A reflexo a priori, ou a importncia da anlise crtica pensada

Independente da experincia, como se traduziu, ou melhor, como se definiu a priori, no significa necessariamente bem pelo contrrio! sem ter em conta a experincia. Alis, como que podemos tomar posio sobre um determinado problema filosfico se no utilizarmos diversas informaes com provas dadas? Assim, temos de ter em conta a experincia, mas o truque, digamos assim, est na maneira como usamos a experincia. Ou seja, perante um problema filosfico, talvez seja conveniente comear por pensar o seguinte: o que que eu posso dizer sobre isto? Ser que posso tomar posio, de modo minimamente justificado? Ou preciso de mais informaes? Notemos que se trata de uma reflexo que s recorre anlise mental (e que se pode sempre escrever, para ver melhor o pensamento), que no se desenvolve atravs de nenhum equipamento tecnolgico, nem mexe em nenhum material a no ser em representaes mentais, ou ideias, ou formas de pensamento, ou imagens, enfim, uma anlise a priori. E mesmo quando procuramos argumentos e/ou informaes para construir algum argumento, utilizando ento equipamentos mais electrnicos ou mais simples e captando assim, atravs de experincias de leitura, algum sentido para a nossa tomada de posio, mesmo a, o que fazemos com isso que se torna determinante. Ora, o que fazemos com o que se descobre no est na experincia, est no pensamento. (E aqui, quem disser imaginao, no est a pensar nada de errado, como mostraram grandes pensadores). Por isso, para salientar e para indicar que uma caracterstica importante da filosofia pensar sobre, ou a partir de, onde o que acrescentamos quilo que se utilizou uma boa prova de que estamos a pensar, fala-se de a priori. J agora, ser pela importncia de se pensar por cima de, ou de forma universal, que vrios filsofos sonharam que a filosofia era (ou tinha que ser) uma espcie de Matemtica Universal? O pior era a linguagem a utilizar, j que os nmeros eram demasiado (c est) a priori.

Francisco Jos Graa Marreiros