altas correntes • Melhor proteção contra a oxidação bem como maior número de parâmetros
de soldagem. do arame. possíveis e controles a distância. Estas tec-
• Pouco respingo. • Baixos níveis de emissão de fumos. nologias já estão disponíveis na construção
• Excelente abertura de arco. • Mesma performance, ou melhor, de máquinas semi-automáticas e automá-
• Boa performance na alimentação de se comparada a arames cobreados. ticas. Agora, a ESAB se prepara para dar
arames em altas velocidades e • Baixa queda de voltagem entre o bico
mais um passo inédito na indústria nacio-
pistolas com conduits mais extensos. de contato e o arame.
nal: a empresa está trabalhando no primeiro
• Reduzido consumo de bicos de • Melhor estabilidade na corrente
inversor para fontes de energia a ser em-
contato. de transferência.
pregada nos processos semi-automáticos.
OUTUBRO Nº 8 2007 21
Energia Eólica
A
crise mundial na produção de dade até 2020, criar 1,7 milhão de novos em-
energia elétrica é fruto de um pregos e reduzir significativamente a emissão
acelerado processo de globaliza- global de dióxido de carbono na atmosfera
ção da economia, aliado a fato- nos próximos 30 anos.
res como a escassez de água em diversas Um levantamento do Word Energy Coun-
regiões do planeta, aquecimento global e a cil (WEC) aponta que, em 2007, cerca de 1%
necessidade da redução da emissão de ga- da energia elétrica produzida no mundo será
ses na atmosfera. Estes temas estão entre proveniente de fonte eólica. Atualmente, a
os maiores desafios de governos em todo o potência mundial instalada de energia eóli-
mundo neste novo milênio. Buscar alternati- ca é de 75 mil MW, sendo que, no Brasil,
vas para reverter esse cenário, a curto e longo os números ainda são muito pequenos em
prazos, coloca em evidência a necessidade relação a outros países, chegando a apenas
da implantação de fontes de energia alterna- 237 MW. Hoje, a potência instalada de ener-
tivas que sejam, acima de tudo, limpas, re- gia eólica no Brasil representa apenas 0,23%
nováveis e disponíveis em diversos lugares. da matriz energética brasileira. O país ocupa
Neste contexto, a geração de energia elétrica a vigésima posição no ranking de maiores
através do vento – energia eólica –, é uma das produtores deste tipo de energia no mundo;
alternativas viáveis para atender a diferentes contudo, tem um grande potencial de cres-
níveis de demanda. Além de ser abundante e cimento e, cada vez mais, estão sendo fei-
não poluente, a energia eólica poderá garantir tos investimentos para a geração de energia
12% das necessidades mundiais de eletrici- através da fonte eólica.
24 OUTUBRO Nº 8 2007
Energia Eólica
Energia Eólica
Mercado mundial
O mercado mundial de energia eó- de porte que geram 50 mil MW de landa, Japão e Reino Unido, estão
lica cresce rapidamente nos países de- energia. De acordo com o Conselho acima ou próximos da marca dos
senvolvidos. Nos últimos 30 anos, pa- Global de Energia do Vento (Global 1.000 MW.
íses como Estados Unidos, Alemanha, Wind Energy Council), entidade que Na dinamarca, por exemplo, atu-
Espanha e Dinamarca têm realizado im- reúne associações do setor de vá- almente a fonte eólica contribui com
portantes investimentos no desenvolvi- rios países, em 2020 a capacidade 12% do total de energia elétrica pro-
mento de tecnologia e equipamentos de geração de energia eólica chega- duzida no país. Na Alemanha, esse
para a geração eólica. A crise do petró- rá a 1.245.030 MW, ou seja, 12% de número já atinge 16%. O país é dis-
leo na década de 70 e a necessidade toda a energia elétrica do mundo. parado, o maior produtor e consu-
de diminuir a dependência do petróleo Os países com o maior número de midor de eólica em todo mundo. Já
e carvão na produção de eletricidade instalações de energia eólica (tabela nos Estados Unidos, país que não
colaboraram diretamente para o cres- abaixo), são os seguintes: Alema- é signatário do Protocolo de Kioto,
cimento da indústria de construção de nha (20.622 MW), Espanha (11.615 muitos estados norte-americanos
torres e geradores eólicos. MW), Estados Unidos (11.603 MW), já fizeram suas escolhas em adotar
Hoje, no mundo, existem mais Dinamarca (3.136 MW) e Índia (6.270 a estratégia de substituição da sua
de 30 mil torres eólicas de gran- MW). Alguns países, como Itália, Ho- matriz energética.
Ranking Additional Growth rate Total capacity Total capacity Ranking total
total 2006 Country capacity 2006 2006 end 2006 end 2005 2005
[MW] % [MW] [MW]
1 Germany 2194 11,9 20622 18428 1
2 Spain 1587 15,8 11615 10028 2
3 USA 2454 26,8 11603 9149 3
4 India 1840 41,5 6270 4430 4
5 Denmark 8 0,3 3136 3128 5
6 China 1145 90,9 2405 1260 8
7 Italy 405 23,6 2123 1718 6
8 United Kingdom 610 45,1 1963 1353 7
9 Portugal 628 61,4 1650 1022 11
10 France 810 106,9 1567 757 13
11 Netherlands 336 27,5 1560 1224 9
12 Canada 768 112,4 1451 683 14
13 Japan 354 34,0 1394 1040 10
14 Austria 146 17,8 965 819 12
15 Australia 238 41,1 817 579 15
16 Greece 183 31,9 756 573 16
17 Ireland 147 29,6 643 496 18
18 Sweden 54 10,6 564 510 17
19 Norway 55 20,4 325 270 19
20 Brazil 208 729,6 237 29 34
Rest 730 48,4 2238 1508
TOTAL 14.900 25,3 73.904 59.004
26 OUTUBRO Nº 8 2007
Correio Técnico I
D
iluição é o nome dado à mis- diluição. A composição química do metal
tura do metal de base com o de base sobre o qual está sendo aplicado
metal de adição durante a sol- o revestimento certamente influencia a di-
dagem. Quando o objetivo é luição. Além deste fator, a mistura também
realizar revestimentos para a obtenção de será influenciada pelo processo e procedi-
propriedades específicas, como resistên- mento de soldagem empregados, confor-
cia a determinados mecanismos de des- me podemos ver na tabela abaixo.
gaste, é interessante reduzir ao máximo a
A
PRA-1 é uma plataforma fixa de re-
bombeamento autônoma que faz
Lâmina d’água 106 metros
parte do PDET (Plano Diretor de Capacidade de bombeamento 750 mil bpd
Escoamento e Tratamento de Óleo Convés 67 metros x 53 metros x 41 metros
da Bacia de Campos), criada como alternativa Número de módulos 5
para escoamento do petróleo das plataformas Acomodações 90 pessoas
para o continente. Sua jaqueta foi montada Investimento US$2.7 bilhões
pela Techint S.A. no canteiro de Pontal do Jaqueta Jaqueta
Paraná/PR. Os requisitos técnicos e aspectos Aço API 2W-50
operacionais influenciaram de maneira signifi- Peso total 7.500 toneladas (aproximado)
cativa a escolha dos consumíveis de soldagem
Altura 116 metros
para esse projeto. A parceria técnica entre Te-
Base 56 metros x 56 metros
chint e ESAB foi de fundamental importância
Topo 36 metros x 49 metros
para o sucesso desse projeto.
Descrição
A PRA-1, Plataforma de Rebombeio Au-
tônomo-1, é uma plataforma fixa instalada a
cerca de 100 Km da costa no Campo de Mar-
lim Sul/Bacia de Campos planejada para es-
coar, em período de pico, aproximadamente
630 mil barris de petróleo por dia, produzidos
pelas plataformas P-40, P-51, P-52, P-53,
P-55 e RO-Módulo 4 nos Campos de Ronca-
dor, Marlim Sul e Marlim Leste. Sua jaqueta,
uma estrutura em aço API 2W-50 com peso
total de 7.500 ton, construída pela Techint em Figura 1: Vista aérea do canteiro de obras
seu canteiro localizado no município de Pon- da Techint em Pontal do Paraná / Paraná
tal do Paraná-PR, sob encomenda da Petro-
bras, foi lançada ao mar em 31 de dezembro
de 2006. Suporte técnico e consumíveis de
soldagem fornecidos pela ESAB permitiram a
Techint sucesso nas operações de soldagem
executadas durante este projeto.
Características técnicas
Planejada sob um novo conceito que con-
templou, como característica fundamental, a
otimização no emprego de materiais através
da redução de peso, a jaqueta da PRA-1 tem
Figura 2: Vista geral da jaqueta em sua fase
como característica própria uma estrutura as- final de montagem
28 OUTUBRO Nº 8 2007
temperatura entre 600 e 650°C por, aproxi- Tabela 3: Características técnicas OK Flux 10.71
madamente, duas horas. As faixas de aque-
Arame EM13K
cimento e resfriamento máximas foram de
110 e 130°C/hora, respectivamente. Classificação AWS F7A4-EM13K
Para a retirada dos corpos de prova, a Composição Química (Valores Típicos) Composição Química (Valores Típicos)
Norma N-1859 recomenda a soldagem de C 0,05%
uma chapa de teste com espessura mínima Si 0,50%
de 50mm, confeccionada no mesmo aço a Mn 1,40%
ser empregado no projeto. A figura 3 mostra a Propriedades Mecânicas
geometria do chanfro, e a figura 4, as dimen- Limite de escoamento* 542MPa
sões e localização de onde devem ser retira- Limite de resistência* 644MPa
dos os corpos de prova da chapa de teste.
Alongamento* 30%
Para o ensaio de impacto (Charpy – entalhe
Impacto (Charpy – V)* 76J
V) foram confeccionados dois conjuntos de seis
Limite de escoamento – média** 498MPa (como soldado) 510MPa (T.T.)
corpos de prova. Cada conjunto é constituído de
Limite de resistência – média** 626MPa (como soldado) 620MPa (T.T.)
três corpos de prova retirados da raiz da solda e
de três retirados a 2mm da superfície no centro Alongamento – média** 26% (como soldado) 25% (T.T.)
da solda. Para a realização do ensaio de tração, Impacto face (Charpy – V)** (-30J) 59J (como soldado) 91J (T.T.)
foram confeccionados dois conjuntos de dois Impacto raiz (Charpy – V)** (-30J) 115J (como soldado) 147J (T.T.)
corpos de prova. Desses conjuntos, um corpo CTOD – média** 0,81mm (como soldado) 0,94mm (T.T.)
de prova foi retirado do lado A e outro do lado B (*) Chapa de teste AWS
da junta. Finalmente, para realização do ensaio (**) Chapa de teste N-1859
de CTOD, foram confeccionados dois conjuntos
de três corpos de prova. Os ensaios de CTOD
foram realizados à temperatura de mínima de
projeto (Tp), ou seja, 10°C, e os ensaios de te- Tabela 4: Características técnicas Filarc PZ 6138SR
nacidade ao impacto (Charpy – entalhe V) à Tp Classificação AWS E81T1-Ni1MJ
– 40°C, ou seja, -30°C.
Composição Química (Valores Típicos) Composição Química (Valores Típicos)
Além da soldagem desta chapa de
C 0,05%
teste, é exigida, pela Norma N-1859, a sol-
Si 0,37%
dagem de chapas de teste para realização
dos ensaios mecânicos necessários à clas- Mn 1,24%
sificação do consumível pela especificação Ni 0,84%
AWS correspondente. Propriedades Mecânicas
Neste projeto, foram empregados: o eletro- Limite de escoamento* 530MPa
do revestido OK 48.08, fluxo aglomerado OK Limite de resistência* 580MPa
Flux 10.71 e arame tubular Filarc PZ 6138SR. Alongamento* 31%
As características técnicas e resultados obtidos Impacto (Charpy – V)* 144J
nos ensaios propostos pela N-1859 são rela- Limite de escoamento – média** 445MPa (como soldado) 490MPa (T.T.)
cionados nas tabelas 2, 3 e 4. Limite de resistência – média** 625MPa (como soldado) 600MPa (T.T.)
Em complemento às aprovações iniciais
Alongamento – média** 23% (como soldado) 24% (T.T.)
dos consumíveis, todos os lotes de con-
Impacto face (Charpy – V)** (-30J) 124J (como soldado) 78J (T.T.)
sumíveis utilizados na fabricação da jaqueta
Impacto raiz (Charpy – V)** (-30J) 130J (como soldado) 58J (T.T.)
foram fornecidos com valores de ensaios
mecânicos reais. CTOD – média** 0,66mm (como soldado) 1,13mm (T.T.)
(*) Chapa de teste AWS
(**) Chapa de teste N-1859
Suporte técnico
Além da aprovação dos consumíveis de
soldagem pela Norma N-1859, todo o proces-
so de qualificação dos procedimentos de sol-
dagem e treinamento dos soldadores visando
à qualificação foi efetuado em conjunto pela
ESAB e Techint. Essa parceria técnica foi de
fundamental importância para o sucesso do
empreendimento.
30 OUTUBRO Nº 8 2007
Puma
A
nova linha de máquinas para sol- Outra boa notícia é a melhora na produti-
dagem Smashweld, também cha- vidade, que já foi comprovada na fabricação
mada de SW, está cada vez mais da primeira série. De acordo com Thiago, a
próxima de seu lançamento no expectativa era que as 30 máquinas fossem
mercado. No dia 4 de setembro, foi iniciada a montadas em três dias, mas no segundo dia
montagem do primeiro lote dos equipamentos, de trabalho todas as unidades já estavam
que terá no total 30 unidades. A fabricação da prontas. “Não esperávamos essa capacidade
série zero corresponde à fase 4 do Puma, me- de produção tão alta. É um ótimo resultado.”
todologia de desenvolvimento de projetos usa- A nova linha SW já tinha sido apresentada
da pela ESAB e que possui seis etapas. à equipe da fábrica, durante uma reunião da
Para o engenheiro Flávio dos Santos, a uti- célula de comunicação do setor, em junho. O
lização dessa metodologia é o fator de sucesso objetivo era adiantar algumas informações so-
da nova geração Smashweld, e o que torna a bre as especificidades do projeto. Isaac Assis,
linha tão importante para a ESAB. “Esse é um líder do setor, foi um dos colaboradores que
dos principais projetos desenvolvidos dentro participou da reunião de apresentação do equi-
do Puma, e que passou por todas as suas pamento. Meses depois do primeiro contato,
fases. Isso permitiu que a Engenharia tivesse disse estar animado com as máquinas novas.
um maior controle das ações, e promoveu um “Dá pra ver que a produção vai melhorar, o pro-
amadurecimento contínuo dos processos e da cesso está otimizado, a qualidade do trabalho
equipe, resultando num trabalho de maior qua- aumentou”, afirma.
lidade”, comenta. Anderson Soares, montador da Fábrica,
Outro ponto de destaque é o desenho também teve uma boa impressão do produto.
das máquinas. Ele segue uma determinação “A montagem está mais ergonômica e rápida.
da ESAB que pretende unificar o design dos Isso vai melhorar os processos e beneficiar o
produtos de todas as unidades no mundo, cliente, nosso foco principal.”
fortalecendo a identidade visual. É importante Processo otimizado melhorará a produção
e a qualidade do trabalho
salientar também que os equipamentos SW Próximos passos
foram desenvolvidos dentro das normas inter- O Projeto Smashweld foi iniciado no final de
nacionais de segurança e confiabilidade. 2006 pelo setor de Engenharia de Desenvolvi-
Thiago Martins, da Engenharia de Pro- mento de Máquinas. Mas, desde o lançamento
cessos, explica que essas características do da primeira máquina, a linha vem passando por
projeto provam que ele já está adaptado aos alterações, completando quatro gerações: 250,
padrões mundiais da ESAB. “As linhas estão 250E, 252 e 257. Nos próximos meses, o lote
passando por um momento de reestruturação, zero será avaliado nas filiais da ESAB no Bra-
para melhorar itens como custo, funcionalida- sil e no exterior, além de passar por testes em
de e produção. A última geração Smashweld já laboratórios externos e testes de campo com
traz todos esses benefícios”, explica. alguns dos clientes. Este momento de provas e
verificações corresponde à etapa 5 do PUMA.
Superando expectativas Depois de avaliadas, serão feitas as revi-
Na Fábrica de Máquinas, a montagem do sões necessárias nas máquinas, e começa a
lote zero movimentou os colaboradores. De- preparação para o lançamento dos produtos.
pois de um período de adaptação, a equipe se Esta é a última fase do desenvolvimento do
empenhou na montagem dos equipamentos. projeto, e consiste na produção e acompa-
Thiago explica que a linha foi desenvolvida com nhamento dos equipamentos. De acordo com
uma preocupação ergonômica, e por isso vai Flávio dos Santos, a previsão é que, no início
melhorar as condições de trabalho, além de de 2008, a linha SW já esteja sendo fabricada
tornar os processos mais rápidos e seguros. para o mercado.
32 OUTUBRO Nº 8 2007
Responsabilidade Social
Reportagem e redação
Paulo Cunha
H
á dois anos, a ESAB, jun- Com o objetivo de capacitar jovens
tamente a outras empre- para trabalhar como soldadores e ma-
sas sediadas em Conta- çariqueiros, colaborando diretamen-
gem – MG, a prefeitura do te para sua inserção no mercado de
município, a Federação das Indústrias trabalho, o projeto Cidades da Solda
do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o disponibiliza para esses jovens uma
Senai e Sebrae-Minas, com apoio do oficina didática de soldagem onde são
Prominp, iniciaram o projeto Cidades realizados os cursos e treinamentos.
da Solda, no Bairro Funcionários, um A ESAB, que participa do projeto fa-
dos mais carentes do município. Inau- zendo a doação de vários equipamen-
gurado em julho de 2005, o Cidades da tos de solda utilizados na montagem
Solda, em Contagem, está sediado no das oficinas, oferece todo o suporte
Cacad Lucas Braga (Centro de Atenção técnico aos profissionais responsáveis
à Criança e ao Adolescente), instituição por ministrar os cursos, e também co-
de ensino da prefeitura. labora absorvendo parte da mão-de-
OUTUBRO Nº 8 2007 33
Responsabilidade Social
Responsabilidade Social