Sei sulla pagina 1di 1

A partir de histrias de violncia e injustia, mas tambm de luta e resistncia, inmeras comunidades foram fundadas na indignao de mulheres e homens

que se recusaram a trabalhar como escravos formando quilombos. Hoje, tanto tempo depois elas ainda simbolizam a resistncia desse povo na preservao de sua liberdade, de sua cultura, de sua identidade. A primeira edio do Jornal Afro marca mais um passo na ampliao das relaes do municpio com a comunidade quilombola Dos Souza. parte do trabalho que vem sendo desenvolvido em conjunto com as Secretaria de Educao, Secretaria de Servio Social e REMOP Retratores da Memria de Porteiras atuando na implementao de programas que promovem a incluso da comunidade nas relaes sociais. A atuao desses atores sociais tem proporcionado um macio e efetivo resgate das manifestaes tradicionais, da identidade dos quilombolas e principalmente da sua cultura. Graas a essas contribuies, os Souza so reconhecidos e principalmente se reconhecem. Desde o incio dos trabalhos, o principal objetivo foi fazer com que os Souza se reconhecessem como remanescentes, como negros, como parte da sociedade, tendo em vista que num passado no muito distante, estes eram excludos, esquecidos pelo poder pblico, enquanto os coronis surrupiavam suas terras. Hoje essa realidade deu lugar a outra, mais includente, mais humana. Ser quilombola ser como qualquer outro brasileiro, ter uma boa dose de fibra, ginga, garra, uma alegria que s vezes impressiona, uma disposio para lutar pelo o que certo, e muita delicadeza pra lidar com o que belo. Mas tem uma diferena entre ser quilombola e ser como qualquer outro brasileiro que preciso sempre lembrar: a histria. E ter como princpio a convivncia harmnica com todas as comunidades, dialogando, entendendo, respeitando, valorizando a cultura e estabelecendo relaes duradouras que resultem no bem comum.

Potrebbero piacerti anche