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PARTE 1 – A COMUNICAÇÃO.
A forma
É a embalagem do texto profissional. Como um produto da empresa que o emite, deve ser
eficiente e elegante. Neste tópico, o redator aprenderá como dispor de forma prática e
atraente as diversas informações que devem constar do texto, como a data, o remetente, o
assunto, o destinatário, os endereços, etc.
A língua
Como já disse, o texto profissional é um dos diversos produtos da organização. É
responsável, às vezes sozinho, pela comunicação da empresa com seus diversos públicos.
Logo, devemos nos cercar de todos os cuidados para que nossa correspondência chegue aos
seus destinatários sem deslizes gramaticais que certamente causarão uma má impressão que
pode se tornar incontornável e inviabilizar acordos de qualquer natureza.
O estilo
É a soma dos dois anteriores e, por isso mesmo, o mais subjetivo. Escrever com estilo é
transformar em linguagem escrita a imagem que se quer passar da empresa: limpa,
transparente, objetiva, eficiente, prática, elegante e arrumada. É a medida certa entre a
formalidade que se exige de um texto profissional e a informalidade que se deseja para
conquistar clientes, fechar negócios e motivar colaboradores.
Antes de estudarmos cada um desses tópicos, vamos ver rapidamente o que é comunicação,
num sentido mais amplo e nas empresas, de uma maneira geral.
A COMUNICAÇÃO.
A palavra comunicação vem do latim communicare, que significa tornar comum, partilhar,
repartir, associar, trocar opiniões. Assim, pode-se dizer que há uma grande diferença entre
comunicar e informar, uma vez que a informação pressupõe algo frio e pré-formatado,
transmitido sob a forma de um monólogo e que, portanto, não permite troca.
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Comunicação
• ocorre quando a mensagem é transmitida e decodificada (compreendida).
Mensagem
• é a informação (sinais codificados, língua) que um emissor (locutor) transmite a um
receptor (interlocutor) por meio de um canal.
Linguagem
• é a propriedade do ser humano de representar o pensamento por meio de sinais
codificados.
Código
• é um sistema de sinais preestabelecidos entre o emissor e o receptor empregado para
a transmissão de mensagens.
Língua
• sistema de sinais comuns a todos os indivíduos de uma comunidade.
TIPOS DE LINGUAGEM
Linguagem verbal
• divide-se em escrita e falada e é expressa por uma língua.
Linguagem não-verbal
• sistema de comunicação que não faz uso de palavras.
LINGUAGEM VERBAL
Falada
• natural, cultural e social.
Escrita
• Artificial, cultural, social.
LINGUAGEM NÃO-VERBAL:
O SIGNO
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– significante COMPUTADOR
– significado
SENTIDOS DA LINGUAGEM.
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO.
Informação
• emissor comanda a elocução. Ocorre porque o receptor não tem conhecimento
prévio (feedback) do conteúdo da mensagem. Estabelece-se o monólogo.
Comunicação
• emissor e receptor trocam de papéis porque ambos detêm o conteúdo. Há diálogo.
OS ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO.
Contexto
(Assunto ou ambiente da comunicação)
Mensagem
(Conteúdo da comunicação)
Emissor Receptor
(Redator) (Leitor)
Canal
(Texto)
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Código
(Língua portuguesa)
Emissor
• é o agente da comunicação, quem envia a mensagem.
Receptor
• é o elemento a quem se destina a mensagem.
Canal
• é o condutor da mensagem
Contexto
• é o assunto da mensagem
Código
• é a expressão material da mensagem, o signo.
Mensagem
• é o teor da comunicação.
AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM
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Volta, são teus os meus carinhos,
Volta, retoma o teu ninho,
Tudo aqui está do jeito que ficou.”
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Por isso, não se meta a exigir do poeta
Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudo-nada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível
Stakeholders
São públicos estratégicos de uma organização, formadores e disseminadores de opinião a
seu respeito. São grupos de pessoas com interesses legítimos na empresa, que dependem ou
são afetados por suas decisões ou operações.
Em suma, são os diversos públicos com que uma organização se relaciona. Por isso, o
profissional de comunicação também é chamado de relações públicas.
Sim, porque nós já vimos que, não é de hoje, as empresas saíram do seu "mundinho" e
passaram a se comunicar com o "mundão". E descobriram que há muito o que falar, para
muita gente, em muitos lugares. E quem vai ter papel fundamental nesse relacionamento?
Acertou se você pensou em comunicação empresarial, em geral escrita, elegante, clara,
objetiva e obrigatoriamente em bom português.
PARTE 2 – A REDAÇÃO
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Sobre a forma da comunicação empresarial escrita.
Cada documento – texto profissional – tem um formato padrão, ainda que possa variar aqui
ou ali, de uma empresa para outra. Conhecer cada um dos elementos que constitui os
documentos e saber para que servem e como usá-los é da conta da forma dos textos
empresariais.
Parágrafo-padrão
O parágrafo-padrão é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um
período, em que se desenvolve determinada idéia central, ou nuclear, a que se agregam
outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela.
O parágrafo é indicado por um afastamento da margem esquerda da folha. Ele facilita ao
escritor a tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente as idéias principais de sua
composição, permitindo ao leitor acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes
estágios.
O tamanho do parágrafo
Os parágrafos são moldáveis como a argila, podem ser aumentados ou diminuídos,
conforme o tipo de redação, o leitor e o veículo de comunicação onde o texto vai ser
divulgado. Se o escritor souber variar o tamanho dos parágrafos, dará colorido especial ao
texto, captando a atenção do leitor, do começo ao fim. Em princípio, o parágrafo é mais
longo que o período e menor que uma página impressa no livro, e a regra geral para
determinar o tamanho é o bom senso.
Parágrafos curtos: próprios para textos pequenos, fabricados para leitores de pouca
formação cultural. A notícia possui parágrafos curtos em colunas estreitas, já artigos e
editoriais costumam ter parágrafos mais longos. Revistas populares, livros didáticos
destinados a alunos iniciantes, geralmente, apresentam parágrafos curtos.
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Quando o parágrafo é muito longo, o escritor deve dividi-lo em parágrafos menores,
seguindo critério claro e definido. O parágrafo curto também é empregado para movimentar
o texto, no meio de longos parágrafos, ou para enfatizar uma idéia.
Parágrafos médios - comuns em revistas e livros didáticos destinados a um leitor de nível
médio. Cada parágrafo médio construído com três períodos que ocupam de 50 a 150
palavras. Em cada página de livro cabem cerca de três parágrafos médios.
Parágrafos longos - em geral, as obras científicas e acadêmicas possuem longos parágrafos,
por três razões: os textos são grandes e consomem muitas páginas; as explicações são
complexas e exigem várias idéias e especificações, ocupando mais espaço; os leitores
possuem capacidade e fôlego para acompanhá-los.
Tópico frasal
A idéia central do parágrafo é enunciada através do período denominado tópico frasal
(também chamado de frase-síntese ou período tópico). Esse período orienta ou governa o
resto do parágrafo; dele nascem outros períodos secundários ou periféricos; ele vai ser o
roteiro do escritor na construção do parágrafo; ele é o período mestre, que contém a frase-
chave. Como o enunciado da tese, que dirige a atenção do leitor diretamente para o tema
central, o tópico frasal ajuda o leitor a agarrar o fio da meada do raciocínio do escritor;
como a tese, o tópico frasal introduz o assunto e o aspecto desse assunto, ou a idéia central
com o potencial de gerar idéias-filhote; como a tese, o tópico frasal é enunciação
argumentável, afirmação ou negação que leva o leitor a esperar mais do escritor (uma
explicação, uma prova, detalhes, exemplos) para completar o parágrafo ou apresentar um
raciocínio completo. Assim, o tópico frasal é enunciação, supõe desdobramento ou
explicação.
A idéia central ou tópico frasal geralmente vem no começo do parágrafo, seguida de outros
períodos que explicam ou detalham a idéia central.
Exemplos:
Ao cuidar do gado, o peão monta e governa os cavalos sem maltratá-los. O modo de tratar o
cavalo parece rude, mas o vaqueiro jamais é cruel. Ele sabe como o animal foi domado,
conhece as qualidades e defeitos do animal, sabe onde, quando e quanto exigir do cavalo. O
vaqueiro aprendeu que paciência e muitos exercícios são os principais meios para se obter
sucesso na lida com os cavalos, e que não se pode exigir mais do que é esperado.
A distribuição de renda no Brasil é injusta. Embora a renda per capita brasileira seja
estimada em U$$2.000 anuais, a maioria do povo ganha menos, enquanto uma minoria
ganha dezenas ou centena de vezes mais. A maioria dos trabalhadores ganha o salário
mínimo, que vale U$$112 mensais; muitos nordestinos recebem a metade do salário
mínimo,. Dividindo essa pequena quantia por uma família onde há crianças e mulheres, a
renda per capita fica ainda mais reduzida; contando-se o número de desempregados, a renda
diminui um pouco mais. Há pessoas que ganham cerca de U$$10.000 mensais, ou U$$
120.000 anuais; outras ganham muito mais, ainda. O contraste entre o pouco que muitos
ganham e o muito que poucos ganham prova que a distribuição de renda em nosso país é
injusta.
Exemplo:
A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido muitos benefícios às pessoas, tais
como: informação, por meio de noticiários que mostram o que acontece de importante em
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qualquer parte do mundo; diversão, através de programas de entretenimento (shows,
competições esportivas); cultura, por meio de filmes, debates, cursos.
Faça o mesmo:
1. Na escolha de uma carreira profissional, precisamos considerar muitos aspectos, dentre
os quais podemos citar:
2. O desrespeito aos direitos humanos manifesta-se de várias formas:
3. O bom relacionamento entre os membros de uma família depende de vários fatores,
como:
4. A vida nas grandes cidades oferece vantagens e desvantagens. Dentre as vantagens,
podemos lembrar
e, dentre as desvantagens,
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contribui para a formação do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos.
(Samuel P. Netto, adaptado)
Consiste em esclarecer o que foi afirmado no tópico frasal por meio de exemplos:
A imaginação utópica e inerente ao homem, sempre existiu e continuará existindo. Sua
presença é uma constante em diferentes momentos históricos: nas sociedades primitivas,
sob a forma de lendas e crenças que apontam para um lugar melhor; nas formas do
pensamento religioso que falam de um paraíso a alcançar; nas teorias de filósofos e
cientistas sociais que, apregoando o sonho de uma vida mais justa, pedem-nos que
“sejamos realistas, exijamos o impossível”. (Teixeira Coelho, adaptado).
Como fazer nossas dissertações? Como expor com clareza nosso ponto de vista? Como
argumentar coerentemente e validamente? Como organizar a estrutura lógica de nosso
texto, com introdução, desenvolvimento e conclusão?
Vamos supor que o tema proposta seja Nenhum homem é uma ilha.
Primeiro, precisamos entender o tema. Ilha, naturalmente, está em sentido figurado,
significando solidão, isolamento.
Vamos sugerir alguns passos para a elaboração do rascunho de sua redação.
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1. Transforme o tema em uma pergunta:
Nenhum homem é uma ilha?
2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro, concordando ou
discordando (ou, ainda, concordando em parte e discordando em parte): essa resposta é o
seu ponto de vista.
3. Pergunte a você mesmo, o porquê de sua resposta, uma causa, um motivo, uma razão
para justificar sua posição: aí estará o seu argumento principal.
4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de vista, a
fundamentar sua posição. Estes serão argumentos auxiliares.
5.Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição. Este
fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do que você leu.
Pode ser um fato da vida política, econômica, social. Pode ser um fato histórico. Ele precisa
ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O fato-exemplo, geralmente,
dá força e clareza à nossa argumentação. Esclarece a nossa opinião, fortalece os nossos
argumentos. Além disso, pessoaliza o nosso texto, diferencia o nosso texto: como ele nasce
da experiência de vida, ele dá uma marca pessoal à dissertação.
6. A partir desses elementos, procure juntá-los num texto, que é o rascunho de sua redação.
Por enquanto, você pode agrupá-los na seqüência que foi sugerida:
Os passos
1) interrogar o tema;
2) responder, com a opinião
3) apresentar argumento básico
4) apresentar argumentos auxiliares
5) apresentar fato- exemplo
6) concluir
(in Novo Manual da Nova Cultural - Redação, Gramática, Literatura e Interpretação de
Textos, de Emília Amaral e outros)
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Fato-exemplo
4º§ Como atingir o acento? A experiência é fundamental e, na maior das vezes, é alicerçada
em erros anteriores, que ensinarão os caminhos para que cada experiência ruim não mais
ocorra. Assim, um jovem que presta seu primeiro vestibular e fracassa pode, a partir do
erro, descobrir seus pontos falhos e, aos poucos, aliar seus conhecimentos à capacidade de
enfrentar uma situação de nova prova e pressão. Esse mesmo jovem, no mercado de
trabalho, poderá estar envolvido em situações semelhantes: seus momentos de fracasso
estimularão sua criatividade e maior empenho, o que fatalmente levará a posteriores acertos
fundamentais em seu trabalho.
Conclusão
5º§ Assim, o aparecimento dos erros nos atos humanos é inevitável. Porém, é preciso,
acima de tudo, saber lidar com eles, conscientizar-se de cada ato falho e tomá-los como
desafio, nunca se conformando, sempre buscando a superação e o sucesso. Antes do alcance
da luz, será sempre preciso percorrer o túnel.
(Redação de aluno.)
Esquema da antítese
Como incluir a contra-argumentação numa dissertação argumentativa
A dissertação argumentativa começa com a proposição clara e sucinta da idéia que irá ser
comprovada, a TESE. A essa primeira parte do texto dissertativo chamamos de introdução.
A segunda parte, chamada desenvolvimento, visa à apresentação dos argumentos que
comprovem a tese, ou seja, a PROVA. É costume estruturar a argumentação em ordem
crescente de importância, como foi explicado no início desta lição, a fim de prender cada
vez mais a atenção do leitor às razões apresentadas. Essas razões baseiam-se em provas
demonstráveis através dos fatos-exemplo, dados estatísticos e testemunhos.
Na dissertação argumentativa mais formal, o desenvolvimento apresenta uma subdivisão, a
ANTÍTESE, na qual se refutam possíveis contra-argumentos que possam contrariar a tese
ou as provas. Nessa parte, a ordem de importância inverte-se, colocando-se, em primeiro
lugar, a refutação do contra-argumento mais forte e, por último, do mais fraco, com o
propósito de se depreciarem as idéias contrárias e ir-se, aos pontos, refutando a tese
adversa,ao mesmo tempo em que se afasta o leitor ou ouvinte dos contra-argumentos mais
poderosos.
Na última parte, a conclusão, enumeraram-se os argumentos e conclui-se, reproduzindo as
tese, isto é, faz-se uma SÍNTESE. Além de fazer uma síntese das idéias discutidas, pode-se
propor, na conclusão, uma solução para o problema discutido.
Esquema de uma dissertação com antítese
Tema: Vestibular, um mal necessário.
Tese: O vestibular privilegia os candidatos pertencentes às classes mais favorecidas
economicamente.
Prova: Os candidatos que estudaram em escolas com infra-estrutura deficiente, com as
escolas públicas do Brasil, por mais que se esforcem, não têm condições de concorrer com
aqueles que freqüentaram bons colégios.
Antítese: Mesmo que o acesso à universidade fosse facilitado para candidatos de condição
econômica inferior, o problema não seria resolvido, pois a falta de um aprendizado sólido,
no primeiro e segundo grau, comprometeria o ritmo do curso superior.
Conclusão (síntese´): As diferenças entre as escolas públicas e privadas são as verdadeiras
responsáveis pela seleção dos candidatos mais ricos.
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Relação entre causa e conseqüência
Você possui um tema para ser analisado. Neste caso, a melhor forma de desenvolvê-la é
estabelecer a relação causa-
conseqüência. Vamos à prática com o seguinte tema:
Tema
Constatamos que no Brasil existe um grande número de correntes migratórias que se
deslocam do campo para as médias ou grandes cidades.
Para encontrarmos uma causa, perguntamos:
Por quê? ao tema acima. Dentre as respostas possíveis, poderíamos citar o seguinte fato:
Causa:
A zona rural apresenta inúmeros problemas que dificultam a permanência do homem no
campo.
No sentido de encontrar uma conseqüência para o problema enfocado no tema acima, cabe
a seguinte pergunta:
O que acontece em razão disso?
Conseqüência: Elas se tornam desajustadas, pois dependem dos mais jovens até para ligar
um forno microondas, elas precisam acompanhar a evolução do mundo.
Causa: A maioria dos parlamentares preocupa-se muito mais com a discussão dos
mecanismos que os fazem chegar ao poder do que com os problemas reais da população.
Tema: A maior parte da classe política não goza de muito prestígio e confiabilidade por
parte da população.
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Conseqüência: Os grandes problemas que afligem o povo brasileiro deixam de ser
convenientemente discutidos.
Causa: Algumas pessoas refugiam-se nas drogas na tentativa de esquecer seus problemas.
Tema: Muitos jovens deixam-se dominar pelo vício em diversos tipos de entorpecentes, mal
que se alastra cada vez mais em nossa sociedade.
Exercícios
Apresentarei alguns temas e você se incumbirá de encontrar uma causa e uma conseqüência
para cada um deles. Escreva-as, seguindo o modelo apresentado acima:
1 Tema: As linhas de ônibus que percorrem os bairros das grandes metrópoles não têm
demonstrado muita eficiência no atendimento a seus usuários.
Causa:
Conseqüência:
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3º parágrafo - Conseqüência (com explicações adicionais)
Conclusão(a solução):
4º § - Expressão inicial + reafirmação do tema + observação final
Proposta de redação
Escolha um dos temas apresentados nesta folha e redija um texto em quatro parágrafos,
conforme o esquema desenhado acima. Não se esqueça de aplicar a relação causa-
conseqüência.
(Do livro Técnicas Básicas de Redação, Branca Granatic, Editora Scipione)
O texto Aquilo por que vivi, de Bertrand Russel, revela uma estrutura que o vestibulando
poderá usar em sua redação. Leia o texto:
O texto, cujo tema está explícito no título – os motivos fundamentais da vida do autor –
apresenta cinco parágrafos.
No primeiro parágrafo, o autor revela as suas “três paixões”:
a) amor;
b) conhecimento;
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c) piedade.
Em seguida, dedica três parágrafos para cada uma dessas paixões. O segundo parágrafo fala
sobre a busca do amor; terceiro, sobre a procura do conhecimento; e o quarto, sobre a
importância do sentimento piedade diante do sofrimento.
Eis o esquema:
1º§ - a, b, c;
2º§ - a;
3º§ - b;
4º§ - c;
5º§ - a, b, c.
A resenha pode ser de um ou mais capítulos, duma coleção ou mesmo dum filme.
Apresenta falhas, lacunas e virtudes, explora o contexto histórico em que a obra fora
elaborada e faz comparações com outros autores.
Conhecida como resumo crítico, a resenha só pode ser elaborada por alguém com
conhecimentos na área, pois sua elaboração exige opinião formada, pois além de resumir, o
resenhista avalia a obra, sustentando suas considerações, deve embasá-las seja com
evidências extraídas da própria obra ou de outras de que se valeu para elaborar a resenha.
"Se o resumo do conteúdo da obra não está bem feito, o leitor que não a conhece encontrará
dificuldades em acompanhar a análise crítica. Se, por outro lado, o recensor se limita a
relatar o conteúdo, sem julgá-lo criticamente, ele estará escrevendo um resumo e não uma
recensão crítica. Finalmente, se ele não sustenta ou ilustra seus julgamentos com dados
extraídos da obra recenseada, ele não dá ao leitor a oportunidade de formar seus próprios
julgamentos".
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o resumo da obra, ou síntese do conteúdo, destacando a área do conhecimento, o
tema, as idéias principais e, opcionalmente, as partes ou capítulos em que se divide o
trabalho. Deve-se deter no essencial, mostrando qual é o objetivo do autor, evitando
recorrer a detalhes e exemplos, com máxima concisão. Este momento é mais informativo
que crítico, embora a crítica já possa estar presente;
as categorias ou termos teóricos principais de que o autor se utiliza, precisando seu
sentido, o que ajuda evidenciar seu approach teórico, situando-o no debate acadêmico e
permitindo sua comparação com outros autores. Aqui não só se deve expor claramente
como o autor conceitua ou define determinado termo teórico, mas já se deve introduzir
críticas, seja à utilização ou à própria conceituação feita pelo autor [em uma resenha para
revistas especializadas, esta parte pode ser dispensada, até por economia de espaço, mas é
essencial em trabalhos de aula, em que o recensor é também aprendiz];
a avaliação crítica, nos termos já referidos anteriormente no item 1. Este é o ponto
alto da resenha, onde o recensor mostra seu conhecimento, dialoga com o autor e/ou com
leitor, dá-se ao direito de proceder a um julgamento. Há vários tipos de críticas, mas
destacam-se: (a) a interna, quando se avalia o conteúdo da obra em si, a coerência diante de
seus objetivos, se não apresenta falhas lógicas ou de conteúdo; e (b) a externa, quando se
contextualiza o autor e a obra, inserindo-os em um quadro referencial mais amplo, seja
histórico ou intelectual, mostrando sua contribuição diante de outros autores e sua
originalidade.
Atualmente quase todas as revistas científicas trazem boas seções de resenhas. Sempre é
aconselhável ir a uma biblioteca e consultar alguns destes periódicos para observar
atentamente como os mais destacados profissionais e pesquisadores da área as elaboram.
Finalmente, deve-se lembrar que o recensor deve preocupar-se com a obra em sua
totalidade, sem perder-se em detalhes e em passagens isoladas que podem distorcer idéias.
Deve-se certamente apresentar e comentar pontos específicos, fortes ou fracos do trabalho,
mas estes devem ser relevantes. Nada mais deplorável do que uma crítica vazia de
conteúdo, sem base teórica ou empírica, que lembre preconceito. Ou elogios gratuitos, que
podem parecer corporativismo ou "puxa-saquismo".
Bibliografia:
FRANÇA, Júnia Lessa et alii. Manual para normalização de publicações técnico-científicas.
Belo Horizonte, UFMG, 2000.
SILVA, Rebeca Peixoto da Silva et alii. Redação técnica. 2.ed. Porto Alegre, Formação,
1976.
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4. Observar as palavras que fazem a ligação entre as diferentes idéias do texto, também
chamadas de conectivos: "por causa de", "assim sendo", "além do mais", "pois", "em
decorrência de", "por outro lado", "da mesma forma".
5. Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um encerra uma idéia diferente.
6. Ler os parágrafos resumidos e observar se há uma estrutura coerente, isto é, se todas as
partes estão bem encadeadas e se formam um todo.
7. Num resumo, não se devem comentar as idéias do autor. Deve-se registrar apenas o que
ele escreveu, sem usar expressões como "segundo o autor", "o autor afirmou que".
8. O tamanho do resumo pode variar conforme o tipo de assunto abordado. É recomendável
que nunca ultrapasse vinte por cento da extensão do texto original.
9. Nos resumos de livros, não devem aparecer diálogos, descrições detalhadas, cenas ou
personagens secundárias. Somente as personagens, os ambientes e as ações mais
importantes devem ser registrados.
OS TEXTOS EMPRESARIAIS
A CARTA
A FORMA DA CARTA
Sua formatação hoje é feita à esquerda e os parágrafos são identificados pelo espaço maior
entre um bloco de frases e outro.
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Possui alguns itens que são obrigatórios e não devem ser esquecidos. Há lugares específicos
para cada um deles na folha e uma ordem adequada na qual devem aparecer.
Comecemos por ela, pois, os nossos estudos.
À
Empresa Eduprof Ltda.
At: Professor José Arnaldo (4)
Gostaríamos de contar com sua presença em nossa empresa, nos dias 30 de outubro e 1º de
novembro deste ano para compor a mesa de debates no Simpósio “Comunicação
Empresarial Moderna” e como palestrante convidado.
Queira por favor, enviar por correio eletrônico a lista de materiais com os quais o senhor
deseja contar em sua palestra, que deverá ter duração máxima de duas horas e será realizada
como encerramento do evento bem como as condições que a sua vinda possa ser
viabilizada.
Aguardamos sua resposta breve para que possamos agilizar os preparativos do evento, que
já mobiliza nossos colaboradores, e será, com certeza, um sucesso entre os que se
interessam por tão importante tema.
Atenciosamente, (8)
Etelvina Braga
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6. Vocativo – é a pessoa a quem se destina objetivamente a correspondência. A
abreviatura At. Significa atenção e é importante, mas não é indispensável.
7. Texto – Inicia-se sem abertura de parágrafo, com letra maiúscula, e a separação dos
parágrafos demonstra-se pelo espaço maior entre uma linha e outra.
8. Fecho – saudação de encerramento que depende do grau de relacionamento entre
remetente e destinatário. É alinhado à esquerda, como um novo parágrafo.
9. Assinatura – Nome do remetente com o respectivo cargo que ocupa na empresa ou o
setor do qual faz parte. O alinhamento é à esquerda como todos os outros parágrafos.
Exercício 1.
DIR – 439
Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2006.
À
BELLANOTA PRODUÇÕES ARTÍSTICAS
Prezadas senhoras,
Felicitamos pelo belo espetáculo realizado em nossas dependências, por ocasião da semana
da criança, e informamos que a segunda parcela do pagamento por nós acordado já se
encontra depositada na conta 978654-3, do Banco do Brasil, ag.546, conforme o contrato
por nós firmado.
Informamos ainda que, caso desejem, temos registros fotográficos e em áudio e vídeo do
evento que podemos repassar a vossas senhorias para divulgação de seu ótimo trabalho.
Atenciosamente,
Júlio Lemmon
Diretor de Marketing
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5. Cobrança.
Alguns tópicos:
Introdução: O texto pode ser iniciado sem o vocativo, ainda que não seja absolutamente
dispensável.
Fecho: Não é preciso colocar fecho formal, por ser o ambiente de transmissão interno.
TIMBRE DA EMPRESA
MEMO nº 46 / FEDER
Senhores funcionários,
Informamos que a não utilização do crachá impedirá o acesso à empresa ou a setores dela e
será considerada falta grave, passível das punições cabíveis.
Atenciosamente,
Tarcísio de Hollanda
Supervisor de Pessoal.
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Veja este outro modelo, menos formal, enviado por correio eletrônico.
Pessoal,
Nossa reunião semanal das sextas-feiras será realizada excepcionalmente amanhã, quinta-
feira, dia 9, às 17h, por conta da visita de nosso supervisor regional, Renato Alvim, que
ocorrerá no dia seguinte.
Tragam os assuntos já estudados e sugestões para o encontro que teremos com ele.
Um abraço,
Hildebrando.
A ATA
Elementos básicos:
1. Dia, mês, ano e hora da reunião.
22
2. Local da reunião.
3. Relação e identificação das pessoas presentes.
4. Ordem do dia ou pauta.
5. Identificação do presidente e do secretário.
6. Fecho.
Não se devem criar espaços entre as linhas nem se recomenda o uso de parágrafos para que
informações conflitantes não possam ser inseridas posteriormente. Recomenda-se ainda o
registro dos numerais por extenso, pelo mesmo motivo. Em caso de erro constatado no
momento de redigir a ata, emprega-se a partícula corretiva “digo”. Se o erro for notado
após a redação da ata, recorre-se à expressão “em tempo”, que é colocada após o texto.
“Em tempo, onde se lê bata, na linha 12, leia-se pata.
Modelo de ata
Pauta:
1. Análise do relatório da Consultoria Dédalo.
2. Deliberação sobre a liberação de verbas para treinamento do Setor de Atendimento
ao Cliente.
Presentes:
Presidente – Sr. Dílson Palha Taveira.
Diretor Financeiro – Sr. Jorge Moraes Barbosa.
Gerente de RH – Sra. Dilma Roussef.
Gerente de Marketing – Sr. Caio Bittencourt.
Texto…………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………….
Rio de Janeiro, 5 de fevereiro de 2006.
Assinatura dos presentes:
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
O RECIBO.
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Modelo.
RECIBO
SOBRE O ESTILO.
Estilo tem a ver com objetividade e clareza. Para isso, é preciso que o redator de textos
empresariais saiba
PARTE 3 – A LÍNGUA
SOBRE A LÍNGUA.
O cuidado com a língua portuguesa, o código que expressará a nossa mensagem, é vital
para o sucesso da comunicação empresarial escrita. Alguns itens devem ser repassados com
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cuidado antes de se aventurar na produção do texto profissional. Os exercícios a seguir têm
esse objetivo.
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12. É só receber o salário e saí a comprar ______________________________
(bugingangas / bugigangas)
13. Já se nota nele um princípio de ____________________ (calvície / calvice)
14. Não posso dispensar sua ______________________ de jeito algum (companhia /
compania)
15. Os pivetes fizeram a maior ______________________ na praça recém-inaugurada
(depedração / depredação)
16. Conto com sua absoluta _____________________ sobre esse assunto (discrição /
discreção)
17. Mandei fazer uns armários ______________________ na cozinha (embutidos /
imbutidos)
18. Sua atitude hostil sempre foi o maior _______________________ para resolvermos
essa questão (empecilho / impecílio)
19. Tem havido muitos casos de ________________ na periferia da cidade (estrupo /
estupro)
20. Nesse caso, precisamos conhecer a ____________________ da palavra (etimologia
/ etmologia)
21. Demonstrava um ódio _________________________pelo irmão mais velho
(fidagal / figadal)
22. Como é suave a ______________________ desse perfume (fragância / fragrância)
23. É uma pessoa muito ____________________ (irascível / irrascível)
24. Não posso ________________________ suas expectativas (frustrar / frustar)
25. Que criança ____________________ (irriquieta / irrequieta)
26. Veio aqui ______________________ das melhores intenções (imbuído / embuído)
27. Tenho o maior medo de ______________________ (lagartixas / largatixas)
28. O centro da cidade foi tomado pelos __________________________ (mendingos /
mendigos)
29. Pedimos ao _____________________ juiz que aceitasse nossas desculpas
(meritíssimo / meretíssimo)
30. Acho que encontraremos as _____________________ no mercado (mexiricas /
mexericas)
31. Estou querendo meio quilo desta _____________________ (mortadela /
mortandela)
32. Eles iniciaram a maior __________________ sobre isso (discussão / discursão)
33. Sua atitude provocou uma grande _______________________ (repercussão /
repercursão)
34. Queria ter o _______________________ de ser o primeiro a lhe dar a notícia
(privilégio / previlégio)
35. Precisamos aprender a ___________________ nossos direitos (reivindicar /
revindicar)
36. É um sujeito muito ______________________ (retrógrado / retrógado)
37. Por favor, não depile as _______________________ (sobrancelhas /
sombrancelhas)
38. Sua intenção era a de nos ______________________ (subjugar / subjulgar)
39. O problema é meu. Não tem nada ____________ com você (haver / a ver)
40. O governo ____________________ a força da classe média (substimou /
subestimou)
41. Foi __________________ que você me chamou? (por isso / porisso)
26
42. Nada mais __________________ que encontrar velhos amigos (prazeroso /
prazeiroso)
43. Fiz tudo _____________ de não o magoar (afim / a fim)
44. Brincadeiras _______________ acho que você está certo (aparte / à parte)
45. Se você não agir direito, vai ________________ comigo (aver-se / avir-se)
46. Por favor, coloque aqui sua _______________ (rúbrica / rubrica)
47. ______________________, concordo com você. (A princípio / Em princípio)
48. Produto biodegradável não _____________ a natureza (polui / polue)
49. Ela, em geral, acorda de ___________ humor (mal / mau)
50. Quando ficava zangado, nada o ___________ (detia / detinha)
51. O policial _______________ o assaltante (deteu / deteve)
52. A empregada _________________ as crianças (entretia / entretinha)
53. Agimos assim devido à ________________________ de recursos (precaridade /
precariedade)
54. Ele se portou com grande __________________________ (espontaniedade /
espontaneidade)
55. Pelo _______________________ chamava-se um médico (auto-falante / alto-
falante)
56. O jogador sofreu ____________ entorse (um / uma)
57. Foi uma queda feia, mas ele só sofreu pequenas ______________ (escoriações /
excoriações)
58. Era grande nossa _______________________ pelo pagamento das ações judiciais
(espectativa / expectativa)
59. O campo _____________________ prejudicou a partida (enxarcado / encharcado)
27
Ele trabalhava muito, _______ continuava pobre.
Não é ________ diretor.
Reescreva cada uma das frases seguintes, substituindo o termo em destaque por um
pronome pessoal oblíquo átono:
a) Leve sua resposta aos vereadores. ______________________________________
b) Leve sua resposta aos vereadores. ______________________________________
c) Mostre seus trabalhos ao professor. ______________________________________
d) Mostre seus trabalhos ao professor. ______________________________________
e) Indique o caminho aos turistas. ______________________________________
f) Indique o caminho aos turistas. ______________________________________
g) Apresentei as provas no tribunal. ______________________________________
28
h) Paguei aos meus credores. ______________________________________
i) Paguei as minhas dívidas. ______________________________________
29
Fui eu que _______________ o problema. (resolvi / resolveu)
Fomos nós que _______________ a dívida. (pagamos / pagou)
Ele foi um dos que ____________________. (compareceu / compareceram)
Valéria foi um das que _________________ no exame. (passou / passaram)
Fui eu quem _______________ o exercício. (resolvi / resolveu)
Fomos nós quem __________________ na campanha. (colaborou / colaboraram)
Fomos nós quem ______________ a conta. (pagou / pagamos)
Mais de um clube _______________ o campeonato. (ganhou / ganharam)
Mais de duas pessoas _______________ à reunião. (faltou / faltaram)
Mais de um aluno, mais de um professor________________ hoje. (faltou / faltaram)
Mais de um veículo _________________. (chocou-se / chocaram-se)
Cerca de vinte pessoas _______________________ à festa. (compareceu / compareceram)
Perto de trinta soldados __________________ no combate. (morreu / morreram)
Alguns de nós ____________________ o exercício. (resolveremos / resolverão)
Quais de vós _________________ o candidato? (apoiastes / apoiaram)
Poucos de nós ________________. (viajamos / viajaram)
Qual de nós __________________ a decisão? (aceitará / aceitaremos)
Algum de nós ___________________ o prêmio. (entregará / entregaremos)
O relógio da igreja ______________ duas horas. (deu / deram)
_____________ duas horas no relógio, (deu / deram)
A torre da igreja________________ quatro horas. (bateu / bateram)
__________________ quatro horas na torre da igreja. (bateu / bateram)
____________________-se em discos voadores. (acredita / acreditam)
______________________-se de assuntos importantes. (tratava / tratavam)
______________________-se aos pedidos do mestre. (obedeceu / obedeceram)
___________________-se em pessoas honestas. (confia, confiam)
_________________-se casas. (vende / vendem)
__________________-se apartamentos na praia. (aluga / alugam)
____________-se aulas de piano. (dá / dão)
______________-se roupas. (reforma / reformam)
____________ muitos torcedores no estádio. (havia / haviam)
_____________ haver muitos torcedores no estádio. (deve / devem)
30
Já estamos igualmente pagos. (quite)
Graças a Deus, estou livre da dívida. (quite)
Nem todos se sentem bem quando estão sozinhos. (só)
Somente os primeiros inscritos serão chamados. (só)
b) conseguir:
Talvez nós _________________ o empréstimo.
Se nós ___________________ o empréstimo, estaríamos salvos.
Quando nós _____________________ o empréstimo, estaremos salvos.
c) encontrar:
Talvez tu ________________ o lugar.
Se tu _________________ o lugar, saberias onde mora Alice.
d) querer:
Talvez elas ________________ o número do telefone.
Se elas _______________ o número do telefone, nós daríamos.
Quando elas __________________ o número do telefone, nós daremos.
31
a) Você só irá fazer o trabalho que lhe caber e mais nada.
b) Só pararei de jogar quando reaver todo o dinheiro perdido.
c) Se ele manter a palavra, seremos obrigados a ceder.
d) Quem manter a palavra seria perdoado; quem não a manter será castigado.
e) Você esperava que ele se conter? Quando ele se conter, eu me conter também.
f) Se você se negar, se você abster-se, poderá até ser preso.
g) O fiscal reter o nosso veículo ontem, e ninguém soube por quê.
h) Se Luisa vir aqui e nos ver tão tristes, ficará triste também.
i) Aquele que rever em tempo as suas posições ainda terá chance de ser admitido na
empresa.
j) Quem prever o fim do mundo será considerado um profeta.
32
a) “Há muitos anos atrás, num reino distante localizado entre o Piauí e o Pará, nascia uma
menina pobre, mas que, apesar dos sofrimentos por que passava, sempre via o lado bom da
vida. Seu nome: Pollyana Sarney. Apesar de pobre, Pollyana nasceu em berço de ouro num
magnífico palácio à beira-mar. Ainda criança, Pollyana não conseguia entender por que,
sendo de uma família tão pobre e miserável, ela vivia uma vida nababesca de princesa. Seu
bom pai então lhe explicou:” (O Globo, 17 de março de 2002)
________________________________________________________________________
b) “E o aparente descaso com o dinheiro? Na vida real, eles cheiram a grana como
perdigueiros e, no entanto, se justificam: “Ihhh… como será que apareceu um milhão de
reais na minha gaveta? Nem reparei. Ahhh… essa minha memória!…”” (O Globo, 12 de
março de 2002)
________________________________________________________________________
c) “Adoro também ver as caras dos canalhas. Muitos são bochechudos, muitos têm
cachaços grossos, contrastando com o style dos populares magros de seca, de fome,
proletários chiques, elegantérrimos pela dieta da miséria.” (O Globo, 12 de março de 2002)
________________________________________________________________________
d) “Se o roteiro é uma história contada em imagens, então o que todas as histórias têm em
comum? Um início, um meio e um fim, ainda que nem sempre nessa ordem. Se
colocássemos um roteiro na parede como uma pintura e olhássemos para ele, ele se
pareceria com o diagrama da página 3.” (FIELD, Syd. Manual do roteiro. Rio de Janeiro:
Objetiva, 1995)
________________________________________________________________________
e) “Francis admite não estar habituado a trabalhar assim. Conta que poucas vezes foi
parceiro de metade da música, seu processo de criação sendo sempre o do melodista a
serviço do letrista.” (O Globo, 10 de março de 2002)
________________________________________________________________________
f) “Aristóteles estabeleceu as três unidades de ação dramática: tempo, espaço e ação. O
filme hollywoodiano normal tem a duração aproximada de duas horas, ou 120 minutos, ao
passo que os europeus, ou filmes estrangeiros, têm aproximadamente 90 minutos. Uma
página de roteiro equivale a um minuto de projeção. Não importa se o roteiro é todo
descrito em ação em diálogos ou qualquer combinação de ambos; em geral, uma página de
roteiro corresponde a um minuto de filme.” (FIELD, Syd. Manual do roteiro. Rio de
Janeiro: Objetiva, 1995)
________________________________________________________________________
g) “Frase é um enunciado de sentido completo. Ela é a unidade básica da comunicação
lingüística, ou seja, a divisão elementar de qualquer enunciação discursiva. Insere-se, pois,
em um processo mais amplo, através do qual um EMISSOR se dirige a pelo menos um
RECEPTOR para tratar de um ASSUNTO em uma SITUAÇÃO concretamente determinada
(ver CÂMARA JR., 1978).” (LEITÃO, Luiz Ricardo et alii. Gramática crítica. 2.ed. Rio de
Janeiro: JOBRAN & Cooautor, 1995.)
________________________________________________________________________
33
da atitude mais eficaz a ser tomada quanto à dependência química.|F3 |Leo, interpretado por
Murilo Benício, levou o telespectador a pensar sobre a questão da clonagem humana e
sobre as suas conseqüências no conceito de Homem.|F4
|Mas qual é a relevância dos temas abordados pela novela?|F1 |Com relação às
drogas, sabemos que parte considerável da criminalidade nas grandes cidades brasileiras
provém do tráfico.|F2 |O Rio de Janeiro, por exemplo, vive uma guerra civil entre dois
grupos de distribuição, a saber, o Comando Vermelho e o Terceiro Comando, além das
ações armadas do Estado, sejam por meio da polícia, sejam por meio das Forças Armadas.|
F3 |Entretanto, enquanto houver consumidores de drogas, haverá tráfico e,
conseqüentemente, disputas sangrentas entre grupos de traficantes por pontos de venda.|F4
|A solução mais producente, mesmo que a longo prazo, talvez esteja na diminuição do
número de consumidores, através da conscientização dos males que a droga traz tanto ao
homem, individualmente considerado, quanto à sociedade.|F1 |E para isso Mel serve de
perfeita ilustração, mostrando a sua decadência pessoal e a desestabilização emocional
sofrida pela família.|F2 |Igualmente à personagem de Débora Falabela, Lobato, interpretado
por Osmar Prado, ao expor no divã os efeitos psicológicos causados pela dependência
química, também funciona como mais um exemplo extraído do universo das drogas.|F3
|O segundo tema da novela, a clonagem, coloca em xeque a noção de ser humano.|F1 |Leo,
clone de Lucas, gerado em laboratório, não foi originado a partir de gametas, o que o
coloca em situação especial frente aos demais seres.|F2 |Para a nossa cultura, o homem é
um prolongamento de seus progenitores, e progenitores são os que fornecem células
sexuais, óvulo e espermatozóide, para a fecundação do feto.|F3 |Por conseguinte, não
podemos considerar Lucas nem Deusa, personagem que apenas “hospedou” o feto em seu
útero durante o processo embrionário, como os pais do clone.|F4 |De fato, a autora nos
força a uma revisão de conceitos.|F5
|Na verdade, se correlacionarmos o problema das drogas ao da clonagem, veremos que o
grande tema da novela é o ser humano.|F1 |Mel representaria, assim, a fragilidade do
homem que chega ao terceiro milênio sucumbindo a um mal muito mais poderoso do que
as pragas e cataclismos previstos pelos profetas, localizado no interior do próprio homem: o
vício.|F2 |Leo, por sua vez, registra o homem que doravante terá de enfrentar o maior
desafio humano: os valores, os conceitos criados por ele mesmo.|F3
34
g) Muitos alunos acham difícil fazer uma redação, no entanto
h) Um meio de comunicação tão importante como a televisão não deve sofrer censura, pois
i) Um meio de comunicação tão importante como a televisão não deve sofrer censura,
entretanto
j) O uso de drogas pelos jovens é, antes de tudo, um problema familiar, porque
l) O uso de drogas pelos jovens é, antes de tudo, um problema familiar, embora
PARTE 4 - TEXTOS
O náufrago e o navegador
35
compreender e utilizar as informações na era da Internet significa a diferença entre ser um
navegador e ser um náufrago.
(Pedro Pinciroli Junior in O Globo, 10 set. 1996).
Tragédia brasileira
Aí por volta de 1910 não havia rádio nem televisão, e o cinema chegava ao
interior do Brasil uma vez por semana, aos domingos. As notícias do mundo vinham pelo
jornal, três dias depois de publicadas no Rio de Janeiro. Se chovia a potes, a mala do
correio aparecia ensopada, uns sete dias mais tarde. Não dava para ler o papel
transformado em mingau.
Papai era assinante da "Gazeta de Notícias", e antes de aprender a ler eu me
sentia fascinado pelas gravuras coloridas do suplemento de domingo. Tentava decifrar o
mistério das letras em redor das figuras, e mamãe me ajudava nisso. Quando fui para a
escola pública, já tinha a noção vaga de um universo de palavras que era preciso
conquistar.Durante o curso, minhas professoras costumavam passar exercícios de redação.
Cada um de nós tinha de escrever uma carta, narrar um passeio, coisas assim. Criei gosto
por esse dever, que me permitia aplicar para determinado fim o conhecimento que ia
adquirindo do poder de expressão contido nos sinais reunidos em palavras.
Daí por diante as experiências foram-se acumulando, sem que eu percebesse que
estava descobrindo a literatura. Alguns elogios da professora me animavam a continuar.
Ninguém falava em conto ou poesia, mas a semente dessas coisas estava germinando. Meu
irmão, estudante na Capital, mandava-me revistas e livros, e me habituei a viver entre eles.
Depois, já rapaz, tive a sorte de conhecer outros rapazes que também gostavam
de ler e escrever.Então, começou uma fase muito boa de troca de experiências e impressões.
Na mesa do café-sentado (pois tomava-se café sentado nos bares, e podia-se conversar
horas e horas sem incomodar nem ser incomodado) eu tirava do bolso o que escrevera
durante o dia, e meus colegas criticavam. Eles também sacavam seus escritos, e eu tomava
36
parte nos comentários. Tudo com naturalidade e franqueza. Aprendi muito com os amigos,
e tenho pena dos jovens de hoje que não desfrutam desse tipo de amizade crítica.
Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 4 - Crônicas", Editora Ática - São
Paulo, 1980, pág. 6
O amor e a história
Livro
Com todo mundo saudando, a todo momento, novas “revoluções”, venho anunciar
uma involução, definitiva, que fará com que o terceiro milênio seja totalmente diferente da
37
diferença que se anuncia. O produto me chega, paradoxalmente, através da Internet. Se
chama “Listagem Integral de Variáveis Romanceadas ou Objetivas” __ L.I.V.R.O.
L.i.v.r.o. é um depósito de informações, emoções, idéias e divertimentos, compacto
e portátil, cabendo no bolso de qualquer pessoa e podendo ser usado em qualquer lugar,
mesmo com o usuário sentado numa poltrona de avião ou no vaso de um banheiro. Num
l.i.v.r.o. cabe tanta ou mais informação do que num CD-Rom. E basta olhar um livro para
ter imediata noção do seu conteúdo, importância e qualidade. O que não se dá com um
CD-Rom. L.i.v.r.o. é agradável ao tato e cada um é infinitamente diferente do outro. Tanto
que se você tiver três l.i.v.r.o.s. numa bolsa, mesmo no escuro poderá escolher o de sua
preferência, pelo tato.
Cada l.i.v.r.o. é montado seqüencialmente, em folhas de “papel” (outra involução
sensacional, reciclável), e cada página contém milhares de bits de informação. Essas
páginas são mantidas juntas e em seqüência devido a um softer simples e engenhoso
chamado encadernação. As informações contidas no l.i.v.r.o. vêm em ambos os lados da
folha (páginas) o que diminui o custo e facilita a leitura.
Cada página de um l.i.v.r.o. é escaneada oticamente, mas de forma biológica,
impressionando diretamente seu cérebro, sem necessidade de qualquer intermediação
técnica. As pessoas com algum problema no seu receptor oftalmológico necessitam apenas
de simples amplificadores chamados “óculos”.
Com o l.i.v.r.o. basta um dedo para levar você a outra página, outro grupo de
informações. E se você está deitado e com as mãos ocupadas, consegue mudar de página
com um pequeno sopro. O l.i.v.r.o. pode ser retomado a qualquer momento, abrindo-se
onde se o fechou na última vez, bastando para isso que se tenha dobrado a pontinha de uma
folha (prática não recomendável), ou procurando no índice remissivo. Para facilitar ainda
mais a pesquisa, l.i.v.r.o.s. vêm acompanhados de um marcador padrão, que pode ser usado
em qualquer l.i.v.r.o., de qualquer origem, língua ou linguagem.
Portátil, durável, e mais variada e bonita de aspecto do que qualquer revolução, esta
involução reserva espaço entre as linhas e nas margens para ser usado interativamente com
o auxílio dessa outra involução maravilhosa, o Lineador de Assuntos e Partes Interessantes
ou Setores (L.Á .P.I.S).
L.i.v.r.o. não precisa ser formatado. E vários deles juntos, mesmo uns sobre outros,
não interferem entre si, atrapalhando a leitura, nem “congelam”, deixando de funcionar.
Além de tudo o mais, l.i.v.r.o. quase não tem bugs misteriosos. Só quando não usados
durante muito tempo sofre a ação do bug traça, facilmente localizável e simples de extirpar.
(Millôr Fernandes)
A ARTE DE ESCREVER
Há, portanto, uma arte de escrever – que é a redação. Não é uma prerrogativa dos
literatos, senão uma atividade social indispensável, para a qual falta, não obstante, muitas
vezes, uma preparação preliminar.
A arte de falar, necessária à exposição oral, é mais fácil na medida em que se
beneficia da prática da fala cotidiana, de cujos elementos parte em princípio.
O que há de comum, antes de tudo, entre a exposição oral e a escrita é a necessidade
da boa composição, isto é, uma distribuição metódica e compreensível de idéias.
Impõe-se igualmente a visualização de um objetivo definido. Ninguém é capaz de
escrever bem, se não sabe bem o que vai escrever.
38
Justamente por causa disto, as condições para a redação no exercício da vida
profissional ou no intercâmbio amplo dentro da sociedade são muito diversas das da
redação escolar. A convicção do que vamos dizer, a importância que há em dizê-lo, o
domínio de um assunto da nossa especialidade tiram à redação o caráter negativo de mero
exercício formal, com tem na escola.
Qualquer um de nós senhor de um assunto é, em princípio, capaz de escrever sobre
ele. Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do que muita gente pensa. Há
apenas uma falta de preparação inicial, que o esforço e a prática vencem.
Por outro lado, a arte de escrever, na medida em que consubstancia a nossa
capacidade de expressão do pensar e do sentir, tem de firmar raízes na nossa própria
personalidade e decorre, em grande parte, de um trabalho nosso para desenvolver a
personalidade por este ângulo.(...)
A arte de escrever precisa assentar uma atividade preliminar já radicada, que parte
do ensino escolar e de um hábito de leitura inteligentemente conduzido; depende muito,
portanto, de nós mesmos, de uma disciplina mental adquirida pela autocrítica e pela
observação cuidadosa do que outros com bom resultado escrevam.
(CAMARA JR, Joaquim Mattoso. Manual de expressão oral e escrita
7. ed. Petrópolis.: Vozes, 1983. P. 58-9.)
A BUSCA DA RAZÃO
A origem do desemprego
39
17 Hoje em dia, para montar uma empresa e ter sucesso, são necessários sólidos
conhecimentos práticos e teóricos de administração de empresas. Oitenta por cento das
empresas brasileiras quebram nos primeiros cinco anos por cometer um dos 100 erros
banais citados nos livros de administração.
21 Só que o Brasil formou nestes últimos vinte anos menos de 250.000 administradores
de empresas. O Conselho Federal de Administração tem menos de 90.000 inscritos. Aí
está a principal razão para nosso desemprego, a desorganização de nossa economia e a
estagnação econômica. Com 4.650.000 empresas, nem sequer temos um administrador por
empresa.
26 Pela falta crônica de administradores formados, temos médicos que administram
laboratórios de análises e engenheiros mecânicos que administram carteiras de ações.
Perdemos assim excelentes médicos e engenheiros mecânicos formados com dinheiro
público e ganhamos administradores sem formação, que acabam aprendendo administração
de empresas à moda antiga: errado.
31 Os Estados Unidos tomaram outro caminho. De 1960 para cá formaram nada
menos de 8 milhões de administradores de empresas. É a profissão mais freqüente, com
19% do total de 50 milhões dos americanos formados. É também a que dá o tom, a
filosofia, o modus operandi de toda a economia americana. É o segredo bem escondido da
economia americana.
36 De 1,5 milhão de formados pelas novas universidades federais e estaduais, somente
4,5% são administradores de empresas. Muitos governos foram contra esses cursos, coisa
da direita a ser custeada pela iniciativa privada e não pelo Estado. Os próprios empresários
achavam esses cursos desnecessários, já que suas empresas seriam geridas pelos filhos,
treinados pela família, e não por administradores profissionais. Raras são as faculdades de
administração no Brasil com nome de grandes empresários, como ocorre nos Estados
Unidos.
43 Em pós-graduação a situação piora ainda mais. A Harvard Business School forma
por ano mais MBAs que o Brasil inteiro. Os Estados Unidos têm 2.400.000 MBAs, 10%
deles trabalhando no governo. O Brasil possui no máximo 5.000 mestres em
administração, e a impressão que se tem é que nenhum deles trabalha no governo.
47 O ministro da Fazenda acredita que o país crescerá na hora em que ele julgar
oportuno. Os “desenvolvimentistas”, do outro lado, acham que sete economistas
estrategicamente colocados farão o país crescer na intensidade e direção que eles
determinarem. Ledo engano. A mão invisível de Adam Smith não funciona mais no
mundo moderno. Toda nação requer a mão firme e visível de centenas de milhares de
pessoas treinadas e preparadas para criar empregos e organizações. Até para gerir
voluntários que trabalhem de graça.(Stephen Kanitz. Veja. 22/set/99)
Língua e Sociedade
O caráter social de uma língua já parece ter sido fartamente demonstrado. Entendida
como um sistema de signos convencionais que faculta aos membros de uma comunidade a
possibilidade de comunicação, acredita-se, hoje, que seu papel seja cada vez mais
importante nas relações humanas, razão pela qual seu estudo já envolve modernos
processos científicos de pesquisa, interligados às mais novas ciências e técnicas, como, por
exemplo, a própria Cibernética.
Entre sociedade e língua, de fato, não há uma relação de mera casualidade, Desde que
nascemos, um mundo de signos lingüísticos nos cerca e suas inúmeras possibilidades
40
comunicativas começam a tornar-se reais a partir do momento em que, pela imitação e
associação, começamos a formular nossas mensagens. E toda a nossa vida em sociedade
supõe um problema de intercâmbio e comunicação que se realiza fundamentalmente pela
língua, o meio mais comum de que dispomos para tal.
Sons, gestos imagens, diversos e imprevistos, cercam a vida do homem moderno,
compondo mensagens de toda ordem (Henri Lefèbvre diria poeticamente que “niágaras de
mensagens caem sobre pessoas mais ou menos interessadas e contagiadas”), transmitidas
pelos mais diferentes canis, como a televisão, o cinema, a imprensa, o rádio, o telefone, o
telégrafo, os cartazes de propaganda, os desenhos, a música e tantos outros. Em todos, a
língua desempenha um papel preponderante, seja sua forma oral, seja através de seu código
substitutivo escrito. E, através dela, o contato com o mundo que nos cerca é
permanentemente atualizado.
Nas grandes civilizações, a língua é o suporte de uma dinâmica social, que
compreende, não só as relações diárias entre os membros da comunidade, como também
uma atividade intelectual, que vai desde o fluxo informativo dos meios de comunicação de
massa, até a vida cultural, científica ou literária.
41