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Idoso, Mercado de Trabalho,

Trabalho e Aposentadoria:
Aspectos Legais e
Psicológicos
Bruno Alves de Souza -
Advogado
Cleilson Teobaldo dos Reis -
Psicólogo
O Salto
(O Rappa)

As ondas de vaidade inundaram os vilarejos


Minha casa se foi como fome em banquete
Então sentei sobre as ruínas
E as dores como o ferro, a brasa e a pele ardiam
Como o fogo dos novos tempos
Ardiam como o fogo dos novos tempos
Regaram as flores no deserto
Regaram as flores com chuvas de insetos
Mas se você ver em seu filho
Uma face sua e retinas de sorte e um punhal
Reinar como brilho de sol
O que farias tu?
Espatifaria ou viveria o Espírito Santo?
Se espatifaria ou viveria o Espírito Santo?
Aos jornais eu deixo o meu sangue como capital
E às famílias um sinal (punhal), um sinal
Aos jornais eu deixo o meu sangue como capital
E às famílias um sinal (punhal), à corte eu deixo um sinal.
Regaram as flores no deserto
Regaram as flores com chuvas de insetos
Os idosos no Mercado de Trabalho:
Tendências e consequências
(Wajnman et alli, 2004)

 Aumento da população idosa aumento da participação na força


de trabalho
→ Composição da renda pessoal e familiar
→ Construção subjetiva em torno do Trabalho
→ Ausência de alternativas para a vida “sem emprego”

 Crescimento da participação de idosos na População


Economicamente Ativa: Em 20 anos o dobro - 10% para homens e
6% para mulheres

 Participação no Mercado de Trabalho é Heterogênea


Os idosos no Mercado de Trabalho:
Tendências e consequências
(Wajnman et alli, 2004)

 Em 2002, 41% dos homens de 60 anos e mais trabalhavam ou


procuravam trabalho. Entre as mulheres o percentual era de 13%.

→ Em 2002, 71% da População Economicamente Ativa


Idosa era de homens e 29% de mulheres.

 Homens e mulheres negros/as apresentam maior participação na


população idosa ativa do que homens e mulheres brancos/as.

 Analfabetos, idosos com primário incompleto e idosos com mais de


11 anos de estudo apresentam maior participação na PEA idosa.

 Em 2002, 78% dos idosos eram aposentados. 24% deles


permaneciam trabalhando (PEAi).
Os idosos no Mercado de Trabalho:
Tendências e consequências
(Wajnman et alli, 2004)

 Quanto menor for a classe de renda familiar, maiores são as taxas


de atividade.

 57% dos homens e 84% das mulheres da população de idosos


ativos estão ocupados no setor de serviços (no meio urbano).

 47% dos homens e 44% das mulheres da população de idosos


ativos trabalham por conta-própria (no meio urbano).

 61% dos homens e 75% das mulheres da população de idosos


ativos trabalham em atividades manuais (no meio urbano).
→ Proporção vai diminuindo conforme a idade avança,
aumentando a participação dos trabalhadores em
ocupações médias e superiores.
Os idosos no Mercado de Trabalho:
Tendências e consequências
(Wajnman et alli, 2004)

 72% dos homens e 40% das mulheres da população de idosos


ativos têm jornadas de trabalho de acima de 40 horas semanais (no
meio urbano).

 Dentre os idosos homens entre 60-64 anos (45% da PEAi), o


rendimento do idoso corresponde a 67% de sua renda familiar no
meio urbano e 69% no meio rural.
→ Curiosamente essa participação não diminui com o
passar do tempo. Ela migra da fonte do trabalho para
a aposentadoria.

 Tendência: Crescimento da participação do idoso no mercado de


trabalho.
Os idosos no Mercado de Trabalho:
Tendências e consequências
(Wajnman et alli, 2004)

 O estrondoso crescimento da cobertura previdenciária pós-


Constituição de 1988 não teve o impacto que se poderia esperar
sobre a atividade econômica, ou seja, o benefício da aposentadoria,
enquanto se reverteu em um importante instrumento de geração de
renda familiar e combate à pobreza , aparentemente não gerou
nenhum incentivo ao afastamento do trabalho

 “... necessidade de adequar um número expressivo de novos


postos de trabalho no Brasil à absorção de um contingente
crescente de mão de obra idosa, com níveis de escolaridade
inferiores ao da média populacional, de qualificação muitas vezes
defasada, de difícil reciclagem, mas aproveitando-se, em
contrapartida, as vantagens comparativas oferecidas pela
maturidade”.
Trabalho:

- Ação Iminentemente Humana;

- Ação Produtiva
* Pensar (Planejar, Inventar)
* Interagir (Relacionar-se)

* Produzir (Executar, transformar)


• Deve ser entendido não somente como um modo de
subsistência, mas também como uma forma de inserção
social, onde aspectos físicos e psíquicos são mobilizados.

• Tal como aponta Dejours (1993), “A questão que nos é


colocada pela psicopatologia do trabalho não é a
disjuntiva: ‘Trabalho ou não-trabalho?’, mas antes, ‘Qual
trabalho?’”.

• Para responder a essa questão, faz-se necessário


entender o trabalho não só nos seus aspectos objetivos
e quantitativos que tentam dizer da relação homem-
trabalho, mas também evidenciar o seu caráter de
“operador fundamental na própria construção do sujeito”
ou como “(...) um espaço da construção do sentido e,
portanto, de conquista da identidade, da continuidade e
historicização do sujeito” (Dejours, 1994).
Aspectos Psicológicos em
relação ao Trabalho
- Trabalho associado a Emprego. Se não há emprego, portanto,
o sujeito vivencia dificuldades em se colocar no mundo;
- Trabalho referenciou toda a construção da vida: valores,
pensamentos, posição/importância frente à família e à
Sociedade;
- Relacionamentos sociais mais consolidados circunscritos ao
campo do Trabalho;
- Vida pouco desenvolvida e ativa fora do campo do Trabalho,
dificultando a construção de alternativas ;
- Visão distorcida sobre o envelhecimento – inútil e “peso” .
Um homem também chora (Guerreiro Menino)
(Gonzaguinha)

Um homem também chora, menina morena


Também deseja colo, palavras amenas
Precisa de carinho, Precisa de ternura
Precisa de um abraço da própria candura

Guerreiros são pessoas, são fortes, são frágeis


Guerreiros são meninos no fundo do peito
Precisam de um descanso, precisam de um remanso
Precisam de um sonho que os tornem refeitos

É triste ver este homem, Guerreiro Menino


Com a barra de seu tempo por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra, eu vejo que ele sangra
A dor que traz no peito
Pois ama e ama

Um homem se humilha, se castram seus sonhos


Seu sonho é sua vida e vida é trabalho
E sem o seu trabalho um homem não tem honra
E sem a sua honra, se morre, se mata

Não dá pra ser feliz, não dá pra ser feliz


Intervenção Necessária
- Contribuir na transformação da compreensão do Trabalho,
compreendendo-o como uma dimensão humana, não
necessariamente vinculado à lógica da produção capitalista:

→ Questionar estereótipos (trabalhador X


boa-vida/“vagabundo”);
→ Romper com as hierarquias de valor
entre trabalho braçal e trabalho
intelectual, trabalho bem remunerado e
trabalho mal remunerado, trabalho
autônomo e trabalho contratado, etc.
→ Discutir o conceito de trabalho e o lugar
que ocupa na vida de cada um.
Intervenção Necessária
- Ampliar as formas de atuação e intervenção na vida, não
somente restritas ao trabalho. Pensar o lazer e a vida
comunitária fundamentais para o processo de socialização
saudável:
→ Lazer enquanto possibilidade de desenvolvimento da
capacidade criativa, da imaginação e da fantasia, mas
principalmente de um novo processo de socialização;

→ Devem estar incluídos em um novo Projeto de Vida,


por isso também podem ser planejados e organizados.

→ Devem ser compreendidos como investimento em si


próprio, favorecendo o contínuo processo de
desenvolvimento pessoal.
“O lazer faz parte do fazer humano [trabalho],
com alto significado para o desenvolvimento
pessoal e coletivo da humanidade. Precisa,
portanto, ser entendido em todas as suas
dimensões, pois só assim levará à reflexão, à
crítica, à mudança, ao questionamento e à
transformação social” (Ferrari, 2005).
Indicações Bibliográficas
DEJOURS, C. Por um trabalho, fator de equilíbrio. In: Revista de
Administração de Empresas. São Paulo, n.33, mai/jun, 1993. p. 98-104.

_____. Psicodinâmica do Trabalho. São Paulo : Atlas, 1994.

FERRARI, M. A. C. Lazer e ocupação do tempo livre na terceira idade. In:


PAPALEO NETTO, M. A velhice e o envelhecimento em visão globalizada.
São Paulo : Atheneu, 2005. p. 98-105.

WAJNMAN, S. et alli. Os idosos no mercado de trabalho: tendências e


consequências. In: CAMARANO, A. A. (Org.). Os novos idosos brasileiros:
muito além dos 60? Rio de Janeiro : IPEA, 2004. p. 453-479.

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