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Ser t Couto Huectte , TEXTO 3 Capituto 4 CATEGORIAS TRADICIONAIS, CATEGORIAS ATUAIS. ‘As mudangas que o territério vai conhecendo, nas formas de sua organiza¢do, acabam por invalidar os conceitos herdados do passado ¢ a obrigar a reno- vagdo das categorias de andlise, Damos, seguir, alguns exemplos da imperiosidade da substituicdo de tals conceitos. 1. A regiao Geégrafos dos mais renomados ¢ das mais diversas origens tiveram na regido um dominio de aprofun- dados estudos, tanto ao nivel da teorizagio, como ‘ng campo dos trabalhos empiricos. Os enfoques séo miiltiplos, conforme R. Lobato Corréa nos mostra muito bem (1986) Durante um longo periodo muitos a estudaram isoladamente do mundo como um todo. Viam-na como uma entidade auténoma, com aspectos parti- culares, 0 que equivalia a dividir 0 mundo em uma infinidade de regides auto-suficientes, mantendo pou- cas relagdes entre si, Mas 0 mundo mudou ¢ as transformagdes sio cada vez mais intensas e velo- 2es, O territério a cada momento foi organizando-se de maneira diversa, muitas reorganizacoes do espa- ¢o se deram ¢ continuam acontecendo, atendendo as reclamos da produgao da qual é arcabouco. Me- recem destaque especial as transformagoes ocorridas a partir de meados deste século, que representaram muito mais da que uma simples mudanca. Assim 45 como quando das grandes navegagdes no século XVI, dt revolugio industal 90 XVI. Este novo momento da histéria do homem & mar- cado pela “crescente internacionalizacdo da econo- ‘nia capitalista com uma total interdependéncia das diferentes economias nacionais e uma nova divisio internacional do trabalho” (Castells, 1986, 6 mundo, com um fod, tomoue une part at der as necessidades da nova maneira de produzir, ue passa por cima das regides, paises, culturas etc. Mas, enquanto os processos modernos de producéo se espalham por todo o Planeta, a producio se es- pecializa regionalmente Intensificam-se as trocas, as relagées entre dife- rentes areas do Globo tormam-se mais intensas ¢ as- sumem diversos papéis, ndo s6 econdmicos, mas também politicos, culturais etc. Qualquer parte do Globo ganha nova conotacao, tomando-se cada vez mais aberta, mais vulnerdvel as influéncias exége- nas. As crescentes relagdes com éreas cada vez mais distantes, suprimem as veleidades de autono- ila, Nao hg pois, como consderar rego como Compreender uma regido passa pelo entendimen- to do funcionamento da eeonomia 20 nivel mundial € seu rebatimento no territério de um pais, Intermedia do Estado, das demuisinstuigdes © do conjunto de agentes da economia, a comecar pelos seus atores hegemdnicos tudar uma regito significa penetrar num mar de rages. formas, fongbes, organizacbes, estruta- ras eic., com seus mais distintos niveis de interagio Sa niveis de interagi f¢ 0 espaco se torma uno para atender as neces- sidades de uma produgio globalizada, as regides aparecem como as distintas versoes da mundializ gio. Esta néo garante a homogeneidade, mas, a0 contrario, instiga diferencas, reforca-as e até mesmo depende delas. Quanto mais os lugares se mundia- 46 lizam, mais se tornam singulares ¢ especificos, isto & tinicos. E neste contexto que o estudo regional assume importante papel nos dias atuais, com a finalidade de compreender as diferentes maneiras de um mes- mo modo de produgdo se reproduzir em distintas egies do Globo, dadas suas especificidades, A re- fio torna-se uma importante categoria de anélise, importante para que se possa captar a maneira co- mo uma mesma forma de produzir se realiza em partes especificas do Planeta ou dentro de um pais, Essociando a nova dinmica as condigdes preexis tentes. ‘Nao basta compreender tcoticamente 0 que s© passa no mundo, temos que ter nossa aten¢ao tam- ‘bém voltada para as diferentes geografizagdes das variéveis inerentes & nova maneira de produzir. NAo podemos desprezar esta importante via de compre- ensao da realidade. Hoje, 2 regiéo, o regional, ® regionalizagao tém de ser assim entendidos. ‘Mas, se para a compreensdo de uma qualquer fra- gio do Planeta, a totalidade do processo que a mol~ Ga hi de estar presente, assim também, para a com- preensio da realidade global, é indispensével o en- fendimento do que é a vida nas diferentes regides: de seus funcionamentos especificos, de suas especi Hizagdes, de suas relagdes, enfim, de seu arranjo particular, sempre em movimento. Um mesmo ele~ neato — um banco, um shopping-center, ums casa de comércio de insumos agricolas, uma escola supe- Hor, 2 verticalizago da habitacéo, financiamentos governamentais, uma auto-estrada, um aeToporto etc. —- tera impactos diferentes em distintas areas de um pais ou do Planeta. Para isso concorrerio a historia do lugar, as condigdes existentes no momen to da internalizagéo (quando o que é externo a uma rea se torna infemo) © © jogo de relacdes que se estabelecerd entre 0 que chega ¢ 0 que preexiste. E esse conjunto de coisas que fara com que um mes- 47 we “ mmo processo de escala mundial tenha resultados dis- tnt, particule: segundo os ‘ugaes Num estudo revior dl se deve tewwar detalhar sua | composigao enquamo organizario social, politica, | tconbmica e cultural, abordandoine os ines cone | cretom para reoonbecer como a ea se inero an | orden econbmica intenacionl, levando em conta O preexiente eo. novo, para captar © elenco de teuss e conseqléncian do fentena i ‘Os elementos que se agrupam dando « configu. | Go espacial de um lugar tém que passer por um | fsiudo aprofundedo, desde © homem ttt as natn goes que vio dingl, juntements com as mas, a3 fos de matenalasdo de socedade Destinctar | ts relagbes exisentes enre estes elementos, fornar- do 0s conetos em realdedes empires permits | ue se vislumbre, no tempo e no espaso. 8 transfor mo. ‘A busca da expliengto das ransfommacées passe | pel mpresosto dos. grandes propos de vated ‘Tue commen 0 TerRtOnO. a cones pelos nce: “doves mus comune es -tpo Ue ale We 5 TeSSOaetiicy — tps ab eenologlas, dos Capiais- de produto. do pro- dito. das fas. instuigbes; Ineasidade, qualia. dee natueza dos fuxos:eaptagto dos cifutos es paciais de produgio; peso dow components teenicos mmoderos aa produgdo agricola; expansao das ag70- indisias; novas relagdes. de trabalho no. campo Gesmateriatizagio da. produgao. ete. Tais varavels Sto interdependeates, umas send causa e/0u con Seqitncia de outras, ndo tendo, portant, real vec fon se no analsedes em conjnto tultos espaciais de produgao Hoje, a nogio de regio inclui-se num contexto maior. onde, também, nfo podemos mais falar da 48 —<$———————qum — clissica nogio de rede urbana; assim também como no podemos mais referit-nos as clisicas nogdes de Telagdo cidade-campo. Nao € que nio existam ainda Hoje estas relagdes, mas mudaram de conteido e de forma. Hoje, uma cidade pode ndo manterintercém- bio importante com sua vizinka imediata e, n0 en- tanto, manter elagSes intensas com outras muito distantes, mesmo fora de seu pais. Por exempio, uma indistria’ meciinica localizada na cidade de Sertao- zinho, que pertence a Sexta Regido Administrativa do Estado de Sao Paulo, composta por oitenta mu- nicipios, mantém relagSes comercais, tanto de com- pra quanto de venda, com apenas mas seis cid des locais: no entanto, ela mantém relagées intensas com & capital do Estado e com outros paises, j& que exporta grande parte de sua produgio anual de m: aquinas _ssiiados-denura_de-uma TORE Boba, Néo po HOY mais falar de circutos TepOMas de producto. Com a crescente especializagio regional. com os inumeros tluxos ‘de todos 8 tipos, intensidades € direcoes, temos que falar de circuitos espaciais da produgdo. Estes seriam as. diversas tapas pelas {uais passaria um produto, desde 0 comeso do pro Gesso de producio ste chegar xo consumo final. Se Gquisessemos, por’ exemplo, conhecer os cireuitos Drodutivos da agroindtstia de cana-de-acicar. weria- mos que observar todos of momentos da producto desde 0 plantio de eana até 0 consumo do élcoo!, do agucar ou de outros derivados. Teriamos que obser- var, entdo, vériositens disintos, assim, sabre a ma téria-prima — local de origem, formas de sea trans- porte, tipo de veiculo transportador etc; sobre 2 Inio-de-obra — qualificagio, origem, variagéo das necessidades nos diferentes momentos da_producio tte sobre estocagem — quantidade e qualidade dos armazéns, dos silos, proximidade da industria, rela- cio entre estocagem ¢ produgio etc.) sobre trans- a

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